Contrarrazões Ao RI - Banco - DM DMAT
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OAB/PA Nº 30111
OAB/SP Nº 473486-A
OAB/PA Nº 28925
OAB/SP Nº 460522-A
CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO
PROCESSO Nº 0005528-22.2023.8.26.0224
Colenda Turma
Nobres Julgadores
1. DA TEMPESTIVIDADE
2. DOS FATOS
Logo, sem a impugnação específica da decisão, nos limites em que ela foi
proferida, deve ser reconhecida a impossibilidade de conhecer o Recurso Inominado
interposto, por ausência de requisitos legais, em razão de violação ao princípio da
dialeticidade.
I. DA RELAÇÃO DE CONSUMO
(…)
(...)
Dessa forma, esse tipo de cláusulas é nula de pleno direito, de modo que
podem os usuários que tiveram violados os seus direitos, inclusive ao serem vítimas de
fraudes, pleitear ação junto ao poder competente para serem ressarcidos de eventuais
lesões sofridas através da plataforma da Recorrente, como no caso dos autos.
A Recorrente, por sua sorte, não trouxe aos autos qualquer elemento
substancial que impedisse, modificasse ou extinguisse o direito da Autora, ao contrário,
limita-se a sustentar a inexistência de responsabilidade sobre o evento e a ausência do
dever indenizatório, contrariando a teoria do risco do negócio, posto que, integram a cadeia
distributiva de fornecedores.
(...)
IX -(...);
Por estes motivos o valor da indenização não pode ser tão ínfimo, ao ponto
que não seja capaz de diminuir o sofrimento do ofendido, nem sirva de intimidação para as
Rés.
Considerado ainda que, embora não haja preço que restaure as lesões
causadas de quem sofre a ofensa, a ausência de previsão legal quanto aos critérios da
quantificação da indenização leva o julgador a adotar o princípio da razoabilidade. O valor
deve ser arbitrado de forma que repare o dano, e impeça que o ofensor permaneça ileso.
Segundo Yussef Said Cahali, dano moral é “tudo aquilo que molesta
gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores fundamentais inerentes à
sua personalidade ou reconhecidos pela sociedade em que está integrado” (“Dano Moral”,
2ª ed., Revista dos Tribunais, 1998, p. 20). Ou seja, o dano moral, para ser configurado,
deve ocasionar lesão na esfera personalíssima do titular, violando sua intimidade, vida
privada, honra e imagem - bens jurídicos tutelados constitucionalmente e cuja violação
implica indenização compensatória ao ofendido (art. 5º, incisos V e X, CF).
A lição de Sérgio Cavalieri Filho revela a desnecessidade de prova da dor
subjetiva:
"... por se tratar de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral não
pode ser feita através dos mesmos meios utilizados para a
comprovação do dano material. Seria uma demasia, algo até
impossível, exigir que a vítima comprove a dor, a tristeza ou a
humilhação através de depoimentos, documentos ou perícia; não teria
ela como demonstrar o descrédito, o repúdio
“Na reparação por dano moral estão conjugados dois motivos. Ou duas
concausas: I) punição ao infrator pelo fato de haver ofendido um bem
jurídico da vítima, posto que imaterial; II) pôr nas mãos do ofendido
uma soma que não é o ‘pretium doloris’, porém o meio de lhe oferecer
a oportunidade de conseguir uma satisfação de qualquer espécie, seja
de qualquer ordem intelectual ou moral, seja mesmo de cunho
material, o que pode ser obtido no fato de saber que esta soma em
dinheiro pode amenizar a amargura da ofensa e de qualquer maneira o
desejo de vingança. A isso é de acrescer que na reparação por dano
moral insere- se a solidariedade social à vítima”.
“Art. 187. Do Código Civil de 2002 - Também comete ato ilícito o titular
de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.”
“Art. 927. Do Código Civil de 2002 - Aquele que, por ato ilícito (arts.
186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
5. DOS PEDIDOS
OAB/PA Nº 30111
OAB/SP Nº 473486-A
OAB/PA Nº 28925
OAB/SP Nº 460522-A