António Nobre Pessanha Cesário 2018 Correção
António Nobre Pessanha Cesário 2018 Correção
António Nobre Pessanha Cesário 2018 Correção
GRUPO I
1. A canção das raparigas que passam causa alguns efeitos no sujeito poético.
Em primeiro lugar, provoca nele recordações, transportando-o à sua
infância e trazendo-lhe de volta as ilusões e a felicidade («Que me transporte ao
meu perdido Lar» - v.4 – e «Das ruínas do meu Lar desaterrai/Todas aquelas
ilusões antigas» -vv.10-11).
Em segundo lugar, adormece-o, o que é sinónimo de paz e tranquilidade
(«Adormecei-me nessa voz…Cantai!» - v.14).
Estes efeitos mostram a importância que essa canção tem para o sujeito
poético.
4. Podemos afirmar que este texto é fruto das memórias do «eu» lírico. De facto, o
mesmo recorda a sua infância com agrado, o que se comprova pela presença de
expressões como «Que me transporte ao meu perdido Lar» (v.4) e «(…)
desaterrai/Todas aquelas ilusões antigas» (vv. 10-11).
GRUPO II
3. A interpelação à mãe («Ó minha pobre mãe!...» -v. 9) justifica-se pelo facto de
ter sido a morte desta que destroçou o sujeito poético. Então, este pede-lhe para
ela não vaguear mais pela casa a fim de não sofrer também com o sofrimento
causado ao filho («Não te ergas mais da cova.» - v.9 – e «Não venhas mais ao
lar. Não vagabundes mais, /Alma da minha mãe… Não andes mais à neve,» - vv.
12-13).
4. Camilo Pessanha, neste poema, usa alguns processos que contribuem para
a musicalidade do mesmo.
Um deles é a pontuação, como as reticências e os pontos de interrogação
que marcam um ritmo binário no poema, como se verifica nos seguintes versos:
«E me espalhou a lenha? E me entornou o vinho?» (v. 7).
Outro é a utilização de anáforas como se pode ver nas duas quadras (Poe
exemplo: «Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho?» - v. 1).
GRUPO III