Igbabó BR
Igbabó BR
Igbabó BR
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movimento) seus defeitos que alguns consideram como
falha do orixá é assim considerado de forma errônea.
1. Orisà Alà
Obatala é conhecido por este nome devido a utilização
de roupas e adornos brancos (cores brancas de forma
geral) e o efun trata-se de um grande símbolo deste orisà.
Seguem qualidades/caminhos deste caminho de Obatalá.
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Depois que Obatala vem com Orunmila para a terra, o
mesmo começa a andar fazendo indicações de pontos de
criação (como árvores, territórios, frutas e outros
elementos) com sua ferramenta (opá), após isso Obatalá
volta a Orunmila e reporta a finalização de seu
mapeamento no Ayie, Orunmila então diz a Obatalá para
que o mesmo fique, assim Obatala inicia sua vida naquele
local junto com sua esposa Yemoó.
Foi Orunmilá quem escolheu para o mesmo iniciar sua
vida, este local fica no meio do caminho, onde sua imagem
é bem refletida e as pessoas começam a presentear ao
mesmo e a sua esposa.
Obatala então reivindicou o poder awise (ordenar,
determinar, decidir) a orunmilá e qualquer pessoa que
tenha problemas e pede ajuda de Obatalá, o mesmo
ora/atende a este problema.
A partir das pequenas árvores que Obatala criou, nasceram
frutos brancos, e estes são chamados de “Iran ajé” ou
“Iranjé”, pois um dos orikis de Obatalá diz:
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de Iranjé-Ajé, para um novo local que passará a ser
chamado de Iranjé-Oko.
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Obatala e sua esposa continuam a viagem. Após algum
tempo chegam a um lugar onde sua intuição o levara, fecha
os olhos e fixa seu opà sem olhar, quando abre seus olhos
vê pequenas árvores nascendo com frutos brancos
novamente, então Obatala se convence de que naquele
ponto iniciaria a segunda cidade (Iranje-oko), Obatala e sua
esposa então passam a viver neste local.
Um dia, os sapos, tratados anteriormente, visitam
Obatalá formando uma fila, ao chegar e encontrar Obatala,
o mesmo saudando-os perguntando sobre as presas de
Marfim prometidas, os sapos então pedem desculpas para
Obatalá e dizem que foram mal interpretados e que não
haviam prometido nada, na realidade não foram prometidas
200 presas e sim que seriam cantadas 200 cantigas,
Obatala então ordenou que os mesmos ficassem pela
eternidade comprometidos a cantar.
(tradução: o que falamos não são 200 dentes e sim 200 cantigas)
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3. Ipó ti Orisà yii ko – Comparando a posição deste orisá em
relação aos outros, autoridade, imposição e outros.
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Tradução –
Todas as riquezas que as águas deste mundo têm,
Nada supera o mar
O mar é o chefe das águas, acredite
Todas os rios têm a grandeza
Mas a grandeza destes não se iguala a de Osá (mar)
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O caminho do mar, acredite
Todos os irunmolés discutem e se juntam para retirar um dos orikis de
Obatalá como “O Poderoso”
Chamam Elegbara, Agbo
Mas ele se recusa
Não existe Odu que tenha mais prestígio que o Ejiogbe
Este Odu quem coordena as ações
Ejiogbe é o pai de todos os Odus
O Mar é o chefe de todas as águas
Obatala é o chefe de todos os orisás
Todos os pequenos rios
Que não respeitam o mar
Serão secos (acabarão)
Pedi da riqueza de Olokun
Pedi da riqueza de Olosá
Olosá que é o segundo mar
Eu consegui comer, mas não me satisfaz
Quem não sabe que só a riqueza, benção e a graça de Deus ficam
eternamente
(Oriki usado pra evocar Olokun)
1. Obatala
2. Orunmila
3. Esú
4. Ogún
5. Oyigiyigi – Oba omi (O rei das águas)
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criatura criada por Olodumare, antes mesmo da criação
dos outros Irunmolés e que quando Olodumare começa a
criar os mesmos e outras criaturas é Obatalá quem
Olodumare chama para auxiliá-lo. Olodumare é quem cria a
imagem, Obatala tem a função de criar os órgãos
sensoriais, como dito anteriormente (responsável pela
finalização), por ter essa responsabilidade Orunmilá está
em segundo lugar ao invés de Obatalá que está em
primeira posição. Para mais esclarecimentos segue outro
Odu chamado Ogbé-Dí Wò:
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Esse Odu comprova a antiguidade de Obatalá. Outro Odu
que comprova a antiguidade de Obatala:
Tradução :
Comparação do poder dado por Olodumare a cada ser vivo, o poder da
cobra e do elefante, suas presas sua força e brutalidade, todos os orisás
adoram e providenciam comidas para obatalá, ele é a antiguidades
(ancestral) de todos os orisás.
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4. Àmi Obatala (Identificação/simbologia)
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5.3 Aaja – Parecido com Agogo, no dia de culto de
Obatalá, deve-se pegar água do rio ao amanhecer,
antes de ser visto por qualquer pessoa, tocando
este instrumento para que todos se escondam afim
de não vê-lo.
5.4 Awe – Tipo de baú, onde é colocada a água
(quartinha) de rio, que deve ser apanhada somente
por mulheres virgens, para que a pessoa possa
beber caso tenha algum problema. Este deve
sempre estar junto ao Ojubo
5.5 Igba Ori – Uma das coisas muito importante é o
crânio de pessoa já falecida , apenas humano, não
animal, lavado até que fique branco devido a lenda:
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Um dos tabus dos iniciados de Obatalá é não poder
tomar água de outros dias, á água retirada no dia somente
poderá ser consumida no mesmo, no dia seguinte não deve
ser consumida nem usada para o culto, deverá ser colhida
novamente para uso/consumo.
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8.2 Ekú Egungun rirú – Iniciados de Obatalá, não
podem carregar ekú egungun (roupa de egungun),
pois é falado que os caçadores têm uma cantiga
falando sobre:
Èmi kò mò pé
Olòbàtálá ki í Ru èkú
Egúngún Ìjaolá bu
Sí yààrá Òrisà-oko
8.3 Iyó – Obatalá e seus seguidores não podem comer
sal;
Tradução: Ele é um orisá que vê o sal mas não pode comê-lo, ele é um
orisá que vê o dendê mas não pode comê-lo, ele só come coisas brancas.
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9.8 Obatalá e seus seguidores não podem comer porco;
1. Erupé:Areia
2. Abo Adie: Galinha
3. Ògá: Camaleão
4. Àsé: Asé (opa)
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Obatalá deveria jogar seu Opá naquele ponto e começar a
viver naquele lugar e após isso a terra seria coberta e a
água afastada.
Conforme orientado, Obatalá pegou os elementos e
junto com Orunmilá e outros Irunmolés para a terra, no
caminho da descida do céu para a Terra, estes encontram
muitas dificuldades no meio do caminho Obatalá luta com
Ikú e a vence. Por isso Obatalá tem a seguinte cantiga:
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conforme combinado com Olodumare, desde aquele dia
Obatalá jurou que jamais beberia Emú, por este motivo, os
seguidores de Obatalá consideram Emú como proibição.
Desde aquele dia o ponto onde obatalá encontra
Orunmilá e Ogun é aquele ponto onde o Rei de IFé é
coroado.
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11. Bi ati n bo Obatala – Como cultuar Obatalá
12.1 Diariamente:
É colhida água fresca do rio todos os dias para reservar
aos necessitados, colhida somente por mulheres virgens ou
mulher anciã que não pode mais engravidar, conforme
orientado antes sem falar com ninguém para colocar no
Ojubó do Orisá.
Antes de colocar a nova água deve-se lavar o recipiente
para colocar a nova, após colocar a água que o sacerdote
irá fazer a oração é jogado o Obí para saber sobre o culto.
12.2 Semanalmente:
No primeiro dia da semana, neste dia é usado o dia
todo para o culto, começando logo no surgir do sol pela
manhã e neste caso, as mulheres já foram pegar a água de
rio, a casa já foi pintada de efun e todos os seguidores
estarão de branco.
As mulheres estarão de capa branca e os homens com
um gelê (ojá) branco e todos de bracelete branco. Após
todos prontos o Baba/Yalorisá fica de frente com Obatalá,
faz a oração e joga o obí e prepara cada uma das coisas
para que Obatalá seja cultuado, após isso são entoadas
muitas cantigas, muita comida e dança, até o final do dia.
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12.3 Na surgimento de um Odu
Não existe datas previstas neste caso, o culto pode ser
realizado a qualquer dia. Obatalá pode aparecer para a
pessoa de 3 formas:
(a) Pelos sonhos
(b) Encontrar em seu caminho
(c) Oko Aláje
12.4 Anualmente:
Culto generalizado tanto de iniciados como apenas
crentes, trata-se da maior festa para culto de Obatalá.
Todos aqueles que foram beneficiados por Obatalá vêm
para agradecer e sempre acontece na Nigéria na época da
safra de Inhame.
É realizada uma grande festa, em dia escohido pelo
Babalorisá, a diferença desta forma de culto são as
pessoas, levando geralmente muitos dias de festa.
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Algo muito importante sobre esta orisá é que o poder
de cura deste orixá é a água fresca ou gelada, água colhida
antes do amanhecer, ainda in natura e sem falar com
qualquer pessoa, na ida ou volta.
Por isso a água deve ser colhida todos os dias e pode
ser oferecida a pessoas com problemas, os seguidores e
iniciados para este orisá acreditam em sua força e em seu
poder de cura sobre qualquer enfermidade.
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13. Bí Obatalá se di Olowo Ati Olola – Como
Obatalá se torna rico e dono da riqueza
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Tradução: Quando orunmilá interpreta o Odu , fala sobre o problema, que
o mesmo não o irá matar. Após a dor e o desespero com certeza o
objetivo será alcançado ou o obstáculo ultrapassado.
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(e) Koto nla kan wa – 1 baú grande
Ao entregar a esta escravo os materiais comprados, o
mesmo corta o lençol na metade, tornando em 4 partes de
tecido e usando todos esses materiais faz uma coroa
colocando-a sobre Obatalá, tornando-o o rei dos reis ou o
Rei da coroa branca, por isso em regiões Yorubá ninguém
pode discutir com Obatalá (verificar imagem da coroa do rei
de Ifé).
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15.3 Isorí Keta – Esses são os que têm problema de Abikú,
com a ajuda de Obatalá a criança nasce e recebe o
seguintes nomes
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Yemoó – Esposa de Obatalá
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Resumo: Neste Odu é falado sobre a fragilidade feminina em relação a
masculina, sobre a natureza reservada e tímida da mulher
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Orunmilá explica para Obatalá que este odu fala sobre seu casamento
com Yemoó.
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2. Ipo irunmolé yií – Posição deste Orisá
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3. Àmi Irunmole – Simbologia deste orisá
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A lenda diz que Yemoó possui os mesmos poderes de
Obatalá de dar filhos aqueles que procuram filhos.
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ÈSÚ
São os seguintes:
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3. Ipo Seu ni aarin awon irunmolé – Hierarquia de
Esú em meio aos irunmolés
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7.4 As matanças de Esú não podem ser levadas para
casa, estas devem ficar exclusivamente para Esú
7.5 Se durante o culto a Esú o filá da pessoa cai,
problemas estão por vir
7.6 Quando se está segurando qualquer uma das
esculturas de Esú não pode deitar-se em frente ao
rei da cidade
7.7 Não xingar pessoas que cultuam Esú
1. Semanalmente;
2. Anualmente; e
3. Quando consultado o oráculo Ifá.
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1. Cultuando semanalmente – No mesmo dia em que se
cultua Obatalá deve ser cultuado Esú, mas pode ser
cultuado diariamente também com Obí e dendê,
entoar oriki de Esú, regá-lo com dendê e jogar Obí
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** No dia em que Esú é assentado a matança não
pode ser levada para casa, tudo deve ser consumido em
sua festa.
Iyanlé ojúbo – da mesma forma como realizado para
Obatalá, confirmar com Obí
No total são 3 dias de festa realizados a Esú.
1. Porco
2. Cachorro
3. Oruko – bode
4. Adie – Galinha
5. Akuko – Galo
6. Iyán – Inhame
7. Oká – Purê de inhame seco e cozido
8. Eko – Acaça
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9. Otiká – Tipo de Bebida derivada de Emú
10. Ewá – Feijão fradinho
11. Ekuru
E os elementos:
1. Yangi – pedra
2. Ewé Odundun – folha
3. Ewe Ogo
4. Ewe Tetê
5. Ewe Iná
6. Ewe éesi
7. Ewe famonitó
8. Ewe Akérejupon
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EGUNGUN
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Após Orunmilá ter perguntando a Ifá, o mesmo realiza
os ebós necessários e chama todas as mulheres no intuito
de escolher a mais bonita para atrair Lágboóku. Nesta
escolha ele ouve a voz do Orun, para que escolhesse
“Mode”.
Ao escolhê-la deveria colocar Ilèkè na água em que
esta usaria para o banho. Ele a banha e coloca Ilèkè na
água para atrair Lágboókun e fica a espera do mesmo no
horário em que Olodumare havia dito que este iria ao Aye
para punir as pessoas.
No horário marcado Orunmilá dá a mulher um rato e
um peixe e ordena que os leve ao lugar onde Lágboókun
irá passar, assim que “Mode” chegou ouviu os passos de
Lágboókun, este a viu e a saudou, na primeira vez e esta
não respondeu da mesma forma na segunda vez e na
terceira também. “Mode” sentou-se e começa a tirar a
casca do peixe e do rato, Lágboókun tira os dois das mãos
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de “mode” e come e ao terminar possuiu “Mode” e volta
para casa de Orunmilá junto com ela.
“Mode” engravidou naquele mês, quando dá a luz,
nasce um menino e este menino chama-se Ológbojó. Após
isto, Lágboókun para com as brigas e punições e tudo fica
em calma na terra.
Lágboókun sempre vêm para visitar seu filho, mas,
logo que Ológbojó tornou-se adolescente e conheceu seu
pai, este não mais voltou às pessoas então passam a
caçoar de Ológbojo dizendo que seu pai é muito ruim, por
isso ninguém queria se relacionar com ele e foi isolado.
Ológbojó pensa neste assunto e fica muito triste, certo
dia este resolve procurar Orunmilá e este ao consultar o
oráculo verifica o Odu Osé-rósún.
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Ológbojó explica sobre suas dificuldades em relação ao
pai e é pedida a seguinte oferenda:
1. Acaça
2. Òlèlè (tipo de acaçá feito com feijão fradinho)
3. Aso Alaari – Pijama, lençol para dormir
4. Akara – Acarajé
5. Oré àtorí – Atori
6. Obí
7. Folha de Ifá
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gritando “Agò o o”. Assim que Ológbojó chegou na frente
da casa de Orunmilá e feito todos os atos, as pessoas
começaram a sair de todos os cantos para se aproximar
dele e assim começa a distribuir o ebó para as pessoas
cantando:
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5. Ilú egungun – Instrumentos musicais de egungun
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pássaros, chifres de alguns animais. Bàtá é o tocado para
egungun Sangó.
1. Galo
2. Bode
3. Acarajé
4. Oká
5. Porco
6. Olélé
7. Iyán – inhame
8. Obí
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9. Egungun Bíbo – Periodicidade do culto de
Egungun
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(Iyanlé). Após orar, joga obí para confirmar o ritual, assim
inicia-se a festividade.
1. Obi
2. Òlélé
3. Acaça
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Após entoar o oriki, joga o obí finalizando assim o
festival de egungun. A noite o Ojé faz reunião em volta do
Ojubó, retiram as comidas e jogam no rio
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Além destes cânticos de egungun as mulheres
também fazem o “Esá” atrás do egungun. Dividem-se em 2
grupos onde o primeiro canta enquanto o segundo repete o
cântico entoado.
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ÒKÉ
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Após Ajíbise ter chegado na terra, continuou fazendo
boas ações assim como no Orun (Fazendo a alegria das
pessoas), ajudando o próximo, devido a este
comportamento Òké passa a ter muitos inimigos falando
mal dele, pensando e realizando maldades para que este
não seja mais feliz. O Autor observa: “Não existe nenhum
Irunmolé com inimigos tanto quanto Ajíbise Òké”,
porém Òké era arraigado de muita sorte, pois possuía o Orí
muito forte que o protegia dos inimigos.
Contudo, mesmo com a grande quantidade de
inimigos estes não surportaram mais, mesmo com a grande
quantidade de maldades que lhe foi enviada nada
acontecia a Ajíbise, estes inimigos então se juntaram e
pediram que Ajíbise fosse embora da terra. Quando
disseram isso para Òké, este chama seu melhor amigo
Afounpamó (citado anteriormente) lhe conta este fato, e
estes observam que: Dua cabeças pensam melhor que
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uma. Diante deste fato ambos decidem consultar Orunmilá
à procura de uma resolução para o fato.
Orunmila consulta o orácula e o Odu de resposta foi:
Ejiogbe, mesmo Odu que revela este Orisá.
Ejiogbe, trás vitórias independente da quantidade de
inimigos que esta pessoa tenha. Orunmilá então fala sobre
o ebó necessário:
1. Abuké merin –
2. Igba Okó ó lé ókan – 201 rastelos
3. Igba Ada ó ló òkan – 201 facão
4. Igba ààké ó ló òkan ati – 201 machado
5. Ewé Ifá – Folhas de Ifá
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Quando os inimigos de Òké ouviram a canção,
olharam para cima, para baixo e em todas as direções e
não encontram ninguém, porém ao olhar ao seu redor
vêem muita comidas, sem entender quem colocou os
alimentos no chão, então os inimigos de Òké, sentaram e
começaram a comer, sendo assim Òké venceu seus
inimigos e todos saem deste local feliz.
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4.2 Àmú – Grande pote, quartinha, sopeira sempre com
água dentro, de grande importância que este esteja
no Ojubó, pois Òké vive dentro dele;
4.3 Àwé - Pequeno pote, quartinha também com água;
4.4 Íkaraun – Casca de igbin, usada para pegar a água
de dentro do pote; e
4.5 Káada – Cabaça pequena, usada para beber á
água de dentro do Ojubó;
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8. Ohun ti a fí n Bo Òké - O que é usado para cultuar
Òké
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10. Oriki Oké
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Òsun
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Como este Odu revela, quando não está falando sobre
Osún, junto a 4 Irunmolés que vêm junto com esta do Orun.
Quando Osún foi cultuada devemos assumir que já
cultuamos estes 4 Irunmolés também, sendo eles:
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Estes búzios é que Osún utiliza para fazer consultar aos
oráculos, quando algum o procurava para ajuda, por tanto
amor que existia entre eles, Osún é cultuada no mesmo dia
em que é cultuado Orunmilá, que é o Ojó Awo.
O motivo mais importante que causou a separação de
Osún com Orunmilá é o fato desta não conseguir ter filhos
com ele. Por este motivo ela se casou com Sangò. Mesmo
com muito esforço também não teve filhos com Sangó,
chegou um momento em que Osún foi a procura de
Orunmilá, para saber por que não conseguia gerar filhos,
ao consultar o oráculo Orunmilá verificou o Odu
Ògúndaséé .
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pois Olodumaré iria abrir as portas do céu para que muitos
filhos pudessem ser gerados. O ebó deveria conter:
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Osún ficaram brincando em volta dela (da quartinha), Osún
então começa a dar alimentos para estas crianças.
Quando as crianças viram o quanto isso era bom,
agarraram-se a Osún, esta então levanta a quartinha e
volta para a terra e as crianças junto a ela.
Osún engana estas crianças com comida para que estas
não voltem até chegar no meio do caminho entre o Orun e
o Aye. Ao chegar neste ponto as crianças se afastaram de
Osún, mais uma vez colocou a quartinha no chão e
distribuiu alimento as crianças, de nada adiantou pois ao
chegar na terra e olhar para trás percebeu que não havia
mais nenhuma criança consigo e decepcionada começou a
chorar diante de Orunmilá.
Orunmilá então pediu que Osún não chorasse mais, pois
ela encontrava-se grávida e daria a luz. Assim começa o
uso da palavra para mulheres que engravidam.
Osún engravidou e depois de 3 meses seu corpo
modificou-se e muitas mulheres também engravidaram ao
chegar no 9º mês, 6.000 crianças nasceram. Não é
conhecido o motivo pelo qual muitas mulheres sofrem de
infertilidade, apenas que o ebó feito por Osún então ajuda
a estas mulheres.
Em determinada época, as crianças que nasceram
começaram a adoecer e todas as mulheres correram para
Orunmilá afim de ocnsultar o oráculo e saber o motivo.
Orunmilá diz a cada uma dela o que aconteceu para que
cada uma delas tivesse aquele filho. Explica que Osún foi
quem as ajudou a conseguir, ordena então para que
qualquer ebó que essas mães fizessem deveriam ser
entregue para Osún como demonstração de gratidão, ao
ouvir, começam a dançar e cheias de alegria. Quando cada
uma delas vai para fazer a oferenda, entoam a seguinte
canção:
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Assim, elas vão à casa de Osún para agradecer,
desde então seus filhos não mais adoeceram, Osún torna-
se então o Irunmolé que todas as mães cultuavam.
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1.1 Boribori awo Irágberi
1.2 Ègbá Awo Ilukan
1.3 Èse Awo won ní Liébu ère
1.4 Àtomu awo won ni Ikiré Ilé
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5. Èewo Òsun – Interdições
7.1 Benbe
7.2 Àtéwo Pípa (palma)
7.3 Agogo Osun
7.4 Igbá (cabala)
Podem ser :
8.1 Semanalmente - No mesmo dia em que é cultuado
Orunmilá, neste dia os cultuadores de Osun
acordam cedo para limpar a casa de Osún, pegam
água do rio e colocam na quartinha, essa água é a
que ingerida pelas pessoas que procuram Osun por
algum problema, ao chegar do meio do dia Yá Osun
e os outros cultuadores vão até o assentamento e
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rezam e jogam Obí, caso positivo santificam o chão
com o acaçá e o efó, após isso comem e começam
a cantar .
8.2 Quando por sugestão ou consulta – Ela quem
revela o que deverá ter e o lugar onde esta pessoas
deverá realizar o culto
8.3 Festas Anuais – Sempre deve ser realizado um
grande evento, começa no dia de culto a Orunmilá
e termina no dia de culto a Orunmilá também. No
primeiro dia os cultuadores providenciam as
seguintes coisas:
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9. ÀsèKágbá – ùltimo dia da festa
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Osanyn
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Após Osanyn ter chegado na terra ele e Orunmilá
continuaram sua amizade, a lenda diz que em determinada
época existiu uma guerra chamada de: “Ogun Ayélé”, e
ninguém soube mais o paradeiro de Osanyn nem mesmo
Orunmilá.Quando Orunmilá procurou osanyn e não achou,
consultou o oráculo para saber sobre seu paradeiro e o
Odú revelado foi Ogundá-meji:
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Quando o Odu fala para Orunmilá, que Osanyn já
havia sido capturado e que não demoraria a ser vendido
como escravo, Orunmilá começa a procurar em todas as
feiras onde eram vendidos escravos, para que o achasse
antes que fosse vendido. Quando chegou à feira de
Èjigbómekún, Orunmilá viu Osanyn no posto onde ele
estava amarrado como um verdadeiro animal, sendo visto
como mercadoria. Neste momento, osanyn também vê
Orunmilá e começa a cantar:
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E Orunmilá se comove quando escuta esta canção de
Osanyn, corre para o lugar onde Osanyn estava amarrado
e ordena para que seja solto, pois queria comprá-lo, ao
perguntar sobre o preço, recebe como resposta que eram
300 moedas correntes, Orunmilá não negocia e paga a
quantia.
Osanyn foi solto e entregue a Orunmilá, ao chegar em
sua casa com Osanyn, ordenou que seu cabelo fosse
raspado , tomou banho e vestiu-se com roupas brancas por
3 meses, enquanto estava na casa de Orunmilá Osanyn foi
mimado, quando estava acostumado, Orunmilá ordenou
que fosse dado a Osanyn um rastelo para que começasse
a trabalhar em seu jardim.
Quando Osanyn começa a trabalhar neste jardim,
percebeu as folhas e as raízes das árvores que Orunmilá
pediu para ele cuidar, todas eram ervas que ele poderia
usar para ajudar os filhos de Olodumare. Começa então a
cantar dizendo a importância de cada folha ou raiz ali
contida. Diz a Orunmila que não podia cortar qualquer uma
delas, após muito tempo cantando Orunmilá escutou e
chamou Osanyn pedindo explicações sobre a canção,
Osanyn então, explicou para Orunmilá em detalhes, e
obteve como resposta: A profissão que Olodumare
escolheu para Osanyn é a de curandeiro de doenças.
Pediu então que ele não cortasse as raízes e folhas, mas
que ajudasse os filhos de Olodumare necessitados.
Desde então Osanyn vira chefe das pessoas que
vendem raízes para curar e assim fica famoso virando um
dos Irunmolés mais famoso e prósperos.
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1. Àmi Osanyn – Simbologia
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3. Àwon ohun Apeere Ojubo – Elementos do Ojubó
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cultuado ao mesmo tempo, da mesma forma como Ifá
(quinzenalmente),
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YEMOJA
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Ao chegarem, descobrem que Yemoja estava usando
Ikóóde de seu marido (Sangó) e que esse Ikóóde era o que
era admirado e não Yemoja.
Foi uma grande surpresa para as pessoas verem esse
ornamento na cabeça e Yemoja, o que fez todos pensarem
que Yemoja seria a querida de Sango, pois se não fosse,
como poderia estar usando esse Ikóóde.
Osun e Yemoji, também viram Yemoja com esse
Ikóóde de seu marido e saem de lá, tentam esquecer o que
aconteceu, mas é difícil para ambas tirar da cabeça o que
havia ocorrido, as duas então voltam para casa, pegam as
quartinhas e saem da cidade.
Quando os habitantes ficam sabendo do ocorrido,
Sangó que já estava bêbado sai da festa e ao chegar em
casa não encontra nenhuma das 2 esposas, ao questionar
sobre o destino delas as pessoas apontam a direção em
que seguiram e Sangó corre atrás delas, quando faltava
pouco para alcançá-las ele as chama pelo nome mas para
sua surpresa quando cada uma ouve seu nome, a primeira
jogou a quartinha no chão e encantou-se em um rio, a
segunda por sua vez também jogou a quartinha no chão e
encantou se em outro rio.
Sangó lembrou então o que Orunmilá havia dito para
ele em relação ao ebó e o Ekóóde. Sangó então se deu
conta que 2 coisas muito boas em sua vida haviam se
acabado e percebe que talvez as 3 coisas que Orunmilá
havia falado era suas 3 esposas. Neste momento, sem
saber o que fazer , decidiu voltar para casa e ao entrar viu
Yemoja com sua quartinha nas mãos e Sangó começa a
corer atrás dela antes que jogasse a quartinha no chão,
mas era tarde Yemoja também encanta-se em outro rio.
A cidade inteira fica sabendo do acontecido com
Sangó e este vira a grande chacota com a seguinte
cantiga:
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O Odú que revela Yemoja é Iká Eléja
90
2. Ipó Yemoja Làárin Irunmolé – Classificação de
Yemoja
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Por conta de sua enorme paciência ela ocupa lugar de
idosos entre os irunmolés e conforme os Babalaôs dizem:
Yemoja tem uma enorme paciência.
92
6. Èewo Irunmolé – Interdições
93
8.3 Festa de Yemoja – A festa deverá ser muito
grandiosa, e varia de local a local com muita
comida e bebida. São entoados toques de Bàtá
podendo também ter outros ritmos. Todas as
comidas usadas para o culto as pessoas podem
comer
Oriki
94
95
Olòkun
96
Após o surgimento deste Odú Olòkun providenciou
tudo que Orunmilá pediu para o ebó e Orunmilá ordenou
que quando voltasse para casa, fechasse a porta e usasse
a água de Ifá que ele deu pra ela para lavar a cabeça por 7
dias, acrescentou que somente poderia sair de casa, após
o 7º dia.
Tudo que Orunmilá pediu Olòkun fez, porém no 3º dia
em que Olokun estava em casa, percebeu que a porta de
entrada havia virado ouro e a porta de trás havia virado
97
metal e a porta de lado que era de ferro havia virado prata.
No 7º dia Olòkun sai de casa e descobre que a sua nova
casa era debaixo d´agua e que Olodumare já havia
escolhido este local para ela morar, tornou-se muito rica e
começou a agradecer seus parceiros. Para demonstrar seu
sentimento de gratidão Olòkun foi até a casa de Orunmilá
contou tudo que aconteceu para ela Orunmilá ficou muito
feliz e foi junto com ela para sua casa a fim de conhecer
sua nova casa. Ao chegar os 2 comem muito, bebem muito
e começam a cantar
98
Após alguns instantes Orunmilá parou de cantar e
somente Olokun continuou, desde então Orunmilá entra no
mar para jogar para Olòkun sempre que está fazendo a
festa até quando da sua morte, Orunmilá demora muito
tempo para jogar para Olokun, por isso a seguinte cantiga:
99
100
2. Itumo Olòkun – O Significado de Olòkun
101
3.1 Quando se quer cultuar Olòkun os pais da
criança cozinham os ovos de galinha,
macerar/amassar os ovos cozidos dentro do
pote/bacia que contenha dendê e usam essa
mistura para santificar o chão em frente à
Olòkun, e dentro do saco coloca-se o
pote/quartinha quando terminado o culto e todas
as coisas que Olòkun pedir que será usado para
ser cultuada. Olòkun pode pedir:
1.1 Igbin
1.2 Bicho
1.3 Faca
102
O chefe/rei do bairro onde este foi encontrado junta
esses elementos e junto do Babalaô, leva pra onde foi
achado aquele Ilèkè, ao chegar se o rei viu o Ilèkè os
Babalaôs faziam o ebó ali, após cavavam a terra até
encontrar um pote grande onde acreditavam ter nascido o
Ilèkè, quando encontrado o pote verá algo muito diferente
do Ilèkè, muito parecido com prato, esse prato, acredita ser
o prato de olòkun e quando aberto verá muitos Ilèkès e
todos serão divididos entre si, metade com a dona do bairro
e o restante entre eles.
Ifá Olokun
103
necessário, Olodumare então mudou Olòkun de lugar a
cantiga abaixo explica a mudança de Olòkun:
104
6. Ojubó Olokun – Assentamento
105
8.2 Ata – Pimenta, pessoas deste orisá não podem
usar, comer ou para fazer sopa para cultuar; e
8.3 Eja – Alguns chefes do culto não podem comer
peixe.
106
107
Ogún
108
Ogun tem muitos nomes esse não pode surpreender
ninguém, pois não há nenhum país onde não há
cultuadores de Ogun na terra devido a sua grandeza,
também existe muita diversidade em sua forma de culto,
segue algumas qualidades de Ogún:
109
Certo dia Ogun vai até Orunmilá e diz que já fez o ebó
que Orunmilá pediu, mas não sentiu nenhuma diferença e
Orunmilá pergunta sobre como o ebó foi feito. Orunmilá
então questiona Ogun sobre o fato de não ter cortado o
pescoço do cachorro e usado o sangue para limpar seu
corpo.
Após conseguir outro cão, Ogun corta seu pescoço e
pega um pouco do sangue para limpar seu corpo, após isso
cozinhou o cachorro e comeu, esperou um dia de chuva.
Orunmilá então diz a Ogun que ao parar a chuva, no dia
seguinte Ogun deveria andar procurando um córrego até
encontrar, lá encontraria areia branca, tão logo achasse
deveria apanhar um pouco dessa areia e deveria queimar
tal areia. Ogun escutou calmamente tudo que Orunmilá
disse e voltou para sua casa, fez da forma como explicado.
110
Para a surpresa de Ogun ao queimar a areia, a
mesma tranformou-se em ferro e Ogun mistura esse ferro
com Emú, usa outra parte para fazer uma faca e um facão.
A primeira coisa que Ogun produz com este pó é um
pequeno pote para guardar seu Emú, este caçador aprecia
muito tal bebida conforme o seguinte oriki:
111
Desde então, quando Orunmilá esta festejando Ogun
é quem faz a matança dos bichos. Leva esses bichos para
a casa de Orunmilá e logo que Ogun aparece os filhos de
Orunmilá começam a saudar Ogún.
Muitas cidades foram fundadas depois que Olodumare
aceitou seu ebó. Ogún é fundador dessas cidades na terra
Yorubá:
1. Íré
2. Isúndunrin
3. Iwóya
4. Saki
112
São dois importantes símbolos deste irunmolé:
2.1 Facão
2.2 Màriwó òpe
113
encarregada de fazer as cantigas no assentamento
de Ogun, santificar o assentamento e jogar o obi;
114
5.9 A mulher não pode ver a lavagem e o
assentamento de Ogun e esta lavagem deverá
acontecer anualmente
5.10 Se Ogun estiver em repouso, o que costuma fazer
por 3 meses, egungun e Sangò não podem dançar
na cidade que Ogun fundou, e se sua mulher
morrer nesse período não poderá ficar de luto
115
7.2 Por sugestão ou ocasional – É ogun quem escolhe
o que deve ser usado e o local onde deve ser feito
o culto;
116
(b) Agbopáá (chefe do culto) é quem carrega a
ferramenta, não pode olhar para trás até chegar no
local também não pode passar em cruzamentos,
somente na mata
(c) O rei da cidade ou chefe dos caçadores
(d) Mulheres da casa
(e) Homens da casa e por último as pessoas de
forma geral
117
3º mês: Festa de encerramento Todos os caçadores
saem para caçar e quando retornam as mulheres
cozinham, e esta festa pode durar a noite toda
terminando no dia seguinte.
Àgbara
118
119
Osoosi
120
Ele é mais conhecido com este nome no meio dos
irunmolés, mesmo que os antigos Babalaôs o chamam dos
seguintes nomes:
121
3.1 Orun – Tipo de gargantilha usada , de metal
3.2 Moriwo Paako – Mariwo novo , econtrado no meio
122
8.1 Semanalmente – É cultuado no terceiro dia da
semana, junto com Ogun, feito pelos cultuadores de
Ogun que são os mais velhos caçadores de bicho.
De vez em quando santificar o chão com o feijão
torrado sem dendê
9. Oriki Osoosi
123
124
Ijá
126
6. Éewo Irunmolé – Interdições
127
Após o pôr do sol as crianças e as mulheres
começam a dança em volta do assentamento e por
todo bairro.
9. Oriki Ijá
128
Orisá-Oko
È chamado de Óbárá-òtua:
129
É por conta deste Odú que Orisá Oko não se
acostumou a sair de sua casa para caçar, ele fica em seu
templo sempre. Somente sai quando é para caçar.
Em seu templo leva-se tudo que ele gosta de comer.
Após casar-se com a filha de Obatalá, os dois se
comportavam como filhos dos donos de Ifé e depois de
algum tempo os outros Irunmolés e o povo de Ifé começou
a conspirar contra ele, fala que Orisá Oko não tem nada,
que todas suas riquezas pertenciam a sua família (sogro e
sogra).
Esta situação magoa muito Orisá Oko, e certo dia este
procura Orunmilá, querendo se tornar respeitado pelo povo.
130
Orunmilá consulta o oráculo e o Odu revelado foi Ogunda
Ako, dizendo que este Orisá não pode sair para descobrir
sua cidade:
131
(c) Agbón ègusi – Cesta cheia de melão
(d) Òpá gangan
(e) Ewé Ifá
3.1 Efun
3.2 Owó eyo
3.3 Òpá gangan
3.4 Idà
3.5 Osùn
3.6 Oyin – mel (quando os cultuadores vêem o mel em
frente desta casa, acreditam que orisá Oko está ali
presentee começam a jogar água para dentro e fora
de casa)
132
4. Awon Ohun Apeere Ojubo – Assentamento
133
8. Bibo Irunmolé – Peridicidade e formas de culto
Realizados de 3 formas:
- Ewé oríjin
- Ewé Iyeyé
- Elégédé
- Osún
135
Como é falado que este orisá é caçador de bichos e
amigo íntimo de Sangò, um dia Orisá Oko saiu para caçar
de demorou muito para voltar para casa, enquanto estava
caçando, nada conseguiu caçar e nem mesmo achar
nenhuma fruta para este comer. Estava muito faminto e
dessa forma voltou para casa, ao chegar nada tinha para
comer também e saiu de casa muito bravo e volta
novamente para caçar, ao chegar no mato encontra um
fazendeiro que estava limpando os matos que haviam
nascido em seu jardim, onde havia plantado Isu, Orisá Oko
pediu ao fazendeiro que torrasse um inhame para ele
comer, este responde a ele que o Isu que tinha era de outra
qualidade (Kara).
Essa resposta irritou Orisá Oko e este foi falar com
Sangó para que este o ajude torrando o inhame com o fogo
que saia pela sua boca. Desta forma Orisa Oko se vinga da
fome e desde então as pessoas costumam a dizer que a
fome leva a orisá Oko a atirar fogo nas fazendas. Desde
então resolveu não comer mais Inhame.
136
137
Sàngó
138
(pedras) que Sangó conseguiu seu dia. Apesar de ser mais
novo devido a confusão conseguiu seu dia.
139
Diz o ditado que: “Quem ajuda não esquece e quem é
ajudado fatalmente esquecerá”, após Orunmilá ter ajudado
Sangò e o salvado da morte, este agora toma Osún de
Orunmilá. Em uma época que este também não se
encontrava em casa, este fez com que Sangò se tornasse
inimigo das crianças e dos Adultos e todos os Irunmolés
tornaram-se inimigos dele e todos viram-se contra Sangó.
4.1 Sangó
4.2 Ayilégbe-Orun
4.3 Arira
4.4 Obileja
4.5 Ewelere
140
Sangó Ayilegbé , este Nesse período Okanbí ainda
Sangò e Oduduwa viveram não havia nascido pois
junto na terra Oduduwa é sua mãe
Sangó é um Irunmolé, é Sangó rei, não é um
maior que o rei pois o rei é Irunmolé, após ter se
dono da terra e Orisá é dono matado em Kòso torna-se
do céu Orisá
Esse Sango que os mais Esse Sango não mkora em
velhos deixam escolher o Ifé e sim em Oyó
dia para culto em Ifé
Sango neste caso que é Sango não tem relações
responsável por roubar a com este fato, ainda nem
esposa de Ogun e de mesmo havia nascido
Orunmilá
O nome deste Irunmolé é Este Sangó não chegou a
Ayilégbe Òrun e é irmão conhecer Baáyànni e nem
mais jovem de Baáyànni mesmo possui parentesco
Lóde Orun
Sangò sai de Ifé e se Neste caso se suicida em
enterra uma pequena cidade
chamada Igbetí no caminho
para Oyó-ilé, esta cidade é
chamada de kóso
O Odu que revela esse O Odu que revela esse
Sangó é chamado de Oyeku Sango é Okanran-meji
meji
141
O ebó deste odú fala sobre o acontecido sobre Sangò
em relação a Oyá e como foi o desenrolar do ebó. No final
todos que estavam atrás de Sangó fogem cantando a
cantiga:
142
cultuado por Sango, diz a Sango quando custaria para este
ter seu próprio Ifá e este saiu em busca de dinheiro.
Não tendo alternativas Orunmilá deu a quantia
necessária para fazer este Ifá para Sangò, Sangó ainda
deu 40 búzios para Orunmilá e assim tornou-se Babalaô e
começa a jogar Ifá em todos os lugares. Pediu a Orunmilá
que desse a ele alguns Awoifá e que conseguem
interpretar bem os Odus, são eles:
1. Sééré
2. Lábá
3. Tóó
4. Èró-Pésé
5. Kábiyesí
143
Sango providenciou tudo e fez o ebó necessário, uma
das coisas que o ebó pediu foram 2 cabras, uma delas foi
ofertada a todos os irunmolés e a outra orientou que fosse
levada para casa de Osanyn com um dos potes, bacia ou
quartinha. Sangò mandou uma de suas esposas avisar
Osanyn, quando sua esposa chegou na casa de Osanyn
este não deixa a esposa de Sangò voltar para que ela
pegasse algo para Sangó, Osanyn mata a cabra e corta a
parte da carne usando a para fazer sopa com outros
ingredientes e folha de ifá, quando terminou de fazer este,
entrega a esposa de Sangó dizendo para ela não degustar
e também que não espiasse até chegar em casa. Apenas
Sangó poderia comer daquela sopa.
Quando chegou no meio do caminho essa esposa
comeu um pedaço de carne, assim que termina de comer a
fumaça começa a sair de sua boca sempre que tentava
falar algo. Rapidamente levantou-se e correu para sua
casa, quando a viu Sango percebeu que sua esposa já
havia comido do que Osanyn havia preparado.
Sango corre e tira rapidamente o pote da mão dela e
come o resto muito rápido, desde esse dia, quando Sangò
144
abre a boca é fumaça e fogo que sai de sua boca. Este
então se torna famoso em meio aos Irunmolés, a esposa
em questão era Oyá.
145
10. Awon Aworo Sango – Cultuadores
146
Muito importante enfatizar que quando na festa de Ogún
é tocado o Bàtá, Sangò não deve dançar para outros Bàtá.
Para acalmar a ira de Sangó deve ser em uma
oficina/metalurgia usa-se uma das ferramentas como Bàtá
para ele, as mulheres e crianças devem acompanhar
batendo palmas. Os ferreiros cantam para Sangò
147
usado neste diz é um tipo de galo chamado Akukó
Ororo e Orogbo, quando chega este dia, os
cultuadores juntam-se em um barracão de Sangó e
o chefe balançando o Xere começa as rezas, as
mulheres por sua vez começam a elogiar Sangó.
Após isso é jogado o Orogbo, matam o Akuko com
muitas comidas, santificam o assentamento e o
chão, dançando em ritmo Bàtá.
13.4 Odun Sangó: O Início - Antigamente para a festa
de Sangó, que dura 9 dias, era escolhido no dia do
culto de Sangó (4º dia da semana) e termina no
mesmo dia de culto de Sangó. No primeiro dia, é o
dia em que Sangó vai para a montanha,
antigamente uma montanha chamada Àtibá em Ilê
Ifé, foi aquela em que Sangó sobe. Esta montanha
deve:
(a) Ficar afastada da cidade
(b) Deve ser coberta por mata
(c) Onde se pode encontrar pedra de raio
(d) Deve ser de grande altura
Ao amanhecer os cultuadores e os mais velhos
Babalaôs chegam na casa do chefe do culto, quando
todos estão presentes, o chefe sai a frente seguido
pelos Babalaôs e os iniciados até chegar a esta
montanha. Juntam muitas galinhas dentro de jaulas
com muito Orogbo, ao chegar na montanha os Aworo,
devem começar a procurar as pedras de raio até
chegarem no topo desta montanha, ao chegarem um
dos Babalaôs mais velhos consulta a Ifá para saber
quais e quantas pedras Sangó deve pegar, de 1 a 4, é
a quantidade escolhida que define quantas galinhas
devem ser sacrificadas. O Sangue destas galinhas
deve ser jogado em cada pedra.
Após isso, o chefe do culto, pega 3 folhas e todos eles
descem da montanha, depois de descer da montanha,
o chefe pega mais 2 diferentes folhas (Ewe óòri e Ewe
148
igbá), todas as folhas colhidas então somam 5, essas
são levadas junto com a pedras colhidas.
Ao chegarem em casa, o chefe do culto macera essas
folhas com água, junta-se sabão da costa e essa
mistura é usada para lavar as pedras de raio. A água
que restou da lavagem usa para lavar o Opon Sangó
e o pilão. Após terminar a lavagem do Opon, este
deve ser pintado com Osun, e coloca as pedras
dentro, e o leva para o Ojubo de Sangó neste
barracão, somente após isso feito é que se faz a
matança do cabrito e o sangue é corrido em cima das
pedras dentro do Opon. Joga-se orogbo em frente ao
Ojubo, caso positivo, Sango aceito todas as
oferendas, todas as pessoas e presentes começam a
dar a matança levada.
O primeiro cabrito que se matou é o que é usado para
santificar o redor do assentamento, corta-se esse
cabrito em partes (picado) cozinha-se a cabeça
inteira, quando pronta essa sopa, assim como o
Amálá, pegam as 9 pedras macho em um prato
grande e em cima deste 9 Okutá, é feito um tipo de
recipiente para colocar o Amalá e sem seguida a sopa
a cabeça e os pedaços do cabrito e deixar no Ojubó
de Sangó.
Usa-se outros pratos, um com o feijão, alguns
pedaços da carne de cabrito, o outro tipo de feijão e
este deve ser colocado para outros Irunmolé. Para
Esú, serve-se amalá e a sopa e é colocado em frente
ao seu Ojubó, essa é a festa de Sangó, neste primeiro
dia pega um pouco de feijão (Ososo) e usa para
santificar o chão não pode se usar carne como parte
deste ritual pois, Sangó não come bichos que foram
mortos com ferro
Ayeye odun ati di ojó Asékágbá – A festa até o final :
Por 9 dias os cultuadores estão em festa, comendo,
bebendo e dançando sem trabalhar. Dentro desses 9
149
dias, qualquer pessoas que quer cultuar Sangó, tem a
oportunidade de fazer oferendas a Sangó, o último dia
é quando a pessoas que carrega o fogo na cabeça,
leva o fogo para frente da casa com cantigas e danças
em ritmo de Bàtá. Na tarde deste dia os elegun
Sangó, faz muitas magias na frente da casa do chefe
do culto, depois da festa o chefe do luto entra, joga
Orogbo e caso positivo, recolhem tudo do Ojubo de
Sangó,e elvam os restos para fora da cidade, onde
cavam um buraco e enterrar esses restos e assim se
encerra a festa.
150
- Igbin - 16
- Ètu – Galinha da angola
- Aké ewuré kan -
- Iyá odó kan – Pilão
- Osùn
- Abe Olúkondó – Tipo de navalha, objeto cortante
151
152
Oyá
153
Nigéria é chamado de ago - máscara), este material
continha buracos na região dos olhos e dois chifres. Oyá
guardava esse objeto debaixo de uma árvore chamada Igi
òbobó, escondido de todos. Quando chegava a hora em
que ela queria ficar de seus próximos, ia até esse lugar,
vestia esse objeto e sumia.
Nesta época, existiu um grande caçador de bichos na
cidade de Ifé, com nome de Olúkosi Èpé, pessoa de grande
índole. Este caçador, vai até Orunmilá para consultar-se e
o Odú que foi revelado para este foi:
154
caçador ouviu o conselho de Orunmilá e fez o ebó, no 7º
dia após o ebó o caçador sai para caçar na mata, ao
chegar embaixo da árvore resolveu descansar um pouco
em cima desta árvore.
Não demorou muito, quando este viu Oyá em baixo
dessa árvore e para sua surpresa esta mulher tirou o pano
que a cobria e coloca a mão dentro de um buraco nessa
árvore e retira o objeto de dentro (como uma máscara),
veste esse ago como se fosse um egungun e entra na
mata. O caçador então começa a olhar esta mulher e
quando esta se aproximou de uma árvore, tira essa
máscara, anda mais adiante, até que se encontra com seus
próximos. Ao ver que estava sendo observada, a mulher se
assusta o caçador desce da árvore e pega a máscara que
esta usava e leva para casa.
Ao chegar em sua casa, guarda essa máscara no teto.
Uma de suas esposas observa que o caçador havia
guardado algo, mas finge não ter visto nada, após guardar
sai novamente, dessa vez para se divertir. Ao anoitecer
Oyá se despede de seus próximos no Orun e volta para a
terra, quando chegou debaixo da árvore em que sempre
escondia este objeto não o achou mais, procurou em todos
os cantos e não encontrou. Começou a chorar sem saber o
que mais fazer.
A lenda diz que muito choveu neste dia e o chão
estava muito molhado, isso fez com que fossem reveladas
pegadas no chão. Oyá então começa a seguir as pegadas
de haviam no chão até chegar na casa deste caçador. Ao
chegar encontra o caçador em frente a sua casa o saúda e
senta-se junto a ele. Quando escureceu o caçador
pergunta a esta o que desejava, Oyá responde que
gostaria de dormir em sua casa, assim Oyá torna-se
esposa do caçador e dá a luz a nove filhos.
Certo dia Oyá e seu marido estavam sentados em
frente a sua casa e começaram a brincar. Oyá pergunta a
este se um dia, este esteve em caça e algo de estranho
155
ocorresse, como um grande caçador de bichos o que
faria?. O caçador respondeu que haveria várias alternativas
que este poderia inclusive tornar-se uma mosca, outro
animal que constrói casa de barro no chão e antes que
continuasse a falar sua mãe o calou e disse que este não
deveria contar tudo a esposa. E este não terminou a
conversa.
Oyá e a primeira esposa do caçador moravam juntas e
certo dia houve um desentendimento entre estas e o
caçador não estava em casa, as duas brigam a primeira
esposa diz a Oyá que embora estivesse vivendo ali todos
sabiam de sua vida dupla através da máscara apontando
para o teto, revelando assim o grande segredo do caçador
a Oyá. Oyá então teve certeza de que o caçador , marido
das duas, contou seu segredo a primeira esposa, subiu no
teto, pegou a máscara e começou a colocar água nesta
para que amolecesse tendo em vista sua confecção em
couro, para que pudesse vesti-la novamente.
Ao amanhecer, Oyá colocou esta máscara e
transformou-se em efòn (búfalo) e matou a primeira esposa
e seus filhos, depois disso, sai para encontrar seu marido
no mato e o encontra na mesma árvore onde esta
anteriormente guardava a máscara. Por sua astúcia, esse
caçador percebeu que não era exatamente um búfalo que
vinha em sua direção, e percebeu que era sua esposa que
havia se encantado em um búfalo, ao chegar neste lugar
começa a usar o chifre para tentar derrubá-lo, após algum
tempo o caçador desce da árvore e é perseguido pelo
animal. Quando falta pouco para alcançá-lo e matá-lo o
marido transforma-se em “iromi” um tipo de folha que flutua
na água. Esta perde a visão deste e fica a sua procura sem
saber que este estava encantado em sua frente , naquela
frente.
Não o achou e volta para casa, ainda transformada
em búfalo, encontra seus filhos que a viram começam a
fugir dela, percebendo que ainda continuava como búfalo,
156
transforma-se novamente em mulher, chama as crianças e
conta o que lhe aconteceu.
Após isso reza para eles, tira os 2 chifres que estava
naquela máscara e ordena que estes cultuem aqueles 2
chifres como se fossem um irunmolé em sua lembrança.
Disse também que ela deveria ser chamada de Oyá, a
partir deste dia Àrákà passou a ser chamada de Oyá e os
noves filhos que teve com este caçador chamam-se
“Íyasán”. Depois que Àrákà sumiu, seu pai chegou e os
filhos contam que sua mãe já virou um Irunmolé e que o
nome dela era Oyá, esse era o nome que ela pediu para
ser chamada, contam a seu pai que como pagamento pela
traição ele deveria providenciar as seguintes coisas:
157
animal de estimação pois foi o motivo que causou a briga
entre ela e a primeira esposa do caçador.
158
4.1 Não pode comer e cultuar carneiro
4.2 Não pode levar qualquer objeto com pele de
carneiro até o assentamento de Sangó
4.3 Não podem comer cachorro
159
6.3 Festa anual: A festa dura 9 dias, começa no 4º dia
da semana e termina no 4º dia seguinte, durando 9
dias.
Começo:
(a) Obi
(b) Orogbo
(c) Otútú òwú – Algodão fresco
(d) Afáraá – favo de mel
(e) Ewé Ilasa
Final:
160
retornar os cultuadores tiram todos os restos e levam
para enterrar em um buraco cavado próximo ao rio
que não seca no verão. Após estes serem levados,
voltam, jogam obi próximo ao ojubó e assim encerra-
se o festival.
161
162
Baáyànnì
163
Orunmilá pediu a Baáyànnì para fazer um ebó, neste
ebó deveria conter:
164
4. Àwon Aworo Baáyànnì – Cultuadores
165
Este é seu instrumento preferido, caso não tenha
basta apenas bater palma para que se contente este
Irunmolé.
166
167
Sònpònná
168
Orunmilá pediu a Sònpònná para que fizesse
determinado ebó, em sua vinda do Orun para a terra, ele
fez o determinado ebó e se estabeleceu na terra cuidando
e ajudando pessoas. O que surpreendeu Sònpònná é que
todas as pessoas que ele ajudava não agradeciam, e isso o
entristecia, ficando muito decepcionado, conta isso para
Ossanyn e dizia que iria parar de fazer o bem.
Osanyn o aconselhou a não deixar de fazer o bem ,
pediu para que os dois fossem até orunmilá para saber,
pede a Orunmilá para consultar o oráculo e o odu revelado
foi Osáturupon.
1. Sokoto Pénpé
2. Èwú pénpé
169
3. Igba àdó (cabaça pequena, como Ado ide usado em
Osún)
4. Ewé ifá
5. Osùn
170
3. Àmi Òrisá Sónponná – Simbologia
172
7.2 Ìli Ìlu – Não pode tocar qualquer instrumento de
toque ou sino em casa onde houver pessoas
doentes
7.3 Ara bíbu – Não pode usar Sònpònná para jurar
7.4 Orí Fífá – Não pode raspar a cabeça da pessoa que
sofre
173
entende bem e que fez o assentamento pode ter
acesso a este local .
174
escolher o dia que deverá ser no mesmo dia de
culto a Sangó e tem duração de 5 dias.
175
176
Nàná-Bùkúù
177
mais por ela assim como é difícil resolver seu problema
com Ogun.
178
2. Ipó Náná-Búkúù láárin Irunmolé – Hierarquia em
relação aos outros Irunmolés
179
É muito importante explicar o poder que igboná tem para
o conflito entre as pessoas. As lendas dizem que quando
os Irunmolés pediam o Poder de Olodumare para se
defender na terra, Náná-Búkúù pediu a Olodumare foi o
que poder para que este fizesse o Igboná, Olodumare
pediu a Náná-Búkúù para que providenciasse: Yánmòti,
Yérépé (urtiga), Osùn, elédè e Oká bábá.
Depois que Náná-Búkúù providenciasse os elementos,
pediu a Olodumare que juntasse estas 4 coisas para
causar a doença nas pessoas e Olodumare confirmo.
Todas essas coisas não foram feitas sem o conhecimento
de Orunmilá e foi ele quem pediu ou relembrou a Náná-
Búkúù para pedir o remédio contra o que esse mal
causaria.
Olodumare então dá a ela as seguintes coisas: Ewé
Odundun, Ewé rinrin e Tetê adáyebá, para quando
qualquer pessoa estivesse atacada com Igobná, explicou
que todas as folhas juntasse a banha de orí e dendê e
deveria ser chamado de eró (remédio), essa mistura
deveria ser ingerida e passado no corpo da pessoa. E foi
isso também que Orunmilá deu a soponna deu para curar
as pessoas.
180
6. Awon Aworo Náná-Búkúù - Cultuadores
181
podem ser os de Náná-Búkúù, fazem toda a
preparação, se a pessoa que não sabe encontra no
meio da festa, pensará ser uma festa para soponna
, no dia de seu culto e montado um tipo de assento
e neste assento é colocado tudo que é usado para
o culto.
182
ALGUNS IRUNMOLÉS QUE NÃO TÊM DIA ESPECÍFICO
DE CULTO
Apèré
183
184
185
Caso uma pessoa consulte Ifá e a esposa deste
homem esteja grávida, e o odu revelado foi o citado é que
essa esposa dará a luz a meninos e deverá se chamar
“Ajálá”, os babalaôs crêem que essa criança será filho de
Orunmilá, pois “Ajàlá” é a pessoa que modela os Orís para
Olodumare.
186
3.1 Ère Orí ènyian – devem ser feitos de madeira ,
erê da pessoa
3.2 Ilè Orí – Uma pequena casa , pode ser feita de
madeira
187
6. Èewo Orí – Interdições
7.1 Igbin
7.2 Àgbon – Côco
7.3 Obí
7.4 Àkuko – Galo
7.5 Òrúko – Cabra
7.6 Elédé – porco
7.7 Oyin – mel
7.8 Irèkè – caldo de cana
7.9 Eja Aborí – (peixe bagre)
7.10 Eyelé – pombo
7.11 Éwá – Feijão fradinho
188
ganhar neném, deve cultuar o orí para saber o destino
desta criança que irá nascer.
189
Edan
190
Após ter consultado Ifá, Orunmilá pediu aos mais
velhos em Ifé para que providenciasse os sguintes itens:
192
Assim, Edàn vem para a terra em Ifé, todas as pessoas
de Ifé agradecem a Orunmilá e desejam Boas vindas a
Edán recebendo-a de mãos abertas, a primeira coisa que
fez ao chegar foi pedir para que todos limpassem seus
sentimentos e que fariam o bem uns para os outros. Para
cada juramento deveria ser usado um dos itens:
193
Após terminarem o juramento de repetir as coisas através
de Orunmilá, Edàn coloca as mãos na cabeça dessa
pessoa e diz as seguintes palavras:
194
Assim, Edàn começa a purificar as pessoas que
moravam em Ifé até que os mentirosos, ladrões e traidores
morreram.
2.1 Edan
2.2 Molè
2.3 Iyá-Ayé
195
4. Àmi Edan – Simbologia
196
tipo de criança ao crescer pode pisar no
assentamento de Edan.
(b) Ibeji – Gêmeos , estes podem ir no assentamento
de Edan
(c) Ode – Caçador de bichos, pois todos os
caçadores conhecem egungun e conhecem Oro
(d) Babalaô – O Babalaô pode chegar no
assentamento de Edan sem ser Ilédi, pois os
babalaôs são representantes de Orunmilá e foi este
quem intermediou a vinda de Edan para a Terra.
197
7.3 Iyá-abiye – Cargo para mulheres
7.4 Elékun Mèfá
7.5 Asìpa – Aquele que sacrifica os bichos dentro do
culto
199
Ibejì
200
201
Até hoje se esse Odu é revelado para algum
consulente, os babalaôs dizem para que este não viaje
para outro país, acreditam que Olodumare não quer outra
coisa a estes a não ser fazendeiros, acreditam que será
uma pessoa de sucesso no plantio e colheita e que terá
gêmeos como filhos.
202
Èré – escultura de homem e mulher feitos de madeira e
pintadas com Osùn.
203
7.1 Èwá
7.2 Èkuru
7.3 Àkúko
7.4 Àgbon
7.5 Ìréke
7.6 Òlèlè
7.7 Èko
Por não ter dia específico de culto e não ter uma festa
específica, a única forma de cultuá-los é através de
sugestão, consulta ao oráculo ou sonho. De qualquer forma
eles quem dizem o que querem e a forma como querem ser
cultuados, como já dito não possuem assentamento,
quando se quer cultuá-los deve ser feito junto a escultura
dos êres.
204
205
Òdú
206
Orunmilá prometeu casar-se com Òdú e não casar-se
com mais ninguém enquanto estes vivessem juntos como
marido e mulher no Orun, não tinham nenhum problema,
briga ou discussão e Olodumaré abençoou o
relacionamento deles. Depois que Orunmilá veio para a
terra, ele e sua esposa Odú renovam sua promessa para
que o marido morasse na terra e ela no Orun.
No início não teve nenhum problema e Olodumare deu
a Orunmilá a responsabilidade de organizar o Aye. Odú
veio visitar seu marido no Aye sempre que nenhuma
criatura humana a pudesse ver e também esta não se
mostrava a nenhum outro Irunmolé, somente seu esposo
207
que a vê, pois Òdú se chamava também “Èléhàá”, por isso
até hoje, entre os Babalôs Odú é a primeira mulher que foi
trancada dentro de sua casa e não podia mostrar-se a
ninguém, e foi seu esposo Orunmilá que fez isso com ela
para que ninguém pudesse vê-la.
Após muito tempo vivendo separada de seu marido,
Orunmilá quebrou o compromisso de não casar com
nenhuma outra mulher, quando Odú soube deste fato, Odú
não aceitou que nenhum dos Irunmolés Intercedesse,
chama orunmilá e decretou para que estes pudessem viver
juntos:
208
3. Àmi Irunmolé – Simbologia
209
6.2 O homem que não iniciado para Ifá, não pode ver
Òdú. E para um homem poder conhecê-la deve
providenciar as seguintes coisas:
(a) Obí (não o de 4 gomos)
(b) Igbin
(c) Obi gidi (4 gomos)
(d) Opolopo – grande quantidade de comidas,
especialmente Iyán
6.3 Não pode vestir roupa
6.4 A comida usada para o culto de Odú é o Purê de
Inhame
6.5 Não e pode usar outra coisa para a sopa de Òdú
a não ser banha de Orí
6.6 A Casca do Igbin deve ser usada como pote
6.7 Somente os homens já iniciados para Ifá podem
cozinhar a sopa de Òdú, é proibido para
mulheres fazer a sopa de Òdú.
210
Caso seja uma festa: O chefe do culto quem escolhe o dia
da festa e devem ser providenciados:
1. Obí ewure
2. Opolopo igbin
3. Ori (banha de ori)
4. Isu – Iyán cru
5. Obi-Yóbi
Após providenciar essas coisas o sacerdote, reza, joga o
obí e Awise (babalaô) quem mata os bichos para òdú e os
homens que já são iniciados para Ifá cozinham a sopa e as
mulheres preparam o Iyán. Após a comida pronta o Oluwo
santifica o chão e joga Obí.
Neste dia todos os homens que vão ao ojubo de Odú,
não podem vestir calça. O chefe do culto também não pode
somente um pano cobrindo e de cor branca. Caso o Obí
responda de forma positiva é porque Òdú aceitou as
oferendas e começa a festa.
211
Òluwére
212
Qualquer árvore que tenha esse tipo de espírito é
considerada Iroko. Através do oráculo de Ifá que o Babalaô
descobre este tipo de árvore, onde este chefe está
morando. Quando Ifá mostra essa árvore estas são as
coisas que são levadas até ela:
2. Ojubo oluwere
213
É a árvore de Iroko onde habita Oluwère, que é
considerado seu assentamento, é neste lugar que as
pessoas que estão querendo algo dele, devem cultuá-lo,
essas são as coisas que dêem constar em seu
assentamento:
3.1 Iyán
3.2 Akuko adie
3.3 Obé osiki
3.4 Ewa
3.5 Ekuru
3.6 Awon ippanu
3.7 Obi gidi
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