Kene Marubo
Kene Marubo
Kene Marubo
br/revistavitas
Nº 1, setembro de 2011
KENE MARUBO
RESUMO
Amazônia; Brasil.
ABSTRACT
This article registers graphic symbols called kene by specialists of the Ituí River
Indigenous Land, in the Brazilian state of Amazonas. Known by the same name
among several indigenous societies from the Pano linguistic family, kene
connect history with memory and art. Each design has its own significance.
They are used in body painting, everyday objects and rituals. It is a language of
great importance for the Marubo peoples, as well as for artistic heritage and art
in general. This suggests that an exchange of ways to observe, envision and
understand the world is necessary.
1
Este é o resultado da pesquisa de iniciação científica (PIBIC/CNPq) de Raimunda Enes de Oliveira. Raimunda é
discente do curso Formação Docente para Indígenas da Universidade Federal do Acre, Campus Floresta, em Cruzeiro
do Sul – Acre, Brasil. É também atual presidente da Associação Kapy da Etnia Marubo Tamawavo do Alto Rio Ituí
(KAPY). Andréa Martini é antropóloga, professora do referido curso e instituição (Ufac – Floresta) e doutora em
Ciências Sociais (IFCH/Unicamp). Sebastião de Oliveira é representante em assuntos institucionais, conselheiro ou
hapowãdo de seu clã, além de tradutor e intérprete de línguas Marubo - português.
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TAMA E O KENE
Existiram mulheres artistas [na própria tribo]. Os nomes de seus clãs são
Vari Shavovo; Tama Shavovo; Shane Shavovo. Os nomes das artistas são: Tamã
Chori; Tamã Peko; Tamã Nai; Tamã Yochi; Tamã Maia; Tamã Vasi. Estes são os
nomes das artistas da antiga geração que faziam pinturas de kene. Essas
A história fala que Tama era um homem encantado em uma árvore; essa
árvore falava. Tama era um homem parente da família das futuras artistas,
como um irmão mais velho transformado em árvore. A história fala que ele
pediu para as mulheres o pintarem nos seus quatros lados; [os lados] da grande
árvore. Esse pedido quer dizer, na tradição, que esse homem estava treinando
essas mulheres em artes, o nome dessas mulheres é Tama Shavovo que quer
empregado em objetos em geral. Há kene que não pode ser usado, ou mesmo,
éticos e estéticos nos desenhos e na identificação com a vida de cada Clã e/ou
É interessante notar que essa devida pintura tinha regras e ainda as têm,
até hoje O kene por nome Vei Kene ou kene da morte , foi pintado no lado
escuro da árvore, em que bate o sol poente; onde o sol some. Todo kene escrito
sentido de morte. Por isso é que os velhos especialistas chamam de Vei Tama
a tribo.
clãs, chamado Yno Shavovo, chamado Yno Maia e Yno Meto, viram,
desenhadas em seus corpos. Hoje ninguém mais usa tais kene por isso.
ARTE E COTIDIANO
importantes mitos sobre kene. São eles: 1) ONÎ NÃNÃ - Do homem que deixou
O mito da maloca [koro] que andava e falava; 4) YNO KENE ATIVO - O mito
1987).
velhos ensinam os meninos a fazerem arco, flecha, cesto, remo, etc. É tempo de
contar história. Toda noite tem história cantada e contada. Também tem
cotidianas. Elas fazem artes variadas: cerâmica, cesta, peneira, colar de aruá e
resistentes com tucumã ou algodão para fazerem redes de fibra, sacolas, tiaras,
saias, tornozeleiras.
Fazem também todo tipo de comida, tiram lenha, carregam água, varrem
a maloca, cuidam dos filhos e netos. Caçam com seus maridos, pegam peixe
(Bactris setosa) extraem uma fibra forte e útil, além dos cocos para artes variadas
animais, além dos mais variados adornos. Quando uma maloca é terminada,
para caçada.
[tirar tocos e paus após a queima], plantam e limpam os roçados [coletivos e/ou
pescaria que muito apreciam, em seus variados sistemas, os homens são bons
caso de Tamã Ymi que tem essa função em seu próprio clã [ver o mito
não penso o grafismo sozinho, eu penso que está tudo relacionado: os mitos, os
mais como antes, antes eu pensava numa coisinha pobre e hoje eu comecei a
me apaixonar vendo toda a beleza que tem ali dentro... por ter no desenho
METODOLOGIA
uma orientação com Raimunda Enes de Oliveira sobre o tema Kene, na área de
CNPq, ao longo de 2010, tendo sido renovado por mais um ano (agosto de
de Oliveira, pertence ao clã Shane Shavo, clã do pássaro azul – sanhaçu; seu
discente do CFDI. Todo o trabalho foi realizado inteiramente por ambos, tendo
dos senhores considerados líderes para o grupo como Felipe da Costa Marubo,
gostaríamos de citar: Maria Vargas Marubo, Satã Mesma, que auxilia Raimunda
Antônio Maia Marubo, Ramê; Eduardo Francisco da Cruz, Shane Panã; Simão
Francisco Marubo, Shane Poyia. Têm entre 35 anos e 90 anos de idade, como
e e i grafadas com acento circunflexo, leia-se um acento til. Por isso falamos
de toda a liberdade .
Segundo V}ri Vãtî, a língua hoje falada pelo Marubo é uma língua
variados grupos étnicos no passado. Nossa professora explica que existem hoje
duas línguas: a língua Asãki Iki Vana, segundo ela, a língua misturada e a
língua dos pajés língua do passado , em suas palavras, chamada Yove Vana.
esforço dos colaboradores e autores para fazerem bem feito, à frente Tamã Ymi
narrativas feitas pelo pajé que atravessam a noite, em que todos devem ouvi-lo.
no CFDI/UFAC.
porém, por vezes, integrando-me | narrativa deles num texto que j{ vem de
caminhada, além de transporte por barco. O translado também pode ser feito
por avião fretado entre os municípios de Cruzeiro do Sul - Acre e/ou Atalaia do
Nova; sede do Pólo Base dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
bolsista.
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em (re) traduções. Que vem a ser: as traduções feitas sobre as traduções que os
aprendizados.
kene teve sua origem nos antepassados mais antigos. Vieram através de duas
história, canto, medicina. Quando Vimi Peiya voltou do fundo do mar, ele
ensinou muitas coisas que havia aprendido para seus parentes em terra.
Os Kene de Vimi Peiya são os mais fáceis para aprender a fazer. Trata-se
forma de kene. Porém, são muito variados. Exemplos de Kene desse Vimi Peiya
é o kene por nome de Kapê Shikachi Kene, Ene Pixi Kene, Ene Txitxã Kene,
dentre outros que ele viu, mas, não ensinou para ninguém. É o caso do Ene
Awá Keneyá. Conta-nos a história que esse foi o primeiro kene que Vimi Peyia
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viu numa anta, porém a história também fala que esse kene não foi ensinado
para ninguém.
principais como fontes orais do kene são: 1) A história de Vimi Peiya; 2)A
Água (Ene Shõ Aká); 4) A história da onça; 5) A história do jabuti e outras mais.
fundo do mar foi também construtor, narrador, dono da história nas palavras
Hoje ainda é assim. Vimi Peya, sábio, incentivou seu povo com a arte do kene,
outros, são considerados kene, como por exemplo: Kapê Chinkaxi Kene, Ene
Pichin Kene, Ene Kenã Kene, Ene Chomo Kene. Por isso se fala que existe uma
fonte de kene que veio do mar e da experiência de Vimi Peyia e outra que veio
chamados] Tamawavo, Shane Nawavo, Isko Nawavo que são gerações de Vari
Nawavo. Vari Nawavo foi uma primeira geração, ou seja, aqueles que nasceram
artistas de kene.
também pintaram as onças (cf. Anexo A. Mito Marubo Yno Kene “tivo - O
mito das onças, curica, cotia, bacurau). Rane Nawavo também eram clãs de
outros adereços. Faziam também tecelagem de algodão com Rane Pichin Kene,
Porém, esses dois clãs, Yno Nawavo e Rane Nawavo, não preservaram
Tamawavo. E nesse tempo, Yno Nawavo e Rane Nawavo, ainda não eram
ligados aos Tamawavo. Hoje esses clãs são todos ligados através de afinidade,
Eles evitam casar misturando os clãs e não recebem nomes de clãs que
não sejam os seus próprios. Porém, os Tamawavo têm a função social e ritual de
Yora Koin, povo verdadeiro, que nasceu primeiro do que os outros [aqueles
Por isso os Vari Nawavo, que são os mesmos Yora Koin da linguagem
Yawanawa e Huni Kuin. A história fala que Varinawavo é um povo temido por
KENE (S)
seguir:
1) Ene Pichî Kene – Kene da palheira d´água que veio do mar – de autoria de
Vimi Peya. Tecelagem que faz em peneiras, cestos, abanos, esteiras (pichî) e
outros, Pichî traduz como sendo um material, como o papel. Neste material
2) Ãsî Tae Kene – Desenho do pé de mutum dito pela senhora Võewa. J{ para
a senhora Varî Vãti é chamado [como sendo igual ao] Shete Voshká Kene. Esse
kene não se usa. O que é confirmado pelo pajé Miguel. Já o kene chamado Ãsî
3) Mîpo Tae Kene – Desenho de uma batata nativa, Varî Vãti e também pelo
4) Kevõ Isã Kene – Isso na versão de Maria Vargas, Satã Mema. Kevõ isã é
Seví Kene. Usado só em mulheres, nas costas, nas pernas. Serve para as
5) Kara Mapo Kene – Quer dizer desenho da cabeça do sapo kara , um dito
sapo comível apreciado pelos antigos. Aparece aí, em dois modelos – conforme
versão de Kenãpa e Varî Vãti. Para homem, só pode ser desenhado no queixo e
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para mulheres nas costas. Já a segunda versão do desenho feita por Varî Vãti, é
usada pelos homens no queixo. Ela a chamou de Nawã Moka Kene. Segundo os
Quando é feito com a garra ou gancho do desenho para um lado só, chama-se
Westi Meshtea.
6) Nawich Kene – Kene que significa riscar dentro de algo, ou riscar pela
frente do corpo de alguém. Conforme Vãrî Vãtí, Satã Mema, Tama Ymi. É
7) Txeshê Ashká Kene - Kene que significa linhas que separam o desenho
como nos riscos pretos sobre fundo branco, como feito e dito por Várî Vãti. Só
se faz em mulheres nas costas e nos objetos em geral. Esse desenho, quando
dentro das forquilhas [forquilhas são bifurcações nos traços do grafismo que
Txeshê Ashká Kene. O desenho que não é pingado nas forquilhas das linhas,
8) Paka Mevi Kene/Vei Kene – Dito pelo pajé Kenãpa, Varî Vãtí e Tama Ymi.
Atrai a morte. É com a taboca cortante que se fazem os diversos tipos de armas.
usado hoje nos recipientes para rapé e urucum preparado para pintura.
não entendem.
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Varî Vãtí. Só para mulher usar nas costas. No segundo desenho, Kevõ Isã Kene
10) Tama Kene - Substitui (uma/a) pessoa na área espiritual. Representa a cobra.
deve ser feito na diagonal; é a regra. Esse kene estava na árvore Tama e foi
11) Chîkõmi Váka Kene – Kene da flor da sororoca, versão de Võ Ewa [Aldeia
Raimunda.
12) Yawa Merîki Kene – Dito pelo pajé Miguel Kenãpa. Segundo a versão de
Maria Doles, Vô Ewa, é chamado de Nawã Mukã Kene feito para mulher pintar
nas costas. Segundo a versão da anciã Varî Vãtí, também é chamado de Yawa
Merîki Kene e serve para a mulher usar nas costas e pernas por ser pequeno.
13) Txonã Îtxo Kene [sendo o estilo rave com duas pontas] ou Westistá Aká
Kene [estilo westi com apenas uma ponta, um gancho, uma garra] – Conforme
Varí Vãtí. Só para mulher desenhar nas costas. Kene da ponta do rabo îtxo do
14) Yove Tama Kene – Pintura para homens e mulheres. Não é muito usado no
desenhado conforme orientação do pajé Kenãpa. Esse kene foi o primeiro a ser
(Marubo).
15) Matsi Tama Kene – Existe, mas é camuflado pelo pajé para [em] proteção ao
povo. Kene da cobra jibóia ou anaconda; cobra que atrai, engana, mata e carrega
para uma vida que não é boa, segundo explicações de Raimunda obtidas com
16) Shete Voshká Kene - Significa a cabeça do urubu, dito por Varî Vãtí e não se
costuma usar o kene. Em versão de Satã Mema é conhecido como Tama Meã
17) Txonã Îtxao Kene ou ainda, Westichta Aká Sevi Kene - Ou seja, esse kene
segundo desenho é para ser usado por mulheres, pintado nas costas.
18) Shõnõ Shenã Kene - Desenho das lagartas de samaúma. Esse kene é
chamado também de Chinã Kene, kene das lagartas de samaúma. O homem usa
no peito [na região do coração] e nos músculos, sendo um dos mais usados
Shõno é atribuído à árvore que se conhece por samaúma. È um kene que pode
ser usado por todos. Os homens geralmente usam nas costas, peito e
queixo/rosto. As mulheres, se usarem, só pode ser nas costas. Dito por Varî
19) Kayõ (Atxá) Tae Kene - desenho do (passo), pé ou pegada da arara colorida
kayõ, considerada a rainha das araras seu nome antigo. Para mulheres e se
20) Nawã Moka Kene – Faz nas costas da pessoa, mas, não é fácil de fazer.
de uma pessoa. Esse kene é muito apreciado e usado pelos anciãos, sendo feito
23) Ene Koma Kene – Novo kene [contemporâneo] ensinado pelo pajé Miguel e
feito por Tama Ymi e Shapõwã. Kenapã falou que ninguém acertara em fazer tal
kene. Contado na história de Vari Mãpe, Shõ Ati – Shenê Ene [trata-se de uma
24) Kapê Shikachi Kene - Significa peito de jacaré. Por ser um animal muito
também em crianças.
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25) Ene Pichi Kene - Esse grafismo é o abano encantado feito pelo povo da água
para uso. Diz a história de encantos que Vimi Peya usou abano como cama
CONCLUSÕES
Marubo chamados kene. Cada kene tem seu nome e significado próprios. Trata-
Não só as lagartas, mas, outros seres e espíritos que vivem nas árvores se
destas suas conversas com os espíritos. É assim que o grupo constrói, apreende,
quando se realiza um convite para festa. O responsável pelo convite deve estar
enfeitado (a) com qualquer tipo de kene, bem entendido, àqueles utilizáveis por
pessoas comuns feitos com jenipapo. Ou, pelo menos deve estar bem enfeitado
O convite sempre é feito cantado e não falado, para todos ouvirem. Isso
serve também para aquele que fala ser visto por todos, assim como, seus
dos povos falantes de línguas Pano. Com essa pesquisa, outros professores
realmente convincente.
Há várias versões do mito que contamos a seguir. Ele serve para demonstrar
como a arte do kene é forma integradora que envolve conduta, linguagem oral,
história, memória.
Era uma vez um grupo de pessoas chamado Yno Nawavo; expressão que
quer dizer um segundo nome para o clã Kamã Nawavo. [Eles] estavam se
preparando para fazer pinturas. Os homens desse grupo eram muito ruins para
suas mulheres. Um dia, elas começaram a pintar seus esposos, um por um. O
primeiro a terminar a pintura chamava- se Ino Wirê. Esse ficou à parte para a
sua pintura secar, um pouco distante dos outros que estavam ainda se
pintando.
passando por ali. Ele, então, correu para avisar seus parentes. Quando chegou
estavam prontos, já outros estavam começando a pintura nos rostos para depois
fazerem no corpo todo. Suas mulheres mandaram que eles fossem matar as
Então eles saíram e foram matar as queixadas. Enquanto isso Ynõ Rami,
uma das mulheres disse para as outras: - Vamos embora? Nossos maridos são
muito ruins para nós. Sabemos que da carne que trarão só sobram migalhas
[para nós]. Então uma delas respondeu: - Eu não quero ir, pois, eles irão nos
- E então como vamos fazer? Perguntou a terceira mulher. Yno Rami, a dona da
idéia respondeu: - Vamos apagar todo o fogo que estiver aceso com água e
pegou um pouco de fogo aceso num tição e disse: - Eu levarei comigo esse fogo
aqui e vou morar nas árvores, para que nossos maridos não possam alcançar o
fogo. Então, ela se foi e virou uma curica. É por isso que hoje existe curica.
Curica sabe fazer buraco nas árvores para morar [até hoje].
A segunda mulher por nome Yno Rami, a dona da idéia disse: - Eu não
vou para longe, vou ficar nos arredores da maloca para aproveitar e comer a
roça deles. E assim aconteceu, [Yno Rami] virou cutia. É por isso que hoje existe
A terceira mulher por nome Yno Meto disse: - E eu ficarei aqui por perto
também, nos arredores da maloca e ninguém poderá perceber quem sou eu,
pois vou virar um bacurau e farei susto para nossos maridos e todas as pessoas
desconhecidas e até para meus amigos. E assim ela fez, virou um bacurau. É por
isso que hoje existe bacurau e [ele] assusta as pessoas que passam por perto
dele.
perceberam que suas mulheres não estavam mais ali. Então chamando e
pudessem ser chamadas e para que juntos, nos tornássemos uma família. Nós
gostamos vocês e agora vocês nos deixaram sós. E, enquanto tristes e com fome,
um deles colocou sua carne de queixada ao sol para secar e enquanto secava, ele
comia a carne seca e falava para os outros, dizendo: - Meus parentes não fiquem
E assim como ele, os outros fizeram, comiam a carne crua, pois não
tinham fogo para cozinhar. Então viraram onças e o homem chamado Yno
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Wirê, hoje é um gato maracajá, e o outro por nome Yno Kuin aquele em que foi
porte] como Txashpa Kamã; Shawã Kamã; Ketsivo; Mativo, dentre outros. Estes
Outros ainda se pintaram apenas com jenipapo e viraram onças pretas. É por
isso que hoje existem onças pintadas, onças vermelhas, onças pretas e outros
REFERÊNCIAS
CABRAL, Ana Suelly; MONSERRAT, Ruth; MONTE, Nietta. Por uma educação
GRUPIONI, Luís Donisete B. (org.). (1998) Índios no Brasil. São Paulo: Global
Editora.
Universidade de Brasília.
1990.
& APAMIKTARJ(s/d). A Arte do Kenê. A Arte dos Huni Kuî. Rio Branco, AC.