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RESUMO
ABSTRACT
This study aims to characterize psychological practice and present the means of promoting
health in its different areas of action, covering the areas of organizational and work psychology,
school psychology, primary care, clinical psychology, sport psychology, psychology hospital,
legal psychology and social psychology comprising the Reference Center for Social Assistance
(CRAS), the Specialized Reference Center for Social Assistance (CREAS) and the
Psychosocial Assistance Center (CAPS), areas which were approached during graduation . Its
development took place through an applied descriptive qualitative study, in which
bibliographical research was used to survey already published works that would allow the
analysis of the proposed theme. During the construction of this, it was possible to clarify the
attributions of each of the mentioned areas and present their relationship with health promotion.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, aplicado, que tem como
objetivo caracterizar a prática psicológica para além da prática clínica, tratando das áreas
anteriormente mencionadas, que foram escolhidas por terem sido abordadas durante a
graduação em psicologia. No que se refere ao caráter metodológico, a pesquisa qualitativa
possibilita uma compreensão detalhada em níveis de profundidade dos fatos que estão sendo
investigados (LIMA JUNIOR et al., 2021).
Como método de obtenção de informações, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, que
se trata de uma modalidade de pesquisa que faz o levantamento de obras já publicadas
relevantes para conhecer e analisar o tema problema da pesquisa (SOUSA et al., 2021). Para
esta pesquisa foram utilizadas cartilhas, livros e artigos científicos que se relacionam com o
tema promoção de saúde mental, clínica ampliada de psicologia e prática profissional de
psicologia. Para o levantamento de obras foram realizadas pesquisas em sites como Scientific
Eletronic Library (Scielo), Google Acadêmico, Portal Periódicos do Capes e bibliotecas
virtuais.
DESENVOLVIMENTO
trabalho não só como meio de se obter renda, mas como meio de se alcançar o triunfo pessoal
e profissional do trabalhador. O psicólogo organizacional deve ainda considerar as
individualidades e subjetividades que compõem esse meio e que o indivíduo será acometido
por situações externas que poderão refletir em seu comportamento na empresa.
institucional, especialmente no que diz respeito à subjetividade social da escola; visa delinear
estratégias de trabalho favorecedoras de mudanças necessárias para a otimização do processo
educativo; a participação na construção, acompanhamento e na avaliação da proposta
pedagógica da escola; a participação no processo de seleção dos membros da equipe pedagógica
e no processo de avaliação dos resultados do trabalho; a contribuição para a coesão da equipe
de direção pedagógica e para sua formação técnica; a coordenação de disciplinas e de oficinas
direcionadas ao desenvolvimento integral dos alunos; a contribuição para a caracterização da
população estudantil com o objetivo de subsidiar o ensino personalizado; a realização de
pesquisas diversas com o objetivo de aprimorar o processo educativo e facilitar de forma crítica
reflexiva e criativa a implementação das políticas públicas.
É função do psicólogo também atuar de forma interdisciplinar, juntamente com a
equipe que trabalha com os processos educacionais nas instituições de educação, como
coordenadores, professores que fazem o atendimento educacional especializado, pedagogos e
profissionais que possam de alguma forma fazer parte das intervenções dentro do contexto
escolar (DIAS et al. 2014).
O psicólogo inserido nos cuidados primários tem papel de mediador e catalisador das
potencialidades e dos recursos tanto ao nível individual quanto comunitário, possibilitando a
produção de saúde e qualidade de vida, (FURTADO; CARVALHO, 2015). Assim, a promoção
de saúde mental se faz presente nas mais variadas intervenções na atenção básica, e segundo
Borges e Cardoso (2005), essa promoção pode se organizar da seguinte forma: construindo um
fazer conjunto e coletivo, valorizando a localidade e as interações que nela acontecem focando
na realidade local; refletindo sobre as problematizações das possíveis formas de intervenção;
trabalhando de forma integrada e intersetorial, voltando-se para a coletividade e
compreendendo o processo saúde-doença-cuidado, principalmente na área da saúde mental,
tendo em vista seu crescimento nos últimos tempos; contribuindo para a transformação das
práticas em saúde rumo à integralidade; planejando e definindo estratégias de intervenção nas
famílias, de acordo com as necessidades da comunidade que residem no território e buscando
apoio da equipe multiprofissional para intervenções mais concretas nos casos de saúde mental,
como por exemplo psiquiatras.
É nítida a importância da atuação do psicólogo que irá atuar buscando sempre uma
prática que abrange ações que promovam autonomia, conscientização e empoderamento,
visando assim, à transformação social da comunidade, permitindo um olhar entre iguais para
uma atuação contextualizada (CINTRA; BERNARDO, 2017), proporcionando assim, melhoria
na qualidade de vida dos usuários desse serviço.
A psicologia clínica é uma das áreas de atuação mais conhecidas, muitas das vezes
associadas apenas ao tratamentos de pessoas com transtornos mentais graves a qual encontra-
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se rodeada de diversos estigmas que afetam de forma negativa não só a atuação do psicólogo
clínico, mas também as pessoas que necessitam deste serviço.
Conforme apresentado por Cabral e Nick (1979), citados por Souza (2021), pode-se
compreender a Psicologia Clínica como a aplicação de várias técnicas científicas específicas,
voltadas para a saúde mental, com o objetivo de reduzir o sofrimento psíquico e restabelecer o
indivíduo em seu meio, além de orientar o tratamento de transtornos mentais. A atuação do
psicólogo clínico se estende então para todo e qualquer sofrimento psíquico que atinja o
indivíduo. Para essas intervenções, a psicologia clínica é composta por diversas modalidades
de intervenção que vão de terapia breve a algumas terapias sem tempo determinado (SOUZA,
2021). Tais possibilidades oferecem tratamentos ideais para cada tipo de demanda trazida pelas
pessoas atendidas.
Entende-se a atuação do psicólogo clínico como uma atuação que deve compreender
toda as instâncias que circundam o indivíduo como histórico de vida, histórico médico,
qualidade de vida, condições de desenvolvimento de autonomia, relações intrapessoais e
interpessoais, aspirações, motivações, e a própria compreensão de seu sofrimento. A descrição
da atuação do psicólogo clínico apresentada pelo CFP (2022), aponta como papel deste a
promoção da autonomia, da qualidade de vida e da saúde integral. Essa atuação proporciona
redução do sofrimento de indivíduos considerando sua subjetividade e contexto, podendo
exercer tal intervenção em níveis sociais, individuais, grupais e institucionais. Assim, pode-se
compreender a atuação do psicólogo clínico não apenas como focada em transtornos, mas em
pessoas em sofrimento, o qual pode ser causado por questões laborais, acadêmicas,
relacionamentos amorosos e familiares, baixa autoestima, ausência de motivações, fatores
sociais, políticos, sexualidade, racismo e outros tipos de preconceito, dentre outros.
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da saúde é um termo utilizado em outros países e se refere a uma atuação da psicologia voltada
para intervenções nos níveis primários, secundários e terciários. Já a psicologia hospitalar, é um
termo utilizado no Brasil que se refere a atuação da psicologia dentro dos níveis secundários e
terciários, quando já existe algum tipo de doença instalada.
De acordo com a descrição do CRP (2022), a psicologia hospitalar é uma área que atua
com intervenções voltadas para fenômenos psicológicos ocorridos no âmbito hospitalar
provenientes de hospitalizações, adoecimentos, recuperação, perdas e luto. Essa subárea da
psicologia busca a compreensão do processo de adoecimento do indivíduo objetivando a
minimização do sofrimento. Para tal, segundo Assis e Figueiredo (2019), o psicólogo atua
sempre respeitando a integridade física do paciente, visando sempre a compreensão da função
dos aspectos psicológicos na manutenção da saúde, no desenvolvimento de doenças, e
comportamentos associados a essas doenças. Vieira e Waishunng (2018), ressaltam ainda que
o objetivo de intervenção da psicologia hospitalar não se aplica apenas ao paciente, mas também
à familiares e à equipe do hospital.
O atendimento psicológico em hospitais tem caráter breve e emergencial. De acordo
com o CFP (2022), o psicólogo que atua em hospitais, presta atendimentos psicológicos e
avaliações do estado mental das pessoas atendidas, familiares e cuidadores. Ele também
apresenta métodos de enfrentamento do sofrimento psicológico; auxilia no diagnóstico e
tratamento; presta assistência psicológica em pessoas em situação de crise ou agravamento do
estado mental; atua em equipe multidisciplinar contribuindo para a evolução de prontuários, e
intervindo em interconsultas, manejos, medicamentos, discussões clínicas e reflexões das
práticas de assistência à saúde; auxilia no desenvolvimento e implantação de protocolos;
participa na promoção de projetos de humanização; desenvolve atividades de assistência na
psicologia hospitalar; realiza a gestão de serviços de saúde e contribui para a formação de
profissionais de saúde. Silva et al. (2017) pontua ainda, a atuação desses profissionais no pronto
atendimento, ambulatórios, unidades de terapias intensivas e psicodiagnósticos.
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Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), são equipamentos de caráter aberto que visam
oferecer serviços destinados à promoção da saúde mental. Os CAPS oferecem atendimentos às
pessoas acometidas por transtornos mentais incluindo também aquelas que necessitam de
acompanhamento e intervenção devido ao uso nocivo de álcool e outras drogas, auxiliando no
processo de reabilitação psicossocial (BRASIL, 2002).
De acordo com as "Referências Técnicas para atuação de Psicólogas(os) nos CAPS",
elaboradas pelo CFP (2013), a atuação do psicólogo no âmbito psicossocial compõe uma equipe
multidisciplinar, corroborando para um conjunto significativo de atividades como acolhimento,
discussão de casos em equipe, psicoterapias, atendimento às crises, elaboração de planos individuais
de cuidado, grupos terapêuticos e oficinas, atividades dirigidas diretamente à reinserção social,
acompanhamento familiar, conscientização da comunidade, redução de danos, dentre outras. Para
além destas atribuições, segundo Cantele et al. (2012), o psicólogo deve se atentar a ter uma visão
ampla, permitindo que o usuário possa criar laços com o território. Lara e Monteiro (2012)
acrescentam que os profissionais devem ter uma atuação política na sociedade, para que ela mude de
postura frente à experiência da loucura. exercício profissional do psicólogo no campo psicossocial
deve buscar adaptar suas intervenções para que elas não só sejam capazes de atender as demandas
individuais e subjetivas que surgem no equipamento, mas que também considerem que essas
intervenções serão em sua maioria aplicadas coletivamente entre os usuários, familiares e
comunidade. “A atenção psicossocial aponta para a necessidade de produzir intervenções tendo em
vista as condições de existência de sujeitos concretos, intervenções complexas e individualizadas,
que respondam à necessidade de cada caso e se orientem para as redes de relação e circulação dos
indivíduos” (CFP, 2013, p. 80).
Em suma, o papel do psicólogo frente o trabalho nos CAPS deve, além de observar as
diretrizes de direcionamento para o exercício profissional, ter um olhar mais amplo e atento para as
necessidades subjetivas que cada indivíduo apresenta e ao mesmo tempo considerar a importância de
potencializar a criação de vínculo entre os usuários e a participação da família e da comunidade,
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assim, contribuirá de forma mais efetiva promovendo melhorias nos ajustes de cada caso promovendo
saúde mental de seus usuários.
De acordo com Paiva e Carlesso (2019), a psicologia do esporte pode ser definida
como um saber que busca averiguar as razões e os impactos dos fenômenos emocionais que o
indivíduo exibe antes, durante e após a execução das atividades físicas, fazendo a manutenção
da concentração, da atenção, do autoconhecimento, aliviando tensões e diminuindo a ansiedade
do atleta. Os psicó-logos do esporte e do exercício buscam melhorar o desenvolvimento de
habilidades psico-lógicas dos atletas para assim, aprimorar o desempenho nas competições e o
treinamento, identificar transtornos leves e graves apresentados por alguns atletas,
possibilitando a intervenção com tratamento adequado. O psicólogo esportivo deve também se
comunicar com toda a equipe multidisciplinar que envolve o atleta, como fisioterapeutas,
nutricionistas, médicos e treinadores físicos, para que sua intervenção seja de fato benéfica e
eficaz (WEINBERG E GOULD, 2017). O psicólogo do esporte busca compreender a
linguagem cotidiana que existe entre os treinadores e atletas para interpretar suas
particularidades, considerando que existem diferentes maneiras de se expressar e relacionar. A
partir dessa compreensão, o psicólogo adapta sua intervenção às nuances da relação entre
treinador, atleta, psicólogo e comissão técnica (PAIVA; CARLESSO, 2019).
DISCUSSÃO
De acordo com a declaração Alma-Ata (1978), o conceito de saúde não deve ser
compreendido apenas pela ausência de doenças, mas por um estado de completo bem-estar
físico, mental e social. Apesar de ser uma construção bem atrativa e válida, ao se considerar um
“estado completo”, a possibilidade de saúde se distancia muito da realidade e se torna um tanto
quanto utópica. Assim, Segre e Ferraz (1997), propõem uma perspectiva de saúde que seja vista
como um estado de harmonia entre o indivíduo e a realidade vivida. Ao se considerar ambos os
pontos de vista, pode-se compreender a saúde como a capacidade do indivíduo, enquanto um
ser biopsicossocial, realizar o manejo de sua realidade para alcançar um estado de bem estar
que promova autonomia e o proporcione a ele mais qualidade de vida.
Conforme as áreas da psicologia apresentadas anteriormente, essa ciência e profissão,
mesmo com suas especificidades, visa, em todas elas, agir como mediadora entre o indivíduo,
a realidade vivida e seus objetivos, considerando que a dificuldade de relacionar e manejar cada
um desses aspectos poderá causar seu sofrimento e afetar diretamente sua qualidade de vida. A
orientação, avaliação e compreensão do comportamento individual e coletivo, o trabalho em
equipe e a relação direta com o compromisso social, são afazeres que transcendem as áreas de
atuação do psicólogo e que contribuem para um papel de destaque que esse profissional realiza,
que é a busca pela potencialização do indivíduo, dando enfoque em suas qualidades e
competências para servir de apoio durante o desenvolvimento de sua autonomia e
autoconhecimento.
Ter a psicologia inserida em tantas instâncias da sociedade é reflexo de sua
importância nos estudos das relações humanas, na compreensão dos elementos
comportamentais e cognitivos e na orientação para resolução de problemas cotidianos que
envolvem essas relações. Seu entendimento perpassa pelos aspectos biológicos do
desenvolvimento humano, pelos aspectos psicológicos e também pelos sociais, onde são
compreendidas sua etnia, raça, classe social, gênero, orientação sexual, situação de moradia,
alimentação e educação.
Um outro ponto a ser destacado foi que, no decorrer deste estudo, encontrou-se a
dificuldade de identificar estudos que problematizassem a falta de associação da psicologia
enquanto promotora de saúde entre outras áreas de atuação que não fossem a clínica ou aquelas
relacionadas às instituições de saúde, propriamente ditas, e que fizesse uma descrição da prática
de cada uma delas e de como promovem saúde. Grande parte dos trabalhos eram voltados para
áreas específicas da psicologia, e mesmo quando voltados para a descrição de tal, muitas vezes
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sua apresentação se dirigia para algo conceitual e não para a descrição de forma objetiva da
prática psicológica em cada uma delas. Esse fator pode ser um contribuinte para que a visão da
psicologia clínica prevaleça dentre as outras quando se fala de saúde, já que esta é mais
conhecida pela sociedade, mesmo que através de uma perspectiva de senso comum, enquanto
as outras não são tão expostas e divulgadas, tanto no âmbito população leiga quanto nos cursos
de psicologia. Além de reforçar a representação da psicologia apenas como clínica, essa
compreensão pode dificultar o acesso da população aos outros serviços da psicologia que
possam necessitar, como o Cras, Creas, Caps e Atenção Básica, ou então dificultar o
entendimento de sua importância em áreas como a organizacional e do trabalho e do esporte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi apresentado durante este estudo, a psicologia é uma ciência voltada para a
compreensão da mente, do comportamento e das relações humanas, e está presente nas
organizações, na saúde pública e particular, no esporte, no jurídico, nas áreas sociais e na
educação. Com isso, entende-se a necessidade de informar, de fortalecer enquanto profissão e
atuação, e ainda, explorar o seu uso enquanto uma ciência voltada para o ser humano, sua saúde
mental e o seu desenvolvimento. Apesar disso, ainda hoje percebe-se maior destaque da
psicologia enquanto clínica, destacando-a fortemente como responsável legítima pela
promoção de saúde. Entretanto, constatou-se que partindo da real compreensão do conceito de
saúde e das demais áreas de atuação da psicologia citadas neste estudo, é possível problematizar
a visão estereotipada sobre a psicologia, e como, muitas das vezes, essa visão impede as pessoas
de usufruírem dos seus serviços, por falta de informação, como a busca da população pelos
serviços da psicologia dos quais ela necessita. Essa compreensão reforça a importância de
conscientizar as pessoas sobre a amplitude do fazer psicológico e de como ele pode contribuir
para o desenvolvimento do bem estar.
Ao considerar seu compromisso social e os princípios de sua atuação sendo
direcionados para toda as camadas da população, sua linguagem e métodos de comunicação
devem ser sinalizados e direcionados a esse público de forma clara e objetiva, levando em conta
que muitas das vezes conceitos técnicos, críticos e reflexivos podem não ser compreendidos
por uma boa parcela da sociedade.
Apresentar as diversas áreas da psicologia, seus objetivos, suas atribuições e associá-las
ao conceito de saúde e a importância de tê-lo bem compreendido, poderá contribuir para a
quebra do estereótipo da psicologia apenas como clínica, para a desconstrução da saúde mental
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somente como ausência de transtornos mentais e para intensificar o papel que todos esses
elementos vinculados à atuação da psicologia desempenham na construção e desenvolvimento
do ser humano, em todas as suas instâncias, e que todas elas são responsáveis pela manutenção
do constructo de saúde e bem estar.
Dessa forma, apresentou-se as diversas faces da Psicologia, a sua forma de atuação e
de contribuição às pessoas e ao contexto em que ela está inserida. Apesar de ser clara a função,
as particularidades e, também, os desafios desta ciência, é possível entender a sua abrangência
e a sua necessidade na sociedade, embora seja preciso tensionar a maneira pela qual se tem
falado de psicologia, fomentar e informar, cada vez mais.
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