Exercícios - Aristóteles
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2. (Ufu) Aristóteles rejeitou a dicotomia estabelecida por Platão entre mundo sensível e
mundo inteligível. No entanto, acabou fundindo os dois conceitos em um só. Esse
conceito é
a) a forma, aquilo que faz com que algo seja o que é. É o princípio de inteligibilidade
das coisas.
b) a matéria, enquanto princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, e
aquilo de que algo é feito.
c) a substância, enquanto aquilo que é em si mesmo e enquanto é suporte dos
atributos.
d) o Ato Puro ou Primeiro Motor Imóvel, causa incausada e causa primeira e
necessária de todas as coisas.
5. (Ufu) “Substância – aquilo a que chamamos substância de modo mais próprio, primeiro e
principal – é aquilo que nem é dito de algum sujeito nem existe em algum sujeito, como, por
exemplo, um certo homem ou um certo cavalo. Chamam-se substâncias segundas as espécies
a que as coisas primeiramente chamadas substâncias pertencem e também os gêneros dessas
espécies. Por exemplo, um certo homem pertence à espécie homem, e animal é o gênero da
espécie; por conseguinte, homem e animal são chamados substâncias segundas”.
Aristóteles. Categorias. Trad. Ricardo Santos. Porto: Porto Editora, 1995, p. 39.
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Tendo o texto acima como referência, é correto afirmar que, segundo Aristóteles,
a) a substância primeira, assim como o acidente, existe em algum sujeito e é dito
dele.
b) as substâncias segundas assemelham-se às Formas de Platão por ambas existirem
em si e por si mesmas.
c) as substâncias segundas são universais que não existem por si mesmos, mas que
podem ser conhecidos.
d) a substância primeira diferencia-se da substância segunda por esta última
englobar todos os acidentes a ela pertencentes.
6. (Ufu)
André é um homem branco, tem dois metros de altura, e hoje se encontra sentado na
esquina, lendo um romance que o emociona a cada página.
Considerando os textos acima, é correto afirmar que
a) o conceito aristotélico de substância expressa uma crítica ao abstracionismo da
ideia platônica e, segundo Aristóteles, podemos afirmar que o essencial na
descrição de “André” é o fato de que hoje ele se emocionou na sua leitura.
b) o conceito aristotélico de substância é um outro nome para ideia platônica e,
segundo Aristóteles, podemos afirmar que “André” participa da ideia de homem.
c) o conceito aristotélico de substância expressa uma crítica à teoria das ideias de
Platão e, segundo Aristóteles, podemos considerar “André” como substância,
homem como sua espécie e os outros atributos da sua descrição como acidentais.
d) o conceito aristotélico de substância é uma ideia cuja existência encontramos em
um mundo inteligível diferente do sensível e, segundo Aristóteles, podemos
considerar “André” como uma ideia e os outros atributos da sua descrição como
as imagens que o complementam.
7. (Uel)
“[...] não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia
acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com
efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim,
em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia
é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o
universal, e esta o particular”.
(ARISTÓTELES. Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.)
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8. (Ufsj) Conforme Aristóteles, existem três tipos principais de vida, que são
a) a dos gozos, que identifica o bem e a felicidade com a inatividade; a política, cuja
finalidade são os ganhos, e a contemplativa.
b) a dos prazeres, cuja felicidade se identifica com as riquezas; a da política, cuja
finalidade é a reflexão sobre questões políticas, e a inativa.
c) a política, cuja finalidade são as riquezas; a reflexiva, que trata das questões
políticas, e a dos prazeres ou inativa.
d) a dos gozos, que identifica o bem e a felicidade com o prazer; a da política, cuja
finalidade é identificada com a honra, e a contemplativa.
9. (Ufsj)
“Admite-se geralmente que toda arte e toda investigação, assim como toda ação e toda
escolha, tem em mira um bem qualquer; e por isso foi dito, com muito acerto, que o bem é
aquilo a que todas as coisas tendem. Mas observa-se entre os fins uma certa diferença".
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livro I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 49. (Coleção Pensadores)).
10. (Uel)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética aristotélica, é correto afirmar:
a) É uma ética que desconsidera os valores culturais e a participação discursiva dos
envolvidos na escolha da concepção de bem a ser perseguida.
b) É uma ética do dever que, ao impor normas de ação universais, transcende a
concepção de vida boa de uma comunidade e exige o cumprimento categórico das
mesmas.
c) É uma ética compreendida teleologicamente, pois o bem supremo, vinculado à
busca e à realização plena da felicidade, orienta as ações humanas.
d) É uma ética que orienta as ações por meio da bem-aventurança proveniente da
vontade de Deus, porém sinalizando para a irrealização plena do bem supremo
nesta vida.
e) É uma ética que compreende o indivíduo virtuoso como aquele que já nasce com
certas qualidades físicas e morais, em função de seus laços sanguíneos.
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12. (Ufsj) "Se a função do homem é uma atividade da alma que segue ou que implica um
princípio racional e se dizemos que 'um tal-e-tal' e 'um bom tal-e-tal' têm uma função que é
a mesma em espécie ..., se realmente assim é [...]".
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livro I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 56. (Coleção Pensadores)).
13. (Ufsj) "Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e
tudo o mais é desejado no interesse desse fim; e se é verdade que nem toda coisa desejamos
com vista em outra (...), evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem".
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livro I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 49. (Coleção Pensadores)).
No trecho acima, Aristóteles se refere à política como arte mestra e como um bem
porque a política
a) deixa o cidadão livre para legislar em causa própria.
b) determina quais as ciências devem ser estudadas num Estado.
c) visa ao bem humano porque abrange os interesses individuais.
d) tem como objetivo um fim para o indivíduo, maior e mais completo que para o
Estado.
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A visão do universo adotada por Galileu — morto em 1642, ano do nascimento de Isaac
Newton — baseava-se na observação, na experimentação e numa generosa aplicação da
matemática. Uma atitude de certa forma diferente daquela adotada por seu
contemporâneo mais jovem, René Descartes, que começou a formular uma nova concepção
filosófica do universo, que viria a destruir a antiga visão escolástica medieval.
Em 1687, Newton publicou os Principia, cujo impacto foi imenso. Em um único volume,
reescreveu toda a ciência dos corpos em movimento com uma incrível precisão matemática.
Completou o que os físicos do fim da Idade Média haviam começado e que Galileu tentara
trazer à realidade. As três leis do movimento, de Newton, formam a base de todo o seu
trabalho posterior.
Ronan Colin A.. História ilustrada da ciência: da Renascença à revolução científica. São
Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 73, 82-3 e 99 (com adaptações).
16. (Unioeste) “Nós estimamos possuir a ciência de uma coisa de maneira absoluta – e não, ao
modo dos Sofistas, de uma maneira puramente acidental, quando acreditamos que
conhecemos a causa pela qual a coisa é, que sabemos que essa causa é a da coisa e que,
além disso, não é possível que a coisa seja algo distinto do que ela o é. É evidente que tal é a
natureza do conhecimento científico. […] Mas o que chamamos aqui saber é o conhecer por
meio da demonstração. Por demonstração entendo o silogismo científico e chamo científico
um silogismo cuja posse em si mesma constitui para nós a ciência”.
(Aristóteles)
Gabarito
1.C 2.C 3.A 4.B 5.C 6.C 7.B 8.D 9.A 10.C
11.D 12.C 13.B 14.E 15.B 16.A
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