jicldsçvjcd
jicldsçvjcd
jicldsçvjcd
1. Constitucionalismo liberal;
2. Constitucionalismo antiliberal;
3. Constitucionalismo para-democráticos e democráticos.
A revolução em vila franca (designada por vila francada) em 1823 impôs a cessação de vigência
da constituição. E um ano depois na Abrilada, D. Miguel é levado ao exílio.
Poder legislativo:
Pertence às cortes;
Os diplomas das cortes precisam da aprovação do rei – sanção régia;
Os ministros eram da confiança do rei – o poder executivo pertencia ao rei;
Sistema de monarquia limitada, mas quem assumia a responsabilidade dos atos do rei
era o ministro que fazia a referenda desses atos;
Em 1837 elegem-se novas cortes constituintes que aprovam uma nova constituição em 1838 –
permite ao rei dissolver as cortes. Baseia-se no modelo orleanista.
Mais tarde é derrubada a primeira república e instala-se a ditadura militar entre os anos 26 e
33. A partir de 33 Portugal é governado pelo Estado Novo.
O presidente da república;
A assembleia da república;
O governo;
Os tribunais;
O concelho da revolução
Entre os anos 1976 e 1989 não existe uma única nacionalização aliás, durante este período
assistiu-se a um processo de privatização de empresas estatais.
Identidade de valores/axiológica;
Identidade estrutural;
A relação da CRP com os seus antecedentes nacionais e a influência que outras
constituições estrangeiras tiveram nas normas da constituição.
Também um ato de vontade ou um costume contrário á lei podem alterar uma ordem;
a mudança pode conduzir a uma outra constituição material. Na transição constitucional
muda-se a identidade material da constituição.
O estado de direitos humanos é o estado que se alicerça na pessoa humana e tem como
valores principais a liberdade, a dignidade e a justiça – que também funcionam como limites
ao poder. O estado de direitos humanos é um estado de direitos fundamentais e é constituído
sobre a dignidade da pessoa humana como a pedra angular e o respeito por essa mesma
dignidade. O que caracteriza o estado de direitos humanos?
- Normas constitucionais têm uma ética reforçada, uma força jurídica própria: as normas são
dotadas de aplicabilidade direta e vinculam todas as entidades públicas e privadas (art.18º,
nº1, CRP);
A soberania popular;
O pluralismo de expressão e organização política: revela a natureza aberta e
participada dos projetos de concretização do modelo constitucional, segundo um
princípio de tolerância e, perante a diversidade e o relativismo de diferentes visões e
opiniões concorrentes que a democracia sempre envolve, á luz de uma metodologia
expressa na ideia de consenso de sobreposição, tudo sem prejuízo da prevalência da
ordem de valores decorrente do respeito pela dignidade humana e por uma cultura de
vida;
O respeito dos direitos e liberdades fundamentais;
Separação e interdependência de poderes.
Modelos de democracia:
- Revisão constitucional;
Pluralismo
- Igualdade de oportunidades;
Não há pluralismo sem o respeito dos direitos fundamentais e vice-versa. Liga-se á legitimação
democrática de poder que depende dos partidos. O pluralismo está subjacente na organização
do poder e na organização participativa. Estado e cultura ao serviço da pessoa humana.
Juridicidade
Bem-estar
- Portugal insere-se no contexto internacional (carta das nações unidas; DUDH; DIPúblico
comum imperativo para todos os estados – ius Cogens).
- Portugal é um dos estados livres que integram a EU; é uma heterovinculação mas de base
autovinculativa pois existia uma vontade de Portugal em fazer parte da EU. No plano
internacional não existe essa autovinculação. O Direito internacional é aplicado mesmo contra
a vontade das nações.
- Europeização:
Portugal tem o poder de definir a competência das competências dentro dos seus limites
territoriais; o estado é quem define a competência das competências inferiores;
- Fiscalização da constitucionalidade e da legalidade por parte dos tribunais que são do Estado.
- A autonomia regional;
O primeiro dos dois princípios significa que o direito do estado tem primado nos direitos e
normas de outras entidades públicas (art.205º, nº2 CRP). Também, os estatutos das regiões
autónomas são uma lei da AR. As leis de bases (diplomas legislativos da república que definem
princípios estruturantes das regiões). E ainda existem igualmente os regulamentos do governo
(241º CRP).
O segundo destes princípios está consagrado no art.228º, nº2 da CRP e diz-nos que mesmo nas
matérias atribuídas aos entes infra-estaduais públicos, caso estes não elaborem normas sobre
essas matérias ou se essas matérias forem elaboradas e possuírem lacunas ou a solução por
elas elaborada é ilegal, aplica-se o direito do estado.
IDENTIDADE ESTRUTURAL
A constituição é compromissória:
- Em termos genéticos;
- Em termos normativos;
- Em termos aplicativos;
- Em termos político-procedimentais;
- Tem ainda uma abertura normativa, pois a constituição pode atribuir valor constitucional a
outras normas. Ex: art.8º, nº1; art.29º, nº2; art.8º, nº4; art.33º, nº5; art.16º, nº1.
- Existe também uma abertura política á alternância democrática. Uma maioria pode ser
substituída por outra; a participação dos cidadãos na vida política contribui para esta abertura;
e frisa-se também a liberdade conformadora do legislador – art.209º/nº2 CRP;
- A constituição encerra uma grande complexidade na interpretação dos seus conceitos, pois
há princípios gerais que postulam conceitos indeterminados e vagos – existem conceitos
pressupostos pelo legislador constituinte: a CRP serviu-se da linguagem existente que revela
conceitos anteriores á CRP. Ex: capacidade jurídica, menor e casamento.
Há conceitos constitucionais que remetem para as leis (art.4º; art.41º, nº6 – há conceitos que
remetem para normas extrajurídicas. Ex: vida humana (art.24º); método de Hond;
- Existe também uma abertura implementadora: normas constitucionais que não são
exequíveis por si mesmas. Ex: objeção de consciência nos termos previstos na lei.
Limites á abertura da constituição:
Constituição transfigurada
- Ao longo de 47 anos de vigência da constituição, ela pode ter sofrido uma transição
constitucional;
Manifestações de transfiguração:
IDENTIDADE RELACIONAL
- Todos nós temos um apelido que nos liga aos nossos pais. Também nas constituições se passa
o mesmo (tem fontes e influências históricas).
- Inserção teleológica;
O poder é uma disponibilidade de meios para atingir um certo fim. A ideia de poder
está ligada a uma imposição bilateral, pode impor aos outros um comportamento. Envolve
imposição, autoridade e o pressuposto de dever e de obediência.
O poder político é uma atividade humana que pertence aos seres humanos e tem o propósito
de conquistar, manter e exercer esse mesmo poder. Ao poder político compete a definição das
opções essenciais da coletividade.
Temos assim uma tripla aceção da separação de poderes. A violação deste princípio
gera inconstitucionalidade orgânica – viola o funcionamento dos órgãos.
- As decisões dos tribunais gozam sempre de prevalência sobre todos os demais órgãos –
205º/2º - resultado evidente do estado de direito democrático e da independência do sistema
judicial;
- Dentro das próprias forças armadas, que tem como comandante supremo o PR.
Todos os órgãos têm sempre uma autonomia para definir como se organizam (198º/2º
e 175º/ al.c)).
Princípio da responsabilidade
- Política;
- Civil;
- Disciplinar;
- Financeira;
- Criminal
Limites:
- Art.216º/nº2.
Princípio maioritário
Quando a CRP atribui competência, o seu destinatário pode exercê-la ou não. Quem
tem competência para praticar um ato, tem competência para revogá-lo e para não o praticar.
Mas há limites:
2. Princípio da renovação
Ninguém é titular vitalício do poder. Há limites á renovação dos mandatos. Uma única
exceção é o caso dos membros do conselho de estado. A realização periódica de eleições
decorrente da exigência da legitimidade democrática imprime um limite á renovação dos
mandatos – resulta do 118º/1º. Os detentores da soberania não são os titulares de cargos
políticos, mas o povo, razão pela qual a autoridade daqueles é sempre efémera.
Quem exerce poder, para além de poder ter prerrogativas próprias para o exercício
desse poder, pode também estar sujeito a um conjunto de deveres e onerações. As situações
funcionais são limitadas por:
- A proporcionalidade;
- A igualdade;
- A imparcialidade;
Estas situações são inerentes á dignidade do cargo. Logo não são renunciáveis.
Quem exerce funções públicas não pode abandonar o exercício dessas mesmas
funções. Quem assume uma responsabilidade de assumir uma função tem dever de diligência.
Tem sempre que existir a continuidade das funções governativas. Mesmo perante um pedido
de demissão jamais o PM demissionário pode deixar de executar o seu dever institucional. O
interesse coletivo goza de imperatividade e prevalência sobre o interesse demissionário
privado.
Podem existir renúncias aos cargos políticos. A renúncia exige uma aceitação (art.195º,
nº1, al. b)) e, isto deve-se ao facto de se garantir a continuidade dos serviços públicos.
Ninguém pode ser obrigado a exercer funções quanto ao próprio cargo – envolve uma
declaração expressa.
As fontes que são elaboradas pelo pp são intencionais. O exercício do pp faz-se sempre
“segundo as formas previstas” ou “nos termos” da CRP – a atribuição ao povo da sede da
soberania (art.3º/nº1) e da titularidade do pp., não envolve a sua disposição de forma
anárquica ou ajurídica.
A soberania popular encontra-se, deste modo, conformada e organizada por uma ordem de
direito constitucional: não há relevância jurídica da soberania popular fora dos quadros
definidos pela CRP, razão pela qual, em vez de uma democracia popular sem lei, o pp se
fundamenta numa democracia constitucional. O pp está subordinado á lei (art.3º/nº1).
Manifestações do pp formal – a vinculação do pp á CRP:
- Existe um pp informal. Há uma norma não escrita pela qual é o poder constituinte soberano
do povo “que não só cria a constituição positiva como a sustenta e lhe confere validade, e não
ela que sustenta e confere competência ao poder constituinte e lhe fixa quaisquer limitações”.
Sieyes: a nação identificada com o povo e dotada de uma vontade comum, existe antes de
tudo e é a origem de tudo: a nação tem o direito exclusivo de fazer a Constituição e a sua
vontade “é sempre legal”, pois personifica a própria lei. A nação, sendo “sempre senhora de
reformar a Constituição”, pode exercer esse direito independentemente de qualquer forma ou
condição, nunca lhe sendo possível renunciar á qualidade de nação, nem se vincular a ser de
determinada maneira: “a vontade comum não pode autodestruir-se”;
- É um equívoco que a CRP tenha uma força normativa ilimitada; depende do grau de
obediência dos seus destinatários;
- É hoje um mito a “omnipotência” da CRP – a CRP nacional não é a única fonte de Direito (o
costume e o DInternacional e o DUE regulam também o pp.);
- Por outro lado há um poder político não regulado na CRP, um pp constituinte informal que
acompanha a constituição, e um poder de exteriorização informal dos titulares de cargos
políticos – um poder de expressar a sua vontade através de discursos políticos e entrevistas.
Este é um poder que condiciona.
Limites ao poder informal de exteriorização dos titulares de cargos políticos:
- O exercício do poder de exteriorização nunca pode envolver desrespeito pela vinculação que,
sendo aplicável ao caso concreto, resulta do princípio da solidariedade, cooperação e respeito
institucional.
NOTA: Se a soberania reside no povo e a ele pertence o pp., negar á coletividade a expressão
informal de uma vontade geradora de direito, conferindo às fontes formais o monopólio ou o
exclusivo na definição do direito, será a negação do próprio princípio democrático.
- Existe também um quarto poder – depois dos poderes legislativo, executivo e judicial – o
poder dos meios de comunicação social e redes sociais. Não estranha, por isso, que os
governantes temam mais os efeitos eleitorais motivados pelas denúncias das manchetes que
encontram nos meios de comunicação social do que as moções de censura: nos meios de
comunicação social reside hoje a principal garantia política da democracia. Mussolini: “tudo
nos mass-media, nada fora dos mass-media, nada contra os mass-media”;
- Existe por fim um poder oculto – o poder dos bastidores – que se encontra sobretudo nos
lobbies ou grupos de pressão. A democracia por vezes afigura-se como uma democracia de
bastidores. É um poder irregulado e com impactos superiores ao expectável e detetável.
Nem todo o direito é produto do Estado ou oriundo da sua vontade (Kelsen) da mesma
forma que nem todo o direito regulador do pp é oriundo de normas da Constituição escrita – a
juridicidade de um estado (vinculatividade deste ao Direito) não se esgota na legalidade
normativa democrática – há assim um princípio da não exclusividade das fontes normativas
formais de regulação do pp – tal deriva dos seguintes factos:
Nem sempre a regulação e a disciplina da vida constitucional são pautadas por regras
jurídicas, decorre de uma normatividade extrajurídica, baseada e fundada na circunstância de
fontes não jurídicas:
- Art.169º;
- Art240º;
Regras matemáticas;
Regras de contabilidade;
Regras económicas e financeiras;
Regras de biomedicina;
Regras de engenharia;
Regras de informática (art.35º).
Normatividade moral e ética: não sofre hoje qualquer tipo de contestação que a moral exerce
uma influência sobre o Direito – incluindo sobre a normatividade constitucional – a dois níveis:
Será que a moral é objeto de receção constitucional, exercendo uma função reguladora do
poder político?
- Art.29º/nº2 da DUDH;
- Observa-se também a existência de uma dimensão “eticizante” ou “moralizante” na
subordinação da atividade administrativa aos princípios da justiça e da boa-fé.
- Normas de urbanidade;
- Normas de etiqueta
Mas qual a jurisdição destas normas? Devem ser hoje, algumas destas normas, pensadas á luz
da CRP?
ÓRGÃOS DE SOBERANIA
Presidente da república
O PR representa a república;
O PR pode dissolver a AR;
O PR tem representação externa;
O PR é o garante público da CRP; é a chave dos demais poderes e possui o poder
moderador – fiscaliza o GOV, resolve conflitos entre GOV e sindicatos e ainda tem o
poder moderador de exceção;
O PR é o comandante supremo das FA.
- A renúncia;
Existem poderes que pode exercer livremente e poderes que dependem da intervenção de
outros órgãos constitucionais.
Poder de promulgação:
- Art.136º e ss;
- Qualificação de um determinado ato como sendo de certo tipo, por parte do PR;
A falta de promulgação determina a inexistência jurídica daquele ato. E esta pode ser:
- Livre;
- Obrigatória;
- Art.248º/nº4.
Regime da promulgação:
- O PR dispõe de 20 dias (caso a proposta de lei seja feita por parte da AR) para promulgar ou
vetar;
O PR não pode fazer o chamado “veto de bolso”, ou seja, nem promulgar nem vetar, tem de
obrigatoriamente decidir-se sobre uma das duas possibilidades ou então envia a proposta para
a fiscalização da sua constitucionalidade por parte do TC.
Veto político:
- Desistir do diploma;
- Reformular o diploma;
Prática das devoluções informais do diploma – o PR não veta nem pede a fiscalização
preventiva, mas levanta dúvidas sobre o diploma.
Veto jurídico
O PR pode funcionar como árbitro e moderar os conflitos entre o TC e a AR, entre democracia
e CRP. Para Paulo Otero, o PR não poderá promulgar caso haja violação dos direitos, liberdades
e garantias.
SITUAÇÕES ESPECIAIS DO PR
O presidente eleito)
É o candidato que, tendo ganho as eleições, ainda não tomou posse como PR e ainda não
exerce funções como tal. É um período de transição entre dois presidentes. O presidente eleito
pode ser aquele que pela primeira vez, se candidatou e foi eleito, como pode ser o presidente
que, já estando a exercer poderes foi reeleito. Este presidente eleito não tem poderes
jurídicos, e estes poderes jurídicos estão na mão daquele que ainda é, dentro do seu mandato,
o PR.
O presidente interino)
É aquele que substitui nas suas ausências ou impedimentos o PR eleito. É o Presidente da AR,
quando está em substituição do PR. Duas observações importantes:
- O Presidente interino pode ser interino existindo PR, quando o PR está impedido, por
exemplo, quando o PR está doente;
- Um outro cenário é aquele em que há PR interino quando não há PR, porque o PR morreu no
exercício das suas funções, ou praticou um crime no exercício das suas funções, foi condenado
e demitido, ou se ausentou do território nacional sem autorização do parlamento.
O PR interino não tem exatamente os mesmos poderes que o PR, tendo uma competência
jurídica diminuída, tendo poderes que não os pode exercer e poderes que só pode exercer
conforme a prévia audição do conselho de estado – art.139º CRP.
O presidente substituído)
Aquele que, sendo PR, está impedido de exercer essas funções. Por exemplo, porque está
numa situação de doença e de incapacidade. O PR continua a ser PR, mas com uma
competência vazia, não podendo exercer poderes.
O ex-PR)
É aquele que cessou as suas funções, mas cumpre distinguir duas situações:
- Cessou funções, mas não permanece membro do conselho de estado – se, por exemplo, é
condenado por prática de crimes no exercício das suas funções, será destituído e excluído do
conselho de estado;
A AR
Auto-organização interna
O parlamento tem competência para elaborar o seu próprio regimento. Existe também uma
dependência do parlamento face ao PR:
A maioria política determina o voto do parlamento. Os deputados são coisas fungíveis, estar lá
A ou B é irrelevante, porque aquilo que importa é a disciplina partidária. Isto ocorre, porque
em Portugal, como no RU, o líder da maioria é o PM, e, portanto, o líder da maioria
parlamentar é líder do GOV.
Eleição – art.151º
- O mandato só começa com a posse dos deputados. Nas últimas eleições parlamentares,
realizadas a 30 de janeiro de 2022, como houve uma vicissitude que levou á obrigatoriedade
de repetir eleições parlamentares no círculo eleitoral da europa, só tomaram posse em março;
- O mandato é de quatro anos, mas pode ser abreviado, pode ser abreviado por um conjunto
de razões:
- Não pode ocorrer nos primeiros 6 meses após a eleição do parlamento, de modo algum;
- O parlamento não pode ser dissolvido nos últimos 6 meses do mandato do PR, o que significa
que o PR nos seus últimos 6 meses do seu último mandato tem uma força jurídica diminuída,
tendo perdido o poder de dissolver o parlamento;
Competência normativa: a AR pode aprovar certas normas, pode aprovar: leis de revisão
constitucional, leis ordinárias, convenções internacionais, atos de auto-organização interna;
- Intervenção junto do MP, para que o MP verifique se há elementos para colocar em causa a
responsabilidade criminal ou para desencadear ações administrativas.
Duas particularidades:
- Durante o período de autorização legislativa, são competentes sobre aquela matéria a AR,
que nunca perdeu esses poderes, e o GOV, que passou a tê-los também.
Matéria/competência concorrencial
A regra no ordenamento jurídico português é a competência legislativa concorrencial. Sobre
estas matérias, podem o GOV e o parlamento legislar em pé de igualdade. Só sabemos o que é
a competência legislativa concorrencial depois de verificarmos os artigos que tratam da
reserva absoluta e relativa da AR, e o artigo que trata da reserva absoluta do GOV. A
competência legislativa concorrencial obtém-se por exclusão de partes, é residual. Qual é o
fundamento para a AR legislar sobre essas matérias? – art.161º/al. c); qual é o fundamento
para o GOV legislar sobre essas matérias? – art.198º/nº1/al. a).
Sobre a competência legislativa concorrencial, são matérias nas quais a AR e GOV podem em
pé de igualdade legislar: a fonte histórica desta competência legislativa concorrencial reside na
constituição de 1933, no período da ditadura militar entre 1926 e 1933, onde o GOV era o
único com competência legislativa. O princípio da matéria concorrencial está previso no
art.112º/nº2 da CRP. Existem 2 limites á competência jurídica concorrencial:
Competência da AR
- Tanto o GOV como a AR podem legislar – princípio da paridade hierárquica normativa entre
Lei e DL (112º/nº2).
- Leis que se limitam a fixar os grandes princípios a que deve obedecer o regime jurídico (leis
de base);
- Leis de desenvolvimento dos princípios ou das bases gerais dos regimes jurídicos contidos em
leis que a eles se circunscrevem. Leis de base + leis de desenvolvimento = leis de regime geral
GOVERNO
O programa do GOV é uma síntese daquilo que o GOV pretende implementar, é o anúncio dos
fins e objetivos do GOV; É a expressão da auto-vinculação do GOV; É a expressão da
heterovinculação á AR (povo); é condição do GOV passar á plenitude de funções: antes de o
programa ser apresentado e discutido, o GOV é um GOV de gestão (capacidade jurídica
diminuída) – o programa do GOV permite a plenitude de funções.
O programa só não pode ser rejeitado, caso o GOV pretenda exercer funções, mas pode não
ser aprovado (186º/nº5). Pode existir uma alteração de circunstâncias, como fundamento,
para não se cumprir o programa.
- A CRP;
- O DL;
- Normas informais
Princípio da solidariedade: para com o programa do GOV; para com as deliberações no CM;
. Quando não há maioria absoluta, o PR nomeia como PM, o líder do partido mais votado;
. O PR pode formar governos de iniciativa presidencial – a prática política tem-nos dito que o
PR faz a indigitação do PM; a amplitude dos poderes do PR em união com o PM; o PR
condiciona a atuação do PM.
Funções do PM
- Representação governamental;
Termo do mandato
Cessa funções:
- Rejeição do programa;
- Intervenção do PR;
- Termo da legislatura;
- GOV de gestão;
- GOV demissionário;
SISTEMA DE GOVERNO
TRIBUNAIS
Cada tribunal é um órgão de soberania. Os tribunais administram a justiça. Os tribunais
também participam na vida política.
A função dos tribunais tem como objetivo último dirimir os litígios; alcançar a paz jurídica é o
objetivo último da função dos tribunais; existe uma certa reserva da competência dos
tribunais; os tribunais são terceiros em relação aos litígios.
Categorias de tribunais:
Tribunais do estado;
Tribunais arbitrais;
Tribunais de existência obrigatória;
Tribunais facultativos;
Tribunais ordinários;
Tribunais especiais
O conselho de estado;
O conselho superior de defesa nacional;
O provedor de justiça;
O conselho superior da magistratura;
O conselho superior dos tribunais administrativos;
A procuradoria-Geral da república;
O conselho económico social;
Autoridades administrativas independentes.
Casos práticos
4.
I.
Nenhuma lei pode ser aprovada sem intervenção do plenário, reservando a constituição para
todos os projetos e propostas de lei um debate e uma votação na generalidade e, caso exista
aprovação, uma votação final global (168º).
O PR pode exercer o veto político do diploma, mas não pode desencadear, por sua vez, a
fiscalização preventiva da constitucionalidade. O veto político pode ter uma natureza absoluta
ou suspensiva
Veto político
O RR tem poderes de defesa da juridicidade (231º/nº2/al g)); quem tem competência para
executar o estado de sítio e de emergência nas RA é o RR.
Art.229º/nº4 – o GOV da república pode delegar poderes no GOV regional – quando o GOV
regional age como delegado do GOV da república, ele está a comportar-se como órgão da
república no âmbito local.