Ficha 6 - TROCAS GASOSAS (2022) PDF
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Nas questões de escolha múltipla, selecione a opção que completa corretamente as afirmações.
Grupo I
O termo “anfíbio” (do grego amphibios= “vida dupla”) designa um grupo de animais vertebrados que ocupa
tanto habitats aquáticos como terrestres. Existem atualmente cerca de 8100 espécies e a origem do grupo
remonta há cerca de 340 Ma. Inclui as rãs e os sapos, as salamandras e os tritões e ainda os cecilianos (anfíbios
sem membros semelhantes a minhocas). Apesar de algumas semelhanças biológicas e anatómicas com os
répteis, os anfíbios não representam uma forma intermédia na evolução destes animais.
Todos os anfíbios apresentam pele humedecida e geralmente acasalam e desovam na água, onde as larvas
passam por metamorfoses até à forma adulta, embora existam espécies em que os ovos se desenvolvem no
estômago da fêmea. São animais procurados para alimentação ou obtenção de substâncias utilizadas na
medicina, e assumem um papel importante nos ecossistemas no controlo de populações de insetos.
Uma equipa de investigação procurou compreender melhor a complexa regulação das trocas gasosas na rã-de-
unhas-africana (Xenopus laevis), que apresenta duas superfícies de troca. A ventilação pulmonar está
relacionada com a sequência mergulho-emersão, mas mesmo à superfície raramente ocorre de forma contínua
e rítmica.
Um dos objetivos do estudo passou por estudar a influência dos dois mecanismos associados à transferência
de gases durante os períodos de ventilação e de mergulho.
Método
- Foram recolhidas 47 fêmeas adultas da espécie X. laevis, com peso entre 80 e 120 g, e colocadas à temperatura
ambiente (20 °C).
- Após um período inicial de 20 a 40 minutos para descanso antes das medições, determinou-se a pressão
parcial de oxigénio (e, de forma ocasional, de dióxido de carbono) no sangue, ao longo do tempo.
Alguns dos resultados obtidos estão representados nos gráficos da figura 1.
Figura 1
(A) Consumo de oxigénio por X. laevis e (B) consumo de oxigénio ( ) e produção de dióxido de carbono ( ); na parte
superior está representada a variação do volume pulmonar e as zonas sombreadas representam períodos de emersão.
Baseado em www.britannica.com (consultado em outubro 2021) e Emilio, M. e Shelton, G. (1974) Gas exchange and its effect on blood gas concentrations in the amphibian, Xenopus laevis. Journal of Experimental Biology, 60, pp. 567-579
a) b) c)
1. um tubo digestivo
1. impede 1. o tegumento
2. uma cavidade
2. dificulta 2. as brânquias
gastrovascular
3. maximiza 3. as traqueias
3. uma prega dorsal
d) e)
1. vasculares 1. água e sais minerais e compostos orgânicos
2. avasculares 2. compostos orgânicos e água
3. com flor 3. substâncias desde as folhas e desde as raízes
9. Os anéis que se formam em algumas árvores registam a taxa de crescimento ao longo da vida do organismo.
O potencial de crescimento das plantas e de outros organismos fotossintéticos
(A) é máximo nos meses de inverno, pois a absorção de água ao nível das folhas é máxima.
(B) varia exclusivamente com a quantidade de água e de luz disponíveis.
(C) é proporcional à quantidade de compostos orgânicos transportados em tecidos condutores constituídos por
células sem conteúdo.
(D) aumenta com o aumento da taxa a que o CO2 é integrado no Ciclo de Calvin.
10. A pressão arterial nos mamíferos
(A) pode ser medida ao nível dos vasos que conduzem sangue até ao coração.
(B) é máxima ao nível da aorta, devido à circulação dupla destes animais.
(C) não depende da contração das cavidades inferiores do coração.
(D) é determinada apenas por fatores genéticos.
11. Ao contrário dos mamíferos, cuja ventilação contínua resulta em concentrações estáveis de oxigénio e de
dióxido de carbono no sangue, o anfíbio Xenopus laevis ventila de forma intermitente.
Relacione os dados fornecidos com as diferenças ao nível das taxas metabólicas de X. laevis e de um mamífero.
12. A evolução das populações de anfíbios é, geralmente, um bom indicador do estado dos ecossistemas.
Explique em que medida a vida dupla dos anfíbios contribui para que estes animais sejam considerados
bioindicadores úteis no estudo dos ecossistemas.
Grupo II
Nos peixes as trocas gasosas ocorrem nas guelras entre a água e o sangue num sistema de contracorrente. Na
figura 2, o esquema A representa o trajeto acoplado do sangue e da água ao nível das lamelas branquiais, assim
como o seu grau de saturação em oxigénio. Os gráficos 1 e 2 traduzem de forma diferente as variações das
percentagens de saturação em O2 do sangue e da água.
Figura 2
1. Utilizando as letras da chave, classifique corretamente as seguintes afirmações.
CHAVE
A. A afirmação 1 é falsa; as afirmações 2 e 3 são verdadeiras.
B. A afirmação 1 é verdadeira; as afirmações 2 e 3 são falsas.
C. As afirmações 1 e 3 são verdadeiras; a afirmação 2 é falsa.
AFIRMAÇÕES
1. A difusão de oxigénio ocorrida resulta de um gradiente favorável entre a água e o sangue.
2. No percurso ao longo das lamelas branquiais o sangue vai encontrando água cada vez menos rica em O2.
3. O gráfico que corresponde ao mecanismo A é o gráfico 2.
2. O sangue passa pelo coração da tainha apenas uma vez, ocorrendo a circulação do seu sangue sempre dentro
de vasos, pelo que se afirma que o seu sistema circulatório e a sua circulação são respetivamente...
A. aberto e indireta. B. fechado e simples. C. aberto e dupla. D. fechado e direta.
3. Na garça e no corvo-marinho, a troca de gases com o meio realiza-se por…
A. difusão direta através da superfície dos sacos aéreos.
B. difusão direta através da superfície pulmonar.
C. difusão indireta através da superfície dos sacos aéreos.
D. difusão indireta através da superfície pulmonar.
4. O peixe-gelo-austral (Chaenocephalus aceratus) habita os mais frios ambientes marinhos da Terra. Estes
animais perderam a capacidade de produzir hemácias e hemoglobina funcional. O oxigénio é transportado sob a
forma dissolvida no plasma, apresentando uma capacidade de transporte por unidade de sangue de apenas 10%
quando comparada com outras espécies aparentadas.
4.1. No peixe-gelo ocorre uma difusão _____ dos gases respiratórios, ______ a proteínas transportadoras.
(A) direta ... recorrendo (B) indireta ... recorrendo
(C) direta ... não recorrendo (D) indireta ... não recorrendo
4.2. A capacidade de os anfíbios realizarem trocas gasosas pelo tegumento e respirarem por brânquias ou pulmões
(A) funciona como adaptação às condições aquáticas em que habitam.
(B) permite que sejam mais eficientes que os animais com pulmões nas trocas gasosas.
(C) garante que todas as trocas gasosas sejam diretas.
(D) permite que o transporte de gases não seja efetuado pelo fluido circulante.
Grupo III
No Paleozoico (541 a 250 M.a.), foram estabelecidas as primeiras associações simbióticas entre os fungos e as raízes das
plantas, designadas por micorrizas. Os fungos são essenciais para aumentar a eficiência na absorção de sais minerais, em
especial o fósforo, um elemento que existe em reduzidas quantidades no solo e que limita o crescimento das plantas. As
primeiras plantas possuíam rizoides, que são considerados sistemas radiculares muito rudimentares. Também não possuíam
sistemas vasculares, tendo dificuldades em obter minerais do solo.
Do estabelecimento da associação simbiótica resultou o aumento das taxas fotossintéticas. Os fungos, por sua vez, foram
beneficiados com o aumento do fornecimento de matéria orgânica pelas plantas primitivas. O desenvolvimento dos sistemas
radiculares e o aparecimento dos tecidos vasculares foram simultâneos com o maior desenvolvimento das micorrizas. Os
estomas só surgiram em plantas vasculares, que já tinham estabelecido associações simbióticas com fungos.
O estudo seguinte analisou os efeitos das micorrizas em plantas (Citrus jambhiri) sujeitas a stresse hídrico e regadas apenas
ao quarto dia após o início da experiência. Foram medidos os efeitos ao nível da transpiração foliar, da abertura estomática e
das taxas fotossintéticas (fig. 3).
Figura 1.
Figura 3.
Baseado em https://www.botany.one/2018/04/how-fungi-oxygenated-the-earth/ [Consult. maio 2019]; https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rstb.2016.0503 [Consult. maio 2019]; https://nph.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1980.tb04444.x [Consult. maio 2019].
12. O modelo mais aceite para explicar o movimento da seiva xilémica nas plantas mais altas não defende
(A) a criação de uma diferença de potencial de água entre as folhas e as raízes, promovida pela transpiração.
(B) o estabelecimento de ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de água.
(C) a ascensão da seiva por acumulação de iões na raiz, que promove a entrada de água do solo por osmose e cria uma
pressão ao nível da raiz.
(D) que a um aumento da transpiração foliar se segue um aumento da absorção radicular.
13. Relacione o desenvolvimento das micorrizas e o aparecimento de estomas com a capacidade de as plantas iniciarem a
colonização de ambientes terrestres mais áridos.
Na sua resposta use dados da figura 3.