Direito Constitucional - 1º Teste
Direito Constitucional - 1º Teste
Direito Constitucional - 1º Teste
Constituição
Material: deriva das tradições, Formal: documento escrito com autor e data.
essencialmente descritiva: delimita o poder, Surge no séc. XVIII, na sequência das revoluções
território e o povo sem existir um liberais, coloca num texto escrito as respostas as
manuscrito. problemáticas internas. Só há em comunidades
politicamente organizadas.
Sentido Amplo;
Sentido restrito
Constituição:
Estado
O Estado é, portanto, anterior à Constituição, é um pressuposto da Constituição.
Os elementos constitutivos do Estado são 3:
Constitucionalismo-Caso americano:
Aspetos da constituição:
Federalismo:
1. Poder Constituinte de cada Estado;
2. Vontade política resulta da agregação dos poderes políticos dos Estados
Federados
3. Senado: igual representação dos Estados: 2 senadores por Estado
4. Aditamentos à Constituição têm de ser aprovados por 2/3 dos membros
das 2 Câmaras e ratificados por ¾ dos Estados.
Direitos Fundamentais:
5. Liberdade de culto, de palavra e de imprensa,
6. Direitos de reunião e de petição
7. Direito ao uso e porte de arma
Projeto constitucional
8. Inviolabilidade do domicílio
agrega catálogo de
5,6,7 e 8: Garantias do processo penal
direitos fundamentais e
13. Proíbe a escravatura
forma um poder político
organizado;
15. Garante o direito de voto independente da raça;
Separação de poderes
✔ Poder executivo cabe ao Presidente;
✔ Poder legislativo cabe às 2 Câmaras do Congresso;
✔ Mútua fiscalização entre os poderes executivo e legislativo:
o Presidente pode vetar leis e dirigir mensagens ao Congresso;
o Alguns atos do Presidente dependem de autorização do
Congresso;
Constitucionalismo-Caso francês:
Constitucionalismo-Português:
Revisões Constitucionais:
o Tratado de Maastricht
o Revisão extraordinária,
o Revisão cirúrgica da Constituição – Artigo 7º/6
o Possibilidade de cidadãos europeus votarem em Portugal;
4º 1997:
o Desconstitucionalização de vários aspetos da organização política;
o Reforço de mecanismos de participação dos cidadãos;
5º2001:
6º2004:
7º2005:
Ex:
Maria Lúcia Amaral diz que a Constituição deve limitar o exercício do poder
político para que este respeite a autonomia e a liberdade dos indivíduos- Sentido
Material.
Poder Constituinte:
Constituição deve ser interpretada num quadro de globalização. Esta está rodeada
por um conjunto de normas que têm relevância constitucional apesar de não
estarem formalmente na Constituição, esta inserida numa rede de regulações
constitucionais: Inter-Constitucionalismo e Constitucionalismo multinível.
Ex: Artº 16 faz alusão a Declaração dos Direitos do Homem: apesar de não estar
formalmente na Constituição continua a ter relevância Constitucional.
Lei da Nacionalidade- Artº 3,4, 5 : 2 modos de adquirir:
a) Aquisição originária:
Artº122- só cidadãos portugueses de origem podem se candidatar a
presidente da República- única que os distingue;
b) Aquisição não originaria:
Local onde nascem e descendência define a nacionalidade.
Para Portugal sempre foi mais importante “Iús sol” (onde nascemos), mas
atualmente combina com “Iús sangunis” -ascendência portuguesa.
Elementos interpretativos:
Princípios Regras
N a t u r e z a P o d e d a r r a i z a Limitam-se a si mesmas;
Normogenetica outros princípios.
Regras: Normas com comandos concretos, diretamente aplicáveis , como estas são
abstratas o seu sentido apreende-se quando aplicado a um caso.
Princípio da
Num Estado de Direito há primazia do Direito sobre o Estado, proibindo o uso
arbitrário do poder. Este garante as liberdades Fundamentais e a separação de
poderes. Deste modo, quem exerce autoridade está obrigado a exercer o poder
nos estritos limites das normas jurídicas existentes, de modo que os cidadãos
possam antever as consequências jurídicas das suas ações. Para tal os poderes
públicos tem de estar vinculados a uns princípios materiais;
Elementos materiais:
Este princípio decorre de ouros elementos materiais- era impossível afirmar que a
dignidade humana e autonomia individual constituem princípios da República se não
garantissem antivissibilidade.
Estado de Direito:
● Proibição de pré-Efeitos:
● Proibição da Retroatividade:
Normas devem produzir efeitos para o futuro- ex nune- contudo o Direito pode
também afetar situações jurídicas que se constituíram no passado- efeito ex tunt-
ação de modificar o que já foi realizado, por isso ela se torna uma exceção. (EX: A
e B casam-se em 2000 podem aplicar leis de 2022 relativamente ao divórcio).
Em suma:
Quando uma norma produz efeitos para o futuro em situações que constituíram no
passado. Retrospetividade pode ser gravosa para os destinatários. Assim, com o
intuito de os proteger evocamos o princípio da proteção da confiança.
Pode-se apelar a este princípio (para uma norma que sofra de inconstitucionalidade
por retroativa ou retrospetiva), quando:
Acórdão 287/90 TC
Princípio da proporcionalidade:
● Deve haver um equilíbrio entre a decisão estadual e o fim que ela prossegue.
As vantagens obtidas por todos através da medida estadual devem ser
proporcionais as desvantagens que tal medida tenha causado. Atuação dos
poderes públicos devem ser equilibrados, respeitando a justa medida.
Art 18º/2
Art 19º/4 Tribunais num Estado de Direito podem sancionar
Art 266º/2 o Estado , quando este atua de uma forma
Art 272º/2 excessiva, desproporcionalmente.
3. Princípio da Igualdade:
o Comprometido com a justiça e intimamente ligado ao princípio da dignidade
da pessoa humana.
o Consagrado no Art. 13º pressupõem por um lado:
a) Igualdade formal: Lei é igual para todos, todos são iguais perante a
lei. Mas, isto pode gerar injustiças.
b) Igualdade material: devemos tratar por igual os iguais, e de forma
desigual os desiguais, na medida da diferença.
Elementos formais:
Poderes:
Normas jurídicas: Normas emanadas por órgãos com competência para o efeito;
Tribunal constitucional é um legislador Negativo, não cria normas, mas tira estas
do ordenamento ou evita que sejam decretadas normas que pareçam de
inconstitucionalidade.
⊗ Princípio Democrático:
✔ Relação muito estreita entre o Estado de Direito e democracia.
✔ Constituído por 2 formulas
o Marxista: do povo, pelo povo e para o povo.
Estado de Direito é legitimo, pois o poder resulta de uma escolha do povo, titular
do poder soberano- Artº3/1nº1 - Os direitos fundamentais só se realizam
cabalmente em democracia.
⊗ Princípio da Sociabilidade:
Artº2:Estado Social (democracia económica, social e cultural)
Controlo da Constituição:
Tribunal constitucional:
Efeitos:
● Invalidatório;
● Retroativos: apagar os efeitos produzidos pela norma;
● Repristinatórias: recuperar uma norma do sistema jurídico que a lei
que foi
considerada
Casos em que essa norma era mais favorável, não se volta a
inconstitucional
rever art.282nº4. Ou quando há uma acumulação destes
tinha
efeitos leva oTC afastar as consequências;
“substituído”-
vigora a norma
inicial;
Efeitos da Fiscalização:
✔ Desistir;
✔ Expurgar;
✔ Reformular
Sucessiva-Artº281
o Após a entrada em vigor do diploma (norma perfeita).
o Qualquer norma pode ser objeto desta fiscalização;
b) Fiscalização concreta:
o Em casos concretos;
o Aproxima-se do modelo norte-americano;
1º é Difusa:Artº204. Pode ser:
● Concreta sucessiva difusa:
Qualquer Tribunal executa um processo de fiscalização concreta.
Quando num caso é aplicado uma norma que suscite duvidas de
constitucionalidade. Tribunais não recorrem para o TC, pois eles próprios
fazem a fiscalização:
▪ Aplicam a norma;
▪ Desaplicam a norma;
Caso aplique a norma considerando que a inconstitucionalidade não é
relevante ao caso, vai a recurso ao tribunal na instância superior, caso se
mantenha a aplicação desta pode ir ao TC-280 nº1/B. Caso não aplique a
norma devido a inconstitucionalidade, vai de imediato ao TC.
o Ministério Público;
o A parte a que haja suscitado inconstitucionalidade;
Recurso ao TC:
REVISÃO CONSTITUCIONAL
a) Razões estruturais:
DLG: direitos de conteúdo constitucionalmente determinável.
DESC: direitos a prestações sujeitas a determinação política.
b) Razões ideológicas
Ex: Direito a propriedade Privada Artº62: esta na parte de Direitos económicos, mas tem
natureza análoga com DLG, pois pressupõem a não interferência do Estado, caso interfira
h
(coletivização para o bem comum) tem de dar uma compensação
Suspensão de Direitos:
Em caso de Estado de Sítio ou Estado de Emergência (Artº19), declarados
na forma prevista na Constituição.
A declaração de Estado de Sítio é da competência do PR, que tem, de ouvir
previamente o Governo e de ser autorizado pela AR, carecendo ainda de
posterior referenda ministerial;