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Ficha de Avaliação Ano letivo 2016-2017

Biologia e Geologia – 10.º ano


______________________________________________________________________________

Grupo I
Na Bacia do Mondego, existem várias espécies de plantas e animais exóticos que ameaçam a
integridade natural dessa zona húmida. Um caso bem identificado e avaliado foi o da introdução
do lagostim-vermelho-do-louisiana (Procambarus clarkii), espécie cujo primeiro registo em
Portugal data de 1979, no rio Caia.
Com o objetivo de conhecer as interações tróficas da espécie P. clarkii, foi analisado e
quantificado o conteúdo estomacal de vários grupos de indivíduos, de várias idades e dos dois
sexos ao longo de dois anos e meio. O conteúdo gástrico encontrado foi classificado em três
categorias tróficas: detritos (sedimento com elevada concentração de bactérias e material
orgânico em decomposição), plantas (restos de raízes, de caules e sementes) e animais,
maioritariamente invertebrados, de vários grupos. Os resultados dessa pesquisa encontram-se
apresentados nos gráficos da figura 1, correspondentes a diferentes fatores analisados. Nesses
gráficos, V corresponde ao volume relativo de cada grupo de alimentos utilizados pela espécie e n
corresponde ao número de indivíduos analisados.
A B

C
D

Figura 1. Consumo sazonal das três categorias tróficas principais pela população global (A) e por estes
animais em diferentes estádios de desenvolvimento: (B) mais de 82 mm de comprimento total; (C) de 50 a
82 mm de comprimento total; (D) até 50 mm de comprimento total. Baseado em A. M. Correia, Food choice
by the introduced crayfish Procambarus clarkii, Ann. Zool. Fennici, 40: 517-528, 2003

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Nos itens de 1 a 8, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. Em termos tróficos, os lagostins podem ser considerados


(A) autotróficos e produtores.
(B) microconsumidores e detritívoros.
(C) heterotróficos e decompositores.
(D) heterotróficos e detritívoros.

2. De acordo com os dados disponíveis, é possível considerar que


(A) os pré-adultos e os adultos tendem a ser mais herbívoros, enquanto os juvenis tendem a
ser predatórios.
(B) ao contrário dos pré-adultos e dos adultos, os juvenis integram diferentes níveis tróficos.
(C) os pré adultos e os adultos tendem a ser mais predatórios, enquanto os juvenis tendem a
ser herbívoros.
(D) ao contrário dos juvenis, os pré-adultos e os adultos integram diferentes níveis tróficos.

3. A variação do consumo de plantas pela população global pode ser correlacionada com a
flutuação da produção de ______ pelos ______ ao longo do ano.
(A) matéria orgânica (…) produtores
(B) matéria inorgânica (…) decompositores
(C) matéria orgânica (…) decompositores
(D) matéria inorgânica (…) produtores
4. Um dos fatores que podem pôr em causa a fiabilidade dos resultados do estudo é
(A) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos
animais.
(B) a variação do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos
animais e da sazonalidade.
(C) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função da sazonalidade.
(D) a variação do volume de alimentos ingeridos em cada uma das classes de
desenvolvimento consideradas.

5. As dáfnias são invertebrados herbívoros que integram a alimentação dos lagostins.


Relativamente a estas interações alimentares,
(A) os lagostins ocupam o terceiro nível trófico, como consumidor de segunda ordem.
(B) os lagostins ocupam o segundo nível trófico, como consumidor de terceira ordem.
(C) as dáfnias ocupam o primeiro nível trófico, como consumidor de primeira ordem.
(D) as dáfnias ocupam o segundo nível trófico, como consumidor de segunda ordem.

6. Os arrozais do Baixo Mondego são tratados com produtos que integram substâncias que não
são metabolizadas pelo organismo dos animais, ficando acumuladas nos seus tecidos
(bioacumulação). Esta forma de poluição _____ conduz a uma contaminação _____ acentuada
dos organismos que ocupam os últimos níveis tróficos.
(A) química (…) menos
(B) química (…) mais
(C) física (…) mais
(D) física (…) menos

7. No tubo digestivo _____ dos lagostins, os glícidos são hidrolisados em _____.


(A) completo (…) aminoácidos
(B) incompleto (…) monossacarídeos
(C) incompleto (…) aminoácidos
(D) completo (…) monossacarídeos
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8. Os lagostins pertencem ao grupo dos Artrópodes, no qual também se incluem os insetos.
Nestes animais, a circulação _______ ocorre num sistema ____.
(A) do sangue (…) aberto
(B) da hemolinfa (…) fechado
(C) da hemolinfa (…) aberto
(D) do sangue (…) fechado

9. Ordene os acontecimentos descritos relativos ao processamento de alimentos pelo lagostim.


(A) Digestão extracelular de lípidos por ação de enzimas hidrolíticas.
(B) Absorção de monómeros através da mucosa intestinal.
(C) Utilização dos ácidos gordos pelas células.
(D) Captação de alimento pelos lagostins.
(E) Transporte dos ácidos gordos pelo fluido circulante.

10. Considerando que as proteínas são os principais nutrientes com função plástica nos animais,
relacione a variação da dieta dos lagostins com as suas necessidades alimentares em
diferentes estádios de desenvolvimento.

Grupo II
Milhares de pessoas sofrem de fibrose cística, uma doença também conhecida por
mucoviscidose. Os portadores desta doença possuem problemas respiratórios severos em
resultado da acumulação de um muco viscoso nos pulmões e em outros órgãos do corpo.
Nos órgãos afetados destes doentes, as membranas citoplasmáticas das células não possuem um
componente-chave e, consequentemente, não funcionam normalmente. Nas membranas celulares
existem canais que são importantes para o transporte de muitos tipos de moléculas. Em 1989,
descobriu-se que a fibrose cística resultava da falta de um tipo específico de canal de natureza
proteica, envolvido no transporte passivo de iões cloreto (Cl-) para o meio extracelular. Esta
proteína, conhecida como CFTR, é sintetizada nas células de indivíduos com fibrose, faltando-lhe,
no entanto, um aminoácido num local-chave. Devido a esta pequena alteração na sua estrutura, a
CFTR não se liga à membrana plasmática.
O fluxo de iões cloreto (Cl-) nas células epiteliais, que revestem a superfície interna dos
bronquíolos pulmonares, é essencial para produzir muco com a consistência adequada. Nos
pacientes com fibrose cística, o cloreto não flui para o exterior, o que torna o muco menos fluido
do que deveria ser, provocando a sua acumulação nos pulmões e causando uma série de
sintomas e infeções.
Baseado em: N. Lents, Membranes II: Passive and Active Transporters,
http://www.visionlearning.com/en/library/Biology/2/Membranes-II/204 [consultado em fevereiro de 2017]

Nos itens de 1 a 4, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. A proteína _____ que forma o canal de cloro permite o transporte deste ião ____ gasto de
energia.
(A) intrínseca (…) sem
(B) intrínseca (…) com
(C) extrínseca (…) sem
(D) extrínseca (…) com

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2. As moléculas CFTR encontram-se inseridas numa dupla camada de ______ que possuem um
comportamento _____ quando em contacto com a água.
(A) proteínas (…) hidrofóbico
(B) proteínas (…) anfipático
(C) fosfolípidos (…) hidrofóbico
(D) fosfolípidos (…) anfipático

3. Os iões cloreto fluem através da proteína-canal sem se ligarem a ela. Considera-se, por isso,
que este transporte é ______, ocorrendo, neste caso, ________ gradiente de concentração
deste ião.
(A) ativo (…) contra o (C) facilitado (…) contra o
(B) ativo (…) a favor do (D) facilitado (…) a favor do

4. De acordo com o modelo de mosaico fluido, na face_________ da membrana citoplasmática


existem________, ligados aos seus constituintes, cuja função é o reconhecimento de
substâncias do meio.
(A) externa (…) lípidos (C) interna (…) lípidos
(B) externa (…) glícidos (D) interna (…) glícidos

5. Ordene as afirmações seguintes de modo a traduzir corretamente a sequência do transporte


de uma substância solúvel para o meio intracelular por difusão facilitada.
(A) A proteína transportadora liberta a substância.
(B) Ligação da substância a uma proteína transportadora.
(C) Alteração da conformação da permease.
(D) Aumento da pressão osmótica no meio intracelular.
(E) Consumo da substância no interior da célula.

6. Selecione a opção que completa corretamente a seguinte afirmação.


As células do epitélio pulmonar humano têm em comum com as células bacterianas a
presença de
(A) ribossomas e invólucro nuclear.
(B) membrana plasmática e parede celular.
(C) ribossomas e RNA.
(D) parede celular e DNA.

7. Faça corresponder cada uma das descrições de transportes membranares, expressas na


coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B
a. Movimento de moléculas de água de meios hipotónicos para
1. Difusão simples
meios hipertónicos.
2. Endocitose
b. Movimento de substâncias para o meio intracelular com a
3. Osmose
intervenção de vesículas.
4. Transporte ativo
c. Movimento de oxigénio de meios com elevada pressão parcial
5. Exocitose
para os capilares, onde a sua pressão parcial é menor.

8. Relacione a retenção dos iões cloreto no meio intracelular com a perda de fluidez do muco do
epitélio pulmonar

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Grupo III
O feijoeiro caupi (Vigna unguiculata) é uma espécie bem adaptada à salinidade. Como a
fotossíntese é crucial para a produtividade das plantas, o conhecimento da relação entre os
mecanismos que conferem resistência à salinidade e a eficiência fotossintética é fundamental,
especialmente para as plantas cultivadas em ambientes áridos.
Com esta atividade experimental pretendeu-se determinar a resposta fotossintética e a variação
nos teores de carboidratos e iões salinos em feijoeiro submetido a variação de salinidade.
As sementes de feijoeiro foram previamente desinfetadas com hipoclorito de sódio 10% e
semeadas em vasos de 2,8 l contendo substrato de sílica: vermiculita (1:1). As plantas foram
cultivadas em estufa, onde a temperatura média do ar variou entre 22 e 24 ºC e a máxima
radiação eficaz foi de 1200 μmol m-2 s-1. Cada vaso recebeu solução nutritiva completa duas
vezes por semana (0,25 l por vaso). Dos 28 aos 35 dias após a germinação, diferentes lotes de
plantas foram submetidos a tratamentos com soluções salinas de: 0, 50, 100 e 200 mmol l-1 de
NaCl.
Após o início do tratamento, as trocas gasosas foram avaliadas através da medição diária de
consumo de CO2 (PN) e de abertura estomática (gs) (figuras 2 e 3). Avaliaram-se também as
concentrações de carboidratos, de Na+ e de Cl- nas folhas (tabela 1).

Figura 2. Variação da assimilação de CO2 Figura 3. Variação da assimilação de CO2


(PN), em feijoeiro caupi, em função do (PN) e da abertura estomática (gs) em função
aumento da concentração de NaCl no do aumento da concentração de NaCl no
substrato de crescimento e do tempo de substrato de crescimento, após sete dias de
tratamento. tratamento.

Tabela 1. Concentração de Na+, Cl-, açúcares solúveis, sacarose e amido na folha de feijoeiro caupi,
após sete dias de tratamento

Tratamento (mmol l-1 de NaCl)


Variável
0 50 100 200
+ -1
Na (mmol kg de massa seca) 20,5 27,8 30,5 22,0
- -1
Cl (mmol kg de massa seca) 24,6 314,1 345,0 517,7
Açúcares solúveis (g kg-1de glicose) 32,1 35,6 45,6 44,6
-1
Sacarose (g kg de glicose) 20,1 19,6 28,0 26,2
-1
Amido (g kg de glicose) 61 60,9 74,6 35,6
Baseado em R. P. Souza, E. C. Machado, J. A. G. Silveira, R. V. Ribeiro,
Fotossíntese e acúmulo de solutos em feijoeiro caupi submetido à salinidade, Pesquisa Agropecuária Brasileira, 46(6): 586-592, 2011

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Nos itens de 1 a 7, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. Nesta experiência, a variação da ______ constitui a variável em estudo e ______ são as


plantas tratadas com uma solução sem NaCl.
(A) salinidade (…) o controlo
(B) temperatura (…) o controlo
(C) temperatura (…) a variável dependente
(D) salinidade (…) a variável dependente

2. Uma das variáveis ________ da experiência é a _______.


(A) independentes (…) abertura estomática
(B) dependentes (…) abertura estomática
(C) independentes (…) radiação de 1200 μmol m-2 s-1
(D) dependentes (…) radiação de 1200 μmol m-2 s-1

3. Este trabalho teve como objetivo


(A) determinar a variação do consumo de CO2 pelo feijoeiro Vigna unguiculata quando sujeito a
uma radiação de 1200 μmol m-2 s-1.
(B) estudar a variação dos teores de Na+ e Cl- nas folhas do feijoeiro Vigna unguiculata e a sua
relação com a abertura estomática.
(C) estudar a influência da salinidade na atividade fotossintética do feijoeiro Vigna unguiculata.
(D) determinar a concentração de NaCl que influencia negativamente a produtividade do
feijoeiro Vigna unguiculata.

4. De acordo com a tabela 1, após sete dias de tratamento salino,


(A) a concentração foliar de Cl- diminuiu, verificando-se maior concentração deste elemento ao
nível das raízes.
(B) a concentração foliar de Na+ não variou significativamente, o que pressupõe a existência de
um mecanismo de retenção deste elemento nas raízes e de bloqueio do seu transporte
para as folhas.
(C) a concentração foliar de Na+ aumentou, verificando-se menor concentração deste elemento
ao nível das raízes.
(D) a concentração foliar de Cl- aumentou significativamente, o que pressupõe a existência de
um mecanismo de retenção deste elemento nas folhas e de bloqueio do seu transporte
para as raízes.

5. De acordo com o gráfico da figura 2,


(A) a concentração de 50 mmol l-1 afetou negativa e significativamente o consumo de CO2
pelas plantas a partir do terceiro dia de tratamento.
(B) os tratamentos com as soluções salinas de 100 e 200 mmol l-1 afetaram o consumo de CO2
pelas plantas somente a partir do quinto dia de tratamento.
(C) a partir do quinto dia verifica-se um decréscimo acentuado no consumo de CO2 pelas
plantas que não foram sujeitas a tratamento com soluções de NaCl.
(D) a redução mais acentuada no consumo de CO2 ocorreu nas plantas tratadas com a solução
de 200 mmol l-1 de NaCl.

6. O consumo de CO2 (PN) ______ ao longo do tempo, em função da ______ concentração de


NaCl na solução nutritiva.
(A) diminuiu (…) crescente
(B) diminuiu (…) decrescente
(C) aumentou (…) crescente
(D) aumentou (…) decrescente

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7. Na fase fotoquímica da fotossíntese,
(A) a clorofila oxidada é reduzida pelos eletrões provenientes da oxidação da água.
(B) ocorre a desfosforilação do ATP em ADP.
(C) o NADPH é oxidado a NADP+, ao doar os seus eletrões à clorofila oxidada.
(D) o oxigénio é oxidado durante a síntese de compostos orgânicos.

8. Explique, com base no gráfico 3, a variação na taxa fotossintética do feijoeiro Vigna unguiculata
com o aumento da concentração de NaCl.

9. Relacione a redução no teor de amido com o aumento dos valores de sacarose e de açúcares
simples nas folhas de feijoeiro caupi tratado com uma solução salina de 200 mmol L-1.

10. Considere as seguintes afirmações, relativas à fotossíntese.


I. A fase fotoquímica da fotossíntese ocorre no estroma do cloroplasto.
II. A clorofila a localiza-se na membrana interna dos cloroplastos.
III. O O2 libertado durante a fotossíntese provém da redução do CO2.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

11. Ordene as frases, identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


cronológica dos acontecimentos que ocorrem nas folhas do feijoeiro caupi durante o processo
fotossintético.
A. Absorção de radiação pela clorofila a.
B. Oxidação do NADPH.
C. Redução do CO2.
D. Síntese de glicose.
E. Fosforilação do ADP em ATP.

12. Faça corresponder a cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
a. Desdobramento da molécula de água nos seus elementos 1. Quimioautotróficos
químicos.
b. Seres vivos que convertem a energia luminosa em energia 2. Fotoautotróficos
química que fica acumulada em compostos orgânicos. 3. Fotossíntese
c. Processo de síntese de compostos orgânicos na ausência de 4. Quimiossíntese
luz. 5. Fotólise

FIM

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