26974port PREVIRIO 704 - 2007
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RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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Parágrafo único. O PREVI-RIO publicará a relação dos servidores habilitados, devendo
a concessão ser feita por etapas, a cada semana.
Art. 3º Serão financiados imóveis residenciais – novos ou usados – localizados no
Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º Para financiamentos de até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), será admitida a
aquisição de direitos possessórios relativos a imóveis, restrita ao âmbito do Município
do Rio de Janeiro.
§ 2º Poderão ser, também, financiados imóveis não edificados para fins exclusivamente
residenciais, desde que atendidas as seguintes condições:
a) estejam localizados em área regularmente urbanizada;
b) estejam regularmente inscritos no Registro Geral de Imóveis;
c) não exista nenhum imóvel edificado no mesmo.
Art. 4º Os financiamentos serão efetivados por intermédio de Cartas de Crédito, de
forma que o segurado possa adquirir o imóvel de sua preferência, observadas as
condições constantes da Resolução Conjunta SMA/PREVI-RIO nº 98/2007, e da
presente Portaria.
CAPÍTULO II
DA HABILITAÇÃO AO FINANCIAMENTO
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e) não ser beneficiário de Termo de Ocupação Provisória com Opção de Compra
(TOPOC) junto ao PREVI-RIO.
Parágrafo único. As condições previstas nas alíneas “a” a “c” do “caput” são exigíveis
no ato de inscrição; e as demais, quando da apresentação da documentação para
lavratura da escritura.
Art. 6º É admitida a composição de renda entre segurados para aquisição de um único
imóvel nas hipóteses abaixo relacionadas, desde que cada um, isoladamente, satisfaça
às condições previstas na presente Portaria:
a) cônjuges ou companheiros;
b) ascendentes e descendentes;
c) irmãos.
Parágrafo único. Nos casos previstos no “caput”, os segurados serão solidários na
totalidade do valor do crédito concedido.
Art. 7º Os segurados requerentes manifestarão sua concordância com os termos e
condições previstas na presente Portaria e demais normas aplicáveis à matéria no ato
da assinatura da escritura e/ou do contrato.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a efetivação do financiamento subordinar-se-á
à manutenção, pelo segurado, de todas as condições de habilitação previstas até a
data de assinatura da Escritura de Compra e Venda ou de Cessão de Direitos
Possessórios e Venda de Benfeitorias.
CAPÍTULO III
DA CARTA DE CRÉDITO
CAPÍTULO IV
DA INSCRIÇÃO
Art. 11. As inscrições estão ocorrendo na forma prevista no Edital de Reabertura das
inscrições, publicado no DO RIO de 31 de agosto de 2007, mediante procedimentos
que dispensem o comparecimento pessoal do segurado ao PREVI-RIO.
§ 1º O servidor que, na condição de segurado, detiver mais de uma matrícula no
Município deverá formalizar sua inscrição por intermédio de um único formulário.
§ 2º O não cumprimento do disposto no parágrafo anterior acarretará o cancelamento
das inscrições em duplicata.
§ 3º No caso de a operação envolver mais de um segurado, mediante composição da
renda, todos os segurados devem informar seus dados no mesmo formulário.
§ 4º O PREVI-RIO promoverá crítica dos dados declarados, conforme regras
estabelecidas no Edital.
§ 5º A inclusão ou exclusão posterior de matrícula do segurado, implicará a reemissão
da Carta de Crédito, mantidas as condições de prazo da original, ficando sujeita a
alterações de valores.
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CAPÍTULO V
DA DOCUMENTAÇÃO
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e) cópia legível do Contrato Social ou Estatuto Social da empresa e sua última
alteração, ambos registrados no órgão competente, e cópia da AGO/AGE que
autorizou a alienação do bem e que elegeu a Diretoria com poderes para tanto ou
ainda, a constituição de procurador para esta finalidade;
IV – Do imóvel:
a) cópia legível da certidão de ônus reais em nome do vendedor, com expedição em
período não superior a um ano;
b) certidão de situação fiscal do imóvel e cópia das folhas do carnê do IPTU, com
identificação completa do imóvel do ano em curso;
c) cópia legível da planta baixa atualizada na escala de 1:50 ou 1:100, não sendo
necessária à assinatura de profissional habilitado.
Art. 13. Apresentada toda a documentação prevista no artigo anterior, o PREVI-RIO
providenciará a vistoria expedita do imóvel, com o objetivo precípuo de verificar se o
valor pretendido é compatível com o financiamento a ser concedido.
Art. 14. Após a realização da vistoria e análise processual da documentação
apresentada, o segurado tomará ciência do laudo de vistoria do imóvel e exigências se
houver.
Art. 15. Aprovada a vistoria do imóvel e estando satisfeita as condições e
documentações previstas no art. 12, o segurado deverá providenciar a documentação
para celebração da Escritura Compra e Venda com pacto adjeto de hipoteca dos
documentos abaixo relacionados, observando os prazos de validade das certidões
negativas.
I – Relativos ao vendedor e seu cônjuge:
a) certidões negativas originais fornecidas pelos competentes Registros de Interdições
e Tutelas;
b) certidão negativa original fornecida pela Justiça Federal;
c) certidões negativas originais expedidas pelos competentes Ofícios de Distribuição
Cíveis;
d) alvará judicial, nos casos de espólio, menores ou interditos e outros determinados
por Lei.
e) declaração de convivência marital (positiva ou negativa);
II – Relativos ao imóvel:
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a) certidão original do competente Ofício do Registro de Distribuição ou equivalente;
b) certidão original de situação fiscal imobiliária e enfitêutica, expedida pela Prefeitura;
c) cópia legível do título aquisitivo de propriedade, que se encontra registrado no
Registro Geral de Imóveis, conforme certidão anteriormente apresentada;
d) declaração de que o imóvel encontra-se livre e desimpedido, ou carta do locatário
renunciando ao exercício do direito de preferência na aquisição do imóvel objeto da
operação imobiliária com o PREVI-RIO;
e) declaração do Síndico ou da Administradora de que não há dívidas com o
Condomínio, acompanhada, no primeiro caso, da ata da eleição.
§ 1º A documentação prevista no inciso I será exigida relativamente às comarcas onde
se situar o imóvel e, ainda, daquelas onde residir o vendedor.
§ 2º Por ocasião da marcação da data para celebração da escritura, deverá ser
apresentada guia de recolhimento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI,
devidamente quitada, certidão de ônus reais expedida a menos de 30 (trinta) dias, bem
como contracheque atualizado.
Art. 16. No caso de o vendedor, ou vendedores, se fizerem representar no ato da
escritura por procurador, deverão fazê-lo por intermédio de instrumento público com
poderes específicos para a celebração do ato, o qual deverá ter sido lavrada a menos
de 180 (cento e oitenta) dias, e revalidado quinze dias antes da lavratura da escritura.
§ 1º A procuração deverá ser apresentada, na data da marcação da escritura, em
original e cópia.
§ 2º O mutuário e aqueles que com ele compuserem renda, não poderão se fazer
representar por procurador.
§ 3º As procurações lavradas fora da circunscrição do Estado do Rio de Janeiro serão
analisadas, caso a caso, pelo PREVI-RIO, que se reserva o direito de recusá-las.
Art. 17. No caso de o vendedor do imóvel ser pessoa jurídica, além das
documentações descritas no art. 15, o segurado deverá apresentar os seguintes
documentos, no que couber:
a) cópia legível da certidão negativa de débito do FGTS e INSS;
b) cópia legível da certidão negativa de débitos de tributos federais, expedida pela
Receita Federal;
c) certidão fornecida pelo Ministério do Trabalho.
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CAPÍTULO VI
DA AQUISIÇÃO DE DIREITOS POSSESSÓRIOS E VENDA DE BENFEITORIAS
Art. 18. Para financiamentos de até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), será admitida a
aquisição de direitos possessórios relativos a imóveis, desde que atendidas às
seguintes condições:
a) estejam situados, exclusivamente, no Município do Rio de Janeiro, em loteamentos
regulares ou regularizáveis, ouvida a Secretaria Municipal de Habitação quando
necessário;
b) não estejam edificados em áreas de risco ou non aedificandi, sujeitas a recuo,
desapropriação, ou ainda, em áreas de proteção ambiental (APA), consultando-se os
órgãos competentes;
c) não estejam localizados em áreas de próprios municipais ou públicas;
d) estejam edificados, abastecidos de água, com sistema de esgotamento sanitário e
apresentem condições de acesso satisfatório.
Parágrafo único. Para os casos mencionados no caput, o financiamento efetuar-se-á
mediante formalização de empréstimo com destinação específica.
Art. 19. Satisfeitas as condições previstas no artigo anterior, deverá ser apresentada a
seguinte documentação na ocasião da abertura do processo para análise preliminar,
sem prejuízo do disposto no art. 12, no que couber:
a) título aquisitivo por instrumento público, particular com firma reconhecida à época da
transação ou registrado em Cartório de Títulos e Documentos, desde que os mesmos
tenham sido firmados em período igual ou superior a 05 (cinco) anos;
b) documentos comprobatórios que demonstrem que o promitente cedente se encontra
na posse do imóvel durante os cinco anos imediatamente anteriores à transação,
cabendo o aproveitamento da cadeia sucessória ininterrupta;
c) certidão de ônus reais original expedida a menos de 30 (trinta dias), a qual deverá
comprovar a inexistência de Registro do Imóvel.
§ 1º O segurado deverá apresentar originais e cópias dos documentos referidos nos
itens “a” e “b”.
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§ 2º Os documentos referidos no item “b” deverão indicar o nome do cedente, do
possuidor anterior, ou do locatário, desde que comprovada a relação locatícia.
Art. 20. O PREVI-RIO se reserva o direito de recusar os documentos que julgar
inadequados, assim como exigir outros documentos cuja necessidade tenha sido
verificada no transcorrer do processo.
Art. 21. O PREVI-RIO poderá negar prosseguimento à operação quando, a seu critério,
julgar que o imóvel não se enquadra nas condições da presente Portaria ou que a
posse não é a justo título.
Art. 22. Após a realização da vistoria prevista nos arts. 25 e 26, deverão ser
apresentados os originais das seguintes certidões.
I – Relativos ao promitente cedente, seu cônjuge ou companheiro:
a) certidões negativas do 1º ao 4º Ofícios de Distribuição Civeis;
b) certidões negativas do 1º e 2º Ofícios de Interdições e Tutelas;
c) certidões negativas fornecidas pela Justiça Federal;
CAPÍTULO VII
DA VISTORIA DO IMÓVEL
Art. 23. A escolha do imóvel é atribuição livre, única e exclusiva do segurado, não
cabendo ao PREVI-RIO qualquer responsabilidade por ela.
Parágrafo único. O PREVI-RIO reserva-se o direito de recusar imóveis que julgar
inapropriados ao financiamento.
Art. 24. Em nenhuma hipótese, o valor do financiamento relativo ao imóvel poderá
ultrapassar o valor estimado previsto no art. 26.
Art. 25. O corpo de engenheiros e arquitetos do quadro ativo de servidores estatutários
do Município do Rio de Janeiro será competente para realizar relatórios expeditos de
avaliação nos imóveis apresentados pelos segurados, na conformidade do disposto no
art. 6º do Decreto Nº 20.975/02.
Parágrafo único. Aos profissionais mencionados no “caput” será atribuída à gratificação
pelo exercício dos encargos especiais, com intuito de viabilizar a visita e a elaboração
do relatório de vistoria, do qual constará:
a) descrição do imóvel, logradouro e circunvizinhança;
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b) mapa de localização;
c) relatório fotográfico, com mínimo de 6 (seis) fotos.
Art. 26. A vistoria mencionada no art. 25 terá por objetivo precípuo apontar o valor
estimado do imóvel.
Parágrafo único. Em caso de o servidor discordar do valor estimado do imóvel, poderá
solicitar nova vistoria, a qual será realizada por engenheiros e arquitetos do quadro
funcional do PREVI-RIO, cabendo ao Instituto a decisão final sobre o valor a ser
atribuído ao imóvel.
Art. 27. O PREVI-RIO não se responsabiliza por vícios ocultos que venham a surgir
após a operação de compra e venda.
Art. 28. Para os imóveis financiados com base no CAPÍTULO VI serão,
obrigatoriamente ouvidas as Secretarias Municipais de Urbanismo e Meio Ambiente,
assim como, a Superintendência de Patrimônio da Secretaria Municipal de Fazenda.
Parágrafo único. A consulta aos órgãos mencionados no “caput” não exclui a consulta a
outros, sempre que se fizer necessária, para qualquer imóvel avaliado.
Art. 29. Os imóveis em que forem constatados acréscimos de área, será exigida a
apresentação de documentação que comprove a regularização da situação, junto ao
município no qual o imóvel esteja localizado.
CAPÍTULO VIII
DAS CONDIÇÕES FINANCEIRAS
Art. 30. Os financiamentos serão referenciados para cada segurado e para quem
compuser renda com ele.
Art. 31. O valor do financiamento será definido tomando-se por base a prestação
máxima consignável em folha no mês de agosto de 2007, e que corresponderá, no
máximo, a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração bruta do segurado sujeita ao
desconto previdenciário.
§ 1º Para os financiamentos cujo valor seja inferior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais)
será aplicado o disposto no art. 2º, IX e X do Decreto nº 28.301/07.
§ 2º O percentual mencionado no “caput” poderá ser reduzido, em razão de pensão
alimentícia suportada pelo segurado ou outras consignações determinadas por lei ou
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autorizadas pelo segurado, inclusive parcelas de empréstimos de outra natureza
contraídas junto ao PREVI-RIO.
Art. 32. Os financiamentos serão concedidos com prestação inicial calculada pelo
Sistema Francês de Amortização (Tabela Price), observadas as seguintes condições
básicas:
a) Prazo: O prazo de financiamento poderá ser de 180 (cento e oitenta), 240 (duzentos
e quarenta), 300 (trezentos) ou, no máximo, 360 (trezentos e sessenta) meses, exceto
nos financiamentos previstos no § 1º do art. 31, quando deverá ser considerado o
maior prazo possível, nos termos da legislação pertinente.
b) Juros: os juros serão de até 8% (por cento) ao ano, definidos com base no valor total
do financiamento do imóvel, podendo ser adicionada à taxa de administração,
observada a tabela a seguir:
ATÉ R$ 40.000,00 3%
DE R$ 40.000,01 A 90.000,00 6%
DE R$ 90.000,01 A 240.000,00 8%
Idade / Prazo até 15 anos até 20 anos até 25 anos até 30 anos
mais de 64 0,0028273 - - -
anos
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§ 4º A soma algébrica do Saldo Devedor com a posição da Conta de Equivalência
Salarial constituirá o Estado da Dívida.
§ 5º O contrato de financiamento será considerado liquidado quando o Estado da
Dívida for zero e não houver eventuais débitos relativos a quaisquer contribuições,
multas ou demais acréscimos, excetuando-se o previsto no art. 35.
§ 6º A taxa referida na alínea “e” não será aplicada para financiamentos de até R$
40.000,00 (quarenta mil reais).
Art. 33. O valor da prestação definido na forma prevista na alínea “c” do art. 32 será
automaticamente ajustado, sempre que houver variação na remuneração do servidor
sujeita ao desconto previdenciário, em igual proporção.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no “caput” variações que venham ocorrer
em razão de nova interpretação administrativa acerca da incidência da contribuição
previdenciária sobre parcelas isentas por ocasião da concessão do financiamento.
Art. 34. O valor total dos financiamentos não poderá ultrapassar R$ 242.400,00
(duzentos e quarenta e dois mil e quatrocentos reais), incluída a taxa de administração
prevista na alínea “e” do art. 32.
§ 1º No caso de composição de renda previsto no art. 6º desta Portaria e de
acumulação de cargos prevista em lei, poderão ser consideradas, para efeitos de
definição do valor do financiamento, todas as matrículas detidas pelo(s) segurado(s)
que se enquadrarem nas condições do Capítulo II, observado o limite previsto no
“caput”.
§ 2º Nas hipóteses do parágrafo anterior o financiamento será sempre único, mas o
valor do saldo devedor poderá ser cindido e as condições financeiras parcialmente
alteradas nos termos do art. 44 desta Portaria, uma vez verificada a perda de qualquer
uma das matrículas envolvidas na operação.
§ 3º A perda de qualquer uma das matrículas consideradas para efeito de fixação do
valor do financiamento implicará a repactuação do percentual da dívida relativo a tal
matrícula, na forma do disposto no art. 44 desta Portaria, facultada a transferência do
desconto em folha para a(s) matrícula(s) remanescente(s), até o limite previsto no §2º,
do art. 7º, da Lei nº 3.606/03.
Art. 35. Verificando-se a existência de eventuais resíduos ao fim do prazo inicialmente
contratado, aplicar-se-á o disposto nos arts. 6º, 7º e 8º da Lei nº 3.606/03.
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Parágrafo único. O disposto no “caput” não se aplica às parcelas do financiamento
cujas condições tenham sido repactuadas na forma prevista no art. 44 desta Portaria.
Art. 36. Se o índice previsto para atualizações vier a ser extinto ou de alguma forma
não mais puder ser aplicado, será utilizado outro índice que venha a substituí-lo
compatível com o adotado para reajustes salariais do Município e que permita manter o
valor real da dívida contratada.
CAPÍTULO IX
DO PAGAMENTO
Art. 37. O pagamento da dívida, inclusive as taxas previstas na presente Portaria será
efetuado em prestações mensais e sucessivas, que serão consignadas diretamente na
folha de pagamento do servidor.
§ 1º O valor da prestação devida a cada mês corresponderá, sempre, a um percentual
fixo de comprometimento da remuneração bruta do segurado sujeita ao desconto
previdenciário.
§ 2º As prestações serão devidas a partir do mês subseqüente à assinatura do
respectivo instrumento contratual.
§ 3º O total do valor arrecadado a título de prestação do financiamento imobiliário será
repassado ao PREVI-RIO pelas fontes pagadoras.
Art. 38. Sem prejuízo do limite fixado no art. 31, será observado o limite máximo
definido em Lei, na hipótese de desconto obrigatório decorrente do pagamento de cota
de subsistência pelo segurado.
Art. 39. O pagamento da prestação imobiliária será efetuado mediante consignação em
folha de pagamento do segurado.
§ 1º No caso de a consignação em folha não se efetivar por qualquer motivo, total ou
parcialmente, inclusive na hipótese de o segurado deixar de perceber, permanente ou
temporariamente, remuneração dos cofres públicos municipais, ficará ele obrigado a
recolher até o dia 10 (dez) do mês subseqüente as prestações devidas, sob pena de
incidência das multas contratuais previstas nesta Portaria, estendendo até o último dia
útil do mês subseqüente à competência do pagamento, nas hipóteses em que a
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consignação dos descontos imobiliários em folha de pagamento dos servidores não se
efetivar por razões de inteira responsabilidade da Administração Pública.
§ 2º Durante a vigência do contrato, o segurado somente poderá autorizar novas
consignações em folha de pagamento, inclusive as relativas a outros empréstimos, se
estas não comprometerem sua capacidade de cumprimento das obrigações
decorrentes do financiamento imobiliário, considerada sua margem consignável.
Art. 40. A requerimento do segurado, no transcurso do financiamento, poderá ser
adotado como percentual de comprometimento valor superior ao definido, na forma da
alínea “c” do art. 32, de forma a quitar o financiamento em menor prazo, observado o
limite de 35% (trinta e cinco por cento) de sua remuneração bruta.
Parágrafo único. As despesas com a rerratificação da escritura correrão por conta do
mutuário, durante a vigência do financiamento.
Art. 41. Durante o financiamento será permitida a liquidação antecipada da dívida ou
amortização de parte dela que, em nenhuma hipótese, poderá ser inferior a 5% (cinco
por cento) do Estado da Dívida, devidamente atualizado pela variação mensal
acumulada do IPCA-E, verificada desde o início do exercício até o mês de competência
da liquidação ou do índice de atualização em vigor até a data do efetivo pagamento.
§ 1º A amortização parcial da dívida somente poderá ser efetuada entre os dias 1º e 10
de cada mês.
§ 2º A liquidação antecipada da dívida poderá ser efetuada após o dia 10 do mês do
seu vencimento, acarretando correção “pró-rata tempore”, a contar do dia 1º do mês, e
o acerto deverá ser compensado com o lançamento do próximo contracheque ou por
meio de boleto bancário com vencimento no dia 10 do mês subseqüente à quitação,
cuja comprovação condicionará a liberação da hipoteca.
§ 3º A amortização parcial prevista no “caput”, será contabilizada diretamente no saldo
devedor do financiamento.
Art. 42. O financiamento será quitado com o eventual óbito do segurado, desde que
este esteja em dia com todas as obrigações contratuais.
Parágrafo único. Na hipótese de composição de renda entre segurados a quitação
ficará restrita à parcela do estado da dívida correspondente à renda comprometida pelo
mutuário falecido, permanecendo o co-mutuário obrigado pelo saldo remanescente.
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CAPÍTULO X
DA PERDA DA MATRÍCULA DE SERVIDOR
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desconto que vinha sendo aplicado na anterior, observando-se, a partir de então, o
disposto no art. 33.
Parágrafo único. Caberá ao segurado a responsabilidade de comunicação ao PREVI-
RIO do fato descrito no “caput”.
Art. 47. Considera-se a data da perda da matrícula a da validade do ato devidamente
publicado no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro.
CAPÍTULO XI
DAS GARANTIAS
CAPÍTULO XII
DA CONSERVAÇÃO DO IMÓVEL
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Art. 50. O segurado é obrigado a manter o imóvel financiado em perfeito estado de
conservação, segurança e asseio, realizando por sua conta todas as obras, reparos e
consertos necessários, aí incluídos os que forem determinados pelo PREVI-RIO ou
pelas autoridades competentes.
Art. 51. O segurado só poderá realizar modificações ou acréscimos no imóvel quando
estes estiverem de acordo com a legislação em vigor e forem previamente aprovados
pelos órgãos municipais competentes.
Parágrafo único. Para os fins previstos no “caput”, o segurado deverá apresentar ao
PREVI-RIO a respectiva licença concedida pelo Município onde se localizar o imóvel.
Art. 52. Enquanto não for liquidado o financiamento, o imóvel poderá ser vistoriado pelo
PREVI-RIO para verificação de suas condições de habitabilidade e conservação.
Art. 53. O segurado deverá comunicar ao PREVI-RIO a locação do imóvel dado em
garantia hipotecária, no curso do financiamento imobiliário.
Art. 54.O segurado deverá contratar seguro contra danos físicos do imóvel dado em
garantia hipotecária, escolhendo a seguradora que lhe convier.
§ 1º O seguro de que trata o “caput” deste artigo, deverá ser mantido até a liquidação
do financiamento imobiliário.
§ 2º O PREVI-RIO poderá solicitar, a qualquer momento, a apresentação da apólice de
seguro do imóvel oferecido como garantia hipotecária.
§ 3º O PREVI-RIO poderá baixar regulamentação específica sobre o seguro de danos
físicos.
Art. 55. O descumprimento de qualquer das obrigações contidas neste Capítulo poderá
acarretar, a critério do PREVI-RIO, o vencimento antecipado da dívida e sua imediata
exigibilidade.
CAPÍTULO XIII
DAS CUSTAS
Art. 56. Correrão por conta exclusiva do segurado, podendo-se incluir total ou
parcialmente no valor do financiamento, respeitados os limites previstos nos arts. 31 e
34, as custas cartoriais que abrangem:
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a) celebração da escritura de compra e venda com pacto adjeto de hipoteca por
instrumento público em Ofício de Notas;
b) registro da operação de compra e venda no competente Registro de Imóveis;
c) registro da hipoteca no Registro de Imóveis;
§ 1º Correrão, igualmente, por conta do segurado quaisquer outras custas cartoriais
que venham a incidir em razão de rerratificações ou averbações no Registro de Imóveis
que se fizerem necessárias.
§ 2º O Município poderá custear as despesas de que trata o “caput”, na forma prevista
na Lei nº 3.606/03, regulamentada pelo Decreto nº 23.687/03.
CAPÍTULO XIV
DAS PENALIDADES
Art. 57. As prestações e demais encargos previstos nesta Portaria serão pagos pelo
segurado, segundo critérios e prazos nela previstos, e seu descumprimento acarretará
nas seguintes penalidades, que poderão ser aplicadas, cumulativamente, pelo PREVI-
RIO, excetuando-se o constante no § 1º do art. 39:
a) multa contratual;
b) juros moratórios.
§ 1º A inobservância dos prazos de pagamento das prestações e/ou encargos
acarretará a aplicação de multa de 2% (dois por cento) sobre os respectivos valores, a
ser cobrada administrativa ou judicialmente, com a correspondente atualização
monetária nos termos da alínea “d” do art. 32.
§ 2º A multa incidirá a partir do 1º (primeiro) dia após o vencimento das prestações e
demais encargos devidos pelo segurado.
§ 3º Sobre o principal a que se refere o parágrafo primeiro, corrigido monetariamente,
incidirão juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês calendário, ou fração de mês
em atraso.
§ 4º Os juros moratórios incidirão a partir do 1º (primeiro) dia do mês subseqüente ao
do vencimento.
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Art. 58. O atraso por período superior a 90 (noventa) dias poderá acarretar o
vencimento antecipado da dívida, facultando ao PREVI-RIO exigir o pagamento integral
do débito apurado independentemente de notificação.
Parágrafo único. Vencida a dívida nos termos do caput, o PREVI-RIO promoverá sua
cobrança por intermédio do instrumento que julgar mais apropriado, seja por via
administrativa ou judicial.
Art. 59. O PREVI-RIO reserva-se o direito de inscrever em Dívida Ativa, bem como,
comunicar aos órgãos de proteção ao crédito, eventuais inadimplências do segurado, o
qual será previamente comunicado por correspondência domiciliar.
CAPÍTULO XV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 60. Para fins do disposto na alínea “a” do art. 6º deverá ser efetuada a
comprovação de convivência marital.
Parágrafo único. A operação imobiliária envolvendo companheiros poderá ser
celebrada desde que cada um possa constituir ônus reais independentemente de
outorga uxória ou marital.
Art. 61. A soma da idade do segurado na data da escritura com o prazo inicial do
financiamento não poderá ultrapassar o limite de 80 (oitenta) anos.
Parágrafo único. Na ocorrência do disposto no “caput”, o prazo inicial do financiamento
será ajustado de forma a compatibilizá-lo ao limite ali previsto, inclusive nas hipóteses
de composição de renda previstas no art. 6º.
Art. 62. O PREVI-RIO poderá autorizar a substituição da garantia hipotecária por outro
imóvel residencial, edificado ou não, desde que seu valor seja superior ao Estado da
Dívida, a ser verificado por avaliação realizada pelo PREVI-RIO, e esteja situado no
Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º A operação não implicará a concessão de novo financiamento ao servidor
requerente, sendo obrigatória a interveniência do PREVI-RIO na celebração da
escritura.
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§ 2º O PREVI-RIO autorizará a baixa e cancelamento da hipoteca original depois do
registro da nova hipoteca no Registro de Imóveis, correndo por conta do segurado
todas as despesas decorrentes da operação.
Art. 63. O PREVI-RIO será constituído procurador do mutuário para, na ocorrência de
desapropriação do imóvel, receber o valor da indenização, restituindo ao mutuário o
saldo que exceder a posição do Estado da Dívida.
Art. 64. A operação imobiliária somente será realizada de acordo com os recursos
disponíveis, observados os critérios para execução orçamentária e programação
financeira relativas ao exercício.
Art. 65. O servidor que já possua financiamento imobiliário junto ao PREVI-RIO, e
esteja em dia com suas obrigações, poderá contrair outro financiamento para adquirir
um novo imóvel e quitar o já existente.
§ 1º Na hipótese prevista no “caput” o novo financiamento corresponderá a soma do
valor destinado à compra do imóvel mais a posição do Estado da Dívida liquidado,
acrescido das respectivas taxas e custas.
§ 2º O novo imóvel adquirido pelo servidor deverá apresentar valor igual ou superior ao
montante descrito no § 1º;
§ 3º Quando o novo imóvel apresentado não for suficiente para garantir o total do
mútuo, nos termos do § 2º, o servidor deverá oferecer, também, o imóvel que garantia
o mútuo anterior;
§ 4º Caso seja necessário hipotecar os dois imóveis, conforme disposto no parágrafo
anterior, o gravame sobre um deles poderá ser extinto quando o Estado da Dívida
atingir um patamar equivalente ao valor de um dos imóveis, cuja avaliação será
realizada por técnicos do Instituto, mediante requerimento do mutuário, resultando em
emissão de Ofício de Baixa de Hipoteca, a ser entregue ao servidor, para fins de
registro no RGI competente.
Art. 66. Todos os financiamentos em vigor serão ajustados automaticamente para os
novos parâmetros contidos na Resolução Conjunta SMA/PREVI-RIO nº 98/2007,
conforme os seguintes critérios:
a) As taxas de juros dos financiamentos concedidos na modalidade de Carta de
Crédito terão as suas taxas de juros na forma abaixo:
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FINANCIAMENTOS TAXA DE JUROS ANUAL NOVA TAXA ANUAL DE
REGULAMENTAÇÃO DA CONCESSÃO JUROS
PORTARIA 95 3% 3%
1994 4% 3%
6% 6%
8% 8%
RESOLUÇÃO 001 3% 3%
1995 4% 3%
6% 6%
10% 8%
RESOLUÇÃO 005 3% 3%
1998 4% 3%
6% 6%
10% 8%
PORTARIA 334 3% 3%
2002 6% 6%
10% 8%
12% 8%
PORTARIA 447 3% 3%
2004 6% 6%
10% 8%
12% 8%
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FINANCIAMENTOS TAXA DE JUROS ANUAL NOVA TAXA ANUAL DE
REGULAMENTAÇÃO DA CONCESSÃO JUROS
PORTARIA 589 3% 3%
2006 6% 6%
10% 8%
12% 8%
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manifestação expressa do segurado, tendo seus efeitos a partir de seu deferimento,
sendo observado como piso a capacidade de pagamento dos juros, sem prejuízos das
taxas destinadas à cobertura de danos físicos ao imóvel e liquidação da dívida no caso
de óbito do segurado.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese ocorrerá elevação do percentual consignado
pelo segurado.
Art. 69. A Carta de crédito poderá ser utilizada para quitação de financiamento de
imóvel residencial localizado no Estado do Rio de Janeiro, contraído pelo servidor em
Instituições Bancárias que operem regularmente no território nacional, podendo o valor
remanescente da carta de crédito ser utilizado nos termos do art. 65.
Art. 70. Os casos omissos serão decididos pela Presidente do PREVI-RIO, de cujas
deliberações caberá recurso hierárquico.
Art. 71. Fica eleito o Foro do Município do Rio de Janeiro para dirimir quaisquer dúvidas
ou controvérsias decorrentes da aplicação da presente Portaria.
Art. 72. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
D. O RIO 08.11.2007
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