Gabarito Das Autoatividades: Estudos Da Tradução E Interpretação em Língua de Sinais

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GABARITO DAS

AUTOATIVIDADES

ESTUDOS DA TRADUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA
DE SINAIS
Prof.ª Adriana Prado Santana Santos
Prof. Luiz Henrique Milani Queriquelli
2018
ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

UNIDADE 1

TÓPICO 1

1 Relacione os itens com as afirmações a seguir:

I. Visão da tradução na antiguidade clássica.


II. Visão da tradução na antiga tradição judaico-cristã.
III. Tradução como atividade linguística básica.
IV. Causa primordial da necessidade da tradução.
V. Tradução como negociação entre textos.
VI. Tradução como negociação entre culturas.

(VI) Um texto não reflete apenas as propriedades estritamente linguísticas


de uma língua (léxico e gramática, por exemplo), mas também espelha
convenções muito particulares à cultura do seu autor. A tradução envolve
equalizar as diferenças entre o mundo do autor e o mundo do leitor.
(V) Em termos estritamente linguísticos (léxico, morfologia, sintaxe etc.), as
línguas são invariavelmente distintas. Portanto, na versão de um texto
de uma língua para outra, o tradutor tem perdas e ganhos em termos de
escolhas vocabulares, construções sintáticas, equivalências morfológicas
etc.
(IV) As pessoas são naturalmente diversas entre si, e a diversidade se estende
à linguagem, fazendo com que, quanto mais as diferenças se agravam,
mais as diferenças linguísticas se acentuam.
(III) Estamos operando traduções a todo momento, quando explicamos algo
para alguém, quando mudamos de contexto, quando mudamos de veículo
de comunicação ou gênero discursivo, quando estamos adquirindo
linguagem, quando lidamos com línguas estrangeiras.
(II) A tradução era vista como uma deturpação do sentido original das
palavras e como causa primordial da discórdia entre os homens.
(I) A tradução era vista como um processo criativo, assumindo sentidos
como os de criar, verter, converter, transverter, imitar, explicar, interpretar,
exprimir, render, transferir, transladar, dentre outros.

2 Diante do que foi apresentado no primeiro tópico, como você


explicaria a seguinte afirmação: “quanto mais as diferenças entre
seres humanos se aprofundam, mais a tradução se faz necessária”?

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

R.: Como vimos, principalmente a partir de Steiner, desde que o ser humano
desenvolveu a faculdade da linguagem, as línguas variaram e mudaram
por inúmeros fatores, como sexo dos falantes, idade, classe social, região
geográfica, registro (culto ou informal) etc. Com tantos fatores condicionando
o comportamento das línguas e sua mudança, é natural que, quanto mais
a população humana se multiplica e suas diferenças biológicas e culturais
se agravam no tempo e no espaço, mais as línguas se diferenciam e se
multiplicam.
Ainda, cabe lembrar que a variedade linguística existe dentro de uma
mesma língua, e a variação, na medida em que se intensifica, pode levar
ao surgimento de novas línguas, o que torna a operação tradutória sempre
necessária e atual.

3 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da UFSJ/2016).


Existem tentativas de simplificar o conceito do que é uma tradução,
como sendo a substituição de material textual em uma língua-fonte
(LF) por material textual equivalente em outra língua-meta (LM) ou
a transferência do conteúdo de um texto para os meios próprios
de outra língua. Apesar de sucintos, ainda existem pontos não
explicitados nas definições, pois descrevem um processo somente
entre línguas, em que os sujeitos envolvidos e a situação (contexto)
nem são mencionados. Com base no enunciado, marque a opção
INCORRETA:

a) (x) O tradutor ora é encarado como um mero reprodutor de textos, uma


espécie de adaptador de voltagem entre línguas, ora alça a posição
de autor.
b) ( ) A tradução é o termo geral que define a ação de transformar um texto
a partir da língua-fonte, por meio de vocalização, escrita ou sinalização,
em outra língua-meta.
c) ( ) É aceitável que a tradução procure uma correspondência de aspectos
linguísticos, porém seus objetivos de interação podem ser perdidos em
uma busca obsessiva de equivalência entre as línguas.
d) ( ) A tradução é uma atividade que abrange a interpretação do significado
de um texto em uma língua – o texto-fonte – e a produção de um novo
texto em outra língua, sendo que tal texto resultante também é chamado
de tradução.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

TÓPICO 2

1 Reflita sobre a dicotomia “foco no texto de partida vs foco no texto de


chegada”, destacada na discussão sobre a tradução interlingual. Em
que situações, como futuro tradutor ou intérprete de Libras, você se
posicionaria em favor do foco no texto de partida e em que situações
você se posicionaria no foco no texto de chegada? Explique, por
exemplo, qual seria a sua postura diante dos seguintes contextos:

a) Alguém está falando sobre qualidades formais de um poema escrito


em língua portuguesa. Na tradução para Libras, você focaria no texto
de partida ou no texto de chegada? Explique.

R.: Ainda que o tradutor seja sempre livre para fazer as suas escolhas, neste
caso, seria cabível o foco no texto de partida, já que o seu valor se encontra
justamente na sua forma. Assim, seria conveniente buscarmos, em Libras,
alternativas para recriarmos o valor dos aspectos formais do poema.

b) Alguém está simplesmente passando orientações, em português,


sobre como se comportar em uma situação específica (uma entrevista
de emprego, por exemplo). Na tradução para Libras, você focaria no
texto de partida ou no texto de chegada? Explique.

R.: Ainda que o tradutor seja sempre livre para fazer as suas escolhas, neste
caso, seria cabível o foco no texto de chegada, já que o valor do texto-fonte não
se encontra na sua forma e tampouco na língua em si, mas sim na mensagem.

2 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da UFSJ/2016).


Relacione os tipos de tradução elencados com as definições dadas
a seguir, a partir de Pereira (2008).

a) Tradução interlingual.
b) Tradução intralingual.
c) Tradução sociolinguística.
d) Tradução intersemiótica.

(B) Ocorre quando há a reformulação entre signos verbais dentro de uma


mesma língua; por exemplo, no caso da paráfrase.
(D) Ocorre quando signos não verbais são transformados em linguagem
verbal.
(A) Envolve duas línguas, quando há a reformulação de um texto em uma
língua diferente daquela em que foi inicialmente enunciada.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

(C) Aquela em que a intenção do interlocutor é traduzida com base nos


padrões de formação sociocultural existentes no meio da comunidade
onde a interação linguística ocorre.

Assinale a alternativa CORRETA:


a) ( ) a, d, b, c.
b) ( ) b, d, c, a.
c) (x) b, d, a, c.
d) ( ) c, d, b, a.

3 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da UFSJ/2016).


Sabe-se intuitivamente que a tradução de um texto se faz por partes.
Em princípio, as partes podem ser construídas sequencialmente no
texto de chegada, tomando-se por base a estrutura do texto de partida.
Em situações práticas, porém, nem sempre uma tradução transcorre
tão naturalmente. Depara-se com itens lexicais desconhecidos,
estruturas sintáticas incompreensíveis e ambuiguidades semânticas
de difícil solução.

Com base no enunciado, analise as afirmativas a seguir:

I. Os conhecimentos modificam o ritmo sequencial do trabalho de um


tradutor, levando-o a retroceder com o intuito de buscar explicações por
meio de passagens já traduzidas e/ou a avançar no texto. Assim, deixa
temporariamente de lado problemas não solucionados.
II. A Teoria da Funcionalidade vê a função de uma tradução como sendo objeto
primordial e defende que o tradutor não abandone as literalidades lexicais
e sintáticas, e descarte a tradução que se oriente pela contextualização
mais adequada na língua e cultura de chegada.
III. Segundo pesquisadores da área, as Unidades de Tradução (UTs) podem
variar de acordo com a compreensão do texto pelo tradutor. Conhecimentos
linguísticos, tanto na língua de partida quanto na língua de chegada, e o
conhecimento prévio sobre o assunto tratado, são fatores essenciais para
essa prática.

Sobre as afirmativas citadas, é possível afirmar que:


a) ( ) I e II estão corretas.
b) (x) I e III estão corretas.
c) ( ) todas estão corretas.
d) ( ) nenhuma das afirmativas está correta.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

TÓPICO 3

1 Por que, no contexto das línguas de sinais, a interpretação tem,


historicamente, mais relevância que a tradução stricto sensu?
Que especificidades envolvendo esse tipo de língua confere à
interpretação um status diferenciado?

R.: Historicamente, as línguas fônicas com modalidade escrita se apoiaram em


traduções de textos escritos para o seu desenvolvimento. No caso das línguas
sinalizadas, a interpretação sempre teve mais relevo do que a tradução, por
razões sócio-históricas. Como explica Pereira (2008), a atividade de intérprete
no meio surdo surge no meio familiar e, aos poucos, foi se estendendo aos
professores de crianças surdas e ao âmbito religioso. Com o passar do tempo,
o fortalecimento dos movimentos sociais e políticos das comunidades surdas
e o reconhecimento legal das línguas de sinais fizeram surgir, finalmente,
o ILS profissional. A função intérprete ganha particular relevo porque os
surdos podem, através do intérprete, compreender e ser compreendidos, e
os ouvintes são colocados no mesmo nível, precisam também do intérprete
ou precisam aprender uma língua que não é a sua língua natural.

2 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da UFSC/2018).


Diante de diversas situações e contextos, o intérprete de Libras
poderá optar pela interpretação consecutiva ou simultânea.
Qual alternativa se refere APENAS às características de uma
interpretação consecutiva?

a) (x) Exige do intérprete mais tempo para processar a mensagem-fonte


para em seguida interpretar, podendo lançar mão de notas para
possíveis retomadas.
b) ( ) É realizada com a mensagem-fonte em andamento, devendo ser
interpretada até que sofra uma pausa.
c) ( ) É uma modalidade de interpretação nova para as línguas orais, sendo
recorrente nas línguas de sinais.
d) ( ) Essa modalidade de interpretação possibilita às pessoas de diferentes
línguas participarem em tempo real de reuniões, palestras e cursos sem
barreiras.
e) ( ) Foi usada pela primeira vez, após a Segunda Guerra Mundial, nos
julgamentos de nazistas. A modalidade de interpretação, usada até então,
era apenas simultânea; no entanto, pela presença de quatro idiomas nos
julgamentos, passou a ser uma modalidade viável.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

3 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da


UFSJ/2016). Embora qualquer falante bilíngue possua competência
comunicativa nas línguas que domina, nem todo bilíngue possui
competência tradutória. A competência tradutória é um conhecimento
especializado, integrado por um conjunto de _________________
e _________________, que singulariza o tradutor e o diferencia de
outros falantes bilíngues não tradutores.

Os termos que completam a frase CORRETAMENTE são:


a) ( ) conhecimentos linguísticos – culturais.
b) ( ) atos tradutórios – de interpretação.
c) (x) conhecimentos – habilidades.
d) ( ) habilidades linguísticas – culturais.

4 (Adapt. de concurso para tradutor/intérprete de Libras da UFSJ/2016).


Conforme Quadros (2004), os itens a seguir se referem aos modelos
de tradução e de interpretação:

I. Competência linguística é a habilidade de manipular com as línguas


envolvidas no processo de interpretação. Os intérpretes precisam ter um
excelente conhecimento de ambas as línguas envolvidas.
II. Competência técnica é a habilidade de posicionar-se apropriadamente para
interpretar, para usar microfone e para interpretar usando fones, quando
necessário.
III. Competência metodológica é a habilidade de usar diferentes modos de
interpretação, escolher o modo apropriado diante das circunstâncias e
encontrar o item lexical e a terminologia adequada.

Sobre esses itens, pode-se afirmar que:


a) ( ) I e II estão corretos.
b) ( ) I e III estão corretos.
c) (x) todos estão corretos.
d) ( ) nenhum dos itens está correto.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

UNIDADE 2

TÓPICO 1

1 Ao refletir sobre as modalidades e sistemas de línguas orais e de


sinais, encontramos elementos de comunicação, necessários para
efetuar uma conversação. Diante desse contexto, descreva tais
elementos comunicacionais, dando ênfase à LS.

R.: As línguas são sistemas regidos por regras, todas as línguas orais ou gestuais
possuem aspectos em comum, por isso é importante compreendermos bem
seus sistemas, a fim de decodificarmos sua linguagem e atuar como TILSP.
Como profissionais da área, a compreensão está diretamente relacionada
à cultura e à língua da comunidade surda, uma vez que a interpretação de
línguas sinalizadas envolve receber e transmitir informações em diferentes
modalidades, ou seja, da falada para sinalizada e vice-versa. A diferença não
está relacionada somente na utilização dos canais de comunicação das duas
línguas, mas também nos estudos das estruturas gramaticais.

2 Já sabemos que a Língua de Sinais (LS) permite que seus usuários


utilizem estruturas nos diferentes contextos, e que as diversas
funções linguísticas sejam correspondidas. Explique como acontece,
citando pelo menos três exemplos, e utilizando os parâmetros
primários e secundários.

R.: Ao realizar um sinal, estamos fazendo, ao mesmo tempo, uma combinação


de alguns parâmetros. A locação/ponto de articulação são caracterizados
pelo espaço utilizado durante a produção do sinal/palavra. O movimento
(M) pode ser parado ou não acontece no momento da sinalização para
várias direções. Outro parâmetro muito importante são as expressões não
manuais/faciais que a comunidade surda usa com muita habilidade durante
suas conversas. É um parâmetro fonológico que os ouvintes devem usar
com critério. Se bem usado, pode ou não dar sentido correto à mensagem.

3 Sobre as marcas morfológicas em Língua de Sinais:

I- Morfema adjetivo: um tipo de movimento da cabeça e a direcionalidade


do olhar, simultâneos ao sinal manual, marca uma qualidade para o

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

substantivo ou intensificador para um advérbio ou adjetivo.


II- Morfemas dêiticos: a direcionalidade do olhar e da cabeça, simultânea a
um sinal pronominal ou locativo, marca uma referência espacial específica
para os referentes indicados através de apontações.
III- Morfema adverbial: sinalizada pela cabeça, movimentando-se
repetidamente para os lados e testa franzida, simultaneamente a
determinado sinal, a cabeça levemente inclinada, as sobrancelhas
baixas, os lábios estendidos lateralmente ou arredondados, o olhar com
movimentos para as laterais (squinting eyes).
IV- Morfema para grau de adjetivo: a intensidade no arregalar ou diminuir
as pálpebras, simultânea ao levantar ou franzir as sobrancelhas e ao
inflar ou contrair as bochechas, marca os graus aumentativo, diminutivo
e superlativo.

Assinale as alternativas corretas:


a) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
c) (x) As sentenças I, II e IV estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.

TÓPICO 2

1 Destaque as principais semelhanças e diferenças nas atividades de


tradução e interpretação da língua fonte (LO) para língua alvo (LS).

R.: O profissional TILSP precisa trabalhar com um par linguístico que envolve
duas modalidades diferentes que trazem muitas características, porém
também muitas semelhanças. Dentre elas, a difícil tarefa de fazer as melhores
escolhas para que se tenha a melhor clareza possível entre as línguas que
estão sendo traduzidas ou interpretadas.

2 O trabalho de interpretação é dividido basicamente em dois tipos:


simultânea e consecutiva, os quais são descritos por Rosa (2008, p.
115). Sobre esses modelos, descreva cada um deles.

R.: A autora destaca a diferença mostrando algumas singularidades. Na


interpretação consecutiva, é comum o intérprete sentar-se junto a pessoa,
ouvir uma longa parte do discurso e, depois, verte-o para outra língua, com
a ajuda de notas. Já na interpretação simultânea, o profissional sinaliza a
fala do ouvinte em tempo real, acompanhando, em frações de segundos.
Além disso, na interpretação simultânea, é importante conhecer o tema que

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

será interpretado, o evento o qual atuará e qual a duração deste. Todos os


aspectos proporcionarão uma melhor organização para uma boa atuação.

3 Durante seus estudos, você observou muitas ações e recursos para


uma boa atuação. Assim, apresente alguns fatores importantes para
uma boa tradução e interpretação.

R.: Deve-se levar em conta algumas questões envolvidas a fim de fazer um


bom trabalho, como tomar cuidado de não fazer uso do bimodalismo; pensar
em GLOSA e acabar perdendo os conectivos necessários para passagem da
mensagem; usar muitos classificadores como se estivesse sempre fazendo
um quadro mental daquela frase; preocupar-se em sinalizar rápido demais
para não perder; perder parte do discurso. Além disso, colocar em prática
algumas ações como: antes de iniciar o evento, é preciso marcar onde o
intérprete se posicionará, checar os aparelhos para retorno de som e imagem.
Reserve assentos aos profissionais e surdos em um lugar em que as pessoas
surdas tenham plena visão da interpretação sem que haja interferência. Caso
o orador seja surdo, é fundamental que este fique em evidência e o intérprete
se posicione de frente ao enunciador, a fim de ter o contato visual de qualidade
entre ambos e o TILSP possa fazer a interpretação de voz.

4 Sobre alguns tipos de discursos existentes, marque a alternativa


correta:

I- Narrativo: objetiva provar alguma coisa para a audiência.


II- Persuasivo: objetiva influenciar a conduta de alguém e procedural: dá
instruções para executar uma atividade ou usar algum objeto.
III- Explicativo: oferece informações requeridas em determinado contexto.
IV- Argumentativo: reconta uma série de eventos ordenados mais ou menos
de forma cronológica.

Assinale as alternativas corretas:


a) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas
c) ( ) As sentenças I, II e IV estão corretas
d) (x) As sentenças II e III estão corretas.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

TÓPICO 3

1 No início do Tópico 3, analisamos como o profissional TILSP deve se


comportar diante de algumas situações, levando em consideração
os preceitos éticos. Assim, descreva, com suas palavras, o que
seria “sigilo profissional”, “imparcialidade” e “fidelidade” durante
as atividades de tradução e interpretação. Cite exemplos.

R.: Seja qual for o contexto em que o TILSP realize suas atividades, no
consultório médico, tribunal, ambiente religioso, ambiente educacional, o sigilo
profissional, a discrição e a confiabilidade devem estar presentes. Além disso,
a responsabilidade de que toda a informação está sendo passada fielmente
deve ficar claro para o interlocutor. O profissional TILPS deve compreender o
conceito de justiça, adotar atitudes de respeito pelas pessoas, compreender a
profissão que escolheu em seu sentido histórico, aplicando os conhecimentos
construídos e aprendidos; lançar mão do diálogo como meio de esclarecer
conflitos, pautando suas ações com vistas a uma comunidade pertencente
à sociedade.
Como exemplo, podemos citar a atuação desse profissional em um consultório
médico, onde o profissional TILPS, ao mesmo tempo, precisa passar a
mensagem de forma segura e confiável, pois está envolvida a saúde da
pessoa, ser imparcial e não tomar um dos lados e, acima de tudo, com
discrição profissional.

2 As competências do profissional TILSP e guia-intérprete são descritas


na Lei federal n° 12.319/2010, que regulamenta suas atribuições nos
artigos 6º e 7º. Assim, marque a resposta correta:

I- efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e


surdocegos, surdocegos e ouvintes por meio da Libras para a língua oral
e vice-versa; o intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico,
zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa
humana e à cultura do surdo; 
II- interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as
atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições
de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar
o acesso aos conteúdos curriculares; 
III- atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos
concursos públicos; pela atuação livre de preconceito de origem, raça,
credo religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero; 

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

IV- atuar sem imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber
traduzir, não havendo a necessidade de ter solidariedade e consciência
de que o direito de expressão é um direito social, independentemente da
condição social e econômica daqueles que dele necessitem.

Assinale as alternativas corretas:


a) (x) As sentenças I, II e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, II e IV estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.

3 Quanto à atuação do profissional Intérprete Educacional, foi destacado


que, por falta de conhecimento dos profissionais envolvidos e até da
própria instituição, costumam acontecer alguns paradoxos. Assim,
observe a imagem e responda qual realmente é o papel do TILSP no
contexto educacional:

FIGURA 54 – COMO AGIR DIANTE DE UM SURDO

FONTE: Disponível em: <http://caroldiversidade.blogspot.com.


br/2013/06/como-agir-diante-de-um-surdo.html>. Acesso em:
21 abr. 2018.

R.: Algumas situações poderão acontecer decorrentes da falta de


conhecimento do profissional e da instituição. Ao TILSP é delegado o papel
de professor dos alunos surdos, fazendo planejamentos e preparando
materiais para o aluno, quando na verdade ele deveria ser o mediador na
comunicação.  A Instituição que contrata o profissional deverá verificar se
ele está habilitado para exercer tão função, se a sua formação é no contexto
educacional, pois isso possibilitará um entendimento melhor das relações
linguísticas envolvidas dentro de sala.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

4 Durante nossos estudos, pudemos entender melhor como um


indivíduo com surdocegueira enxerga o mundo a sua volta, por meio
do que se chama “defesa tátil”, e a responsabilidade do profissional
guia-intérprete em passar a informação precisamente através das
mãos. Você foi incentivado a se sentir como determinado sujeito.
Assim, com a imagem a seguir, feche os olhos e peça para que alguém
descreva para você o que está vendo na figura. Após, sem olhar para
a figura, descreva o que entendeu e compare com a imagem.

FIGURA 55 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESPECIAL

FONTE: Disponível em: <https://www.ipemig.com.br/educacao-


infantil-e-educacao-inclusiva-especial/>. Acesso em: 21 abr. 2018.

R.: A figura mostra a professora com três alunos, uma aluna cadeirante, um
aluno cego e uma aluna com Aparelho de Amplificação Sonora Individual –
AASI. Estão em uma sala que parece ser uma cantina dentro da escola, onde
ao fundo existem 3 figuras de pessoas atrás de um balcão, entre estes está
uma criança sendo atendida. Ao lado direito da sala há uma porta que está
fechada, e lado esquerdo da sala há um vaso de cor roxa com uma planta de
folhas verdes. A professora está em pé apoiada em uma mesa conversando
com seus alunos. Os alunos estão interagindo entre si e com a professora.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

UNIDADE 3

TÓPICO 1

1 Diante do que foi exposto sobre as legislações vigentes sobre


a formação do profissional TILSP, explique a importância do
envolvimento dos governantes, sociedade e comunidade surda e
ouvinte.

R.: Historicamente, os profissionais TILSP foram se construindo na medida


em que a comunidade surda participava em todos os âmbitos da sociedade.
Dessa forma, sua formação implica em políticas públicas inclusivas, em
uma sociedade com seu acolhimento e inclusão e consequentemente a
participação desse profissional em tais ambientes. Ainda, a união desses
três pilares proporcionando a acessibilidade comunicacional em ambas as
comunidades.

2 Em 2010 foi sancionada a Lei Federal nº 12.319, de 1º de setembro, que


regulamenta a profissão do TILSP e define a atuação do profissional.
Sobre a lei, marque a alternativa correta:

I- Art. 4o A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua


Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: I - cursos
de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou;
II - cursos de extensão universitária; III - cursos de formação continuada
promovidos por instituições de Ensino Superior e instituições credenciadas
por Secretarias de Educação.
II- Art. 2o Devem ser garantidas, por parte do poder público em geral e
empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas
de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como
meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades
surdas do Brasil.
III- Parágrafo único.  O exame de proficiência em Tradução e Interpretação de
Libras - Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de
amplo conhecimento da função, constituída por docentes surdos, linguistas
e tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior. 
IV- Art. 1º O Programa Nacional para a Certificação de Proficiência em Libras
e para a Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação de
Libras/Língua Portuguesa - Prolibras será realizado, a partir de 2011, sob
a responsabilidade do Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES.

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

Assinale as alternativas corretas:


a) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
b) (x) As sentenças I e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, II e IV estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.

3 Durante a leitura complementar, Quadros (2004) menciona que


não existem fórmulas para formarmos intérpretes. Entretanto,
um processo constante de reflexão e avaliação tornará realidade
a formação do profissional no Brasil. Observe a figura a seguir e
responda fazendo sua própria reflexão sobre as questões propostas:

Então... seu pai não


Não, não sei.
pode escutar? Oh, que triste!
Então, você não
sabe falar língua Oh,
Não, ele é surdo. de sinais? que triste!

FONTE: Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/um-


olhar-sobre-o-surdo-clinico-ou-social/>. Acesso em: 8 maio 2018.

a) Os surdos sabem usar todas as possibilidades de atuação de um


intérprete? Existe preocupação em oferecer tais informações?

R.: Em geral, a convivência entre as duas comunidades aumenta essas


possibilidades quando o profissional TILSP e o surdo trabalham juntos durante
algum tempo. Há uma interação maior entre eles, trocas de experiências e
sinais, ambos se apropriam do vocabulário um do outro, o que possibilita a
atuação para esse profissional nos lugares frequentados pela comunidade
surda. Além disso, quando a comunidade surda reconhece e valoriza o
trabalho do profissional TILSP, indica, incentiva, passa sinais que eles não
conhecem, ou seja, contribuem para sua atuação profissionais com tais
informações.

b) Quais são os objetivos em um curso de formação de intérpretes?


Quem forma os intérpretes do futuro?

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ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

R.: Podemos citar os objetivos descritos na legislação, ao garantir sua


formação para atuar em vários níveis, desde o mais básico, até os mais
complexos, garantindo bancas examinadoras, provas/exames, provenientes
de instituições que se credenciam aos órgãos competentes. Além disso, a
correta formação proporciona a inclusão e acessibilidade no que diz respeito
à comunicação da comunidade surda. Neste sentido, podemos dizer que a
formação dos intérpretes do futuro vai de encontro a níveis avançados de
estudos na LS, por meio de surdos inseridos em cursos de graus acadêmicos
cada vez mais elevados (mestrados doutorados e pós-doutorado), em várias
áreas de interesse, o que vai exigir dos profissionais TILSP mais estudos
pesquisas, buscar a formação para atuar em tais áreas por meio de formações
oferecidas por instituições com essa parcela de surdos.

TÓPICO 2

1 Diante das tecnologias destacadas nesta unidade, notamos que elas


vieram para facilitar a relação e a comunicação entre os ouvintes
usuários de Libras e surdos nas mais diversas partes do país. Você
pessoalmente já fez uso de alguma delas? Assim, relacione algumas
delas, explicando sua importância.

R.: No mundo de hoje, a tecnologia tem facilitado a vidas das pessoas,


causando diversas modificações na maneira de se comunicar entre as
pessoas usuárias de Libras das mais diversas partes do país e do mundo,
ampliando diariamente o vocabulário linguístico, trocando experiências da
prática entre os profissionais TILSP, além de compartilhar estratégias de
tradução e interpretação nos mais variados contextos. Para os TILSP e a
comunidade surda, conhecer os funcionamentos dos recursos das tecnologias
de comunicação e informação não é um luxo, mas sim uma necessidade, pois
são meios que trazem subsídios para a formação continuada, contribuindo
para fluência na LS. Hand Talk é um dos aplicativos mais conhecidos no
Brasil, sendo uma das soluções rápidas para comunicação entre as duas
comunidades, funcionando como um tradutor de bolso da LP para Libras.

2 Sobre o papel do professor regente e o papel do IE:

I- O IE não acompanha os alunos surdos em todos os momentos, como


na hora do intervalo ou para ir ao banheiro. O aluno surdo precisa ter
autonomia.
II- O intérprete tem que substituir o professor caso falte, pois o lugar do IE
é em sala de aula, junto ao aluno surdo para mediar a comunicação.

16
ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

III- Ao professor regente cabe pensar e adaptar suas metodologias para


atender às especificidades de todos os seus alunos.
IV- Cabe ao professor regente respeitar o direito de todos à acessibilidade,
preocupando-se em remodelar suas aulas para adequar-se à cultura.

Assinale as alternativas corretas:


a) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
c) (x) As sentenças I, III e IV estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.

3 De acordo com a figura a seguir, e após sua leitura durante o


Tópico 2, sobre os aplicativos para tradução em Libras, faça uma
síntese sobre a seguinte pergunta: o aplicativo de acessibilidade
para a comunicação entre surdos e ouvintes poderá substituir os
profissionais TILSP no futuro?

FIGURA 17 – MÃOS QUE FALAM

FONTE: Disponível em: <http://e-ipol.org/melhor-aplicativo-social-do-


mundo-ajuda-na-comunicacao-com-surdos/>. Acesso em: 18 maio
2018.

R.: Embora a tecnologia venha para nos auxiliar em muitos sentidos, ainda
assim, é muito improvável que isso venha acontecer. Podemos dizer que
esses aplicativos tradutores/intérpretes não consigam uma atuação em nível
humano. Uma pessoa, diferente da máquina, tem sensibilidade/sentimentos
de identificar a melhor maneira de adaptar e transmitir a mensagem naquele
dado momento. Além disso, o ser humano possui a habilidade de absorção,
do conhecimento linguístico adquirido com estudos e práticas constantes, que
acaba sendo limitado para a máquina, pois ele é um repositório de sinais,
enquanto que o TILSP, vai além disso.

17
ESTUDOS DA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

TÓPICO 3

1 Como já considerado, o TILSP ganha protagonismo no cenário


mundial, surgem também os desafios e possibilidades durante sua
atuação em variados contextos. Assim, descreva alguns desafios e
possibilidades vivenciadas por você, além do que está descrito no
seu livro de estudos.

R.: Há muitos desafios e possibilidades para o profissional TILSP que não


se restringem somente às áreas educacionais ou aos entraves políticos
com implementações de adaptações institucionais, ou mesmo ao seu fazer
profissional, na demonstração das suas habilidades e competências durante
sua atuação. Muitas lacunas ficam sem respostas após suas atividades
tradutórias e interpretativas, além dos insucessos depois de tantos estudos
e pesquisas. Podemos mencionar desafios administrativos, conteúdos
desconhecidos e possibilidades advindas do TILSP saber lidar com esses
desafios ou não.

2 Depois de ler parte do artigo da professora Drª. Ana Regina Campello,


responda: será que somente ouvintes podem atuar como TILSP?
Como podemos relacionar o profissional surdo em determinado
contexto?

R: Sempre existiram surdos que serviram de tradutores intérpretes para


as duas comunidades: surda e ouvintes. Em geral, é um fenômeno que
acontece dentro da própria família e nas áreas educacionais, tanto surdos
como ouvintes, que não são fluentes em LS, que se fazem entender pelo
seu familiar ou amigo surdo que é fluente em LS. Além disso, com o curso de
Letras-Libras, por meio das disciplinas ofertadas, vieram muitas oportunidades
para o TILSP, tanto para a comunidade ouvinte bem como o surgimento do
tradutor intérprete surdo, que tem ficado em evidência cada vez mais por
meio de material instrucional em vídeos. Eles conseguem seguir as regras
gramaticais da LO e LS, conseguem utilizar as expressões faciais/corporais
muito bem, e a mensagem chega sem grandes mudanças para o interlocutor
surdo/ouvinte. Entre esses profissionais, o artigo citou os exemplos das
professoras surdas Dra. Ana Regina Campelo e Sueli Ramalho.

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