04 Noe Diluvio
04 Noe Diluvio
04 Noe Diluvio
perecem. O castigo anunciado aqui é justamente este. Porém, graciosa-
mente, Deus prometeu esperar cento e vinte anos.
d) Disse o Senhor: “Farei desaparecer da face da terra... o homem e o
animal... porque me arrependo de os haver feito...” (v.7). O arrependi-
mento de Deus, naturalmente, não é como o do homem quando reconhe-
ce e lamenta um erro, um pecado. A linguagem é antropopática, ou seja,
atribui a Deus sentimentos humanos. O arrependimento de Deus é uma
mudança de atitude e ação, não porque a anterior fosse errada, mas por-
que as circunstâncias mudaram.
(e) A maldade e a corrupção nos dias daqueles nephilim foram extre-
mas e generalizadas. Todavia, houve um homem, da antiga linhagem de
Sete, que, de algum modo, com a graça de Deus, não se corrompeu. “Noé
achou graça diante do Senhor... Noé era homem justo e íntegro entre os
seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos: Sem,
Cam e Jafé” (Gn 6.8-10). O texto não diz, mas podemos subentender que
a mulher de Noé também foi uma setita piedosa. Eles não se corrompe-
ram. E seus filhos cresceram num lar piedoso. Deus ordenou a Noé que
construísse uma arca na qual ele e sua família seriam salvos.
1. A arca de Noé. Gn 6.14-22
a) O tipo da embarcação. A arca de Noé parecia-se mais com uma
caixa do que com um navio; não foi feita para navegar, mas para
flutuar. Aliás, a palavra hebraica traduzida por “arca”, em Gn 6.14,
ocorre somente em mais uma passagem, para descrever o cesto
em que o menino Moisés flutuou no rio Nilo (Êx 2.3).
b) As dimensões da arca. Estão especi-
ficadas em Gn 6.15: comprimento: 133m;
largura: 23m; altura: 14m. A Caravela
Santa Maria, de Pedro Álvares Cabral,
tinha 30m de comprimento; um tran-
satlântico tem cerca de 258m.
c) Cuidados especiais. Abertura ao redor,
uma porta lateral, três pavimentos...
(6.16). A porta é de importância óbvia e seria um tipo ou símbolo
de Cristo, a Porta do Aprisco e da Salvação.
d) Os passageiros. Noé, sua mulher, seus filhos e as mulheres de
seus filhos, oito pessoas ao todo (6.18; 7.7,13; I Pe 3.20; II Pe
2.5). Estas passagens, a referência à longanimidade de Deus e à
pregação de Noé, assim como a tipologia da porta dão a entender
que outros poderiam ter entrado, mediante arrependimento e fé.
e) A carga. Dois animais de cada espécie, macho e fêmea (6.19-21).
Note que dos animais limpos, Noé embarcou 7 pares. (7.2-3). De-
pois veremos porque.
2. As águas do dilúvio. Gn 7.10-12.
a) “Romperam-se as fontes do
grande abismo.” A terra foi in-
vadida pelas águas dos mares
circundantes (Mediterrâneo,
Negro, Cáspio, Golfo Pérsico,
Oceano Índico).
b) “As comportas dos céus se
abriram”, isto é, houve
“copiosa Chuva” durante 40 di-
as.
c) “Prevaleceram as águas ex-
cessivamente sobre a terra, e
cobriram todos os altos mon-
tes...” (7.19; II Pe 3.6).
3. A cronologia do dilúvio.
4. A aliança de Deus com Noé. Gn 6.18; 9.9-17.
6. A tipologia do dilúvio.
No dilúvio, Deus providenciou a arca, mas os que se salvaram tiveram
que crer e entrar na arca. Assim também a salvação em Cristo. “Crê...
e serás salvo” (At 16.31).
A arca de Noé tinha uma porta, uma só. Jesus disse: “Eu sou a porta.
Se alguém entrar por mim, será salvo...” (Jo 10.9).