Cirurgia - Checklists 2020
Cirurgia - Checklists 2020
Cirurgia - Checklists 2020
N
esse tratado que todo aluno do CRMedway recebe, fizemos
um compilado de vários checklists para que você consiga saber
exatamente o que revisar perto de suas provas e o provável
modo como os temas serão cobrados. Nesta coleção, teremos adaptações
de checklists que já caíram em outros anos e alguns checklists “extras”
exclusivos para os nossos alunos. Alguns temas aparecem mais de uma vez,
para que você tenha mais clareza sobre possíveis caminhos que uma estação
de prova prática pode tomar. Resumindo, esse material está absolutamente
completo com tudo que você precisa saber para estar preparado para as
provas práticas - e por isso mesmo o batizamos de Bíblia!
Aproveite!
E se Você Caiu Nesse
Material por Acaso...
... tenho que te informar uma coisa. Ele faz parte de um curso todo estruturado
para ensinar nossos alunos a pensar como a banca e entender a fundo os
checklists, além de uma preparação completa para a prova multimídia: o
CRMedway. A preparação para a prova prática vai além da Bíblia!
Acessar Minicurso
O que Nossos Alunos
Estão Falando!
Conteúdos
RECOMENDAÇÃO NÍVEL DE EVIDÊNCIA IA
E
m vez de simplesmente ler essa Bíblia, faça como o João
recomenda na nossa aula do curso do módulo zero, sobre como
e quando estudar:
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ATLS
Tema: ATLS
Caiu em: HIAE 2015, 2018 / SCMSP 2016, 2018, 2020 / USP-RP 2017, 2020 /
HSL 2017 / UNIFESP 2018 / UNICAMP 2018 / UFPR 2019 / USP-SP 2020
Início da Estação
Caso Clínico:
Paciente vítima de colisão moto x carro há 1 hora, atendido no pré-hospitalar
com queixa de dispneia e forte dor abdominal difusa, não houve perda
de consciência na cena. Feito 2 L de Ringer Lactato durante o transporte.
Sinais vitais: FR: 27 irpm SatO2: 93% em ar ambiente, FC: 131 bpm PA:
90 x 58 mmHg. Paciente com colar cervical, deitado em prancha rígida,
presença de 1 acesso venoso periférico em MSD. Presença de escoriações
distribuídas pelo corpo.
Tarefa Única:
Realize o atendimento.
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Orientações
ao Ator:
• O candidato deveria interagir com o ator e o examinador a fim de obter
dados do exame primário:
• Ao questionar o nome do paciente, ele responderia ofegante e agitado:
“Rodrigo, Dr(a), estou com muita dor na barriga, muita dor mesmo”.
Orientações
ao Examinador:
• O candidato deveria solicitar ativamente os dados do exame primário,
se solicitasse “exame da etapa B” o examinador questionaria quais dados
ele queria.
• Ao questionar a avaliação conforme o protocolo sistematizado do ACLS
terá as seguintes informações:
• A) via aérea pérvea, em uso de colar cervical
• B) Conforme descrito abaixo
• C) FC: 153 bpm; PA: 79 x 51 mmHg, juntamente com o exame
abdominal, extremidades sem alterações
• D) Neurológico: Glasgow 15, sem déficits focais
• E) Exposição: sem sinais de fraturas em membros, com demais achados
na inspeção mencionados no exame físico abdominal e torácico
previamente
Exame torácico:
Inspeção: tórax atípico, sem retrações ou abaulamentos; Palpação:
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expansibilidade reduzida em hemitórax esquerdo e preservada em hemitórax
direito; Percussão: maciça em hemitórax esquerdo e som claro pulmonar
em hemitórax direito; Ausculta: abolida em base esquerda e murmúrio
vesicular fisiológico presente em ápice esquerdo e em todo hemitórax
direito. FR: 30 irpm, SatO2: 89% em máscara de O2 alto fluxo.
Exame abdominal:
Inspeção: presença de escoriações; Ausculta: ruído hidroaéreos presentes e
normoativos; Palpação: dor difusa à palpação superficial, ausência de sinais
de peritonite, descompressão brusca negativa; Percussão: normotimpânico.
FC: 153 bpm; PA: 79 x 51 mmHg.
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• Caso o candidato não indicasse a laparotomia, o examinador levantaria
a seguinte placa: “o paciente foi a óbito” e a estação se finalizaria.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa Única
Paramentou-se?
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Instalou monitorização eletrocardiográfica e oxímetro de
pulso?
Iniciou o exame físico do aparelho respiratório (inspeção,
palpação, percussão e ausculta)?
Indicou realização de drenagem torácica em selo d’água em
5-6º espaço intercostal entre linha axilar média e anterior
à esquerda?
Determinou normalidade do novo exame do aparelho
respiratório?
Iniciou exame físico do aparelho cardiovascular?
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Finalizou exame primário enquanto aguarda montagem de
sala no centro cirúrgico?
Indicou cálculo da escala de coma de Glasgow, exame
pupilar e movimento ativo de extremidades?
Despiu o paciente e realizou controle de hipotermia?
Debriefing
Estação que certamente irá aparecer em alguma instituição que você
prestará prova este ano!
Reparem que trouxemos vários pontos atuais do ATLS que ainda não foram
explorados e que são nossas apostas para este ano:
• Hipotensão permissiva: alcançar a perfusão e oxigenação com níveis
abaixo do normal, ou seja, não encharcar o paciente! O preconizado
hoje é a reposição de 1 L de Ringer Lactato e, em indivíduos refratários,
considerar a transfusão de hemoderivados - o paciente da estação já
havia realizado reposição de 2 L de solução!
• O paciente em tela é portador de choque grau IV, indicando a realização
de protocolo de transfusão maciça que consiste em: > 10 UI de concentrado
de hemácias em 24 horas ou > 4 UI em 1 hora.
• Além disso, em pacientes com indicação de transfusão maciça, faremos
o uso de 2 doses de ácido tranexâmico - 1 g em até 3 horas do evento
traumático e 1 g infundida em 8 horas já em ambiente hospitalar.
• E-FAST (extensão do FAST - amplia a avaliação do paciente para
a cavidade torácica, permitindo identificação principalmente de
pneumotórax, hemotórax, ruptura diafragmática);
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há pendências na atual, principalmente se isso for determinante à vida
do paciente como no caso em questão: paciente chocado com lesão intra-
abdominal, expressa pelo FAST positivo, provavelmente duodenal, devido
ao sinal do cinto de segurança - laparotomia torna-se obrigatória.
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Hemorragia
Digestiva
Tema: Hemorragia Digestiva
Caiu em: USP-SP 2015 / UFPR 2015 / Unicamp 2016 / UFG 2019
Início da Estação
Caso Clínico:
AMR, sexo masculino, 65 anos, trazido ao PS do Hospital das Clínicas pela
filha. Iniciou hematêmese em casa há cerca de 2 horas, referindo um total
de 5 episódios. Refere uso regular de ibuprofeno 600 mg devido dores na
coluna lombar. Nega história de doença ulcerosa péptica ou hepatopatia
prévia. Nega tabagismo e etilismo.
Tarefa 01:
Conduza o atendimento.
Tarefa 02:
Classifique a lesão segundo Forrest. (1 linha);
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Dê o risco de ressangramento. (1 linha).
Tarefa 03:
Dê a conduta adequada para este momento. (1 linha)
Tarefa 04:
Qual a conduta indicada neste momento? (1 linha)
Orientações
ao Examinador:
• Qualquer questionamento ao examinador seria ignorado;
• Após medidas iniciais, o examinador sinalizava que o paciente estava
estável e pedia sua conduta.
• Se solicitado endoscopia digestiva alta, o examinador te mostrava a
seguinte imagem:
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TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Paramentou-se?
Tarefa 02
Classificou corretamente a lesão como Forrest IIa?
Tarefa 03
Indicou terapia endoscópica dupla (escleroterapia /
eletrocoagulação / hemoclipe)?
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Tarefa 04
Indicou cirurgia (pilorotomia + ulcerorrafia)?
Considerar correto se apenas ulcerorrafia.
Debriefing
Hoje é bastante comum encontramos provas práticas cada vez mais
teóricas. Evento que denominamos como “teorização da prova prática”.
Aqui temos um primeiro momento de estabilização deste paciente - afinal,
ele chegou rebaixado, com Glasgow 13 e sinais de choque hipovolêmico.
Depois, com o paciente estabilizado, começamos nossa parte teórica com
menção à classificação de Forrest (muito utilizada para estimar o risco de
ressangramento e orientar a terapêutica - Forrest I e Forrest IIA indicam
um alto risco de ressangramento, devendo-se proceder à terapêutica
endoscópica);
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Pielonefrite
Tema: Pielonefrite
Caiu em: Unicamp 2017
Início da Estação
Caso Clínico:
Gestante MCV, 28 anos, IG: 22s + 1 dia, sem comorbidades, procura o PS
com queixa de dor lombar esquerda há 4 dias associado a febre e náuseas.
Ao exame físico:
Regular estado geral, PA: 98 x 60 mmHg, FC: 108 bpm. FR: 24 irpm.
Abdome doloroso à palpação de hipogástrio com sinal de giordano positivo
à esquerda.
Tarefa 01:
Cite 04 exames laboratoriais pertinentes ao caso.
Tarefa 02:
Cite 01 exame de imagem.
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Tarefa 03:
Dê duas hipóteses diagnósticas ao caso.
Tarefa 04:
Dê 05 condutas para o caso.
Tarefa 05:
Qual exame deve ser solicitado e por quê? (2 linhas)
Tarefa 06:
Qual a abordagem definitiva indicada nesta situação? (1 linha)
Orientações
ao Examinador:
• O candidato só receberia os exames corretamente solicitados:
Hemograma: leucocitose de 22.000 com 5% de bastões;
Creatinina: 1,03;
Urina 1: 94 hemácias/campo, leucoesterase + / nitrito +
Urocultura: em andamento.
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• Cálculo de 1,2 cm em ureter proximal esquerdo, hidronefrose moderada.
Ausência de hidronefrose ou cálculos à direita
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Solicitou hemograma?
Solicitou creatinina?
Solicitou urina 1?
Solicitou urocultura?
Tarefa 02
Solicitou ultrassonografia de rins e vias urinárias?
Tarefa 03
Indicou como hipótese: sepse de foco urinário?
Indicou como hipótese: pielonefrite complicada com
nefrolitíase à esquerda?
Tarefa 04
Orientou internação?
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Orientou analgesia?
Tarefa 05
Solicitou tomografia computadorizada de rins e vias
urinárias?
Justificou corretamente (necessidade de programação
cirúrgica para abordagem definitiva do cálculo)?
Tarefa 06
Indicou ureterorrenolitotripsia OU litotripsia extra-corpórea
(LECO)?
Debriefing
Estação de pielonefrite com uma peculiaridade interessante: gestante!
Terror de muita gente, principalmente do cirurgião, mas não podemos
simplesmente ignorar que elas existem e também fazem pielonefrite
obstrutiva. Aliás, possuem fatores de risco importantes que propiciam
este evento: temos que lembrar que, devido à produção aumentada de
progesterona, elas fazem uma estase urinária que favorece a formação de
cálculos!
Mas no que difere a condução deste caso pelo “simples” fato da paciente
ser gestante? Tome nota: a principal é em relação ao exame a ser solicitado!
Aqui, devemos recorrer à ultrassonografia de rins e vias urinárias, enquanto
na paciente não gestante o padrão-ouro é a tomografia. Note que, no laudo
do exame, apresenta hidronefrose à direita sem fator obstrutivo, achado
esperado nessas pacientes, ou seja, as alterações encontradas estão apenas
no lado esquerdo!
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Outro ponto importante: devemos realizar a abordagem definitiva do
cálculo somente após a resolução do parto, nossa paciente, então, deverá
permanecer com o duplo J até a abordagem.
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Úlcera Péptica
Perfurada
Início da Estação
Caso Clínico:
JDSM, sexo masculino, 58 anos, comparece ao PS em que você está
trabalhando queixando de dor abdominal.
Tarefa 01:
Realize o atendimento.
Tarefa 02:
Solicite os dados pertinentes do exame físico.
Tarefa 03:
Solicite 01 exame de imagem.
Tarefa 04:
Dê o diagnóstico sindrômico e etiológico do caso.
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Tarefa 05:
Dê a conduta para o caso.
Orientações
ao Ator:
O ator, quando questionado, responderia às seguintes perguntas:
• Características da dor: dor do tipo lancinante, progressiva, há 10 horas,
inicialmente em epigástrio, agora difusa em todo abdome, associado a
náuseas e sudorese, sem fatores de melhora ou piora, 9/10 na escala visual
analógica da dor, nega episódios prévios semelhantes.
• Antecedentes pessoais: espondilite anquilosante diagnosticada há 35
anos;
• Medicações em uso: infliximab e naproxeno;
• Antecedentes familiares: tio com espondilite anquilosante, pai com
HAS e DM2 e mãe falecida devido câncer de cólon;
• Tabagista, carga tabágica = 30 maços / ano;
• Nega etilismo;
• Nega uso de drogas ilícitas;
• Nega alergias.
• Ao indicar a cirurgia, o paciente se demonstrava preocupado com a
situação e era o seu dever tranquilizá-lo e responder eventuais dúvidas.
• O paciente questionava se seria necessária ou outra cirurgia depois
Orientações
ao Examinador:
Caso o candidato solicitasse ectoscopia, sinais vitais e exame físico do
abdome, seriam entregues as respectivas informações:
• Geral: paciente em regular estado geral, posição antálgica, afebril,
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acianótico e anictérico, lúcido e orientado em tempo e espaço, hipocorado
+/4+ desidratado +/4+
• Sinais vitais: FC: 115 bpm PA: 105 x 85 mmHg FR: 22 irpm SatO2: 97%
em ar ambiente
• Abdome: em tábua, ruídos hidroaéreos presentes e normoativos nos
4 quadrantes, palpação superficial difusamente dolorosa, presença de
sinais de peritonite difusa, descompressão brusca positiva, percussão
normotimpânica.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
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Questionou quanto às características da dor (tipo,
intensidade, duração, irradiação, progressão, fator
de melhora ou piora, sintomas associados, episódios
semelhantes - PELO MENOS 4)?
Questionou antecedentes pessoais?
Tarefa 02
Higienizou as mãos?
Tarefa 03
Solicitou rotina de abdome agudo?
Indicou as seguintes incidências: tórax em PA, abdome em
decúbito dorsal e ortostase?
Descreveu o achado de pneumoperitônio?
Tarefa 04
Deu diagnóstico sindrômico de abdome agudo perfurativo?
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Tarefa 05
Indicou internação?
Indicou jejum?
Indicou antibioticoterapia?
Debriefing
Estação clássica de abdome agudo perfurativo com o seu maior
representante: úlcera péptica! Aqui, o detalhe para gabaritar a estação
está em uma anamnese completa - explorando bem as características da
dor do paciente (percebam que propositalmente o caso clínico é mínimo,
destacava somente uma dor abdominal, então era função do candidato
extrair o máximo de informação possível através da interação com o ator),
além disso, não esquecer de questionar sobre antecedentes pessoais (o
paciente era portador de espondilite anquilosante e estava em uso contínuo
de AINEs) e familiares, hábitos e alergias.
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rotina de abdome agudo, mas por vezes nem sabem no que consiste essa
rotina. Cuidado para o examinador não te surpreender com perguntas que
parecem “óbvias”. Saiba o porquê de indicar o exame e o que buscar quando
diante do exame!
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Apendicite
Tema: Apendicite
Caiu em: HIAE 2016 e 2019 / HSL 2018 / UFPR 2018 / EMESCAM 2019 /
USP-RP 2020
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está em uma Unidade de Emergência com todos os recursos possíveis
e atende o paciente TML, 17 anos, sexo masculino, com quadro de dor
abdominal periumbilical de início há 2 dias, associada a febre baixa, náuseas
e alteração do hábito intestinal. Nega vômitos e disúria.
Exame físico:
Geral: regular estado geral, febril (Tax = 37,6 ºC) consciente, hidratado e
normocorado.
Escala de coma de Glasgow = 15.
Cardiovascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas,
sem sopros.
FC: 110 bpm, PA: 105 x 70 mmHg.
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Respiratório: tórax atípico, sem deformidades. Expansibilidade preservada
bilateral, frêmito toracovocal sem alterações. Percussão som claro pulmonar.
Murmúrio vesicular fisiológico presente, simétrico em ápices e bases, sem
ruídos adventícios.
FR: 16 irpm. SatO2: 98% em ar ambiente.
Abdome: atípico, ausência de abaulamentos e retrações. Ruídos hidroaéreos
presentes, normoativos nos 4 quadrantes. Dor à palpação em FID com
sinais de defesa e presença de massa palpável, descompressão brusca
negativa. Ausência de peritonite difusa. Percussão submaciça em FID,
normotimpânica no restante do abdome.
Tarefa 01:
Solicite 01 exame laboratorial, dê o escore de Alvarado para este caso e
classifique-o em diagnóstico improvável, provável ou muito provável.
Tarefa 02:
Você optou por realizar os sinais do obturador e do psoas, ambos positivos.
Descreva-os.
Tarefa 03:
Você solicitaria algum exame de imagem para definir a conduta? Se sim,
qual?
Tarefa 04:
Dê a conduta adequada para o caso.
Orientações
ao Examinador:
• Se o candidato solicitasse hemograma, viria o seguinte resultado:
• Hb: 12,1 Ht: 33,8 Leucograma: 18.000 leucócitos com 3% de bastões
Plaquetas: 248.000
35
• Se o candidato solicitasse corretamente o exame indicado, receberia a
seguinte imagem:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Solicitou hemograma?
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Tarefa 02
Descreveu corretamente o sinal do obturador (dor provocada
pela flexão da coxa e rotação interna do quadril)?
Descreveu corretamente o sinal do psoas (dor provocada
pela hiperextensão da coxa direita com o paciente deitado
em decúbito lateral esquerdo)?
Tarefa 03
Solicitou tomografia computadorizada de abdome com
contraste?
Tarefa 04
Indicou internação?
Orientou antibioticoterapia?
Debriefing
Tentamos complicar um pouco a sua estação de apendicite. Conseguimos?
Detalhe: nada rodapé! Se você foi capaz de passar por essa prova acertando
mais de 70% do checklist, pode ter certeza que você está preparado para
encarar QUALQUER estação ou questão teórica de apendicite! Não
conseguiu? Não se desanime. Vamos fazer uma revisão rápida dos principais
pontos que te desestabilizaram.
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laboratório com o intuito de estimar a probabilidade do diagnóstico de
apendicite aguda.
E por que indicar a tomografia no quadro tardio? Para excluir uma possível
complicação, pois isso muda TODA a nossa conduta!
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Aqui, demos uma ajudinha: já dava para suspeitar de um abscesso durante
a leitura do caso. Observe a clínica do nosso paciente: presença de massa
palpável em FID - é o que chamamos de plastrão. O apêndice perfura é
bloqueado pelo peritônio e forma o abscesso.
Então se liga no fluxograma: veio com quadro tardio (> 48 horas)? TC!
Sem abscesso = apendicectomia (mesmo tratamento do quadro precoce);
Com abscesso = antibioticoterapia + drenagem se grande (> 4 - 6 cm) +
colonoscopia 4-6 semanas (diagnóstico diferencial com colite e neoplasia)
+ considerar apendicectomia em 6-8 semanas.
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Pancreatite Aguda
Início da Estação
Caso Clínico:
ADS, sexo feminino, 68 anos, viúva, católica e aposentada, natural de
Goiânia - GO e procedente de São Paulo, comparece ao PS do Hospital das
Clínicas queixando dor abdominal intensa em barra no abdome superior
do tipo facada, contínua e progressiva, com irradiação para dorso, 10/10.
Iniciou há 8 horas, após churrasco de comemoração da sobrinha que foi
aprovada no vestibular de medicina. O quadro vem acompanhado de
náuseas e vômitos sucessivos (7 episódios). Negava episódios semelhantes
anteriores.
Exame físico:
Geral: Paciente na maca, agitada, consciente, afebril e anictérica, hidratada
e normocorada. IMC = 35,0. ECG = 15.
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Cardiovascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas,
sem sopros. FC: 115 bpm PA: 95 x 65 mmHg.
Respiratório: murmúrio vesicular fisiológico presente em ambos
hemitóraces. FR: 20 irpm. SatO2: 96% em ar ambiente.
Abdome: globoso, ruídos hidroaéreos presentes hipoativos, doloroso à
palpação superficial e profunda em andar superior com sinais de defesa,
ausência de sinais de peritonite, hipertimpanismo difuso.
Tarefa 01:
Você solicitaria algum exame de imagem neste momento? Se sim, qual(is)?
Tarefa 02:
Dê o diagnóstico.
Tarefa 03:
Você optou por internar a paciente. Realize a prescrição.
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Tarefa 04:
Qual a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta indicada neste
momento? Justifique. (3 linhas).
Orientações
ao Examinador:
• Caso solicitado ultrassonografia de abdome, o examinador perguntaria
qual a necessidade do exame e, após a resposta - independente se correta
ou não, o candidato receberia o seguinte:
42
• Ao finalizar, questiona quanto à necessidade de realizar algum
procedimento cirúrgico, se o candidato respondesse sim, ele questionaria
quando.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Solicitou ultrassonografia de abdome?
Tarefa 02
Deu o diagnóstico de pancreatite aguda litiásica?
Tarefa 03
Colocou o nome da paciente na prescrição?
Datou a prescrição?
Prescreveu fluidoterapia?
Prescreveu analgesia?
Prescreveu antiemético?
Prescreveu antibiótico?
• Checklist negativo!
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Orientou realização de colecistectomia na mesma internação,
após resolução dos sintomas?
Tarefa 04
Deu diagnóstico de pseudocisto pancreático?
Indicou drenagem?
Debriefing
Estação de pancreatite com bons conceitos teóricos a serem revisados! Era
um caso extenso e uma estação curta (5 minutos), o segredo era não enrolar
na leitura. Nas primeiras linhas do caso já ficava claro tratar-se de uma
pancreatite.
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A sua conduta deve ser de acordo com a classificação da pancreatite! Na
leve, internamos o paciente em enfermaria, prescrevemos jejum, fluidos,
analgesia, antieméticos e programamos a colecistectomia na mesma
internação. Enquanto na grave, além dessas medidas, internamos o
paciente na UTI, pensamos em suporte nutricional, avaliamos necessidade
de abordagem das vias biliares através de CPRE, solicitamos tomografia
em 48-72 horas para avaliação de gravidade do quadro e vamos esperar no
mínimo 6 semanas para realizar a colecistectomia - permitir a resolução do
processo inflamatório. No caso em questão, o paciente não tinha critérios
de gravidade ou disfunção orgânica, portanto deveria ser conduzido como
leve.
45
Colecistite
Tema: Colecistite
Caiu em: UFG 2020
Início da Estação
Caso Clínico:
MRM, sexo feminino, 40 anos, natural e procedente de Campinas - SP,
comparece ao pronto atendimento com dor abdominal em QSD há 12 horas,
irradiando para ombro e escápula ipsilaterais, associada à anorexia, febre
não aferida, náuseas e vômitos. Refere quadros semelhantes anteriores,
relacionados à ingestão de alimentos gordurosos, porém de duração menor.
Tarefa 01:
Realize o exame físico dirigido.
Tarefa 02:
Solicite 01 exame de imagem.
46
• Se solicitado corretamente ultrassonografia de abdome, você receberia
a seguinte imagem:
Tarefa 03:
Dê o diagnóstico e responda às perguntas da paciente.
Orientações
ao Ator:
Questionar na tarefa 03:
• 1ª pergunta: Dr(a) eu preciso operar?
• 2ª pergunta: Qual a cirurgia e a via de escolha?
• 3ª pergunta: Quais as possíveis complicações da doença? Me dê três
exemplos.
Orientações
ao Examinador:
• O candidato, ao mencionar a palpação abdominal, seria solicitado pelo
examinador que explicasse o sinal de Murphy.
47
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Higienizou as mãos?
Tarefa 02
Solicitou ultrassonografia abdominal?
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Citou duas das seguintes alterações: espessamento da parede,
distensão da vesícula, presença de líquido perivesicular,
cálculo impactado?
Tarefa 03
Citou como diagnóstico colecistite aguda litiásica?
Indicou colecistectomia?
Debriefing
Pessoal, estação com o bê-a-bá da colecistite! O caso clínico não deixa
dúvidas quanto ao diagnóstico, mas este era apenas 1 item do seu checklist!
49
Escroto Agudo
Início da Estação
Caso Clínico:
MMF, 14 anos, sexo masculino, sem comorbidades, comparece ao pronto
atendimento queixando-se de dor testicular direita, súbita, progressiva, de
forte intensidade, irradiada para região inguinal ipsilateral há 3 horas, sem
outros sintomas associados. Relata episódios semelhantes prévios, porém
de menor duração. Nega lombalgia e conhecimento de ureterolitíase.
Tarefa 01:
Conduza o atendimento.
Tarefa 02:
Defina 1 sinal citado no exame físico.
Tarefa 03:
Dê a hipótese diagnóstica e 2 diagnósticos diferenciais.
Tarefa 04:
Qual a conduta para o caso?
50
Orientações
ao Ator:
• Ao ser questionado quanto ao mecanismo da lesão, o paciente negava
relação com trauma, atividade sexual, esforços ou exposição ao frio;
• Nega sintomas urinários
• Nega vida sexual ativa e possibilidade de ISTs
• Se indicado cirurgia, o ator questionaria qual a cirurgia e se demonstraria
aflito, referindo medo do procedimento e recusando sua realização.
Orientações
ao Examinador:
Ao solicitar o exame físico, seria entregue a seguinte folha:
Geral: fácies álgicas, posição antálgica, afebril. FC: 120 bpm PA: 135 x 85
mmHg
Genitália: testículo direito aumentado, endurecido e doloroso à palpação,
sinal de Prehn negativo, Brunzel e Angell ambos positivos, reflexo
cremastérico ausente; testículo esquerdo tópico, sem alterações, ausência
de dor à palpação, reflexo
cremastérico preservado.
Ao finalizar a tarefa, o
examinador entrega a
seguinte ultrassonografia
testicular com Doppler
fluxometria:
51
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Questionou quanto ao mecanismo da lesão (trauma, atividade
sexual, exposição ao frio, esforço - PELO MENOS 2)?
Questionou presença de febre?
Tarefa 02
Definiu corretamente o sinal de Prehn (dor que melhora
com a elevação escrotal) OU o sinal de Brunzel (testículo
ipsilateral elevado) OU o sinal de Angell (testículo
contralateral horizontalizado)?
Tarefa 03
Deu como hipótese diagnóstica torção testicular?
Citou como diagnóstico diferencial orquiepididimite OU
orquite OU epididimite?
Citou como diagnóstico diferencial torção do apêndice
testicular?
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Tarefa 04
Indicou cirurgia de emergência?
Mencionou realização de orquidopexia bilateral?
• Não considerar se apenas orquidopexia
Demonstrou postura atenciosa e acolhedora quando o
paciente relatou medo da cirurgia?
Impôs a realização da cirurgia ou subestimou as angústias
relatadas?
• Checklist negativo.
Forneceu argumentos em prol da realização da cirurgia?
Debriefing
Questão que ainda não foi explorada em prova prática, mas vira e mexe
é cobrada nas provas teóricas e é totalmente adaptável para uma estação,
aposta quente para este ano!
Por fim, no final da estação, dilema ético à vista, cada vez mais explorado
em provas! A banca quer avaliar o jogo de cintura do candidato: sua
53
capacidade de acolher o paciente e ouvir suas queixas sem menosprezá-las,
contornando a situação com argumentos sólidos e utilizando da situação
para melhorar ainda mais a relação médico-paciente.
54
Queimadura
Tema: Queimadura
Caiu em: UFES 2019
Início da Estação
Caso Clínico:
Paciente, 35 anos, sexo feminino, 80 kg, vítima de queimadura por chamas
há 6 horas. É trazida ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas pelos
bombeiros, apresentando queimaduras em face, MMSS, MMII, região
anterior de tronco e genitália. Realizado hidratação venosa com 1,0 L de
solução durante o transporte.
Tarefa 01:
Realize o atendimento.
Orientações
ao Examinador:
• Caso o candidato solicitasse a avaliação da via aérea, o examinador
falaria o seguinte:
55
Via aérea pérvia, com queimaduras em face e pescoço, vibrissas nasais
chamuscadas, apresentando rouquidão à fala e estridor em repouso.
Tarefa 02:
Classifique a queimadura, considerando o tipo mais grave observado:
56
Finalizada a tarefa, o examinador entrega ao candidato a seguinte folha:
Tarefa 03:
Calcule a superfície corporal queimada.
Tarefa 04:
Considerando a 10ª edição do ATLS, indique qual solução você utilizaria
para a reposição volêmica e determine o volume a ser infundido na próxima
hora.
Tarefa 05:
Dê a conduta pertinente ao caso.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
57
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Iniciou o atendimento pelo ABCDE?
Tarefa 02
Classificou corretamente a queimadura como 3º grau?
Tarefa 03
Calculou corretamente a superfície corporal queimada = 37%?
Tarefa 04
Indicou solução de ringer lactato?
Tarefa 05
Citou analgesia?
58
Respondeu corretamente sulfadiazina de prata?
Debriefing
Pessoal, sempre diante de uma queimadura, seja na prova ou na vida,
lembrem de tratar o paciente como vítima de trauma! Sendo assim, o
seu atendimento inicial deve ser realizado de acordo com o bom e velho
ABCDE!
59
Nosso paciente tinha: "queimaduras de 1º grau em MSE e face anterior de
MIE, 2º grau na cabeça, pescoço, parte anterior de MSE e anterior da coxa
direita. 3º grau na face anterior do tronco, períneo e genitália". Pegadinha
clássica: queimadura de 1º grau NÃO entra na conta! Então, na sequência:
9 + 4,5 + 4,5 (apenas meia perna) + 18 + 1 (frequentemente esquecido) = 37%.
Por fim, lembrar de transferir o nosso paciente para o CTQ (dêem uma
olhada nas indicações), analgesia, limpeza, desbridamento e curativo da
lesões com sulfadiazina e, importantíssimo, vacinação antitetânica, tenho
certeza que muitos esqueceram dessa última!
60
Abdome Agudo
Obstrutivo
Início da Estação
Caso Clínico:
CAC, sexo masculino, 73 anos, vem ao PS referindo dor abdominal difusa
com predomínio em região periumbilical e de hipogastro, do tipo cólica, há
2 meses com piora progressiva, associado a parada da eliminação de flatos e
fezes nos últimos 3 dias. Hoje refere vômitos enegrecidos.
Tarefa 01:
Complete a anamnese.
Tarefa 02:
Solicite os exames laboratoriais e de imagem pertinentes ao caso.
Tarefa 03:
Dê o diagnóstico sindrômico e a conduta definitiva.
61
Tarefa 04:
Dê a terapêutica.
Orientações
ao Ator:
Quando questionado especificamente, informaria:
• Perda de peso: 10 kg em 4 meses;
• Hábito intestinal prévio: constipação crônica com necessidade de
laxativos;
• Antecedente pessoal: nega comorbidades e uso de medicações contínuas,
história de apendicectomia há 40 anos;
• Antecedente familiar: mãe falecida de câncer de ovário;
• Ex-tabagista há 15 anos, 10 cigarros/dia por 40 anos;
• Nega etilismo;
• Alérgico a contraste iodado;
• Se solicitado, se negaria a realizar o toque retal.
Orientações
ao Examinador:
O candidato, ao solicitar o exame físico, receberia:
Exame físico:
Regular estado geral, afebril, consciente, emagrecido, desidratado +/4+
Tax 36,3 FC 115 PA 92/58 FR 24
Abdome: distendido com ondas peristálticas visíveis, ausculta com timbre
metálico, doloroso difusamente à palpação e hipertimpânico à percussão.
62
Toque retal: presença de plicoma à inspeção, ampola retal vazia, sem massas
palpáveis, ausência de sangue.
Exames laboratoriais:
• Hemograma: Hb: 13,5 g/dL Ht: 45% Leucócitos: 21.000 com 8% de bastões
Plaquetas: 335.000
• Gasometria: pH: 7,31 pO2: 82 pCO2: 29 HCO3: 16 SatO2: 94,2 BE: -3,5
• LDH = 350
• Sódio = 136 / Potássio = 3,5 / Cloreto = 99
• Ureia = 42 / Creatinina = 1,6
• Amilase = 180
63
a óbito e a estação finalizaria ali. Se optado por uma tc sem contraste,
nada aconteceria.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
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Explicou ao paciente quanto à importância da realização
do toque?
Tarefa 02
Solicitou hemograma?
Solicitou gasometria?
Solicitou LDH?
Solicitou amilase?
Solicitou sódio?
Solicitou potássio?
Solicitou cloro?
Tarefa 03
Deu diagnóstico de abdome agudo obstrutivo?
65
Tarefa 04
Indicou derivação à Hartmann (ressecção do segmento
associado a colostomia proximal com fechamento do coto
distal)?
Orientou fechamento da colostomia com anastomose
colorretal em um 2º tempo?
Debriefing
Mais uma estação de abdome agudo, desta vez obstrutivo! Ponto chave:
diferenciação entre obstrução alta (delgado) e baixa (cólon) - tanto
clinicamente, quanto radiologicamente.
66
Aqui, a estação solicitava apenas a conduta definitiva, mas fiquem atentos
às que podem ser um pouco mais detalhistas, lembrem sempre de internar,
orientar dieta, prescrever fluidos, corrigir distúrbios eletrolíticos, avaliar
necessidade de antibióticos (profiláticos ou terapêuticos) e, neste caso em
específico, inserir uma sonda nasogástrica a fim de reduzir sintomas como
distensão abdominal, náuseas e o risco de vômitos e broncoaspiração.
67
Trauma Abdominal
Contuso
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente masculino, vítima de agressão há 1 hora. Nega perda da consciência.
Veio trazido com colar cervical e prancha rígida. Não foi realizada nenhuma
medida pela equipe de atendimento extra-hospitalar.
Tarefa 1:
Realize o atendimento inicial
Tarefa 2:
Verbalize a conduta inicial para o paciente
68
Tarefa 3:
Classifique a lesão vista na tomografia
Fonte:https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=53288b2a9bc83f4309
00138f&imageSize=9
Tarefa 4:
Após tomografia, durante reavaliação, paciente apresentou instabilidade
hemodinâmica. Qual a conduta frente à mudança do quadro?
Orientações
ao Ator:
Quando questionado sobre identificação, falar:
• Que seu nome é Antônio e tem 38 anos.
69
Quando questionado sobre o que aconteceu, falar:
• Que durante uma briga na rua, foi agredido com socos e chutes
por todo o corpo.
• Negar que foi usado qualquer instrumento para agressão (taco, barra
de ferro, tijolo…) e reforçar que foi somente socos e chutes.
Quando questionado sobre queixa principal, falar:
• Dor na barriga e que está piorando.
Quando questionadas informações complementares, falar:
• Apresenta escoriações nos braços e nas pernas, mas queixa apenas
de dor na barriga.
• Nega quaisquer outras queixas.
Quando examinado abdome, falar:
• Que sente dor à palpação em hipocôndrio esquerdo. Negar dor à palpação
de quaisquer outros locais do abdome.
Se o candidato questionar qualquer outra pergunta, falar:
• Que não sabe responder e que somente a barriga que está doendo.
Orientações
ao Examinador:
Quando o paciente solicitar a monitorização do paciente, falar:
• Considere o paciente monitorizado
Quando o candidato solicitar avaliação A, falar:
• Considere vias aéreas pérvias.
Quando candidato solicitar avaliação B, falar:
• Saturação: 98% em ar ambiente.
• Ausculta: sem ruídos adventícios. FR: 18irpm
• Percussão: som claro pulmonar.
Quando candidato solicitar avaliação C, falar:
• PA: 110x70mmHg; FC: 118bpm;
70
• Abdome: doloroso à palpação difusamente, porém sem sinais
de peritonite.
• Ausculta cardíaca: sem quaisquer alterações.
• Pelve estável.
• Sem sangramento visível ativo.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico
71
Lavar as mãos
Avaliou A
Tarefa 02
Verbalizou: 1000ml de SF 0,9% ou RL ou Ringer
ou cristaloide? (Não pontua se não verbalizar o volume)
Verbalizou: Ac. tranexâmico ou Transamin 1g
ou 4 ampolas? (Não pontua se não verbalizar a dose)
Tarefa 03
Verbalizou: lesão esplênica grau IV ou V?
Tarefa 04
Verbalizou: iniciar protocolo de transfusão maciça?
72
Debriefing
Galera, estação bem tranquila, hein?! Boa pra treinar e deixar o atendimento
ao politraumatizado bem medular. Porém o enfoque da estação não foi
no ATLS, como vocês perceberam. O enfoque foi em condutas no trauma
abdominal fechado e, em específico, na lesão esplênica.
73
está indicado protocolo de transfusão maciça.
Em relação à conduta, pra ficar bem fácil de lembrar, está indicada cirurgia:
Instabilidade hemodinâmica; abdome cirúrgico (peritonite); lesão esplênica
grau IV ou V (pra lembrar: BAÇO tem 4 letras, então cirurgia a partir
do grau IV).
74
Pneumotórax Aberto
Tema: Pneumotórax Aberto
Caiu em: UFPR 2019; USP-RP 2017 e 2020; UNICAMP 2018; UNIFESP
2018; HSL 2017; HIAE 2015 e 2018; SCMSP 2016, 2018 e 2020
Início da Estação
Caso clínico:
Você está de plantão em uma UPA e é chamado para atender um paciente
masculino, vítima de acidente moto há mais ou menos 15 minutos.
Foi trazido por cidadão que presenciou o acidente sem colar cervical nem
prancha rígida. Acompanhante diz que o paciente estava a mais ou menos
60km/h quando perdeu controle da moto, e bateu com o tórax contra
caçamba de entulho.
Tarefa 1:
Verbalize o atendimento inicial e a(s) conduta(s) imediata(s) para o caso.
Quando terminar, solicite a tarefa 2.
75
Tarefa 2:
Após medidas iniciais, paciente evoluiu com melhora do padrão respiratório.
• Saturação 94% em ar ambiente.
• PA: 120x75 mmHg. FC: 100bpm.
Orientações
ao Examinador:
Se o candidato não for específico em relação ao que deseja avaliar
(solicitar apenas “A” ou “avaliação do B”), falar:
• Seja mais específico; ou
• O que você quer avaliar?
Quando solicitar C:
• PA: 100x65mmHg. FC: 112bpm.
• Abdome: Plano, flácido, indolor à palpação.
• Pelve: estável, indolor.
• Sem sinais de sangramento comprometedor ativo.
76
Quando solicitar D:
• ECG: 14 (perde por resposta verbal confusa)
• Movimenta os 4 membros ativamente
Quando solicitar E:
• Dor à palpação de coluna cervical
• Várias escoriações em dorso.
• TR: esfíncter normotônico, sem palpação de espículas, sem sangue
em dedo de luva.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico
77
Paramentou-se: verbalizou gorro, óculos, máscara, luva
e avental
Sim: 4 ou todos;
Parcial: 2 ou 3;
Não: qualquer outro cenário
Colocou colar cervical no paciente antes de iniciar
o exame físico.
Avaliou A
Avaliou B
Sim: solicitou inspeção, ausculta e saturação
Parcial: solicitou apenas um ou dois dos três
Não: qualquer outro cenário
Indicou realização de curativo com 3 pontas em tórax.
Avaliou C
Sim: solicitou PA, FC, exame abdominal e pélvico
Parcial: solicitou apenas dois ou três dos quatro
Não: qualquer outro cenário
Avaliou D
Fez exposição total do paciente e preveniu contra
hipotermia (parcial se realizar somente exposição)
Solicitou monitorização do paciente
Tarefa 02
Prescreveu analgesia
Solicitou transferência para centro de referência
em trauma
78
Debriefing
Galera, a gente sempre fala isso, mas imaginem só essa cena: você está
de plantão (seja como médico ou como interno) e de repente chega
alguém desesperado, gritando por socorro, dizendo que trouxe algum
acidentado. Já aconteceu com você? Se sim, você já sabe que o fundamental
nesse momento é manter a calma e lembrar que TRAUMA = ABCDE!!!
Lembrando que em todo paciente que chegue com potencial quadro grave,
devemos monitorá-lo: cardioscopia, saturação e pressão arterial não invasiva
(famoso MOV).
79
No C, você não pode esquecer de avaliar a PA, a FC e examinar os sistemas
que podem cursar com choque hipovolêmico (tórax - já examinado no B,
abdome e pelve).
Por fim, como estamos num ambiente sem centro cirúrgico e esse paciente
provavelmente vai precisar de cirurgia, devemos prescrever analgesia
e encaminhá-lo para centro de referência de trauma.
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Hematoma Subdural
Tema: Hematoma Subdural
Caiu em: UFPR 2019; USP-RP 2017 e 2020; UNICAMP 2018;
UNIFESP 2018; HSL 2017; HIAE 2015 e 2018; SCMSP 2016, 2018 e 2020
Início da Estação
Caso clínico:
Você está de plantão em um hospital referência, quando é chamado para
atender um paciente masculino, 82 anos, que apresentou queda da própria
altura há mais ou menos 2h. Queda foi presenciada por filho, que conta que
o paciente escorregou em tapete, caiu e bateu com região temporal no chão.
Logo após a queda, apresentou convulsão que durou cerca de 30 segundos.
Foi trazido por SAMU e estava com colar cervical e prancha rígida.
Tarefa 1:
Verbalize o atendimento inicial.
Tarefa 2:
Estime a pontuação na escala de Glasgow e verbalize a conduta imediata
para o paciente.
81
Tarefa 3:
Após analisar tomografia, verbalize o diagnóstico e a(s) conduta(s)
subsequente(s).
Fonte: https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=583b45466d6370cb797ac7f0&imageSize=9
Orientações
ao Examinador:
Se o candidato solicitar quaisquer informações sobre o estado do paciente,
não responder nada.
Se o candidato não for específico em relação ao que deseja avaliar
(solicitar apenas “A” ou “avaliação do B”), falar:
• Seja mais específico; ou
82
• O que você quer avaliar?
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
83
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Paramentou-se: verbalizou gorro, óculos, máscara,
luva e avental (pontua se verbalizou 3 ou mais)
Lavou as mãos antes de iniciar o atendimento
Tarefa 02
Estimou escala de Glasgow = 7
Tarefa 03
Verbalizou corretamente o diagnóstico: Hematoma
Subdural
Contactou equipe de Neurocirurgia
84
Debriefing
Galera, mais uma estação de trauma! Aqui vocês já estão craques
que TRAUMA = ABCDE! Então vamos focar um pouco mais
no cerne da questão!
Comece sempre pelo ABCDE! Nesse caso, como não temos informação
nenhuma sobre o estado do paciente, vamos começar pelo A
(sem alterações), seguindo para o B (sem alterações), C (chama atenção
para uma hipertensão, mas nenhuma outra informação é significativa)
e chegamos no D. Quando fazemos o exame neurológico do paciente,
percebemos que ele tem um Glasgow de 7. Aqui está a indicação do tubo!
85
Fratura Exposta
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico de plantão em uma UPA, quando é chamado para atender
Gilberto, de 26 anos. O paciente foi vítima de uma colisão de moto x
carro, estava na moto. Conta que estava em um cruzamento, quando foi
surpreendido pelo carro avançando semáforo vermelho e colidindo contra
a lateral da moto e do paciente. Nega perda da consciência.
Conta que estava de capacete. Foi trazido pelo SAMU de colar cervical
e prancha rígida.
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Sem sangramento ameaçador à vida visível.
Tarefa 1:
Continue o atendimento do paciente. Ao finalizar, solicite a próxima tarefa.
Tarefa 2:
Frente ao quadro, qual(is) a(s) conduta(s)?
Orientações
ao Ator:
Quando o candidato questionar, responder:
• Alergias: não;
• Medicamentos de uso: nenhum;
• Comorbidades: nenhuma;
• Última refeição: há mais ou menos 5 horas (almoço);
• Ambiente/Fatores relacionados ao trauma: Falar que estava indo
para o trabalho na sua moto, quando foi atravessar cruzamento,
quando um carro furou o sinal vermelho e te atingiu pelo lado direito.
Você caiu ao solo e não conseguiu se levantar porque estava com
muita dor na perna.
87
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato solicitar ou avaliar os seguintes itens, responder:
• Cabeça: sem nenhum sinal de lesão;
• Face: sem nenhum sinal de lesão;
• Pescoço e coluna cervical: indolor, com algumas escoriações pequenas
em dorso;
• Tórax e abdome: sem nenhum sinal de lesão.
• Toque Retal: esfíncter anal externo normotônico, mucosa íntegra,
ausência de espículas, sem qualquer outro achado.
• Membros: desvio com visualização de ponta óssea em região medial
de perna direita. Sangramento discreto no local.
• Pulsos: pulsos periféricos presentes e fortes.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Realizou exposição do paciente ou despiu totalmente
o paciente
88
Protegeu contra hipotermia (considerar se solicitou cobrir
o paciente com cobertor)
Verbalizou que iniciará avaliação secundária.
Realizou questionário AMPLA (Alergias; Medicamentos
de uso; Patologias pregressas; Última refeição; Fatores
ou eventos relacionados ao trauma)
Sim: Pelo menos 3
Não: 2 ou menos
Examinou/Inspecionou cabeça e face
Tarefa 02
Prescreveu analgesia
Prescreveu cefalosporina de 1º geração ou cefalexina
e aminoglicosídeo ou gentamicina
Prescreveu “profilaxia antitetânica” ou “vacina antitetânica”
ou “toxoide tetânico”
Imobilizou o membro fraturado
89
Debriefing
Pessoal, a gente tá tão acostumado que trauma = ABCDE que às vezes
a gente patina quando já tem tudo isso pronto. Mas isso não vai acontecer
com vocês! Temos certeza!
90
Após imobilizar o membro, não podemos esquecer das profilaxias
(tétano e bacteriana). Devemos perguntar se o paciente tem o cartão
vacinal ou já orientar realizar profilaxia conforme status vacinal.
Por fim, como a fratura é exposta, devemos fazer antibioticoprofilaxia
com Cefalexina e Gentamicina!
Por fim, não podemos esquecer da analgesia (osso quebrado dói pra burro!)
e de encaminhar o paciente para serviço especializado para o tratamento
definitivo.
91
Coledocolitíase
Tema: Coledocolitíase
Início da Estação
Caso clínico:
Você é residente e está de plantão no pronto atendimento.
Chega um paciente com queixa de que tem ficado mais amarelo nos últimos
dias. Trouxe o resultado de um ultrassom realizado há 1 mês pois pensou
que poderia ser útil na consulta.
Tarefa 1:
Faça com o atendimento do paciente. Solicite a tarefa 2 a seguir.
Tarefa 2:
Indique qual(is) exames laboratoriais são necessários para dar continuidade
à investigação diagnóstica. Solicite a tarefa 3 a seguir.
Tarefa 3:
Indique um exame de imagem. Solicite a tarefa 4 a seguir.
Tarefa 4:
Frente ao exame de imagem, verbalize a conduta final.
92
IMAGEM 1:
IMAGEM 2:
93
Falha de enchimento no interior do ducto colédoco distal, podendo
representar cálculos, e cursando com dilatação a montante.
Orientações
ao Examinador:
A qualquer momento, se o candidato solicitar exame físico, entregar:
• BEG, mucosas coradas, hidratadas. Icterícia 2+/4+. Obeso
• ACV: RCR, em 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas. FC: 88bpm.
PA: 148x95mmHg.
• AR: Murmúrio presente bilateralmente, sem RA. Eupneico. FR: 21irpm.
• Abome: Globoso, flácido, indolor à palpação. Ausência de vísceromegalias.
Entregar Tarefa 2 quando solicitado (qualquer outro exame, falar que ainda
não saiu):
• Hemograma - Hb: 13,2 / Ht: 43% / Leucócitos: 6750 (sem desvio à esquerda)
/ Plaquetas: 260mil
• Bilirrubinas Totais: 3.8 mg/dl (Direta: 3.4mg/dl)
• Fosfatase Alcalina: 410 U/L (VR < 200 U/L)
• Gama Gt: 560 U/L (VR< 85 U/L)
• TGO/AST: 28 U/L (VR<40 U/L)
• TGP/ALT: 24 U/L (VR< 56 U/L)
94
Na tarefa 3, se o candidato solicitar qualquer outro exame, falar:
• Exame não disponível no momento.
• Se o candidato solicitar dois exames que não seja USG ou ColangioRM,
entregar a tarefa 3 e considerar que não acertou o checklist da tarefa.
Orientações
ao Ator:
Quando perguntado os seguintes questionamentos, responder:
• Nome: Fernando; Idade: 38 anos; Profissão: cozinheiro; casado;
Religião: católico; procedente de São Paulo; não viajou recentemente.
• Queixa principal (ou motivo da busca pelo atendimento): esposa notou
pele amarelada há 1 semana.
• Aspecto das fezes: mais claro;
• Aspecto da urina: escurecida, cor de coca cola;
• Febre: não apresentou febre, nem calafrios;
• Emagrecimento: não notou perda de peso;
• Prurido ou coceira: não notou;
• Dor abdominal: não está com dor agora, mas já apresentou dor
em hipocôndrio direito previamente, tipo cólica, mas que melhorava
95
em pouco tempo após analgesia. Procurou médico do postinho há
2 meses, quando foi solicitado o USG de abdome que trouxe na consulta.
• Comorbidades: obeso (pesa 115kg e mede 1,70cm), hipertenso e diabético;
• Hábitos: negar tabagismo, bebe cerveja socialmente;
• Medicamentos: losartana e metformina (não se lembra das doses)
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: pais vivos e obesos, pai já tirou a vesícula por pedra,
não tem parentes com história de câncer;
• Em qualquer momento da consulta, se questionado sobre o exame
que trouxe, entregar a IMAGEM 1.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
1. Apresentou-se como médico
2. Lavou as mãos
3. Identificação
96
5. História pregressa da moléstia atual
Tarefa 02
11. Solicitou os seguintes exames laboratoriais
11a. Hemograma
11c - Gama GT
97
Tarefa 03
12. Solicitou Ultrassom de abdome
Tarefa 04
15. Indicou CPRE
Debriefing
Galera, estação um pouco longa, mas muito boa pra revisar síndrome
colestática! Bora com calma aqui.
98
falar que tem pedra na vesícula. Não custa tentar, né?! Não esquecer dos
medicamentos em uso! Afinal, hepatite medicamentosa pode cursar com
icterícia.
Após uma boa anamnese, partimos para o exame físico! Essa estação não
cobrou habilidades quanto ao exame físico, mas fiquem espertos porque
pode aparecer na prova de vocês.
99
Aqui vai um “plus”. Alguns podem perguntar: mas e a colangiografia
intraoperatória? Esse exame é usado para os pacientes que vão ser
submetidos à colecistectomia. Geralmente pacientes em fila de espera para
colecistectomia eletiva que evolui com coledocolitíase.
100
Abdome Agudo
Vascular
Tema: Abdome Agudo Vascular
Caiu em: UNICAMP 2019
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico de plantão em uma enfermaria exclusiva para casos
de COVID-19 e é chamado para reavaliar Maria Clara, de 47 anos.
Trata-se de um paciente que internou com sintomas moderados da doença
e tem mantido boa evolução apenas com suporte ventilatório não invasivo.
Era previamente hígida, não fazia uso de nenhum medicamento contínuo,
nega tabagismo ou etilismo. Paciente chamou a equipe de enfermagem
pois iniciou quadro de dor abdominal intensa há mais ou menos 10 minutos.
Tarefa 1:
Prossiga com o atendimento do paciente. Solicite a tarefa 2 a seguir.
Tarefa 2:
Indique qual(is) exames são necessários para dar continuidade à investigação
diagnóstica. Solicite a tarefa 3 a seguir.
101
Tarefa 3:
Verbalize o diagnóstico e a conduta para o caso.
IMAGEM 1:
IMAGEM 2:
102
Orientações
ao Examinador:
A qualquer momento, se o candidato solicitar exame físico da forma como
demonstra o checklist, entregar:
• BEG, mucosas descoradas, hidratadas. Face de dor.
• ACV: RCR, em 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas. FC: 114bpm.
PA: 141x92mmHg.
• AR: Murmúrio presente bilateralmente, sem RA. FR: 33irpm.
Saturação 93% com O2 a 3L/min em VNI.
• Abome: Plano, flácido, doloroso à palpação difusamente.
Não demonstra piora da dor à palpação. Sem sinais de irritação peritoneal.
103
Orientações
ao Ator:
Demonstrar-se inquieto e com face de muita dor na barriga.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
104
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavou as mãos antes de se paramentar
Paramentou-se corretamente antes de entrar no quarto:
gorro (ou touca), óculos, máscara N-95 (errado se somente
“máscara” ou “máscara cirúrgica”), capote e luvas.
105
Tarefa 02
Solicitou os seguintes exames laboratoriais
Hemograma
Gasometria arterial
Lactato
Tarefa 03
Verbalizou o diagnóstico correto: Abdome Agudo Vascular
ou Isquemia Mesentérica Aguda ou Oclusão Mesentérica
Indicou cirúrgico/intervencionista (laparotomia
exploradora ou tratamento endovascular)
Debriefing
Galera, cenário pouco comum nas prova práticas: enfermaria.
E mais incomum ainda: enfermaria exclusiva para COVID-19.
Só essa informação já nos deixa desconfiados que devemos nos preocupar
com a paramentação, certo?! Então bora lá!
106
da dor (início, intensidade, irradiação, característica, fator de melhora
ou de piora…) e com o exame físico.
107
HDB
Tema: HDB
Caiu em: UNICAMP 2016; UFPR 2015; USP-SP 2015
Início da Estação
Caso clínico:
Você está de plantão em hospital terciário quando é chamado para
atender um paciente encaminhado devido a sangramento anal.
Ao ser chamado, paciente levantou, apresentou tontura e precisou se apoiar
por alguns instantes antes de entrar no consultório.
Tarefa 1:
Faça o atendimento inicial e ao terminar, solicite a tarefa seguinte.
Tarefa 2:
Indique exames laboratoriais e somente um exame de imagem.
Ao terminar, solicite a tarefa seguinte.
Tarefa 3:
Verbalize a(s) conduta(s) subsequente(s) e o provável diagnóstico etiológico.
108
Orientações
ao Ator:
Quando perguntado, responder:
• Nome: José Marcos; Idade: 68 anos; Profissão: aposentado, mas trabalhou
como bancário por muito tempo; casado; Religião: católico; procedente
de São Paulo;
• Queixa principal (ou motivo da busca pelo atendimento): fraqueza
intensa há 5 dias, com piora importante há 1 dia.
• Característica do sangramento: sangue vivo misturado com as fezes.
Não apresenta sangramento que pinga no vaso após defecar.
Sangramento não chegou a sujar roupa íntima. Notou esse sangramento
há 3 dias, mas achou que fosse melhorar sozinho.
• Intensidade: “Não sei dizer, mas não achei que foi muita coisa”
• Frequência: quase todos os episódios de evacuação;
• Dor: negar qualquer tipo de dor;
• Emagrecimento: não notou perda de peso;
• Hábito intestinal: sempre foi mais constipado. Não houve alteração.
• Febre: não apresentou febre, nem calafrios;
• Comorbidades ou doenças prévias: Hipertensão; arritmia e episódio
de diverticulite ano passado, mas que tratou somente com antibiótico
e que resolveu.
• Hábitos: negar tabagismo, bebe cerveja socialmente;
• Medicamentos: losartana e marevan (não se lembra a dose e nega uso
de qualquer outra medicação)
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: nega história familiar de câncer.
• Quando o candidato explicar que o toque retal deverá ser realizado,
recusar inicialmente a fazer o exame. Caso o candidato explique
a importância do exame, permitir.
109
Orientações
ao Examinador:
Quando candidato solicitar ou verbalizar que vai proceder para o exame
físico, mostrar:
• BEG, mucosas descoradas (3+/4+), desidratadas (+/4+).
• AR: MV+ bilateralmente, sem RA. Eupneico. StO2: 96% em ar ambiente.
• ACV: RCR, 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas.
• Abdome: Globoso, RHA+, indolor à palpação. Sem visceromegalias.
110
Na tarefa 3, se o candidato solicitar EDA, entregar a seguinte imagem:
111
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e se identificou como médico?
Lavou as mãos?
112
Tarefa 02
Solicitou Hemograma? ou Hemoglobina, Hematócrito,
Plaquetas?
Solicitou Coagulograma ou TAP e TTPA?
Prescreveu transfusão de hemáceas? (incorreto: transfusão
de sangue ou somente transfusão)
Prescreveu expansão volêmica com cristaloide?
Indicou a Colonoscopia?
Indicou Colonoscopia antes da EDA? (checklist negativo
com peso 2)
Verbalizou o provável diagnóstico etiológico:
Angiodisplasia ou Sangramento por Angiodisplasia?
(Incorreto: hemorragia digestiva baixa)
Debriefing
Galera, vamos relembrar aqui os principais tópicos sobre HDB! Primeira
coisa é lembrar que se trata do sangramento de qualquer parte do trato
gastrointestinal a partir do ângulo de Treitz.
114
Pré-Operatório
Tema: Pré-Operatório
Caiu em: HSL 2020
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico residente, está no ambulatório de um serviço
de referência, e vai atender Francisco, 62 anos. Ele está em acompanhamento
devido a colelitíase sintomática e está em programação de colecistectomia
videolaparoscópica eletiva. Veio para a primeira consulta do pré-operatório.
No momento encontra-se assintomático. É sabidamente diabético
e hipertenso e faz acompanhamento no posto de saúde do seu bairro.
Tarefa 1:
Continue o atendimento do paciente e ao terminar, dê as condutas iniciais.
Quando terminar, solicite a próxima tarefa.
Tarefa 2:
No retorno, o paciente trouxe os exames realizados:
• Hemograma: Hb 14,2 / Ht 40% / Leucócitos: 6800 / Plaquetas: 310mil
• Glicemia: 142 / Hb Glicada: 7,8%
• Ureia: 36 / Creatinina: 0,9
115
• Na+: 136 / K+: 3,9
• RX de tórax: sem alterações
• ECG: Ritmo sinusal, alteração de repolarização ventricular do tipo zona
eletricamente inativa de parede anterior.
• Realizou teste ergométrico e foi liberado pelo cardiologista para realizar
cirurgia.
Orientações
ao Ator:
Na tarefa 1, quando perguntado, responder:
• Nome: Franciso; Idade: 62 anos; Profissão: empresário; viúvo;
Religião: católico; procedente de São Paulo;
• Não apresenta queixas no momento.
• Doenças prévias: diabetes, hipertensão e infarto há 2 anos
(colocou Stent);
• Medicamentos em uso: Insulina NPH e Regular; AAS; Clopidogrel;
Atorvastatina; Carvedilol; Enalapril; (não se lembra as doses)
• Hábitos: negar tabagismo, bebe cerveja socialmente;
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: pai morreu de infarto.
116
Ao final, dizer que está ansioso pela cirurgia e que tem medo de realizá-la.
Orientações
ao Examinador:
Quando candidato solicitar ou verbalizar que vai proceder para o exame
físico, mostrar:
• BEG, mucosas coradas, e hidratadas.
• AR: MV+ bilateralmente, sem RA. Eupneico. StO2: 96% em ar ambiente.
• ACV: RCR, 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas. FC: 62bpm.
PA: 135x92 mmHg.
• Abdome: Globoso, RHA+, indolor à palpação. Sem visceromegalias.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
1. Apresentou-se e se identificou como médico?
2. Lavou as mãos?
117
5. Perguntou sobre alergias?
7a. Hemograma
7c. Eletrocardiograma
Tarefa 02
9. Classificou o paciente como ASA III?
118
13. Explicou que a avaliação pré-operatória não exime
o risco e tranquilizou o paciente?
14. Questionou ativamente sobre dúvidas?
Debriefing
Galera, levem essa malícia com vocês: quando estiverem em um ambiente
ambulatorial, geralmente os checklists focam ou na anamnese ou no
exame físico do paciente. Uma parte menor fica para as condutas.
Bora ver como fica essa estação de avaliação pré-operatória aqui.
119
O checklist não tiraria ponto se você solicitasse outros exames, mas
é importante manter os “pés no chão”! Não saia pedindo todos os exames
que vem na sua cabeça!
Para fechar com chave de ouro, lembrar sempre de ser cordial e demonstrar
empatia com seus pacientes! Isso pode te dar uns pontinhos a mais na
segunda fase.
120
DAOP
Tema: DAOP
Início da Estação
Caso clínico:
Você está no ambulatório de um serviço de referência, e vai atender Joana,
58 anos, que foi encaminhada do PSF de origem devido a fortes dores em
panturrilha direita ao caminhar. Os sintomas iniciaram há 1 ano e tem
piorado nos últimos meses. É obesa, diabética, hipertensa e tem dislipidemia.
Faz uso irregular da medicação (losartana e metformina).
Tarefaúnica:
Continue o atendimento do paciente. Quando terminar, oriente-a quanto
às condutas.
Orientações
ao Ator:
Na tarefa 1, quando perguntado, responder:
• Nome: Joana; Idade: 58 anos; Profissão: doméstica; viúva;
121
Religião: católico; procedente de Goiás;
• Queixa: dor nas pernas que piora quando caminha.
• Tempo: início há 1 ano, mas que piorou nos últimos meses
• Características da dor: tipo queimação em panturrilhas, intensa.
Consegue caminhar mais ou menos 100 metros sem sentir dor.
Precisa parar para descansar uns 5 minutos para a dor aliviar.
Após o descanso, consegue andar mais 100 metros e precisa parar
novamente. Não apresenta dor ao repouso.
• Negar lesões (feridas, úlceras) em dedos ou em perna.
• Doenças prévias: diabetes, hipertensão
• Medicamentos em uso: Uso irregular de Losartana e metformina.
Falar que o médico do postinho prescreveu Insulina, mas que ficou com
medo de tomar.
• Hábitos: tabagista 1 maço por semana; nega etilismo
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: não se lembra
Orientações
ao Examinador:
Quando candidato solicitar ou verbalizar que vai proceder para o exame
físico, mostrar:
• BEG, mucosas coradas, e hidratadas.
• AR: MV+ bilateralmente, sem RA. Eupneico. StO2: 96% em ar ambiente.
• ACV: RCR, 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas. FC: 86bpm.
122
PA: 176x112 mmHg.
• Abdome: Globoso, RHA+, indolor à palpação. Sem visceromegalias.
• Membros inferiores: rarefação de fâneros, onicose em pé direito,
membros inferiores discretamente pálidos, pulsos distais de difícil
palpação, porém presentes e bem finos.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
1. Apresentou-se e se identificou como médico?
2. Lavou as mãos?
123
3d. A dor volta após caminhar uma distância similar?
124
Debriefing
Galera, mais uma vez estamos numa situação ambulatorial! Agora,
atendemos uma paciente idosa com dor nas pernas ao caminhar.
Situação bem recorrente no dia a dia de quem for atender PSF, hein?!
Fiquem atentos!
Aqui entra um exame bem simples e que pode nos auxiliar MUITO no
diagnóstico: Índice Tornozelo-Braquial. Para calcular, basta aferir a
PA em Artéria Tibial Anterior ou Posterior (que passam no tornozelo)
e da Artéria Braquial. Depois basta dividir o que se tem no “tornozelo”
pelo que se tem no “braquial” (Tornozelo-Braquial).
125
Em relação ao tratamento, a cirurgia é reservada para os paciente com
sintomas em repouso ou que apresentem úlcera ou gangrena (esses sinais
geralmente estão relacionados com ITB < 0,4). O tratamento conservador
é tentado para todos os demais pacientes. Deve-se estimular uma mudança
dos hábitos de vida (cessar TBG, controlar doenças de base, exercício físico
controlado), prescrever AAS ou Clopidogrel. Nesse caso da estação não
está indicado o tratamento com cirurgia!
126
Infecção de Ferida
Operatória
Tema: Infecção de Ferida Operatória
Início da Estação
Caso clínico:
Você está no ambulatório de um serviço de referência, e vai atender
Matheus, 21 anos, que veio para a primeira consulta após apendicectomia
aberta, que aconteceu á 7 dias. Não houve qualquer tipo de complicação
durante a cirurgia e o paciente foi de alta no dia seguinte.
O paciente era previamente hígido e não fazia uso de nenhuma medicação.
Tarefaúnica:
Continue o atendimento do paciente e ao final, dê o diagnóstico e a conduta
para o caso.
127
Orientações
ao Ator:
Na tarefa 1, quando perguntado, responder:
• Nome: Matheus; Idade: 21 anos; Profissão: estudante de direito;
procedente de Osasco;
• Queixa: dor na ferida da cirurgia que iniciou cerca de 4 dias
após a cirurgia.
• Características da dor: dor tipo pontada e as vezes em queimação;
de moderada intensidade; piora com manipulação e alivia com analgesia;
• Notou a ferida mais avermelhada, mais quente e saindo secreção
que parece pus.
• Teve sensação de febre, mas não mediu.
• Não teve dor abdominal.
• Doenças prévias: nega
• Medicamentos em uso: nega
• Hábitos: nega tabagismo, bebe cerveja somente nas festas da faculdade;
• Alergias: nenhuma;
128
Orientações
ao Examinador:
Quando candidato solicitar ou verbalizar que vai proceder para o exame
físico, entregar:
• BEG, mucosas coradas e hidratadas, Tax: 37.7ºC
• AR: MV+ bilateralmente, sem RA. Eupneico. StO2: 96% em ar ambiente.
• ACV: RCR, 2T, sem sopros. Bulhas normofonéticas. FC: 91bpm.
PA: 134x82 mmHg.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
129
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e se identificou como médico?
Lavou as mãos?
130
Orientou sinais de alarme (pelo menos 2 dos seguintes:
dor abdominal difusa, saída de secreção fecaloide pela
ferida, sinais de sepse - queda do estado geral, prostração,
oligúria, inapetência, hipotensão) e a procurar pronto
atendimento, se presentes?
Debriefing
Galera, estação com um tema que ainda não vimos cair em prova,
mas que ajuda bastante a refrescar e manter medular a anamnese
ambulatorial básica. Além disso, vale muito a pena estudar complicações
pós-operatórias porque tem caído cada vez mais nas provas teóricas e tem
potencial de estar na sua prova prática.
131
às vezes drenagem purulenta, mas geralmente sem repercussões sistêmicas),
infecção de parede profunda/coleção purulenta (geralmente cursa com
sinais inflamatórios sistêmicos e uma evolução clínica mais arrastada),
e deiscência de pontos intra-abdominais (paciente pode apresentar
peritonite e comprometimento do estado geral).
Por fim, vamos abandonar esse paciente?! Claro que não, né?!
Vamos reavaliá-lo em uma semana e, nesse meio tempo, deixamos orientado
todos os sinais de alarme para que o paciente procure o pronto atendimento,
se necessário.
132
Trauma
Abdominal Aberto
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em um Pronto Atendimento de um hospital referência
em trauma. É chamado para atender Joao Cleber, de 31 anos, vítima de
ferimento por arma branca em epigástrio. A agressão aconteceu há mais ou
menos 30 minutos. Paciente negou quaisquer outros tipos de trauma.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento e dê as condutas iniciais.
Tarefa 02:
Durante período que ficou em observação, paciente evoluiu com dor
abdominal intensa, rigidez e muita dor à palpação superficial de todo o
abdome. Escreva na linha abaixo a conduta frente à essa evolução.
133
Tarefa 03:
No intraoperatório, foi identificada uma lesão em duodeno, a 20cm do
piloro, de cerca de 3cm de extensão, com saída de conteúdo líquido, amarelo
esverdeado. Escreva na linha abaixo a conduta frente à lesão encontrada.
Orientações
ao Examinador:
Quando candidato solicitar avaliação A ou das vias aéreas, entregar:
• Vias aéreas pérvias. Paciente verbalizado.
Quando o candidato solicitar avaliação B ou avaliação da respiração ou
avaliação do tórax, entregar:
• MV fisiológico bilateralmente. Sem ruídos adventícios. StO2: 98% em ar
ambiente.
Quando o candidato solicitar avaliação C ou PA, FC e exame abdominal,
entregar:
• PA: 135x82mmHg. FC: 105bpm. Presença de lesão cortante, de 4cm de
extensão, sem exteriorização de sangramento. Dor à palpação local.
Ausência de sinais de peritonite.
Quando o candidato solicitar avaliação D ou avaliação neurológica, entregar:
• ECG: 15. Sem sinais de déficit neurológico.
134
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavou as mãos antes do atendimento?
Paramentou-se com gorro, óculos, máscara, avental e luva?
(correto somente se todos os itens presentes)
Apresentou-se como médico?
Prescreveu analgesia?
135
Tarefa 02
Resposta: laparotomia exploradora.
Tarefa 03
Resposta: rafia primária ou fechamento primário ou sutura
primária.
Debriefing
Galera, claramente a estação é uma estação de trauma. E todos vocês estão
cansados de saber que TRAUMA = ABCDE!!!
Após garantir a via aérea do paciente (após resolver o A), vamos iniciar
a avaliação do B. Aqui, sempre verbalizem o que vocês querem examinar!
Portanto, sempre pedir ou dizer que vai aferir Saturação e exame do tórax
(inspeção, palpação, percussão e ausculta).
136
No E, vamos expor totalmente o paciente e cobri-lo a fim de evitar hipotermia.
Não deixa de dominar essa parte para qualquer prova que for prestar.
Fizemos aqui uma introdução breve. Em casa, leia bastante para deixar tudo
medular. Maravilha?
137
havia indicação de exploração digital da ferida. Já o ATLS 10 não traz mais essa
parte da investigação, porém não o contraindica. Trata-se de uma conduta
cada vez menos feita nos centros de trauma. Isso porque percebeu-se que o
exame físico seriado tem uma acurácia de 94% e a exploração digital gerava
muitas laparotomias brancas (apesar de ter violação da parede abdominal,
não havia lesão de órgãos) e em caso de exploração duvidosa, procedia-se
para o exame físico seriado. O ATLS 10, então, apenas pula essa parte e vai
direto pro exame físico seriado.
138
Avaliação de
Nódulo Pulmonar
Início da Estação
Caso Clínico:
Você é médico em uma UBS e vai atender Joao dos Santos, 59 anos em uma
consulta de rotina. Hoje não apresenta quaisquer queixas. É sabidamente
diabético, com bons controles glicêmicos. Faz uso de Metformina 1g 3x ao
dia e Glibenclamida 5mg/dia. É tabagista (40 anos-maço) há mais ou menos
30 anos. Trouxe um raio-x de tórax que realizou por conta própria devido
a um episódio de tosse há 2 semanas que o vizinho disse que poderia ser
pneumonia.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento do paciente e, em seguida, indique qual(is)
exame(s) você quer solicitar para esse paciente.
Tarefa 02:
No retorno, o paciente conta que está aguardando o resultado dos outros
exames, porém trouxe as imagens da tomografia realizada. Após analisar as
imagens, dê a conduta e tire as dúvidas do paciente.
139
Fonte: Case courtesy of Dr Ian Bickle, Radiopaedia.org, rID: 52556
Orientações
ao Ator:
Paciente encontra-se em pé, ao lado da cadeira. Quando o candidato
convidar o paciente para sentar-se, o paciente tira do bolso um maço de
cigarro e coloca sobre a mesa.
140
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: pai morreu de infarto e mãe morreu de câncer (não se
lembra do sítio)
Orientações
ao Examinador:
Quando solicitado/indicado que irá realizar exame físico, entregar:
• BEG, mucosas coradas e hidratadas, anictérico, afebril.
141
• ACV: RCR, em 2T, sem sopros. BNF. FC: 92bpm. PA: 129x76mmHg.
• AR: Tórax expansibilidade discretamente reduzida. MV+ bilateralmente,
sem ruídos. Sem sinais de esforço respiratório. FR: 18irpm.
• Abdome: Inocente.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou e se identificou com médico?
142
Tarefa 02
Identificou massa pulmonar à esquerda?
Orientou a probabilidade de câncer de forma humanizada,
mas de forma clara e assertiva?
Indicou biópsia da massa?
Orientou que é preciso esperar a confirmação histopatológica
antes de definir o tratamento?
Mencionou possibilidade de tratamento com
imunomoduladores via oral?
Demonstrou empatia com o paciente e o acalmou diante
da má notícia?
Debriefing
Galera, estação ambulatorial sobre investigação de nódulo/massa pulmonar.
Bora destrinchar essa estação aqui!
Como a questão já diz que o paciente não apresenta nenhuma queixa, perceba
que ela não cobrou algumas partes da anamnese completa e te guiou para ir
diretamente ao ponto: tabagismo - um fator de risco importantíssimo para
câncer de pulmão. Aqui vale uma dica: em toda abordagem de quaisquer
tipo de vício é importante falar sobre o próprio vício, sobre os riscos que
ele pode trazer para a saúde do paciente, e encorajá-lo a abandonar o vício.
143
Sempre depois da anamnese, lembrem-se do exame físico!! E aqui percebam
que o exame em nada nos acrescenta para o diagnóstico. Vamos, então,
analisar quais exames pediremos para rastreio de um paciente com 59 anos,
tabagista e diabético.
144
paciente com altíssimo risco de estar com câncer de pulmão. Está indicada,
portanto, a tomografia de tórax.
145
Melanoma Cutâneo
Tema: Melanoma Cutâneo
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está em um ambulatório de referência e vai atender Joana, de 46 anos.
A paciente veio à consulta devido a uma lesão de pele, que surgiu há 6
meses, em região temporal, próximo ao ângulo palpebral externo direito.
Nega tabagismo ou etilismo. Nega comorbidades ou uso de medicamentos
de forma contínua.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento da paciente. Assim que terminar, solicite a
próxima tarefa.
Tarefa 02:
Escreva nas linhas abaixo 5 fatores de risco para desenvolvimento de
melanoma cutâneo:
1-
2-
3-
146
4-
5-
Tarefa 03:
Verbalize a conduta para o caso atendido e justifique.
Orientações
ao Ator:
a tarefa 1, quando perguntado, responder:
N
• Nome: Joana; Idade: 46 anos; profissão: bancária; casada; religião:
evangélica; procedente de Curitiba - PR; branca;
• Queixa: lesão próxima do olho direito.
• Sintomas locais: negar todos (dor, sangramento, prurido)
• Doenças prévias: Nega quaisquer doenças
• Medicamentos em uso: Negar quaisquer medicamentos em uso.
• Hábitos: Negar tabagismo ou etilismo.
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: tia por parte de mãe morreu de câncer de pele. Por
isso ficou preocupada e procurou ajuda médica.
147
Durante a tarefa 3, perguntar ativamente:
• Doutor(a), eu tenho câncer?
Orientações
ao Examinador:
Se o candidato solicitar exame físico de forma vaga, entregar:
BEG, corada, hidratada, acianótica, afebril.
ACV: RCR, em 2T, BNF, sem sopros. FC: 86bpm. PA: 122x72mmHg.
AR: MV fisiológico bilateralmente, sem ruídos. Eupneica. FR: 17irpm.
Abdome: inocente.
148
Fonte: https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=54851b6a876f53814d4f4ba9&imageSize=9
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
1- Cumprimentou a paciente e se apresentou como
médico?
2- Lavou as mãos antes do atendimento?
149
4- Perguntou sobre uso de protetor solar?
5- Perguntou sobre evolução? (ou pelo menos um dos
seguintes: crescimento ou mudança de características –
cor, relevo)
6- Perguntou sobre sintomas locais? (ou pelo menos um
dos seguintes: prurido, dor, sangramento)
7- Perguntou sobre história familiar de câncer?
Tarefa 02
10- 5 das seguintes: Idade > 50anos; história familiar de
melanoma cutâneo; mais de 25 nevos; um ou mais nevos
atípicos; exposição à radiação na infância; exposição solar
significativa; imunossupressão; fenótipo leucodérmico;
fenótipo ruivo.
Tarefa 03
11- Orientou que existe a possibilidade de melanoma, mas
que a biópsia é necessária para confirmação?
150
12- Indicou biópsia incisional?
Debriefing
Galera, estamos diante de um paciente com lesão de pele em próximo à
região palpebral! Essa estação tem um enfoque na anamnese e na conduta!
Bora destrinchar essa parte aqui.
Toda lesão de pele que possa nos remeter a câncer devemos investigar
todos os fatores de risco que acompanham a doença. Tudo começa lá na
identificação de um paciente idoso, branco, ruivo. Sobre a lesão, precisamos
saber sobre sintomas locais (dor, prurido ou sangramento), sobre a evolução
da lesão (se cresceu, se iniciou como um nevo, se mudou de características).
Precisamos saber se o paciente se expõe ao sol sem proteção; sobre a história
familiar de câncer de pele. Tudo isso faz parte da anamnese!
151
É muito importante realizar a dermatoscopia das lesões! Esse exame nada
mais é do que olhar a lesão com uma lupa! A dermatoscopia apresenta uma
alta especificidade para melanoma quando a lesão apresenta mais de três
características dermatoscópicas: presença de múltiplas cores, rede pigmentar
irregular e/ou hiperpigmentada (proeminente), pseudópodes, estrias
radiadas, véu azul-esbranquiçado, áreas de regressão (despigmentação ou
peppering), glóbulos marrons ou pretos de formato irregular e distribuídos
irregularmente dentro da lesão, pontos pretos periféricos, áreas de
hipopigmentação ou áreas de hiperpigmentação. Não podemos esquecer
dessa parte do exame físico.
152
AA Inflamatório –
Diverticulite Aguda
Início da Estação
Caso Clínico:
Você é médico de plantão em hospital terciário quando é chamado para
atender Sebastião, 68 anos com dor abdominal há mais ou menos 1 dia.
Paciente é obeso e tem hábito intestinal constipado há anos. Não apresenta
emagrecimento ou hematoquezia. Realizou colonoscopia para rastreio de
câncer de cólon há 1 mês e trouxe as imagens.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento do paciente e verbalize as condutas iniciais.
Solicite a tarefa 2 a seguir.
Tarefa 02:
Resultado dos exames solicitados:
153
HMG: Hb 13,2 / Ht 44% / Leucócitos 16250 (com 12% de bastões e 78% de
segmentados) / Plaquetas 288mil
PCR: 29 (VR<1) / Na: 134 / K: 3,7
EAS – Nitrito negativo / Leucócitos: 55mil / Bactérias raras / Eritrócitos:
25mil
Orientações
ao Ator:
a tarefa 1, quando perguntado, responder:
N
• Nome: Sebastião; Idade: 68 anos; profissão: fazendeiro; casado; religião:
católico; procedente de Franca-SP;
• Queixa: dor na barriga
• Início: há 1 dia (ontem)
• Localização: quadrante inferior esquerdo
• Tipo da dor: ora pontada, ora cólica.
• Intensidade: Forte! Começou mais leve e está aumentado.
• Negar fator desencadeante ou fator de melhora.
• Piora quando aperta o local.
• Apresenta sensação de febre, mas não mediu. Não apresenta náuseas
ou vômitos. Não apresenta alteração do hábito intestinal (que é mais
constipado – última evacuação há 2 dias);
• Doenças prévias: Hipertensão
154
• Medicamentos em uso: Losartana
• Hábitos: Negar tabagismo ou etilismo.
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: tia por parte de mãe morreu de câncer (não sabe onde)
Quando candidato solicitar tarefa 2, não responder quaisquer
questionamentos que ele fizer.
Orientações
ao Examinador:
A qualquer momento que o candidato solicitar exame físico, entregar:
• BEG, descorado (+/4+), desidratado (+/4+), anictérico, Tax: 38,4ºC.
• AR: MV fisiológico bilateralmente, sem ruídos adventícios. StO2: 96%
em ar ambiente. FR: 26irpm.
• ACV: RCR, em 2T, sem sopros. FC: 99bpm. PA: 135x82mmHg.
• Abdome: Globoso, RHA+, doloroso à palpação em FIE, sem sinais de
peritonite difusa. Exame profundo difícil devido à obesidade, porém
não foi possível palpar massas ou flegmão.
Quando o candidato solicitar monitorização e acesso venoso periférico,
verbalizar:
• Considere o paciente monitorizado e com acesso venoso periférico
puncionado.
Imagem de colonoscopia
mostrando doença diverticular
dos cólons.
155
Quando o candidato solicitar exames na tarefa 1, verbalizar:
• Os exames serão realizados.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
156
Solicitou monitorização do paciente e punção de acesso
venoso periférico?
Solicitou exames laboratoriais? (não é necessário especificar)
Solicitou tomografia de abdome com contraste? (não é
correto somente tomografia de abdome ou tomografia de
abdome sem contraste)
Prescreveu Analgesia? (qualquer analgesia é válida)
Prescreveu reposição volêmica ou expansão volêmica ou
expansão com RL ou expansão com SF?
Prescreveu antibioticoterapia com cobertura para gram-
negativos e anaeróbios ou ampicilina/sulbactam (unasyn)
e metronidazol ou ciprofloxacino e metronidazol? (não
precisa da dose)
Tarefa 02
Classificou corretamente: Hinchey II?
Debriefing
Abdome agudo inflamatório é sempre tema quente para a prova prática!! Em
relação à anamnese, é importante termos em mente a anamnese completa da
dor: localização, tipo, intensidade, fator desencadeante, fator de melhora,
fator de piora, irradiação, evolução, sintomas associados… tudo!
157
ilíaca esquerda, sem irradiação, tipo pontada, sem fator de melhora e que
aumentou de intensidade desde o início. IMPORTANTÍSSIMO NÃO
ESQUECER DE REALIZAR O EXAME FÍSICO!!! No exame físico,
notamos que o paciente apresenta febre e dor à palpação de fossa ilíaca
esquerda, porém sem sinais de peritonite difusa. Além disso, quando
solicitamos a imagem da colonoscopia realizada podemos notar a presença
de vários divertículos! Isso nos guia em direção de uma causa comum de
abdome agudo inflamatório em idoso: DIVERTICULITE!
O que fazer primeiramente com esse paciente?! O mesmo que todo paciente
vítima de abdome agudo: ESTABILIZAÇÃO! Nessa fase, prescrevemos
analgesia, hidratamos o paciente, solicitamos monitorização, acessos venosos
e os exames complementares. Importante já iniciar antibioticoterapia que
cubra gram negativos e anaeróbios (flora intestinal)!
158
acaba poupando o paciente de uma qualidade de vida reduzida devido à
colostomia, visto que quando a cirurgia é eletiva, as chances de anastomose
primária são muito maiores.
159
Trombose
Venosa Profunda
Início da Estação
Caso Clínico:
Paciente de 56 anos, masculino, internado há 5 dias devido ao quadro de
melena há 2 semanas e um episódio de hematêmese volumosa no dia da
internação. Realizadas medidas iniciais e endoscopia evidenciou úlcera
Forrest 1B. Foi tratado com escleroterapia. Desde a internação, não
deambulou por receio de novo sangramento. Hoje durante avaliação diária
queixou dor em membro inferior direito e novo episódio de hematêmese.
Ao exame físico:
BEG, corado, hidratado, afebril.
ACV: RCR, em 2T, sem sopros. FC: 102bpm. PA: 122x76mmHg.
AR: MV fisiológico bilateralmente. Sem ruídos adventícios. StO2: 94% em
ar ambiente. Eupneico. FR: 19irpm.
Abdome: Inocente.
Membros inferior direito doloroso em região de panturrilha à palpação e
160
à dorso-flexão do pé, com panturrilha empastada. Pulsos distais presentes,
firmes e simétricos. Membros mostrados na foto abaixo:
Fonte: https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=57753454bdb567423c1d51
4d&imageSize=9
Tarefa 01:
Qual a principal hipótese diagnóstica?
Tarefa 02:
Cite cinco fatores de risco para essa condição.
Tarefa 03:
Cite a conduta imediata para o caso descrito.
161
Tarefa 04:
Justifique a conduta terapêutica indicada acima.
Orientações
ao Examinador:
Assim que solicitado, entregar a tarefa 2, depois a tarefa 3 e por último a
tarefa 4.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Trombose Venosa Profunda (incorreto quaisquer abreviações
ou outros diagnósticos).
Tarefa 02
Cinco dos seguintes: Idade avançada; história familiar de
trombose; história pessoal de trombose; cirurgia recente;
trauma recente do membro acometido; imobilizações
prolongadas; neoplasia maligna; uso de anticoncepcional;
obesidade; gravidez ou puerpério; tabagismo; síndrome
nefrótica; Mutação do Fator V de Leiden; Deficiência
de proteínas C e S; Deficiência de antitrombina; hiper-
homocisteinemia; mutação do gene da protrombina;
Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo; Deficiência do
fator XII; Síndrome de May-Thurner.
162
Tarefa 03
Implante de filtro de veia cava
Tarefa 04
Trombose venosa profunda na vigência de sangramento
ativo do trato gastrointestinal.
Debriefing
Galera, bora com calma aqui. Vamo ver qual é o nosso ambiente. Estamos
diante de um paciente que internou por HDA (úlcera Forrest 1B -
sangramento em babação). No 5 dia de internação, evoluiu com novo episódio
de hematêmese e dor em membro inferior. Ao exame físico, estamos diante
de um membro inferior com panturrilha dolorosa à palpação e à dorso-
flexão do pé. Além disso, na imagem percebemos um MID edemaciado
(mais do que o esquerdo), hiperemiado até 1/3 superior. Tudo isso nos leva
a somente um diagnóstico: Trombose Venosa Profunda.
163
é de terapia não farmacológica - filtro de veia cava e meias elásticas), DUP
ativa, coagulopatias conhecidas, HAS descontrolada, cirurgia grande ou
procedimento invasivo planejado, endocardite, doença cerebral ativa -
metástases -, anemia grave, tumores ulcerados, gestação.
164
Aneurisma de
Aorta Abdominal
Início da Estação
Caso Clínico:
Você é médico em UBS e hoje Vicente, 82 anos, vem para a primeira
consulta de rotina nesta unidade. Conta que se mudou para o bairro
recentemente. Nega quaisquer queixas no momento. Refere que seguia em
outra unidade devido a hipertensão (em uso de losartana 50mg de 12/12h e
hidroclorotiazida 25mg/dia) e dislipidemia (em uso de atorvastatina 10mg/
dia). É tabagista (30 anos-maço) e etilista social. Conta que o pai morreu de
infarto aos 62 anos.
Ao exame físico:
BEG, mucosas coradas e hidratadas. Acianótico. Afebril. Anictérico.
ACV: RCR, em 2T, sem sopros. FC: 79bpm. PA: 144x91mmHg.
AR: MV fisiológico bilateralmente, com discretos sibilos em ambas as
bases. FR: 22irpm
ABD: Plano, ruídos presentes, indolor à palpação. Sem visceromegalias.
165
O médico que fazia seguimento anteriormente solicitou os seguintes
exames:
Glicemia: 96mg/dl; HbGlicada: 6,52%; Colesterol total: 166mg/dl; HDL:
47mg/dl; LDL: 76mg/dl; Pesquisa de sangue oculto nas fezes: Negativo;
PSA: 1,1 ng/ml.
USG com imagem mostrada abaixo.
Tarefa 01:
Sane as dúvidas do paciente e verbalize a conduta. Ao terminar, solicite a
próxima tarefa.
Tarefa 02:
Paciente retornou em 6 meses com novo exame de imagem evidenciando
aneurisma de aorta abdominal com 5,01cm. Faça as orientações pertinentes
ao caso e verbalize a conduta e justifique.
166
Orientações
ao Ator:
Se o candidato não orientar, questionar ativamente:
• O que é esse aneurisma?
• Por que eu desenvolvi essa doença?
• Vou precisar fazer cirurgia? (se o candidato orientar que não é necessário,
insistir que tem vontade de realizar a cirurgia para resolver logo o
problema)
• Então o que eu preciso fazer para tratar essa doença?
• Esse aneurisma pode romper?
Orientações
ao Examinador:
A qualquer momento que o candidato solicitar, entregar tarefa 2. A partir
desse momento, o candidato não pontua mais nos checklist da tarefa 1.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Cumprimentou o paciente e o convidou para sentar-se?
167
Perguntou se o paciente tinha alguma dúvida?
Explicou de forma simples e objetiva o que um aneurisma?
(correto de apenas dizer que é uma dilatação na aorta)
Falou que tabagismo é o principal fator de risco para
desenvolvimento de aneurisma de aorta abdominal?
Orientou cessar tabagismo?
Reforçou positivamente quanto ao controle das outras
comorbidades? (correto se parabenizou pelo bom controle
do colesterol)
Orientou que tratamento cirúrgico ainda não é necessário?
Orientou controle semestral do tamanho do aneurisma?
(correto se orientou exame de imagem – USG, TC ou RM
– a cada 6 meses)
Orientou sinais de ruptura do aneurisma (dor abdominal
súbita e intensa)?
Prescreveu betabloqueador? (também correto se verbalizar
o nome de qualquer betabloqueador)
Solicitou USG ou TC ou RM para ser realizada em 6 meses?
Tarefa 02
Orientou ao paciente que o tamanho do aneurisma aumentou?
168
Debriefing
Moçada, a parte de cirurgia vascular tem caído cada vez mais nas provas
teóricas! É um tema que pode estar também na sua prova prática! Importante
dar uma atenção para essa especialidade cirúrgica também!
169
baixa sensibilidade; logo não deve ser usado como rastreio. Notem: esse
paciente é tabagista e tem 82 anos! Parabéns ao médico que solicitou esse
USG! Nele observamos o aneurisma em corte transversal e que mede 4,33cm
(notem que a medida é de todo o aneurisma, e não da luz).
170
Ureterolitíase
Tema: Ureterolitíase
Caiu em: UFPR 2016
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em pronto atendimento de hospital terciário e é
chamado para atender Pedro José, 42 anos. Paciente queixa dor em região
de flanco direito, de forte intensidade, contínua, ora tipo cólica ora tipo
pontada, nega fatores de melhora ou de piora. Refere dor de início súbito,
de caráter progressivo. Conta irradiação para bolsa escrotal direita. Refere
náuseas associadas e que apresentou três episódios de vômitos.
Ao exame físico:
BEG, descorado +/4+, desidratado +/4+, Tax.: 37,6ºC
AR: MV fisiológico bilateralmente, sem ruídos adventícios.
ACV: RCR em 2T, BNF, sem sopros audíveis. FC: 104bpm. PA: 144x92mmHg.
ABDOME: Plano, RHA presentes, doloroso em flanco direito, mas que não
piora à palpação. Sem sinais de peritonite. Giordano negativo.
171
Tarefa 01:
Solicite 4 exames laboratoriais que achar pertinente ao caso e 1 exame de
imagem.
Tarefa 02:
Explique o diagnóstico e tire as dúvidas do paciente e oriente as condutas
subsequentes.
172
Tarefa 03:
Após medidas tomadas, paciente evoluiu com bom controle da dor. Dê as
orientações subsequentes.
Orientações
ao Ator:
Na tarefa 2, perguntar ativamente:
• O que eu tenho?
• O senhor não acha melhor fazer uma cirurgia e tirar essa pedra logo?
(tom insinuativo)
• E tem algum remédio que eu possa tomar para tirar essa pedra?
Na tarefa 3, perguntar ativamente:
• Eu vou precisar ficar internado?
Orientações
ao Examinador:
Entregar somente os exames que o candidato solicitar. Se forem solicitados
outros exames que não constam no checklist, falar:
• Os outros exames solicitados ainda não saíram o resultado.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
173
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Solicitou hemograma?
Solicitou EAS?
Solicitou Urocultura?
Solicitou Tomografia de abdome sem contraste? (errado
se TC contrastada)
Tarefa 02
Deu o diagnóstico correto: ureterolitíase ou pedra/cálculo
no ureter? (incorreto se nefrolitíase ou pedra/cálculo nos
rins)
Orientou não ser necessária a cirurgia neste momento?
Explicou de forma clara para o paciente e assertiva a terapia
médica expulsiva? (correto se: medicamentos por via oral
que vão ajudar a expelir o cálculo)
Prescreveu analgesia? (correto se: somente AINEs ou analgesia
simples + AINEs ou AINEs + opioides ou somente opioides;
incorreto se somente analgesia simples)
Prescreveu antiemético? (qualquer antiemético é válido)
174
Tarefa 03
Encaminhou para acompanhamento ambulatorial?
Orientou sinais de alarme? (oligúria ou anúria, febre,
orientações quanto ao quadro de sepse – rebaixamento,
dispneia, hipotensão –, dor refratária)
Tarefa Bônus
Demonstrou empatia com o paciente?
Debriefing
Galera, estamos diante de um paciente com cólica lombar que irradia para
bolsa escrotal, de início súbito, associado a náuseas e vômitos. O diagnóstico
tá bem na cara, né?! Então bora fazer uma revisão rapidinho aqui sobre
ureterolitíase!!
175
ele causa os sintomas de cólica nefrética (dor em flancos tipo cólica que
pode irradiar para inguinal ipsilateral, associado a náuseas e vômitos).
O diagnóstico pode ser feito com USG de rins e vias urinárias, que vê uma
imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior. Esse exame possui
uma acurácia menor do que a tomografia, que é considerado o padrão ouro.
Na tomografia, observamos uma imagem hiperdensa (próximo à densidade
do osso) em topografia de ureter. A tomografia é feita em duas fases: uma
sem contraste, que identifica o cálculo e uma na fase tardia do contraste,
que identifica obstrução ou não do rim. A fase tardia é feita mais ou menos
5 minutos após a infusão do contraste, que é filtrado pelo rim e excretado,
passando pelos ureteres. No rim obstruído, percebemos uma falha no
enchimento do ureter, o que indica desobstrução com urgência.
176
Já o tratamento dos cálculos com <0,7cm, está indicada a terapia médica
expulsiva. Ela é baseada em um ureterodilatador (tansulosina, nifedipino),
medicamentos sintomáticos e uma boa hidratação. É muito importante
o encaminhamento ambulatorial para avaliar a causa da formação desse
cálculo. Durante a terapia é muito importante que o paciente seja bem
orientado quanto aos sinais de alarme (ITU e os sinais de sepse, rebaixamento
do sensório, oligo/anúria).
177
Colangite
Tema: Colangite
Caiu em: SCMSP 2015
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em uma UPA quando é chamado para atender
Wilson Souza, 50 anos, com queixa de dor abdominal há 5 dias. Refere
dor em andar superior do abdome, pior em hipocôndrio direito, hiporexia,
náuseas, mas sem vômitos. Refere febre não aferida ontem. Conta que faz
acompanhamento em UBS devido a problema na vesícula, mas não soube
referir do que se trata. Trouxe um USG realizado há 6 meses sem laudo.
Conta que já teve episódios anteriores semelhantes, mas que melhoraram
com escopolamina e dipirona. Veio à unidade nos últimos 3x durante o
quadro atual, sendo prescrito sintomáticos, com melhora parcial e recebeu
alta. O paciente passou por cirurgia bariátrica há 3 anos, tendo perdido
35kg no período. Não apresenta outras comorbidades.
178
Tarefa 01:
Cite e realize uma manobra semiológica pertinente ao caso e cite um exame
complementar.
Tarefa 02:
Verbalize o diagnóstico e justifique.
Tarefa 03:
No Ultrassom solicitado, nota-se estrutura tubular próximo à veia porta e
à veia cava inferior. Cite o nome dessa estrutura e verbalize sua correlação
com a clínica do paciente.
Tarefa 04:
Cite as condutas para o caso e faça a prescrição do paciente.
179
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato solicitar USG prévio, entregar:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
180
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Citou sinal de Murphy?
Caracterizou sinal de Murphy corretamente? (parada abrupta
da inspiração durante palpação de ponto cístico)
Solicitou USG de abdome?
Tarefa 02
Colangite aguda grave (correto se “colangite aguda”)
Tarefa 03
Vias biliares ou ducto colédoco
Tarefa 04
Solicitou monitorização do paciente, oxigênio se necessário
e acessos venosos periféricos)?
Solicitou hemoculturas?
Solicitou eletrólitos (pelo menos Sódio e Potássio) e
gasometria arterial?
Solicitou sondagem vesical de demora?
Dieta zero
181
RL ou SF 30ml/kg
Ceftriaxone e metronidazol (errado se somente
antibioticoterapia)
Noradrenalina em acesso venoso periférico (correto se
prescrever somente acesso venoso central por presumir que
o candidato irá iniciar droga vasoativa)
Analgesia ou AINEs (correto se escrever o nome de qualquer
AINE) e/ou Opioides (correto se escrever o nome de qualquer
opioide)
Cabeceira elevada 30º ou 45º
Assinou a prescrição?
Debriefing
Moçada, estação de vias biliares não costuma ser recorrente nas provas
prática, mas é um assunto bem quente nas provas teóricas e a qualquer
momento pode cair na prática também! Bora destrinchar esse assunto aqui!
182
realizar manobras semiológicas para avaliarmos a presença de colecistite
aguda concomitante! Pensem com a gente: se o paciente apresentar
colangite sem colecistite e sem sinais de sepse de foco biliar, o tratamento é
basicamente antibiótico, suporte com programação de desobstrução da via
biliar e colecistectomia após a resolução do quadro. Porém sem o paciente
apresentar colecistite, provavelmente ele vai precisar de uma colecistectomia
antes mesmo da resolução da colangite (nesse caso, indicamos a exploração
das vias biliares no intraoperatório, mas vamos ver isso mais a frente).
183
Prescrição GOLD
1) Dieta zero
2) Cristaloide (SF ou RL) 30ml/kg
3) Noradrenalina ACM (iniciar se não responder à expansão inicial)
4) Antibiótico (Ceftriaxona 2g/dia EV + Metronidazol 500mg 8/8h)
5) Sondagem Vesical + Acesso Venoso Central
6) Analgesia (AINES ou opioides)
7) Exames complementares: gasometria arterial + lactato; 2 Hemoculturas
de sítios diferentes; HMG; Eletrólitos; Função Renal; Hepatograma;
EAS e USG de abdome total.
8) Cabeceira elevada 30º ou 40º
Notem que a prescrição que a estação fornece tem um espaço para colocar
o nome do paciente! Muito importante lembrar de colocar o nome do
paciente, assinar e datar a prescrição!!!
Após essas medidas iniciar, como estamos num serviço secundário, devemos
solicitar transferência do paciente para um serviço terciário!
184
Drenagem de Tórax
Início da Estação
Caso Clínico:
Paciente masculino, 26 anos, vítima de queda de andaime e que bateu
com lateral direita do tórax em uma das barras de apoio. Foi atendido por
SAMU, que diagnosticou hemotórax à direita e procedeu com drenagem
do tórax ipsilateral, com saída imediata de 200ml hemático. Paciente nega
quaisquer outros tipos de trauma. Atendido conforme protocolo do ATLS.
185
Tarefa 01:
Cite os cuidados que a equipe de enfermagem e o paciente devem ter com
o dreno de tórax.
Tarefa 02:
Cite os critérios para retirada do dreno de tórax.
Tarefa 03:
Segue os débitos em 24h anotados pela enfermagem:
Dia 1: 350ml hemático, oscilando
Dia 2: 420ml hemático, oscilando
Dia 3: 400ml hemático, oscilando
Dia 4: não houve débito, sem oscilação
Tarefa 04:
Ao examinar o dreno você percebe grande quantidade de coágulos no
interior do sistema, próximo à incisão no tórax. Qual a conduta neste
momento?
Tarefa 05:
Você decidiu trocar o dreno de tórax. O procedimento ocorreu sem
intercorrências e o novo dreno está oscilando. No 7º dia de internação,
paciente manteve média de drenagem de 350ml de líquido hemático. Cite
a conduta para o caso.
Orientações
ao Examinador:
Entregar a tarefa seguinte logo após a resposta da tarefa anterior ou assim
que o candidato solicitar.
186
Caso o candidato solicite a próxima tarefa sem responder a tarefa atual,
considerar item não realizado no checklist.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavar as mãos e utilizar luvas estéreis sempre que manipular
o dreno de tórax
Anotar o débito regularmente (correto de a cada 12h ou a
cada 24h ou de acordo com o volume drenado)
Encher o selo d’água com 300 a 500ml (correto se manter
coluna d’água próximo a 2,5cm) de líquido estéril (correto
se SF)
Clampar o dreno antes de abrir o frasco coletor
Tarefa 02
Drenagem inferior a 100-200ml
Ausência de borbulhamento
187
Tarefa 03
Oclusão do dreno
Tarefa 04
Troca do dreno de tórax
Tarefa 05
Videotoracoscopia
Debriefing
Galera, o tema “Dreno de tórax” é muito recorrente nas provas. Geralmente
ele vem como um procedimento: ou para realizar a drenagem de tórax ou
para trocar o selo d’água. Mas uma frente desse tema que ainda não foi
abordada são os cuidados que a equipe e o paciente devem ter com ele. Bora
discutir sobre isso aqui bem rápido e simples.
188
desde que o sistema coletor fique abaixo do nível do tórax por questões
hidrostáticas (para que o fluxo seja sempre unidirecional do pulmão para
o frasco).
189
Trauma de Pelve
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em uma unidade referência de trauma e é chamado
para atender um paciente masculino, 26 anos, vítima de colisão moto x
carro há 1 hora. Foi trazido pelo SAMU com colar e prancha. Médico do
transporte conta que foi realizado 1000ml de RL durante o transporte.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento e dê as condutas iniciais.
Tarefa 02:
Durante estabilização, foi realizado o RX de pelve no leito.
190
Indique qual o tipo de fratura visto e a conduta definitiva.
Orientações
ao Examinador:
Entregar somente conforme solicitação do candidato (se for solicitado de
forma vaga, perguntar: o que você quer saber?):
A: vias aéreas pérvias, paciente conversando, sem sinais de lesão de face ou
de traqueia.
B (aparelho respiratório):
• StO2: 98% em máscara de O2 10l/min.
• Inspeção: expansibilidade normal, sem sinais de trauma torácico.
• Ausculta: MV fisiológico bilateralmente.
• Percussão: Som claro pulmonar à percussão.
C (aparelho cardiovascular):
• PA: 82x38mmHg.
• FC: 136bpm.
• Abdome discretamente doloroso à palpação em hipogástrio.
• Dor intensa à palpação da sínfise púbica, com espaço de 3 dedos entre os
ossos púbicos direito e esquerdo.
191
Descreva o nome do sinal e a patologia à qual está associado.
D (exame neurológico):
• ECG: 13 (perde por resposta verbal com palavras inapropriadas).
Encontra-se extremamente etilizado.
• Sem déficit neurológico focal. Movimenta os quatro membros
E: Realizada exposição e prevenção de hipotermia.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavou as mãos antes de iniciar o atendimento?
192
Paramentou-se? (gorro, óculos, máscara, luva e avental)
correto se 3 ou mais
parcial de 2
Solicitou avaliação das vias aéreas? (incorreto se apenas
solicitar avaliação A)
Solicitou avaliação do aparelho respiratório ou solicitou
saturação, ausculta e percussão do tórax? (incorreto se
solicitou apenas avaliação B)
Solicitou PA, FC, exame abdominal e exame pélvico?
Parcial se somente 2
Incorreto se solicitou apenas avaliação C ou se solicitou
menos de 2 parâmetros
Indicou estabilização da pelve com cinta pélvica ou com
lençol antes de prosseguir com a avaliação?
Solicitou avaliação neurológica? (incorreto se solicitou
apenas avaliação D)
Realizou exposição e prevenção de hipotermia?
Solicitou monitorização do paciente? (correto se solicitou
cardioscopia e saturação venosa contínua)
Solicitou punção de 2 acessos calibrosos?
193
Solicitou tomografia de corpo inteiro?
Tarefa 02
Fratura em livro aberto ou fratura em “open-book”
Debriefing
Galera, estamos diante de mais uma estação de trauma. Nunca vamos nos
cansar de repetir que TRAUMA = ABCDE!!
194
O exame da pelve explica o choque do paciente e devemos proceder com
a imobilização imediata amarrando um lençol ou posicionando a cinta
pélvica. Após resolver o “C”, passamos para a próxima etapa.
D - Avaliação neurológica: estimação da escala de coma de Glasgow e
avaliação da movimentação dos membros.
E - exposição total e prevenção de hipotermia.
Logo após o exame físico primário, procedemos para o FAST, que se trata
do USG na sala do trauma com o único objetivo de avaliar a presença de
líquido livre em cavidade abdominal, pélvica e em janela pericárdica. Hoje,
existe a possibilidade de expandir o exame para a janela pulmonar a fim
de ajudar no diagnóstico de hemo/pneumotórax (e-FAST). As janelas
avaliadas no FAST são: hepatorrenal, esplenorrenal, pélvica e pericárdica.
No e-FAST: as mesmas + janela pulmonar.
195
Sutura
Tema: Sutura
Caiu em: UFES 2019; EMESCAM 2018; USP-SP 2016; USP-RP 2017;
SCMSP 2018; PUCCAMP 2019; UFES 2019; UNIFESP 2015 e 2020
Início da Estação
Caso clínico:
Você está de plantão em um Pronto Atendimento de um hospital referência
em trauma. É chamado para atender Alexandre, de 13 anos, vítima
de mordedura de cachorro em coxa há 30 minutos. Ao exame físico:
FCC em coxa direita de mais ou menos 6cm. Você já se apresentou, lavou
as mãos e se paramentou. Considere que os campos já estão posicionados,
que a ferida está limpa e anestesiada.
Tarefa 1:
Diga o nome e duas características dos seguintes fios.
Tarefa 2:
Escolha um dos fios e cite o tipo de ponto a ser realizado para a suturar a
lesão do paciente citado.
196
Tarefa 3:
Realize um ponto em Donatti e em seguida verbalize as condutas
após o procedimento.
Orientações
ao Examinador:
Na tarefa 1, mostrar na sequencia?
• 1. Fio de Nylon
• 2. Fio Categute
• 3. Fio Algodão
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
197
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Fio de Nylon: sintético, não absorvível e monofilamentar.
Tarefa 02
Escolheu Nylon?
Tarefa 03
Realizou o ponto corretamente?
Nó firme?
198
Prescreveu analgesia simples ou AINEs?
Debriefing
Galera, estação mais cobrada de procedimentos é sobre sutura!!
Poucas instituições cobram apenas a técnica de sutura. Por isso é importante
saber todo o passo a passo da condução do paciente suturado. Afinal, no
seu plantão você não vai apenas suturar o paciente e dar alta, certo?!
199
Após realizada a sutura, lembrem-se de todas as orientações a serem
dadas ao paciente em relação aos cuidados com a ferida, aos sintomáticos,
ao retorno para retirada dos pontos. Guardem esse checklist no coração!
200
Mesa Cirúrgica
Início da Estação
Caso clínico:
Você é chamado para auxiliar em uma colecistectomia aberta.
Tarefa 01:
Monte a mesa cirúrgica. Em seguida solicite a próxima tarefa.
Tarefa 02:
Cite o nome dos instrumentos indicados pelo examinador.
Tarefa 03:
Verbalize a disposição da equipe durante o ato cirúrgico.
201
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato verbalizar que vai lavar as mãos e se paramentar, diga:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavou as mãos antes de se paramentar?
Paramentou-se corretamente? (correto somente se: gorro,
óculos, máscara, avental estéril e luva cirúrgica ou luva
estéril)
Colocou o campo sobre a mesa cirúrgica?
202
Posicionou corretamente os instrumentos nos quatro
quadrantes?
Posicionou os instrumentos com a ponta para baixo?
Tarefa 02
Identificou corretamente o Mixter?
Tarefa 03
Posicionou corretamente o primeiro cirurgião?
(à direita do paciente)
Posicionou corretamente o primeiro auxiliar?
(à esquerda do paciente)
Posicionou corretamente o segundo auxiliar?
(à direita do paciente e à direita do primeiro cirurgião)
Posicionou corretamente o instrumentador
(à esquerda do paciente e à esquerda do primeiro auxiliar)
203
Debriefing
Moçada, outra estação bem recorrente nas provas práticas: montagem
de mesa cirúrgica! É uma estação extremamente técnica e que é possível
gabaritar! Vem com a gente.
Auxiliares Síntese
Hemostasia Diérese
204
Drenagem de Tórax
Tema: Drenagem de Tórax
Caiu em: USP-RP 2019; USP-SP 2019; CERMAM 2018
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente vítima de colisão moto x carro. Encontrado na cena sem capacete
e em Glasgow 3. Entubado na cena.
Tarefa 1:
Proceda o atendimento e verbalize a conduta imediata.
Tarefa 2:
Realize procedimento.
205
Orientações
ao Examinador:
Quando solicitado, entregar:
A – Paciente entubado; traqueia desviada para direita.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
206
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Lavou as mãos?
Avaliou A? (correto se citou que paciente com via aérea
artificial)
Solicitou saturação de O2?
Tarefa 02
Realizou assepsia e antissepsia?
Anestesia local?
207
Introduziu dreno em direção posterior e cefálica?
Debriefing
Moçada, mais uma vez: TRAUMA = ABCDE! A primeira coisa que
devemos avaliar é a perviedade das vias aéreas! Em um paciente entubado,
devemos basicamente avaliar se o tubo funciona.
208
Após a incisão, dissecamos até espaço pleural e fazemos a exploração digital.
Depois dirigimos o dreno para parte posterior e cefálica. O procedimento
em si está feito. Basta checar se o dreno é funcionante após conectá-lo ao
selo d’água e verificar se o dreno oscila ou se houve saída de líquido ou ar.
209
Retirada de Dreno
de Tórax
Tema: Retirada de dreno de tórax
Caiu em: USP-RP 2019; USP-SP 2019; CERMAM 2018
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente vítima de trauma carro x moto é atendido conforme
protocolo do ATLS. Diagnosticado hemotórax à direita e procedido
drenagem em selo d’água. Paciente internado em enfermaria do trauma.
Após 5 dias, o dreno apresenta-se funcionante, com débito de 100ml
sero-hemático, sem borbulhamento e o paciente apresenta melhora
da expansão torácica.
Tarefa 1:
Qual a conduta em relação ao dreno de tórax?
Tarefa 2:
Realize o procedimento.
210
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indicou a retirada do dreno de tórax?
Tarefa 02
Solicitou material? (correto se qualquer material cortante
estéril - lâmina de bisturi, kit de pequenas cirurgias,
kit de sutura, tesoura de Metzenbaum - e luvas estéreis)
Explicou o procedimento para o paciente? (deve explicar
que o dreno será retirado durante pausa expiratória
e solicitar que paciente realize apneia durante esse tempo)
Lavou as mãos antes do procedimento?
211
Debriefing
Moçada, recentemente duas bancas grandes cobraram na prova prática
sobre drenagem de tórax com selo d’água. É possível que caia na sua prova
sobre a retirada de dreno, que tem algumas pequenas particularidades
em relação ao manuseio e à técnica.
P - Pedir consentimento
L - Lavar as mãos;
212
A - Assepsia e antissepsia do local da ferida;
D - Descartar perfurocortantes;
213
Gasometria Arterial
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente 67 anos dá entrada no pronto atendimento com queixa de dor
abdominal intensa que iniciou há mais ou menos 15 horas. Dor difusa,
sem fatores de melhora, contínua, em queimação, sem irradiação.
Paciente é hipertensa de longa data e tem fibrilação atrial.
Tarefa 1:
Escreva abaixo a principal hipótese diagnóstica
214
Tarefa 2:
Solicite 3 exames que achar pertinente ao caso.
Tarefa 3:
Realize a coleta da gasometria arterial em artéria femoral.
Tarefa 4:
Interprete o resultado da gasometria:
• pH: 7,3 / PO2: 122 / PCO2: 22 / HCO3: 18 / BE: -9,2 / StO2: 97,2% /
Lactato: 5,2 mmol/L.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Abdome agudo vascular ou isquemia mesentérica aguda?
Tarefa 02
Solicitou Hemograma?
Solicitou eletrólitos? (correto se pelo menos sódio
e potássio)
Tarefa 03
Explicou o procedimento ao paciente?
Solicitou os materiais? (deve conter: seringa + heparina
ou seringa heparinizada).
215
Palpou artéria femoral?
Tarefa 04
Identificou acidose metabólica e alcalose respiratória?
216
Sondagem Vesical
de Demora
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente masculino 82 anos, vem à UPA com queixa de hematúria franca
há 1 hora, quando foi urinar. Refere quadros prévios de hematúria
discreta e está em investigação devido à suspeita de neoplasia de bexiga.
Nega quaisquer traumas no pênis. Nega história de sondagem vesical prévia.
Ao exame físico: BEG, descorado +/4+, emagrecido. Abdome inocente.
Presença de sangue em roupa íntima e em óstio uretral. Sem sinais de
trauma de uretra.
Tarefa 1:
Verbalize a conduta imediata.
Tarefa 2:
Escolha o material que será utilizado.
217
Tarefa 3:
Realize o procedimento e dê as condutas pós procedimento.
Orientações
ao Examinador:
Na tarefa 2, apresentar os materiais:
• Sonda vesical de alívio;
• SVD 2 vias;
• SVD 3 vias;
• Anestésico gel;
• Seringa de 20ml;
• Gaze estéril;
• Clorexidina alcoólica;
• Clorexidina aquosa;
• Água destilada;
• Soro fisiológico;
• Esparadrapo;
• Micropore;
• Xylocaína Gel;
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
218
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indicou a sondagem vesical de demora?
Tarefa 02
Escolheu SVD 3 vias?
Tarefa 03
Explicou o procedimento e pediu consentimento
ao paciente?
Posicionou o paciente em decúbito dorsal e assegurou
privacidade com biombo?
Lavou as mãos?
219
Insuflou balonete com água destilada? (incorreto se soro
fisiológico)
Debriefing
Moçada, a hematúria num contexto diferente do trauma é abordada de
uma forma também diferente. Lembrem que no trauma é importante
descartarmos lesões de uretra e a sondagem é feita após cistoscopia, certo?!
Porém em paciente que apresentam hematúria sem história de trauma a
conduta imediata é a sondagem vesical e irrigação contínua. Essa medida
visa evitar que o sangue coagule e acabe ocluindo o óstio uretral da bexiga.
Essa irrigação só é possível com a sonda Folley de 3 vias (uma para insuflar
o balonete, uma para gotejar soro fisiológico na bexiga e outra para saída
do conteúdo).
E - Explicar o procedimento;
P - Pedir consentimento;
220
A - Afastar contraindicações (trauma de uretra);
L - Lavar as mãos;
D - Descartar perfurocortantes;
221
Toracocentese
Tema: Toracocentese
Caiu em: UNESP 2020; UFPR 2018
Início da Estação
Caso clínico:
Masculino, 78 anos,
institucionalizado. Apresenta
quadro de temperatura 38ºC
há 3 semanas, associado a perda
ponderal não quantificada,
astenia e tosse seca. Coletados
exames laboratoriais (aguar
dando resultado) e realizado
Raio-X de tórax
222
Derrame pleural à direita.
Tarefa 1:
Verbalize a conduta frente ao achado no raio-x.
Tarefa 2:
Realize o procedimento indicado na tarefa 1.
Tarefa 3:
Verbalize os exames a serem solicitados de acordo com a hipótese diagnóstica.
Tarefa 4:
Exames solicitados abaixo:
• Proteínas LP: 5,2g/dL
• Glicose: 29mg/dL (Sérica: 96mg/dL)
• ADA: 68 U/L
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indicou toracocentese?
Tarefa 02
Explicou o procedimento ao paciente e pediu
consentimento?
223
Separou os materiais? (correto se pele menos: gorro,
óculos, máscara, avental, luva estéril, agulha e seringa para
coleta e tubos para armazenamento do material)
Posicionou paciente sentado?
Tarefa 03
Solicitou proteínas e culturas do líquido pleural + glicose
(sérica e do líquido pleural) + ADA do líquido pleural?
(correto somente se todos presentes)
Tarefa 04
Tuberculose pleural
224
Debriefing
Galera, estamos diante de um paciente institucionalizado com um
quadro de febre há 3 semanas associado a tosse seca e perda ponderal.
Somente essas informações já nos deve lembrar de tuberculose, porém não
podemos fazer o diagnóstico ainda!
E - Explicar o procedimento;
P - Pedir consentimento;
L - Lavar as mãos;
225
A - Assepsia, antissepsia e colocação de campos estéreis;
A - Analgesia/Anestesia local;
D - Descartar perfurocortantes;
226
Ampliação de Margem
de Melanoma
Tema: Ampliação de Margem de Melanoma
Tempodae stação:7minutos
Ator/examinador:1 examinador
Cenário:Folha com desenho de cicatriz de biópsia excisional prévia
Início da Estação
Caso clínico:
Você está em um ambulatório de
referência e vai atender Joana,
de 46 anos. A paciente veio à
consulta devido a uma lesão de pele,
que surgiu há 6 meses, em dorso, e
que tem aumentado de tamanho.
Fonte: https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=54851b6a876f53814d4
f4ba9&imageSize=9
227
Tarefa 1:
Diante da hipótese diagnóstica de melanoma, verbalize a conduta.
Tarefa 2:
Desenhe na folha a incisão a ser realizada.
Tarefa 3:
Verbalize o passo a passo do procedimento a ser realizado e faça as
orientações que julgar necessárias.
Orientações
ao Examinador:
Entregar a tarefa seguinte quando candidato solicitar ou assim que
responder a tarefa anterior.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Biópsia excisional da lesão
Tarefa 02
Desenhou incisão em fuso?
228
Tarefa 03
Explicou o procedimento e pediu consentimento
ao paciente?
Solicitou material? (pelo menos: kit de pequenas cirurgias
e frasco para guardar material)
Posicionou o paciente?
Lavou as mãos?
229
Debriefing
Galera, não vamos focar aqui em relação ao diagnóstico e a conduta do
câncer de pele. Sabemos que lesões suspeitas devem ser submetidas a biópsia
e que a conduta na maioria das vezes é a biópsia excisional (exceto para as
lesões próximas a órgãos nobres como o olho, ou em extremidades acrais).
E - Explicar o procedimento;
P - Pedir consentimento;
L - Lavar as mãos;
A - Analgesia/Anestesia local;
230
exame físico devem ter um plano mais profundo), retirar a peça e armazená-
la em frasco com formol, fechar tecido subcutâneo com fio absorvível,
fechar a pele com fio inabsorvível e realizar curativo simples.
D - Descartar perfurocortantes;
231
Exame Proctológico
Tema: Exame Proctológico
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico em PSF e vai atender Carlos, 42 anos, obeso, com
queixa de sangramento anal há 2 meses. Conta sangramento vivo com
gotejamento após defecar e que suja papel higiênico. Nega dor anal.
Nega quaisquer sintomas gerais.
Tarefa 01:
Realize o exame proctológico do paciente.
Tarefa 02:
Feito o diagnóstico de doença hemorroidária, dê as orientações que julgar
necessárias.
232
Orientações
ao Examinador:
Entregar a tarefa seguinte logo após a resposta da tarefa anterior ou assim
que o candidato solicitar.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Explicou o exame e solicitou permissão para realiza-lo?
Não explicou o exame ou não solicitou permissão?
(checklist negativo)
Posicionou o paciente em posição de Sims?
(debúbito lateral com joelhos encolhidos)
233
Solicitou anuscopia?
Lubrificou anuscópio?
Tarefa 02
Orientou dieta rica em fibras, redução da ingesta de
gorduras, aumento da ingesta hídrica, perda de peso,
atividade física regular, banhos de assento (pelo menos
duas)
Debriefing
Galera, da mesma forma que a prova de GO tem cobrado o exame
ginecológico, o exame das mamas, a prova de cirurgia pode cobrar o exame
proctológico. Bora dar uma revisada nesse tema aqui.
234
Depois da inspeção, fazemos a palpação externa do períneo a fim de procurar
qualquer nodulação que esteja abaixo da pele e que possa ser sentida.
Prosseguimos, então para o toque retal. Nesse momento, lubrificamos o
dedo indicador com anestésico em gel. Devemos descrever o esfíncter anal
externo (principalmente em relação à tonicidade), o aspecto da mucosa da
borda anal e do reto (abaulamento, nodulações, lesões vegetantes, presença
de fezes ou não) e, ao retirar o dedo, observar se há sangramento, muco ou
qualquer secreção ao toque.
235
Acesso Venoso
Central
Início da Estação
Caso clínico:
Masculino, 76 anos, foi submetido a cirurgia de Hartman devido a
diverticulite aguda complicada. No 9º pós operatório evoluiu com
hipotensão, taquicardia e rebaixamento do nível de consciência.
Ao exame físico:
• MEG, descorado +/4+, desidratado 2+/4+, anictérico, Tax: 38,7ºC
• AR: MV fisiológico, discretamente reduzido em bases bilateralmente.
FR: 28irpm.
• ACV: RCR, em 2T, sem sopros. FC: 115bpm. PA: 85x42mmHg.
• Abdome: Globoso, RHA presentes. Ferida operatória de laparotomia
com sinais flogísticos, pontos íntegros e sem saída de pus à expressão.
Bolsa de colostomia funcionante.
236
Tarefa 1:
Cite a provável hipótese diagnóstica e as medidas imediatas para este
paciente.
Tarefa 2:
Após expansão volêmica com 1000ml de Ringer Lactato, o paciente matém
com PA: 80x38mmHg. Qual a conduta imediata?
Tarefa 3:
Verbalize o passo a passo da passagem de cateter venoso central.
Tarefa 4:
O RX pós procedimento é mostrado abaixo. Verbalize a conduta baseado
na imagem.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
237
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Hipótese diagnóstica: choque séptico de foco abdominal
Monitorização do paciente
Tarefa 02
Iniciar droga vasoativa pela via periférica
(correto de noradrenalina)
Indicar passagem de acesso venoso central
Tarefa 03
Explicou procedimento para o paciente?
Afastou contraindicações? (citou pelo menos uma
das seguintes: infecção do sítio de punção, INR
alargado, coagulopatia, trombocitopenia, pneumotórax
ou hemotórax ipsilateral)
Solicitou os materiais? (pelo menos: gorro, óculos, máscara,
avental estéril, kit para acesso venoso central)
Posicionou o paciente? (decúbito dorsal com cabeça virada
para contralateral ao sítio de punção)
238
Lavou as mãos antes do procedimento?
Tarefa 04
Identificou cateter mal posicionado?
Não liberou acesso para uso e verbalizou necessidade
de outro acesso venoso central?
Debriefing
Moçada, diante do caso clínico, facilmente fazemos o diagnóstico de sepse
de foco abdominal, certo?! Após feito o diagnóstico, a conduta imediata
baseia-se na dupla: antibiótico e estabilização hemodinâmica (inicialmente
com expansão volêmica e, se não houver resposta, droga vasoativa precoce).
P - Pedir consentimento;
L - Lavar as mãos;
A - Anestesia local;
D - Descartar perfurocortantes;
240
Drenagem
de Abscesso
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em um pronto atendimento quando é chamado para
atender Pedro, de 32 anos, com queixa de dor anal há 3 dias. Conta que
procurou outros serviços sendo diagnosticado com hemorroida, prescritos
medicamentos sem melhora do quadro. Refere febre ontem de 38,5ºC.
Nega sangramento anal. Ao exame físico: BEG, Temp: 38ºC, cardiovascular
e respiratório sem alterações. Proctológico: abaulamento, rubor, calor e dor
à palpação de região perianal às 15h, com ponto de flutuação. Ao toque
retal, abaulamento às 15h doloroso à palpação.
Tarefa 01:
Qual o diagnóstico e a conduta frente ao quadro?
241
Tarefa 02:
Realize o procedimento da resposta da tarefa 1.
Orientações
ao Examinador:
Entregar a tarefa 2 quando solicitado. Se o candidato solicitar a tarefa 2
antes de responder a tarefa 1, ele não pontuará mais na tarefa 1.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Abscesso perianal.
Drenagem do abscesso.
Tarefa 02
Solicitou materiais: pelo menos EPI estéreis, bandeja de
pequenas cirurgias, curativo?
Explicou o procedimento ao paciente e pediu consentimento
para realiza-lo?
Não explicou o procedimento? (checklist negativo)
Lavou as mãos?
Posicionou o paciente? (em litotomia, decúbito ventral ou
posição de Sims)
242
Realizou assepsia, antissepsia e colocação de campos estéreis?
Realizou anestesia?
Não suturou?
Debriefing
Galera, muito comum essa queixa em pronto atendimento e é muito
importante realizar o diagnóstico correto. O abscesso perianal, apesar do
tratamento simples, é perigoso e pode evoluir rapidamente para síndrome
de Fournier. O tratamento de quase todos os abscessos é a drenagem. Esse
não muda.
243
E – Explicar o procedimento ao paciente: a incisão ficará aberta devido
ao processo infeccioso, o potencial de lesão do esfíncter anal externo e
consequente incontinência fecal;
P – Pedir consentimento;
L – Lavar as mãos;
D – Descartar perfurocortantes;
244
Intubação
Orotraqueal
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está de plantão em UPA quando é chamado para atender um paciente
trazido pelos colegas de churrasco. Paciente foi vítima de queimadura de
cerca de 60% da superfície corporal por combustão de gasolina ao tentar
acender a churrasqueira. Os colegas referem que não houve explosão.
Atendido conforme protocolo do ATLS.
A – Via aérea pérvia, sem sinais de trauma de laringe, sem desvio de traqueia,
queimadura de toda a face.
B – StO2: 96% em ar ambiente, sem sinais de esforço respiratório. MV
fisiológico bilateralmente, com estridor.
C – PA: 155x95mmHg. FC: 102bpm. Abdome flácido e doloroso devido a
queimaduras de segundo grau. Pelve estável.
245
D – ECG 15; agitado. Movimentação dos membros presentes.
E – Exposição total e proteção contra hipotermia com manta térmica.
Tarefa 01:
Qual a conduta imediata?
Tarefa 02:
Realize a intubação orotraqueal.
Tarefa 03:
Escreva abaixo as drogas utilizadas para intubação.
Tarefa 04:
Dê as condutas subsequentes.
Orientações
ao Examinador:
Assim que o candidato indicar a IOT, descobrir a mesa com os materiais e
entregar a tarefa 2.
246
Quando o candidato solicitar ou ao acertar todos os checklists do item 2,
entregar tarefa 3.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Intubação orotraqueal.
Tarefa 02
Solicitou laringoscópio e testou?
247
Testou o cuff?
Tarefa 03
Lidocaína ou Fentanil
248
Rocurônio
Tarefa 04
Prescreveu analgesia?
Debriefing
Moçada, muito importante lembrar que umas indicações da IOT é a
proteção de vias aéreas no paciente grande queimado. Principalmente
quando o paciente apresenta sinais de lesão de via aérea superior. Nesse
caso está clara a indicação de IOT, certo?! Agora estamos com a estação “na
mão”! Muito importante não deixar a empolgação de saber a resposta nos
fazer perder pontos importantes. Lembrem-se de todo passo a passo antes,
durante e após o procedimento. Bora relembrar aqui no mnemônico:
249
P – Pedir consentimento;
L – Lavar as mãos;
250
C – Coleta de materiais (não se aplica);
D – Descartar perfurocortantes;
251
Abdome Agudo
Obstrutivo
Início da Estação
Caso Clínico:
Paciente José Augusto, 76 anos, dá entrada no pronto atendimento devido
a parada de eliminação de fezes e flatos, dor abdominal difusa associada a
náuseas, vários episódios de vômitos e distensão abdominal há 1 dia. Morou
durante toda a vida em área rural no interior de Minas Gerais e foi trazido
pelos filhos para morar em São Paulo devido a complicações de saúde.
Acompanha em PSF devido a doença de Chagas.
Ao exame físico:
REG, descorado +/4+, desidratado 2+/4+, sonolento.
ACV: RCR, em 2T, BNF, sem sopros. FC: 122bpm. PA: 103x72mmHg.
AR: MV fisiológico bilateralmente. Sem RA. Eupneico. FR: 21irpm.
ABD: Distendido, RHA metálicos. Timpânico à percussão. Doloroso
difusamente à palpação.
252
Tarefa 01:
Escreva abaixo o diagnóstico sindrômico.
Tarefa 02:
Escreva abaixo a prescrição inicial do paciente.
Tarefa 03:
Escreva abaixo um exame de imagem pertinente para o caso.
Tarefa 04:
De acordo com o quadro clínico e o RX abaixo, escreva o sinal radiológico,
a principal hipótese diagnóstica e a conduta subsequente.
253
Fonte: Case courtesy of Dr
Wael Nemattalla, Radiopaedia.
org, rID: 10633
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato solicitar, entregue a tarefa seguinte. A partir do
momento que foi solicitado a tarefa, o candidato não pontua mais na tarefa
anterior.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
254
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Abdome Agudo Obstrutivo (correto se síndrome de
obstrução intestinal ou resposta semelhante)
Tarefa 02
Dieta zero ou jejum
Tarefa 03
Raio X de abdome agudo
Tarefa 04
Sinal do grão de café ou sinal do “U” invertido.
Volvo de sigmoide
255
Passagem de retossigmoidoscopia rígida ou flexível.
Debriefing
Moçada, estamos diante de um paciente com quadro clássico de abdome
agudo obstrutivo: parada de eliminação de fezes e flatos, distensão, náuseas
e vômitos. Notem que a estação não quer que você faça a anamnese, nem
que faça o exame físico. Ela já te dá tudo e pergunta a hipótese diagnóstica
sindrômica: abdome agudo obstrutivo.
256
interessante para corroborar para o diagnóstico! Na imagem da estação,
percebemos o sinal do “grão de café” ou do “U” invertido, típico do volvo
(nesse caso, do sigmoide). Além desse sinail, a presença de nível hidroaéreo,
fecaloma, ausência de ar no reto são sugestivos de trato grastrointestinal
obstruído.
257
Hérnia Inguinal
Início da Estação
Caso Clínico:
Feminino, 68 anos, dá entrada no pronto atendimento com queixa de dor
e abaulamento em região inguinal esquerda há 2 horas. Conta dor tipo
pontada, que começou difusa e localizou em região inguinal esquerda, que
irradia para genitália, sem fatores de melhora ou de piora. Refere episódios
prévios de dores semelhantes, mas que resolveram sem necessidade de
consulta médica. Nega sintomas gastrointestinais ou do trato geniturinário.
Comorbidades: HAS
Medicamentos: Losartana
Ao exame físico:
BEG, corada, desidratada +/4+, acianótica, Tax: 36,7ºC
ACV: RCR, em 2T, sem sopros. FC: 105bpm. PA: 165x101mmHg.
AR: MV fisiológico bilateralmente, sem RA. Eupneica. StO2: 96% em ar
ambiente.
Abdome: Plano, RHA+, abaulamento não redutível em região inguinal
esquerda e dor discreta à palpação local. Não foi possível palpar anel
inguinal externo devido à dor no momento do exame.
258
Tarefa 01:
Verbalize as condutas iniciais para o caso.
Tarefa 02:
Cite a principal hipótese diagnóstica.
Tarefa 03:
Foi solicitado USG de região inguinal, cuja imagem é mostrada abaixo.
Cite o diagnóstico e a conduta após o exame.
Tarefa 04:
Qual a técnica de escolha para reparar a hérnia diagnosticada?
259
Orientações
ao Examinador:
Quando solicitado pelo candidato, entregar a tarefa seguinte. A partir do
momento que for solicitada a tarefa seguinte, o candidato não pontua mais
na tarefa anterior.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Monitorizou e solicitou acesso venoso periférico?
Tarefa 02
Hérnia inguinal indireta encarcerada.
Tarefa 03
Diagnóstico: Hérnia femoral encarcerada.
Tarefa 04
Técnica de McVay (correto se sutura do tendão conjunto
no ligamento de Cooper).
260
Debriefing
Moçada, estamos diante de uma paciente com dor e abaulamento não
redutível de região inguinal. A principal hipótese diagnóstica é a hérnia
inguinal: mais frequente em toda a população, inclusive na feminina.
261
• Dor de início súbito
• Tratamento é cirúrgico! Mas em qual momento?
• Redutível: cirurgia eletiva
• Encarcerada: tenta-se redução manual se não houver suspeita de
estrangulamento. Em caso de falha da redução, está indicada a
herniorrafia de urgência.
• Estrangulada: Herniorrafia de urgência.
• Técnicas cirúrgicas:
• Lichtenstein (tension-free; uso de tela) é a técnica de escolha!
• McVay é apropriada para correção de hérnia femoral
• Shouldice: sutura dos músculos da parede posterior
262
Gasometria Arterial
Início da Estação
Caso Clínico:
Você está em pronto atendimento de hospital terciário e é chamado para
atender uma paciente do sexo masculino, 68anos, hipertenso, com queixa
de dor torácica de início súbito, de alta intensidade, que iniciou há 30
minutos.
Tarefa 01:
Prossiga com o atendimento e solicite 3 exames da sua escolha.
Tarefa 02:
Foram solicitados os seguintes exames iniciais:
RX de tórax: alargamento de mediastino.
ECG: Taquicardia sinusal.
Verbalize um exame que confirme a suspeita diagnóstica.
Tarefa 03:
Após o exame, verbalize o diagnóstico e o tratamento imediato.
263
Tarefa 04:
Paciente foi internada em leito de UTI com melhora da dor após o
tratamento instaurado. Após 3 dias, apresentou episódio de dor com
mesmas características, porém em região abdominal e evoluiu com oligúria
e aumento da creatinina. Qual a conduta frente à evolução do quadro?
Orientações
ao Examinador:
• Quando o candidato solicitar o exame físico:
REG, descorada +/4+, hidratada, acianótica, afebril.
AR: MV fisiológico, sem RA. FR: 22irpm.
ACV: RCR, em 2T. Sem sopros. FC: 96bpm.
Abdome: Plano, flácido, sem alteração do padrão da dor à palpação. RHA+
264
Orientações
ao Ator:
Na tarefa 1, quando perguntado, responder:
• Nome: Mauricio; Idade: 68 anos; profissão: dona de casa; viúva; religião:
evangélica;
• Queixa: dor no peito há 30 minutos
• HPMA: dor tipo pontada (como se estivesse rasgando), muito intensa
(pior dor que já sentiu), sem fator desencadeante, sem fator de melhora,
irradia para dorso e para epigástrio. Referir sensação de que vai morrer.
• Doenças prévias: Hipertensão.
• Medicamentos em uso: Parou por conta própria.
• Hábitos: Negar tabagismo ou etilismo.
• Alergias: nenhuma;
• História familiar: desconhece
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
265
Monitorizou e solicitou punção de acesso venoso periférico?
Solicitou ECG?
Solicitou RX tórax?
Tarefa 02
Angiotomografia de aorta.
Tarefa 03
Dissecção de aorta Stanford B ou DeBackey III.
Tarefa 04
Indicou tratamento cirúrgico?
Debriefing
Galera, bora dominar essa estação aqui! Paciente com dor torácica há
30 minutos. A primeira hipótese diagnóstica é o IAM! Então devemos
fazer o atendimento inicial voltado para essa hipótese. A primeira coisa é
monitorizar o paciente e garantir acesso venoso periférico! Não esqueçam
de identificar o paciente, caracterizar a dor e explorar os fatores de risco!
Muito importante não esquecer o exame físico. Nele, devemos sempre aferir
a PA em ambos os membros (idealmente em membros inferiores também).
266
Em relação aos exames iniciais, os mais importantes são: ECG e RX de
tórax! Basicamente fazem parte do exame físico! O ECG encontra-se
normal (o que nos afasta da hipótese de IAM) e o RX mostra alargamento
de mediastino! Frente a esses achados, outra patologia que devemos nos
lembrar imediatamente e que gera um quadro que mimetiza o IAM é a
DISSECÇÃO DE AORTA! Frente a essa hipótese, devemos solicitar
AngioTC ou AngioRM de aorta!
A primeira coisa que devemos nos atentar nessa tomografia é a fase em que
ela se encontra: fase arterial. Isso significa que o contraste está realçando (em
branco) as artérias. Na imagem, percebemos que a dissecção inicia na aorta
descendente. Notem que na imagem mais superior, temos o início da aorta
descendente normal e mais abaixo, a dupla luz da aorta, caracterizando
uma Dissecção Stanford B/ DeBackey III!
267
Isquemia Arterial
Aguda
Início da Estação
Caso clínico:
Paciente de 86 anos, masculino, vem ao pronto atendimento devido a dor
aguda em pé direito há 2 horas, intensa, sem fatores de melhora ou de piora.
Refere que vem apresentando piora do quadro de claudicação do mesmo
membro há 2 meses.
Tarefa 1:
Ao exame físico:
BEG, descorado +/4+, desidratado +/4+, afebril.
• Cardiovascular: Ritmo regular, bulhas normofonéticas, sem sopros.
FC: 102bpm. PA em MSD: 182x111mmHg; PA em MSE: 176x92mmHg;
268
PA em MIE: 171x96mmHg; PA em MID: não foi possível realizar devido
à queixa de dor no membro.
• Respiratório: Expansão diminuída. MV fisiológico. Sibilos esparsos.
Eupneico.
Tarefa 2:
Membro inferior direito: Dor à palpação, pulsos abaixo do femoral não
palpáveis, palidez e poiquilotermia. Paciente consegue movimentar
os dedos dos pés e não apresenta quaisquer sintomas neurológicos
no membro afetado.
Tarefa 3:
Verbalize as condutas imediatas frente ao caso.
Tarefa 4:
Ao exame de arteriorgrafia, foi observado sinais de doença aterosclerótica
em quase toda extensão de membros inferiores, porém com oclusão
de terço medial de artéria tibial anterior.
269
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato terminar de responder ou quando solicitar, entregar a
tarefa seguinte. Quando o candidato solicitar a tarefa seguinte, não se
pode mudar os itens avaliados nas tarefas anteriores.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Três dos seguintes: dor à palpação, pulso periférico
diminuído, palidez, temperatura reduzida (poiquilotermia),
parestesia ou paralisia.
Tarefa 02
Trombose arterial aguda (doença arterial periférica
aguda). Incorreto se embolia arterial ou oclusão
arterial aguda.
Tarefa 03
Prescreveu heparinização plena?
Solicitou arteriografia?
Tarefa 04
Posicionamento de by-pass.
270
Debriefing
Moçada, questões sobre cirurgia vascular tem crescido muito nas provas!
Fiquem de olho nessa especialidade! Bora discutir um pouquinho sobre
isquemia arterial aguda.
O tratamento com heparinização plena deve ser feito para todo paciente
com isquemia aguda (aterosclerótica ou embólica). Para as isquemias de
origem embólica, está indicada a embolectomia com cateter de Fogarty.
Questão bem tranquila, né?! Deem uma lida nesse tema em casa!
271
Esôfago de Barret
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico do PSF e vai atender Pedro, 61 anos, obeso, tabagista,
hipertenso e diabético e que acompanha de forma inadequada há anos.
Vem à consulta devido a quadro de dor retroesternal, em queimação
associado a regurgitação principalmente quando se deita após almoçar.
Ao exame físico:
• BEG, corado, hidratado, acianótico, afebril
• Cardiovascular: Ritmo regular, bulhas normofonéticas. Sem sopros.
272
• Respiratório: Expansão diminuída, ausência de ruídos adventícios.
• Abdome: Em avental, Ruídos presentes. Indolor à palpação.
Tarefa 1:
Escreva abaixo o diagnóstico:
Tarefa 2:
Verbalize as orientações pertinentes para tratamento da hipótese diagnóstica
levantada na tarefa 1.
Tarefa 3:
Após 1 ano sem retorno, retorna à consulta de rotina dizendo que apresentou
melhora importante dos sintomas nos últimos meses mesmo não sendo
adepto ao tratamento. Trouxe consigo o resultado da biópsia de esôfago
distal realizado via endoscópica mostrando a seguinte imagem:
273
Tarefa 4:
O laudo histopatológico mostrou metaplasia intestinal sem displasia.
Verbalize a conduta frente ao diagnóstico.
Tarefa 5:
Verbalize as condutas adicionais em relação às feitas na tarefa 2.
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato terminar de responder a tarefa 01, entregar a tarefa 02.
Se o candidato solicitar a tarefa 02 sem ter respondido a tarefa 01, entregar,
porém a partir desse momento, o candidato não tem mais o direito
de responder a tarefa 01.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Doença do Refluxo Gastroesofágico (incorreto se “refluxo”
Esôfago de Barret
Tarefa 01
Reforçou a necessidade de adesão ao tratamento?
Prescreveu IBP?
274
Orientou quanto à mudança dos hábitos? (pelo menos
dois: cessar tabagismo; não deitar após refeição; evitar
alimentos que provocam sintomas; dormir com calço em
pés da cama – Tredelemburg invertido; perda de peso)
Solicitou endoscopia com biópsia?
Tarefa 03
Metaplasia intestinal do esôfago (Esôfago de Barret)
Tarefa 03
Orientou repetir endoscopia (correto se repetir em
1 a 5 anos – Conflito entre Sabiston e ACG).
Orientou sobre o risco de adenocarcinoma de esôfago?
Debriefing
Importante lembrar primeiramente que o diagnóstico de DRGE é clínico:
pirose e/ou regurgitação por mais de 2x na semana. Em relação à abordagem
terapêutica, devemos lembrar que além da farmacológica, devemos lembrar
do tratamento que não envolve medicamentos. O paciente deve perder peso
se for obeso, cessar tabagismo, evitar hábitos que desencadeiam sintomas,
como deitar após refeição, deitar em cama plana (preferir Tredelenburg
invertido), deitar em decúbito lateral esquerdo (pela posição anatômica
do estômago. Já em relação ao tratamento farmacológico, a primeira linha
são os bloqueadores de bomba de prótons.
Para os pacientes com fatores de risco (idade > 40 anos, anemia, perda
ponderal, disfagia) não podemos nos esquecer da endoscopia para avaliação
de neoplasia.
275
já caracteriza esôfago de Barret, que é fator de risco importante para
desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago. Essa metaplasia torna o
tecido agredido mais resistente ao ácido clorídrico, o que pode manifestar
como melhora dos sintomas independentemente do tratamento.
276
Ascite
Tema: Ascite
Início da Estação
Caso clínico:
Você é o médico de plantão em uma unidade de pronto atendimento
de hospital terciário quando é chamado para atender um paciente masculino,
de 64 anos, que vem com queixa de dor e aumento do volume abdominal
há 1 semana.
Tarefa 1:
Prossiga com o atendimento.
Tarefa 2:
Verbalize 2 manobras semiológicas para exame de ascite.
Tarefa 3:
Solicite exames laboratoriais e um procedimento a ser realizado neste
paciente para elucidação diagnóstica.
Tarefa 4:
O resultado do gradiente soro-ascite foi de 2,1mg/dL. Verbalize duas
prováveis causas para esta ascite.
277
Tarefa 5:
Dê a conduta e as orientações que julgar necessárias.
Orientações
ao Ator:
a tarefa 1, quando perguntado, responder:
N
• Nome: Jose; Idade: 64 anos; profissão: trabalhador rural; casado; religião:
católico; procedente de São Paulo;
• Queixa: Dor e aumento da barriga há 1 semana.
• HPMA: dor difusa com sensação de aperto, sem irradiação, sem fatores
de melhora ou de piora, de moderada intensidade.
• Sintomas locais: a pele da barriga mais brilhante (nega quaisquer outros
– sangramento, sinais flogísticos)
• Doenças prévias: Não sabe porque nunca realizou acompanhamento
médico antes.
• Medicamentos em uso: Negar quaisquer medicamentos em uso.
• Hábitos: Etilista de 1/2 garrafa de pinga por dia há 40 anos.
Tabagista 120 maços-ano.
• Alergias: desconhece;
• História familiar: não se recorda;
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato solicitar, entregar exame físico:
• BEG, descorado +/4+, hidratado, acianótico, ictérico +/4+
• ACV: RCR, 2t, sem sopros. PA: 145x92mmHg. FC: 98bpm.
278
• AR: MV diminuído discretamente em bases bilaterais.
Sem ruídos adventícios. StO2: 96% em ar ambiente. FR: 18irpm
• ABD: Globoso, RHA +, distendido, tenso e com sinais de ascite volumosa.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
Lavou as mãos?
Tarefa 02
Dois dos seguintes: manobra de Piparote; pesquisa do
semi-círculo de Skoda; macicez móvel ao decúbito; sinal
da poça (paciente em 4 apoios com percussão maciça
periumbilical).
Tarefa 03
Solicitou proteínas totais e frações? (correto se solicitou
apenas albumina)
Solicitou bilirrubinas totais e frações?
279
Solicitou fosfatase alcalina e gama-GT? (correto se
solicitou enzimas canaliculares)
Solicitou transaminases? (correto se ALT/AST ou TGO/
TGP)
Solicitou paracentese diagnóstica?
Tarefa 04
Duas das seguintes: hipertensão portal; mixedema;
síndrome de Meigs; síndrome de Bud-Chiari; insuficiência
cardíaca congestiva; trombose de veia porta; trombose de
veia esplênica; esquistossomose.
Tarefa 5
Orientou dieta restrita em sódio?
Debriefing
Galera, ascite é sempre um tema quente nas provas teóricas e pode cair a
qualquer momento na prática. Bora desmistificar esse tema aqui de uma
forma bem rápida.
280
medicamentos em uso, alergias e hábitos. Em relação à ascite, não podemos
deixar de explorar os sintomas e sinais de hepatopatia (sangramentos,
dores abdominais, icterícia, aumento do volume abdominal, etilismo, uso
de medicamentos que possam causar hepatopatia...)
281
Câncer de Reto
Início da Estação
Caso clínico:
Ana de 76 anos vem à consulta ambulatorial com queixa de
sangramento anal vivo de forma intermitente há mais ou menos 1 ano.
Conta que já passou por vários atendimentos nos quais era passado pomada
para hemorroidas, sem melhora do quadro. Associado ao quadro, refere
astenia, adinamia e perda ponderal de mais ou menos 15kg nos últimos
4 meses, sem mudança da dieta e fezes afiladas. É tabagista de longa data.
Nega etilismo. Desconhece história familiar de câncer.
Ao exame físico:
• REG, emagrecida (44kg), descorada 2+/4+, desidratada +/4+, anictérica
• ACV: RCR em 2T, BNF, sem sopros. FC: 92bpm. PA: 111x80mmHg.
• Abdome: Escavado, RHA+, flácido, discretamente doloroso à palpação
de hipogástrio.
• Proctológico: Inspeção estática com plicoma às 12h. Inspeção dinâmica
sem alterações. Esfíncter anal externo normotônico. Presença de lesão
vegetante palpável a 4cm da borda anal.
282
Tarefa 01:
Cite um exame complementar a ser solicitado neste caso.
Tarefa 02:
Foi solicitado a colonoscopia, cuja imagem é mostrada abaixo.
Fonte: https://app.figure1.com/image/
display?urlToken=5697f7722e0654fd35ca159f&imageSize=9
Tarefa 3:
A biópsia da lesão diagnosticou adenocarcinoma de reto.
Verbalize a conduta frente ao diagnóstico e justifique.
Tarefa 4:
Após quimio e radioterapia neoadjuvantes, uma nova colonoscopia
evidenciou que o tumor apresentou redução importante do seu tamanho,
não sendo possível mais palpá-lo ao toque retal. Verbalize qual a conduta
frente a essa mudança do quadro e qual estrutura anatômica deve tentar ser
poupada no intraoperatório.
283
Orientações
ao Examinador:
Quando o candidato terminar de responder ou quando solicitar, entregar
a tarefa seguinte. Quando o candidato solicitar a tarefa seguinte, não se
pode mudar os itens avaliados nas tarefas anteriores.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Colonoscopia.
Tarefa 02
Pesquisa de tumores sincrônicos.
Tarefa 03
Quimio e radioterapia neoadjuvantes.
Tumor de reto baixo ou tumor localizado a < 5 cm
da borda anal.
Tarefa 04
Ressecção cirúrgica do reto.
284
Debriefing
Moçada, notem que o enunciado tenta nos aproximar muito de um
diagnóstico de câncer: idoso com hematoquezia intermitente, astenia,
perda ponderal inexplicada, tabagista, com afilamento das fezes, toque
retal com lesão vegetante. Diante dessa clínica, já temos altas suspeitas de
câncer colorretal (principalmente do reto).
285
• É importante lembrar que toda lesão de cólon, independente do
estadiamento, tem indicação de tratamento cirúrgico, nem que
seja paliativo. Pensem bem: imagina se não realizamos a cirurgia e
o paciente evolui com obstrução intestinal. Qual será a conduta?
Exatamente: cirurgia de urgência.
286
Entorse de Joelho
Início da Estação
Caso clínico:
Você está de plantão em uma UPA, quando é chamado para atender
Matheus, de 27 anos, que há mais ou menos 1h estava jogando handebol
e num movimento de pivô, escutou um estalido e começou a sentir muita
dor e edema importante em joelho esquerdo.
Tarefa 1:
Complemente o atendimento e o exame físico ortopédico direcionados
para a queixa.
Tarefa 2:
Solicite os exames que julgar necessários para o caso.
Tarefa 3:
Dê as orientações que julgar necessárias para o paciente.
287
Orientações
ao Ator:
Se realizada qualquer pergunta vaga, responder que sente dor apenas
no joelho.
Orientações
ao Examinador:
Se o candidato realizar anamnese sem foco na queixa, verbalizar: isso não
é relevante.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
288
Checklist
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
Tarefa 02
Solicitou RX AP, perfil e axial da patela?
Tarefa 03
Orientou o paciente de que não há gravidade e que
o tratamento será conservador?
Orientou proteção do membro ou orientou uso
de muletas?
Orientou repouso e gelo local?
Prescreveu AINEs?
289
Debriefing
Galera, tá ficando cada vez mais comum assuntos sobre ortopedia na prova,
hein?! Na prova teórica, alguns temas são quentes e a prova prática pode
acabar surfando nessa onda. Bora rever aqui bem rápido sobre o exame
físico do joelho.
290
Nossa Missão
T
odos os nossos esforços na Medway são voltados para uma
única missão: melhorar a assistência em saúde no
Brasil. Através de um ensino sólido em Medicina
de Emergência e uma excelente preparação para as provas de
Residência Médica, acreditamos que tornamos nossos alunos médicos ainda
melhores do que eram antes!
291
Porém, nossa missão não pode parar aí. Sabemos que o caminho para uma
aprovação em São Paulo é ainda mais árduo, tanto pela alta concorrência quanto
pelo diferente formato de cobrança (mais imagens e assuntos não abordados
tradicionalmente em Cirurgia, por exemplo). Por isso, em 2020, trabalhamos
incansavelmente para oferecer também um preparo excepcional para as
principais provas teóricas do estado de São Paulo!
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292
N
osso curso é focado na prova prática como ela realmente é.
Através de uma revisão cuidadosa de mais de 500 estações dos
últimos anos, desenvolvemos uma metodologia de ensino toda
baseada em checklists, para você conquistar o máximo de pontos na sua
segunda fase no fim do ano. Sem enrolação. Sem “oba oba”. Aqui, trazemos a
essência da prova prática pra você gabaritar qualquer checklist em estações
de habilidades ou imagens e a parte de componente de audiovisual dentro
das provas de multimídia.
E em 2020, nós vamos entregar um curso ainda mais completo e com mais
novidades, tanto para quem se inscrever no CRMedway Online, quanto
para quem vier ao CRMedway Presencial!
1. Prova de Habilidades
• Dominará, de uma vez por todas, o medo e a ansiedade que aflige todos o
s candidatos .
• Terá acesso às estações mais frequentes e de que forma elas são cobradas.
293
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• Com ele, você terá acesso a um curso de imagens completo, pra te ensinar
não apenas as imagens mais frequentes mas como fazer a descrição de
cada uma delas, dos principais exames diagnósticos: Rx, TC, RNM, USG
e outros exames frequentes!
• Você também vai dominar as imagens não radiológicas de cada uma das 5
grandes áreas (Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, GO e Medicina
Preventiva)!
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ao vivo, você também terá um treinamento profundo do componente
audiovisual e dos diversos formatos de cobrança possíveis dentro de uma
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294
C
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estudos e a sua performance para que você alcance um desempenho
superior a 80% nas provas ao final do ano, independente do nível
em que você se encontre hoje.
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295
S
ob o lema “A Emergência como ela Realmente é”, agregamos
toda nossa experiência na sala de emergência mais complexa
do Brasil e toda a didática “Medway” para ensinar tudo aquilo
que gostaríamos de ter aprendido antes de enfrentarmos nossos temidos
plantões de PS. Esteja preparado para qualquer “perrengue” que poderá
aparecer na sua emergência, seja ela do melhor hospital da cidade, seja no
postinho!
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Se ainda tem dúvidas se essa é a melhor solução pra você, veja o que alguns dos
nossos alunos da primeira turma estão falando:
296
Ficou com Alguma Dúvida?
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ós respondemos 100% das pessoas que entram em contato com
a gente. Seja pra pedir uma orientação quanto a melhor forma
de se preparar para a residência médica, prova prática ou para o
primeiro plantão no PS, nós estamos com você.
297
298