Índice
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1.Introdução .................................................................................................................................... 3
1.3.Metodologia .............................................................................................................................. 3
3.Conclusão................................................................................................................................... 13
4.Bibliografia ................................................................................................................................ 14
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1.Introdução
A intersecção entre o desenvolvimento pessoal e a psicoterapia tem sido uma área de grande
interesse e pesquisa dentro do campo da psicologia. Ao longo das décadas, diversas abordagens
terapêuticas têm contribuído significativamente para o entendimento e promoção do
desenvolvimento pessoal dos indivíduos, oferecendo ferramentas e estratégias para lidar com
desafios emocionais, comportamentais e relacionais.
Este trabalho propõe-se a explorar as contribuições à terapia psicológica, com foco em duas
áreas fundamentais: o desenvolvimento pessoal e a metodologia da psicoterapia. Inicialmente,
examinaremos como a psicoterapia influência o desenvolvimento pessoal dos indivíduos,
explorando os princípios e técnicas que promovem o crescimento emocional, a resiliência e a
autenticidade.
1.2.objetivos específicos
1.3.Metodologia
Como método para a realização do nosso trabalho foi uma consulta bibliográfica e uso de
internet.
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A terapia psicológica é uma área ampla e diversificada, composta por uma variedade de
abordagens teóricas e práticas. As contribuições à terapia psicológica são vastas e podem ser
categorizadas de várias maneiras.
Como produto de nossas observações, a partir das teorias e técnicas de Rogers (Barros Santos,
1968) foi possível inferir que algumas diferenciações teóricas e operacionais estavam se
revelando úteis e que poderiam ser classificadas como urna posição neo-rogeriana. Tais
distinções são mais sensíveis nos seguintes pontos:
1º) Do ponto de vista teórico, a tendência ao crescimento e a auto-realização proposta por Rogers
como fundamental na motivação humana é sensivelmente ampliada com a busca de auto-
afirmação, isto é, a necessidade básica do ser humano em sentir-se alguém, em existir e em
mover-se como pessoa em um mundo que é seu.
2º) As três condições necessárias e suficientes para terapia propostas por Rogers são colocadas
de forma um tanto diferente, ou seja: a congruência e a autentiddade são mantidas e até mesmo
enfatizadas no sentido de ser o terapeuta uma pessoa clara e transparente ao cliente, vivenciando
suas experiências e seus sentimentos e expondo-os ao cliente sempre que este desejar conhecê-
Ios; a aceitação ou consideração positiva incondicional é pouco enfatizada pois sua ocorrência
pode significar um conformismo pouco pragmático ou um artificialismo que se opõe à
congruência ou autenticidade; a empatia é consideravelmente reforçada e ampliada como sendo a
mais eficaz das três condições.
imagem de si é percebida como algo incerto; há um sentimento de incapacidade ou, por outro
lado, de injustiça, insegurança ou de medo.
Actualmente, com a ênfase nos direitos humanos, nos conceitos de liberdade individual e de livre
opção, para não se falar na, teologia do prazer, os caminhos terapêuticos parecem abrir-se no
sentido de considerar normal, útil ou desejável aquilo que assim parece à pessoa. Dá-se a esta a
opção e, em consequência, a direcção do processo assistencial nem sempre se destina a "curar".
O alvo transforma-se em desenvolvimento pessoal, no sentido de mobilizar ou de ampliar. Os
recursos humanos, facilitando à pessoa uma vida mais fértil e mais agradável. O bem-estar, o
prazer, a consciência de ser-se alguém e a eliminação de barreiras ou atritos passam a ser a tónica
do processo. Esse sentimento parece resultar de um balanço final que a pessoa faz de seu papel
na vida, face às expectativas que derivam dele e dos outros e de seu desempenho, ou seja, da
maneira como efectiva seu papel.
Como assinala Karasu (1979), o repertório de teorias e técnicas psicoterápicas tem-se avolumado
e se categorizado em modelos freudianos, neofreudianos e não-freudianos. Uma explosão de
formas terapêuticas vem ocorrendo, das quais são exemplos a terapia "racional" de Ellis, o
"realismo" de Glasser, o "grito primal" de Janov, a "terapia orgástica" de Reich, o "sentido da
vida" de Frankl, a . Inibição recíproca" de Wolpe e até a "meditação transcendental", para citar
apenas algumas.
descritos por vários autores (Pennington, 1954; Ford, 1963; Sundberg & Tyler, 1963; Wolberg,
1977) .
A avaliação supra referida é um processo habitual de vida, efectuada a todo momento e tende a
ocorrer com mais profundidade em situações de terapia. Consciente do julgamento que ocorre no
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cliente, pode o terapeuta facilitar essa avaliação através de reflexões de ideias e sentimentos e de
comentários esclarecedores sobre:
Seria possível argumentar que o processo de avaliação facilitado pelo terapeuta venha a se
contrapor às três condições propostas por Rogers, particularmente às que se referem à
consideração positiva e incondicional e à empatia. A divergência assim suposta não ocorre,
porém, uma vez que a avaliação é realizada pelo cliente. O terapeuta, no decurso do processo,
sente que o cliente está se avaliando e sua função é reunir os dados e as interpretações deste
originárias e abrir caminho para que o cliente reveja as razões de seus pensamentos, sentimentos
e acções e os intérpretes sob outras ópticas encontrando explicações menos traumatizantes para
os fatos que considera. O papel do terapeuta é o de oferecer, como hipóteses, várias
interpretações alternativas focalizando a dinâmica de necessidades e motivos que fluem no
cliente e as defesas que vem utilizando para satisfazê-los.
confrontação. Não se trata de uma simples aceitação de si mesmo, de acordo com a posição
rogeriana, mas de um julgamento muito profundo em que as acções e a conduta geral são
revistas, com dois sentimentos paralelamente dispostos:
Com base no material verbal apresentado pelo cliente, o terapeuta faz comparações entre seu
desempenho e as barreiras ou dificuldades que enfrenta. Essa intervenção consiste, de um lado,
em vivenciar com o cliente as experiências positivas ou negativas que enfrentou e os recursos de
que dispunha para agir.
O terapeuta procura despertar as fantasias do cliente e seu nível de aspirações. Nesse momento o
cliente faz um julgamento de si mesmo no que se refere a seu futuro. Surgem imagens sobre o
sentido de vida que colocou para si mesmo ou, o que é mais comum, ausência de um sentido.
Esse sentido não é apenas um objectivo, tal como entrar em uma faculdade, arranjar um
determinado emprego, viver harmoniosamente com o esposo, esposa ou filho, com o chefe ou
com os outros, usufruir melhor a vida sexual ou, como me disse um adolescente certa vez: "meu
único problema é ter uma moto". Não se trata de manipular esses fatos na sua superfície, nem no
seu aspecto operacional, mas no significado que o alcance desses objectivos tem para sua própria
avaliação como pessoa.
ou a concordância de sentimentos são fatos reais da vida e por isso são essenciais à relação
psicológica. O que diferencia essa relação da vida real é a ausência de imposições, luta, domínio
ou submissão. Cada um, psicólogo e cliente, tem sua individualidade e podem pensar igualou
diferentemente sobre os mesmos assuntos, com base nas percepções e vivências de cada um.
Esse é o agente positivo que provavelmente facilita à pessoa sua auto-afirmação.
A aceitação do outro como ele é, deslocando-se o foco referencial do terapeuta para o cliente,
entendendo seu comportamento em função da pessoa que ali está, é o procedimento básico
rogeriano. Essa condição porém, embora teoricamente compreensível, é praticamente rara, senão
na totalidade, pelo menos na maioria das actuações dos psicólogos, conselheiros e outros
profissionais. Vê-se constantemente, até nas discussões técnicas e na conversação normal, como
o psicólogo julga seu cliente e o está sempre julgando.
5. O processo terapêutico é, sobretudo, uma revisão de. Critérios, não no sentido de ignorá-los,
mas na direcção de um foco auto-referente. A pessoa muda no sentido de tranquilizar-se, quando
faz um cotejo de suas próprias potencialidades e das barreiras que enfrenta; quando verifica em
si mesmo suas aspirações e suas necessidades e as confronta com seu nível de realização. A
função do psicólogo é permitir que essa confrontação se faça de forma "consistente com a self",
porém muito mais activa. Se o cliente verbaliza, por exemplo, "fracassei nos meus estudos", ou
"fracassei no meu casamento" ou no "meu trabalho", esse "fracasso" é explorado pêlo terapeuta
em função dos agentes que promoveram esse fracasso; o enfoque cognitivo e racional conduz,
posteriormente, ao enfoque emocional. Parte-se do cognitivo para o emocional e não deste para
aquele.
Beck e Rush, 1978), com as técnicas rogerianas (Rogers, 1951, 1978; Hart e Tomlinson, 1970),
com os procedimentos existencialistas (May, 1977) e logoterápicos (Frankl) e provavelmente
com procedimentos comportamentalistas (Lazarus, 1972, 1977). Não se trata de uma simples
mistura de métodos, mas de um conjunto integrado e coerente de atitudes e de intervenções, que
caminham em uma direcção definida, isto é, na exploração, pelo cliente, do que representa, para
ele, o seu EU, e a abertura de espaço para que ele encontre sua individualidade e sua pessoa, para
que avalie suas limitações e suas possibilidades e o resultado de suas actuações vivenciais dentro
dessas coordenadas, ao mesmo tempo em que define, para si mesmo, um sentido de vida e as
razões para existência. A orientação terapêutica é essencialmente baseada na auto-afirmação e
nisto se diferencia das demais teorias e técnicas psicoterápicas. Opera-se em uma visão
humanística da pessoa, em que o indivíduo, como pessoa, é o foco principal, embora possa haver
frequentes referências a aspectos particulares do comportamento os quais são entendidos na
situação organísmica e global da pessoa, no seu contexto existencial.
7. A posição terapêutica, tal como a sentimos, pode envolver, também, um questionamento dos
valores vigentes, sejam educacionais, profissionais, familiares ou pol1ticos, não no sentido de
oposição pura e simples, mas na acepção de confrontá-los com as necessidades e os motivos do
cliente, quer pessoais, quer como componentes de grupos ou instituições. Não se restringe
unicamente à pessoa, pois estaríamos, se assim fosse, tratando-a em um mundo particular,
alienando-a das contingenciais sociais e ambientais. Por essa razão, a personalidade do cliente e
suas reacções comportamentais são relacionadas com todos os agentes externos que o cercam; o
domínio de seus pensamentos e acções é ampliado e discutido face às pressões, valores,
necessidades e expectativas sociais. O distúrbio psicológico é visto mais como algo resultante de
raízes sociais e a pessoa do cliente e seu Eu pessoal são confrontados com essas exigências e
características culturais, económicas e até ecológicas, sem se perder de vista a pessoa do cliente e
sua individualidade. Facilitar a percepção de si mesmo, do papel que como pessoa ela reserva a
si mesma e assim define sua vida, é o alvo básico.
Muitas observações, originárias de outros autores, parecem conformar a dinâmica do processo tal
como a vemos, ou seja:
Mais adiante diz Pages que a terapia produz modificações na maneira como a pessoa se julga,
permanecendo inalterados seus valores. O cliente passa, em função da terapia, a reconhecer seus
próprios valores, a torná-Ios seus, o que exclui a resignação e a indulgência consigo como
produtos da terapia. Nesse caso, a nosso ver, ocorre o processo de auto-afirmação: o cliente passa
a sentir-se como pessoa e a reconhecer seu potencial e suas limitações, sem efeitos traumáticos.
Cremos, pois, que a resultante terapêutica é a auto-afirmação, embora não seja esse factor assim
identificado por Rogers ou seus comentaristas.
3.Conclusão
4.Bibliografia
Rogers, C.R (1978) Sobre o Poder Pessoal, Tradução. São Paulo: Marrins Fontes.
Frankl, V.E (1980) Psicoloterapia e Sentido de Vida. Tradução. São Paulo: Quadrantes, s/data.
Franks, C.M. & Wilson, G.T. (1980) Annual Review ofBehavior Therapy Theory & Practice.
Nova York: Brunner - Mazd.
Pennington, L.A. & Berg, I.A. (1954) An Introduction to Clinical Psychology. Nova York: The
Ronald Press.
Pages, M. (1976) Orientação Não Diretiva em .Pslcoterapia e PsicologIa Social. Tradução. Rio
de Janeiro: Editora Forense.