Acordao 4
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Acordao 4
RELATÓRIO
VOTO
E, em que pese o posicionamento recursal, para lides desta natureza o presente Juízo
não é competente, em razão da necessidade de produção de prova complexa.
O Juizado Especial tem procedimento próprio que é regido pela Lei nº 9.099/95, não
cabendo prova técnica.
O caso, portanto, não é de simples cobrança, mas sim verdadeira ação de arbitramento
de honorários (art. 22, §2º da Lei nº 8.906/94), o que é incompatível com o rito dos Juizados
Especiais Cíveis, justamente pela complexidade probatória.
Ressalta-se que não se suprime o direito da parte autora de receber pelo serviço
prestado, apenas está se reconhecendo a necessidade de apresentação de sua pretensão
frente à Justiça Comum.
Diante do exposto, correta a extinção do feito sem resolução do mérito, sendo este o
entendimento desta 1ª Turma Recursal.
Neste sentido:
Diante do exposto, e com respeito ao voto sugerido pelo então relator, voto pelo
desprovimento do recurso inominado interposto, mantendo-se a sentença que, por
indeferimento da inicial, julgou extinto o processo sem resolução do mérito, nos termos do
art. 51, II, da Lei nº 9.099/95.
Embora citada, a recorrida não compareceu aos autos, tampouco constituiu advogado
(obviamente), assim, não há que se falar em condenação do recorrente ao pagamento de
honorários de sucumbência.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, esta 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais resolve, por maioria dos
votos, em relação ao recurso de Sandro Euclides Bregoli, julgar pelo seu Não Provimento, nos
exatos termos do voto.
O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz(a) Vanessa Bassani, sem voto, e dele
participaram os Juízes Nestário da Silva Queiroz (relator vencido), Melissa de Azevedo Olivas
(relatora designada) e Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira Da Costa.