Apontamentos Da 12classe, 2012 - Prochura
Apontamentos Da 12classe, 2012 - Prochura
Apontamentos Da 12classe, 2012 - Prochura
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sioLenço2018 Pági
na3
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sioLenço2018 Pági
na4
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aSec.S.Vi
cent
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o
segundaoper
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stenoest
abel
eci
ment
odumar
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sioLenço2018 Pági
na5
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nenhum eal
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cado.
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tal
Quant
if
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edi
cado
1.
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assi
fi
caçãodosj
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Uni
ver
sai
s Opredicadoseapl
i
caat
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suj
eit
o Cão
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ares Opredi
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icaapenasaumapar
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ensãodosuj
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o i
ntel
igentes
Si
ngul
ares Opr
edi
cadoser
efer
eaúni
coi
ndi
vi
duo Ex:
ACl
ari
ndaéal
una
2.Quant
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i
dade:
Af
ir
mat
ivos O predicado éaf
ir
mado em r
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suj
eito rapar
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ent
e
Negat
ivos Quandoacópulaindicaqueopr
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cado Ex:O Ruben não é um
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i
cávelaosujeit
o bom est
udant
e
3.Quant
oài
ncl
usãoounãoi
ncl
usãodopr
edi
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eit
o:
Anal
í
ticos Quando o pr
edi
cado est
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em quat
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s
Si
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cos
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Apr
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aci
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da Ex:Oquadradot
em quat
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ênci
a l
adosiguai
s
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da Ex: Os chi
neses são
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adoporTi
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Reedi
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sioLenço2018 Pági
na6
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edePaul
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at
rav
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iênci
a bai
xi
nhos
5.Quant
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ção:
Cat
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icos Há afi
rmação ou negação sem Ex:
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tal
r
eser
vas
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pot
éti
cos Há af
ir
mação e negação Ex:
Sef
ores,
também v
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ci
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Di
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ivos A afi
rmação dum pr
edi
cado excl
ui Ex:
Nit
aest
udaouj
oga
out
ros
6.Quant
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i
dade:
Asser
tór
ios Enunci
am uma v erdade de fact
o, Ex:A LurdesMutol
aéuma
emboranãonecessári
alogi
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Pr
obl
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icos Enunci
am umapossi
bil
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dade Ex: Os macuas são
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eapr
eci
ador
es
decarne
Apodí
cti
cos Sãonecessar
iament
ever
dadei
ros Ex: O t
ri
ângul
o t
em t
rês
l
ados.
7.Quant
oàmat
éri
a:
Necessár
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cado conv
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Ocí
rcul
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podenãoconvi
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edicadoconvém defacto Ex:OMár
ior
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ado é
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Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na7
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
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iposdepr
oposi
çõescat
egór
icas
Nacombi
naçãoent
reaqual
i
dadeequant
idade,
sur
gem quat
roj
uízoscat
egór
icos:A,
E,
I,O.Est
essãor
esul
tadodoAFI
RMO(
AeI
)eNEGO(
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,sendo:
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po Qual
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A Af
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sal TodoSéP
Todomacuaéhonest
o
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ivo Uni
ver
sal Nenhum SéP
Nenhum macuaéhonesto
I Af
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mat
ivo Par
ti
cul
ar Algum SéP
Algum macuaéhonest
o
O Negat
ivo Par
ti
cul
ar Algum SnãoéP
Algum macuanãoéhonesto
1.
4Raci
ocí
nioear
gument
o
Or
aci
ocí
nioéumaoper
açãoment
alapar
ti
rdaqualpassamosdej
uízosconheci
dos
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aum oumai
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zosnov
osat
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dosequesãooseuf
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co.
Enquant
ooper
açãoment
al,
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uízosear
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o.
Oar
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eéor
esul
tadodar
elaçãoent
reasdi
ver
saspr
oposi
çõesqueconst
it
uem um
r
aci
ocí
nio.
1.
4.1I
nfer
ênci
a
Ai
nfer
ênci
aéopr
ocessoment
al(
raci
ocí
nio)apar
ti
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,par
ti
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spr
oposi
ções,sepassapar
aout
ra,ouout
ras,cuj
aconcl
usãol
ógi
caouv
erdade
r
esul
ta da v
erdade das pr
emi
ssas.A i
nfer
ênci
a par
te de um ou mai
sjuí
zos
(
premi
ssas)
,par
achegarchegaraum out
ro,
aconcl
usão.
Porexempl
o:
Todososf
il
ósof
ossãosábi
os(
premi
ssa1)
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na8
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aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Al
gunsmoçambi
canossãof
il
ósof
os(
premi
ssa2)
Al
gunsmoçambi
canossãosábi
os(
concl
usão)
Ti
posdei
nfer
ênci
as
1.
4.1.
1Inf
erênci
aimedi
ata(
Simpl
es)
Sãoaquel
asqueseobt
êm di
rect
ament
esem qual
quernov
oter
moi
nter
medi
ári
o.A
pr
oposi
çãodadaeai
nfer
idacont
êm osmesmost
ermos.Ousej
a,équandodumasó
pr
oposi
ção se concl
uiout
ra.Est
as se obt
êm pel
os pr
ocessos de oposi
ção e
conv
ersãodaspr
oposi
ções.
Exempl
o:Todososf
il
ósof
ossãor
espei
tosos
Logo,
algunsr
espei
tosossãof
il
ósof
os.
Oposi
çãodaspr
oposi
çõesnasi
nfer
ênci
asi
medi
atas
A oposi
çãoocor
requandoduaspr
oposi
çõest
êm omesmosuj
eit
oeomesmo
pr
edi
cadomasdi
fer
em quernaquant
idadequernaqual
i
dade.
Ti
posdeoposi
çõesdepr
oposi
çõesesuasl
eis
a)Pr
oposi
çõescont
rár
ias
Duaspr
oposi
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ver
sai
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fer
em pel
aqual
i
dadechamam-
secont
rár
ias–AE.
Desi
gnam-
secont
rár
ias,quandoduaspr
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çõesnãopodem serv
erdadei
rasao
mesmot
empo,
maspodem serambasf
alsas,
quandosãodaexpr
essãodeum j
uízo
asser
tór
io,
ist
oquandooseupr
edi
cadoéaci
dent
al.
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o:(
AE)
.TodoHomem éani
malr
aci
onal(
A)eNenhum Homem éani
mal
r
aci
onal
(E)
.
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oposi
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ias
Duaspr
oposi
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ti
cul
aresquedi
fer
em pel
aqual
i
dadesãosubcont
rár
ias–I
O.
Sãosubcont
rár
iasquandoduaspr
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çõespodem serambasv
erdadei
ras,quando
sãodaexpr
essãodeum j
uízoasser
tór
io,masnãof
alsasaomesmot
empo.I
stoé,
Compi
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toRai
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Reedi
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sioLenço2018 Pági
na9
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
seumaéf
alsa,
aout
rapodeserv
erdadei
raouf
alsa,
ist
oé,
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Porexempl
o:(
IO)– Al
guns homens são ani
mai
sraci
onai
s(I
)e al
guns
homensnãosãoani
mai
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s(O)
.
c)Pr
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çõessubal
ter
nas
Duaspr
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fer
em pel
aquant
idadechamam-
sesubal
ter
nas.Segundoa
l
eidaspr
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ções,di
zem quesãosubal
ter
nasquandoav
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oposi
ção
uni
ver
sali
mpl
i
caadapr
oposi
çãopar
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cul
arsubor
dinada,af
alsi
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ver
salnão
acar
ret
adapar
ti
cul
ar,av
erdadedapar
ti
cul
arnão det
ermi
naadauni
ver
sal
,a
f
alsi
dadedapar
ti
cul
arex
igeaf
alsi
dadedauni
ver
sal
.
Exempl
o:AI–TodoHomem éani
malr
aci
onal(
A)eal
gunshomenssãoani
mai
s
r
aci
onai
s(I
).EO–Nenhum Homem éani
malr
aci
onal(
E)eal
gunshomensnãosão
ani
mai
sraci
onai
s(O)
.
d)Pr
oposi
çõescont
radi
tór
ias
Asduaspr
oposi
çõesdi
fer
em aomesmot
empopel
aqual
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dadeequant
idadequese
chamacont
radi
tór
ias.
Segundoal
eidaspr
oposi
ções,desi
gna-
secont
radi
tór
iaquandoduaspr
oposi
ções
nãopodem serv
erdadei
rasnem f
alsasaomesmot
empo.Seumaév
erdadei
ra,a
out
raéf
alsaev
ice-
ver
sa.
Exempl
o:AO–TodoHomem éani
mal
raci
onal
(A)eal
gunshomensnãosãoani
mai
s
r
aci
onai
s(O)
.EI– Nenhum Homem éani
malr
aci
onal(
E)eal
gunshomenssão
ani
mai
sraci
onai
s(I
).
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na10
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Quadr
ológi
codaoposi
çãodaspr
oposi
ções
Conv
ersãodaspr
oposi
çõesnasi
nfer
ênci
asi
medi
atas
Ai
nfer
ênci
apodet
ambém serf
eit
aport
ransposi
çãodet
ermo:t
rocandoosuj
eit
o
pel
opr
edi
cadoeopr
edi
cadopel
osuj
eit
o.Par
atalépr
eci
soobser
varassegui
ntes
r
egr
as:ost
ermosper
mut
adosnãopodem t
ermai
orext
ensãonaconcl
usãodoque
t
inham napr
oposi
çãoconv
ersa,
maspodem serdeext
ensãomenor
.
Ti
posdeconv
ersão
a)Conv
ersãosi
mpl
es,
comonaspr
oposi
çõesdot
ipoE(
uni
ver
sai
snegat
ivas)e
asdot
ipoI(
par
ti
cul
aresaf
ir
mat
ivas)
;aspr
imei
rassãouni
ver
sai
seas
segundassãopar
ti
cul
ares,
pori
sso,
sónest
ecasosepodef
azeraconv
ersão
si
mpl
es.Exempl
o:
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na11
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Nenhum met
alégás
Nenhum gásémet
al
Nest
apr
oposi
ção,
conser
va-
seamesmaqual
i
dadeequant
idade.
Conv
ert
em-
se t
ambém si
mpl
esment
e,as pr
oposi
ções chamadas r
ecí
procas,ou
equi
val
ent
esdot
ipoA;
porexempl
o:
Ot
ri
ângul
oéum pol
í
gonodet
rêsl
ados
Opol
í
gonodet
rêsl
adoséum t
ri
ângul
o
b)Conv
ersãoporl
i
mit
ação,naspr
oposi
çõesdot
ipoA,osuj
eit
oéuni
ver
saleo
pr
edi
cadopar
ti
cul
ar,
pori
sso,
aoconv
ert
erapr
oposi
ção,
ter
emosquemant
er,
na conv
ersa,a mesma ext
ensão do pr
edi
cado,de modo que passe de
uni
ver
sal
àpar
ti
cul
ar(
I)
.
Exempl
o:
Todososhomenssãoser
esv
ivos
Al
gunsser
esv
ivossãohomens
c)Conv
ersãopornegação,naspr
oposi
çõesdot
ipoO,osuj
eit
oépar
ti
cul
areo
pr
edi
cadouni
ver
salpar
arespei
tarav
ali
dadedaconv
ersão,
quenãopodemos
conv
ert
ersi
mpl
esment
epor
queosuj
eit
ofi
cacom mai
orext
ensão,pori
sso,
r
ecor
reaum ar
ti
fí
cioqueconsi
steem t
ransf
ormarapr
oposi
çãoaconv
ert
er
numa pr
oposi
ção par
ti
cul
araf
ir
mat
ivo(
I)equi
val
ent
e,o que consegue
t
ransf
eri
ranegaçãocópul
apar
aopr
edi
cado.
Exempl
o:Al
gunshomensnãosãopai
s
Al
gunshomenssãonãopai
s
Al
gunsnãopai
ssãohomens
d)Conv
ersãoporcont
raposi
ção–poucousadaev
iol
ent
a,obt
ém-
sej
unt
ando
umanegaçãoaosuj
eit
oeout
raaopr
edi
cadoei
nver
tendo,em segui
da,a
or
dem dost
ermos.Podeapl
i
car
-seàspr
oposi
çõesdet
ipoAeO.
Exempl
o:Todoohomem émamí
fer
o
Todoonãohomem énãomamí
fer
o
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na12
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Todoonãomamí
fer
oénãohomem
1.
4.1.
2Inf
erênci
amedi
ata(
raci
ocí
nio)
Tr
ata-
sedeumai
nfer
ênci
amedi
ataquandoseconcl
uiumapr
oposi
çãodev
ári
as
pr
oposi
ções.Est
asconst
it
uem opr
ocessodor
aci
ocí
nio.Jáapar
ecepel
omenosum
t
ermonov
oqueser
vedemedi
adorent
reosr
est
ant
est
ermos.Exi
gemai
sdoque
doi
ster
mos(
nor
mal
ment
etr
ês,ser
vindoum t
ermomédi
o)emai
sdoqueuma
pr
oposi
ção.
Exempl
o:TodooHomem émamí
fer
o
Or
a,OAnt
óni
oéhomem
Logo,
oAnt
óni
oémamí
fer
o
Ti
posder
aci
ocí
nio
Tr
adi
cional
ment
e,asi
nfer
ênci
asmedi
atasour
aci
ocí
niosdi
vi
dem-
seem t
rêsgr
upos:
r
aci
ocí
niosdedut
ivos,
indut
ivoser
aci
ocí
niosporanal
ogi
a.
a)Raci
ocí
niodedut
ivo– éaquel
equedeumaoumai
spr
emi
ssast
ir
auma
concl
usãoequepar
tedomai
sger
alaopar
ti
cul
ar.Vaidacausaaoef
eit
o,da
l
eiaof
act
oconcr
eto.
Exempl
o:Todososmoçambi
canossãopací
fi
cos
Muapi
tãoémoçambi
cano
Muapi
tãoépací
fi
co
b)Raci
ocí
nioi
ndut
ivo–ét
odoaquel
equev
aidopar
ti
cul
araoger
al,doef
eit
oa
causa,
dof
act
oàl
ei.
Exempl
o:Jor
ge,
Anaéi
ntel
i
gent
e;Mar
iaéi
ntel
i
gent
e;Fanyéi
ntel
i
gent
e
Or
a,Jor
ge,
Ana,
Mar
ia,
Fanysãomoçambi
canos
Logo,
Todosmoçambi
canossãoi
ntel
i
gent
es
c)Raci
ocí
nioanal
ógi
co–ét
odoaquel
equei
nfer
edeumav
erdadepar
ti
cul
ar
par
aout
rav
erdadet
ambém par
ti
cul
arporsemel
hança.Por
tant
o,aanal
ogi
aé
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na13
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
um t
ipoder
aci
ocí
niomui
tov
ulgarem sensocomum t
ambém noâmbi
to
ci
ent
íf
ico,
especi
alment
enocampodabi
ologi
a.
Porexempl
o:em pr
esençadedoi
sdoent
escom omesmot
ipodesi
ntoma,o
médi
coconcl
uit
rat
ar-
sedamesmadoença,assi
m,est
áaf
azerousodo
r
aci
ocí
nioporanal
ogi
a.
1.
5Osi
l
ogi
smo
1.
5.1NoçãodoSi
l
ogi
smo
O si
l
ogi
smo é um r
aci
ocí
niof
ormado port
rês pr
oposi
ções em que das duas
pr
imei
ras,chamadaspr
emi
ssas,or
igi
nam umat
ercei
ra,chamadaconcl
usãol
ógi
ca.
Exempl
o:
Todoohomem émor
tal
OJoãoéhomem
OJoãoémor
tal
1.
5.2Est
rut
uraemat
éri
adoSi
l
ogi
smo
Todosi
l
ogi
smor
egul
aréf
ormadoport
rêspr
oposi
ções,
sendoasduaspr
oposi
ções,
aspr
emi
ssas:pr
emi
ssamai
or(
apr
imei
ra)eapr
emi
ssamenor(
asegunda)e,a
úl
ti
ma,aconcl
usãoeport
rêst
ermoscompar
ados,doi
sadoi
s:t
ermomai
or(
P),
t
ermomédi
o(M)et
ermomenor(
S).
Aspr
oposi
çõeset
ermosconst
it
uem amat
éri
adosi
l
ogi
smo;ost
ermossãomat
éri
a
r
emot
aeaspr
oposi
çõessãoamat
éri
apr
óxi
ma.Aor
denaçãodost
ermosedas
pr
oposi
ções,de acor
do com as oi
to(
8)r
egr
as do si
l
ogi
smo (
que t
rat
aremos
post
eri
orment
e)const
it
uem af
ormaouest
rut
uradosi
l
ogi
smo.
Porexempl
o:
Todoohomem émor
tal
(M eP)–pr
emi
ssamai
or
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na14
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
OJoãoéhomem (
SeM)–pr
emi
ssamenor
OJoãoémor
tal
(SeP)–concl
usão
Par
ti
ndodest
eexempl
o,expl
i
camosdet
alhadament
eost
ermoseaspr
oposi
ções:
Ost
ermos:
Essessão ost
rêst
ermosdo si
l
ogi
smo (
P,M,S)
.Em cadapr
emi
ssat
eremos
r
elaçõesdosdoi
s(PeS)com um t
ercei
ro(
M)–M éP,
SéM)ouPnãoéM,
SéP.
Det
alhadament
eter
emos:
Ter
mo mai
or(
P)ou (
T)éaquel
equet
em mai
orext
ensão.É sempr
eo
pr
edi
cadodaconcl
usão.Doexempl
odadoé:
mor
tal
.
Ter
momenor(
S)ou(
t)éaquel
equet
em menorext
ensãoeocupasempr
eo
l
ugardesuj
eit
onaconcl
usão.Doexempl
odadoé:
João
Ter
momédi
o(M)éaquel
ecuj
aext
ensãoéi
nter
medi
ári
aent
reomai
oreo
menoreper
mit
ear
elaçãodest
es,pori
sso,r
epet
e-senaspr
emi
ssas.Nunca
ent
ranaconcl
usão.Doexempl
odadoé:
homem.
Em suma,
nosi
l
ogi
smocadaum dost
ermosapar
eceduasv
ezes:omédi
orepet
e-se
naspr
emi
ssas(
homem)
;omai
oreomenorquet
ambém sechamam ext
remos
r
epet
em-
senaspr
emi
ssasenaconcl
usão.Ar
epet
içãoéi
ndi
spensáv
elpar
aquesej
a
possí
vel
acompar
açãodost
ermos;
sem i
ssonenhumaconcl
usãoser
iapossí
vel
.
Aspr
oposi
ções:
Pr
emi
ssamai
or– éapr
oposi
çãoquecont
êm ot
ermomai
orouopr
edi
cadoda
concl
usão.Eot
ermomédi
o;em ger
al,éapr
imei
ra.Doexempl
odadoé:Todoo
homem émor
tal
.
Pr
emi
ssa menor– é a pr
oposi
ção que cont
ém o t
ermo menorou suj
eit
o da
concl
usãoeot
ermomédi
o;em ger
aléasegunda.Doexempl
odadoé:oJoãoé
homem.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na15
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Concl
usão– éapr
oposi
çãoquecont
ém ot
ermomai
oremenor
;osuj
eit
oda
concl
usãoéot
ermomenoreoseupr
edi
cadoéot
ermomai
or.Ot
ermomédi
onão
ent
ranaconcl
usãomasr
epet
e-senaspr
emi
ssas.Doexempl
odadoé:oJoãoé
mor
tal
.
Est
rut
uradosi
l
ogi
smo TRÊSTERMOS
Doi
sex
tremos I
nter
médi
o
Menor Mai
or Médi
o
Duas Mai
or * *
Pr
emi
ssas
TRÊS Menor * *
PROPOSI
ÇÕES
Concl
usão * *
1.
5.3Pr
incí
piosdosi
l
ogi
smo
Adeduçãof
unda-
senopr
incí
piodei
dent
idadequeseenunci
adasegui
ntemanei
ra,
assi
m,exi
stem doi
spr
incí
piosf
undament
aisdosi
l
ogi
smo:
Pr
incí
piodecompr
eensão
Duascoi
sasoui
dei
asi
guai
saumat
ercei
rasãoi
guai
sent
resi
.
Exempl
o1:
A=B;
B=C;
logo,
A=C.
Duascoi
sasoui
dei
asem queumaéi
dênt
icaeaout
ranãoéi
dênt
icaauma
t
ercei
ra,
nãosãoi
dênt
icasent
resi
.
Exempl
o:A=B;
B≠C;
logo,
A≠C.
Pr
incí
piodeext
ensão
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na16
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Tudooqueseaf
ir
maousenegauni
ver
sal
ment
edosuj
eit
oéaf
ir
madoou
negadodassuaspar
tes.
Exempl
o:seaf
ir
mamosque“
todosmoçambi
canossãohumi
l
des”
;querdi
zer
,osde
Nampul
a,Zambézi
a,Sof
ala,
etc.
,ecadaum dosmoçambi
canoséhumi
l
de.
1.
5.4Regr
asdosi
l
ogi
smo
Todo o si
l
ogi
smo quepr
etendeserv
áli
do,par
aal
ém depr
incí
pios,t
em dese
conf
ormaraoi
to(
8)r
egr
aspar
ti
cul
ares:quat
ro(
4)r
elat
ivasaost
ermosequat
ro
r
elat
ivasàspr
oposi
çõesoupr
emi
ssas:
a)Regr
asdost
ermos
.Ost
1ª ermossãot
rês:médi
o,mai
oremenor
.Vi
ola-
seest
aregr
aquandoseusaum
t
ermoequí
voco(
com mai
sdeum si
gni
fi
cado)
.
Exempl
o:
Háani
mai êm quat
squet ropat
as.
Or
a, êm quat
asmesast ropat
as.
Logo,
asmesassãoani
mai
s.
.Nenhum t
2ª ermodev
etermai
orext
ensãonaconcl
usãoquenaspr
emi
ssas.
Exempl
o:
Osaf
rcanossãohomens
i
Or
a,osr
ussosnãosãoaf
ri
canos
Logo, ussosnãosãohomens
osr
.O t
3ª ermomédi
odev
esert
omado,pel
omenos,umav
ez,uni
ver
sal
ment
e.De
cont
rár
io ser
iat
omado em duas ext
ensões di
fer
ent
es.Por
tant
o,com doi
s
si
gni
fi
cadosdi
fer
ent
es.
Exempl
o:
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na17
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Oshomensnãosãot
odosal
tos
Osgi essãohomens
gant
Osgi
gant
esnãosãot
odoshomens.
.Ot
4ª ermomédi
onuncapodeent
rarnaconcl
usão.
Porexempl
o:
Mar
iaécur
iosa
Mar
iaébel
a
Mar
iaéumabel
acur
iosa
b)Regr
asdaspr
oposi
ções
.Deduaspr
5ª emi
ssasaf
ir
mat
ivas,
nãosepodet
ir
arumaconcl
usãonegat
iva.
Porexempl
o:
Tudooquer
espi
rav
ive.
Or
a,eur
espi
ro.
eunãov
Logo, ivo
.Deduaspr
6ª emi
ssasnegat
ivasnadasepodeconcl
uir
.
Porexempl
o:
OAnt onãoéof
óni il
hodeNi
l
za
onãoéf
OPedr il
hodaNi
l
za.
……………………….
(?)
Quepar
ent
escoexi
steent
reAnt
óni
oePedr
o?Aper
gunt
anãot
em sent
ido.
.Deduaspr
7ª emi
ssaspar
ti
cul
aresnadasepodeconcl
uir
.Por
queot
ermomédi
o
nãoser
átomadonenhumav
ezuni
ver
sal
ment
e.
Exempl
o:
Háhomensquesãov
irt
uosos
Háhomensquesãopecador
es
Logo,
ospecador
essãov
irt
uosos
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na18
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
.Aconcl
8ª usãoseguesempr
eapar
temai
sfr
aca.Aoapl
i
carest
aregr
atemosque
t
erem cont
aqueapar
ti
cul
aréamai
sfr
acaqueauni
ver
sal
,anegat
ivamai
sfr
aca
queaf
ir
mat
iva.
Exempl
o:
Av
irt
udeédi
gnadel
ouv
or
Al
gunshomenst
êm v
irt
ude
Al
gunshomenssãodi
gnosdel
ouv
or
1.
5.5Fi
gur
asemodosdosi
l
ogi
smo
1.
5.5.
1Fi
gur
asdosi
l
ogi
smo
Asf
igur
asdo si
l
ogi
smo são det
ermi
nadaspel
o papelqueo t
ermo médi
o(M)
desempenhanasduaspr
emi
ssas;
podet
omarconf
ormeacol
ocação(
ouposi
ção)
,o
l
ugardesuj
eit
ooupr
edi
cado.
Sãoquat
ro,
asf
igur
aspossí
vei
s:
.Ot
1ª ermomédi
oésuj
eit
odapr
emi
ssamai
orepr
edi
cadodapr
emi
ssamenor(
Sub
–Pr
ae)
.
Porexempl
o:
Todoomamí
fer
oév
ert
ebr
ado(
M éP)
Ocãoémamí
fer
o(SéM)
Ocãoév
ert
ebr
ado(
SéP)
.Ot
2ª ermomédi
oépr
edi
cadodasduaspr
emi
ssas(
Prae-Pr
ae)
.
Porexempl
o:
Todaamãeémul
her(
PéM)
Joanaémul
her(
SéM)
Joanaémãe(
SéP)
.Ot
3ª ermomédi
oésuj
eit
onasduaspr
emi
ssas(
Sub-Sub)
.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na19
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Porexempl
o:
Osmor
cegossãomamí
fer
os(
M éP)
Osmor
cegossãov
oador
es(
M éS)
Al
gunsv
oador
essãomor
cegos(
SéP)
.Ot
4ª ermomédi
oépr
edi
cadonamai
oresuj
eit
onamenorpr
emi
ssas(
Prae–Sub)
.
Porexempl
o:
Osaf
rcanossãohomens(
i PéM)
Oshomenssãor
aci
onai
s(M éS)
Al
gunsr
aci
onai
ssãoaf
ri
canos(
SéP)
.
1.
5.5.
2Modosdosi
l
ogi
smo
Ent
endemospormododosi
l
ogi
smoasv
ari esest
ant rut
urai
squeapr
esent
adent
ro
decadaf
igur
a,dev
idoàquant
idadeequal
i
dadedasr
espect
ivaspr
oposi
ções.
Est nandoaquant
udamosquecombi idadecom aqual
i
dadeobt
emosquat
rot
iposde
pr
oposi A,
ções: E,
I,O.
Combi
nandoest
asl
etr
asem gr
upospossí
vei
sdet
rêspr
oposi
ções,obt
erí
amos64
combi
naçõespar
acadaf
igur
a.E,engl
obandoos64modospossí
vei
snasquat
ro
f
igur
asobt
erí
amos256possí
vei
scombi
nações.Éev
ident
equeaquaset
otal
i
dade
dest
esmodospossí
vei
ssão i
l
egí
ti
mosporv
iol
arem asr
egr
asdo si
l
ogi
smo j
á
r
efer
idas.
Assi
m,osmodosl
egí
ti
mossãoapenas19,
dist
ri
buí
dospel
asquat
rof
ormas.
aa1ªf
Par igur
a– BARBARA(
AAA)
,CELARENT(
EAE)
,DARRI
I(AI
I)
,FERI
O(EI
O)–
quat
ro(
4)modos.
aa2ªf
Par igur
a–CESARE(
EAE)
,CAMESTRES(
AEE)
,FESTI
NO(
EIO)
,BAROCO(
AOO)
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na20
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
–quat
ro(
4)modos.
aa3ªf
Par igur
a– DARAPTI(
AAI
),DI
SAMI
S(I
AI)
,DATI
SI(
AII
),FELAPTON (
EAO)
,
BOCARDO(
OAO)
,FERI
SON(
EIO)–sei
s(6)modos.
aa4ªf
Par igur
a–BRAMANTI
P(AAI
),CAMENES(
AEE)
,DI
MARI
S(I
AI)
,FESAPO(
EAO)
,
FRESI
SON(
EIO)–ci
nco(
5)modos.
Em suma,exi
stem 19modosdesi
l
ogi
smosv
áli
dos,di
str
ibuí
dosnasquat
rof
igur
as,
quer
esul
tam dev
ári
ascombi
naçõespossí
vei
sdosquat
rot
iposdepr
oposi
ções
(
AEI
O),
sem i
nfr
ingi
rqual
querr
egr
adosi
l
ogi
smo.
1.
5.6Cl
assi
fi
caçãodossi
l
ogi
smos
Exi
stem doi
spr
inci
pai
sti
posdesi
l
ogi
smo:cat
egór
icosehi
pot
éti
cos.Ossi
l
ogi
smo
cat
egór
icosdi
vi
dem-
seem r
egul
aresei
rr
egul
arese,at
éagor
avi
mosapenasos
si
l
ogi
smos cat
egór
icos r
egul
ares cuj
a est
rut
ura apr
esent
atr
ês t
ermos e t
rês
pr
oposi
ções.
Si
l
ogi
smosi
rr
egul
ares
Sendoque,nor
mal
ment
e,nãosegui
mosasf
ormasmai
sper
fei
tasder
aci
ocí
nio,
apar
ecem ossi
l
ogi
smosi
rr
egul
arescomor
esul
tadodaomi
ssãoouampl
i
açãodos
el
ement
osqueconst
it
uem um si
l
ogi
smor
egul
ar.Ospr
inci
pai
sti
posdesi
l
ogi
smos
i
rr
egul
ar ent
essão: imema,
epi
quer
ema,
pol
i
ssi
l
ogi
smoesor
it
es.
Ent
imema(
ousi
l
ogi
smoi
ncompl
eto)–éum si
l
ogi
smosi
mpl
i
ficadopel
aomi
ssão
dumadaspr
emi
ssas,
quesesubent
endef
aci
l
ment
e.
Exempl
o:
Oshomenssãomor
tai
s
Logo,
Pedr
oémor
tal
Epi
quer
ema–éum si
l
ogi
smoem queaspr
emi
ssasexi
bem umaj
ust
if
icação.
Exempl
o:
Aci
ênci
aéút
il
,por
queensi
naaohomem av
erdade
Al
ógi
caéumaci
ênci
a,por
queéum conj
unt
odev
erdades
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na21
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Logo,
alógi
caéút
il
.
Pol
i
ssi
l
ogi
smo–éum encadeament
odesi
l
ogi
smosem queaconcl
usãodopr
imei
ro
éapr
emi
ssamai
ordosegundo;
aconcl
usãodest
eéapr
emi
ssamai
ordot
ercei
ro;
e,
assi
m,sucessi
vament
e.
Exempl
o:
Todomamí
fer
oév
ert
ebr
ado
Todoocar
nív
oroémamí
fer
o
Logo,
Todoocar
nív
oroév
ert
ebr
ado
Todoof
eli
noécar
nív
oro
Logo,
Todoof
eli
noév
ert
ebr
ado.
Sor
it
es–éoar
gument
oem quequat
ro(
4)oumai
spr
oposi
çõesest
ãodet
almodo
enl
açadosqueopr
edi
cadodumaésuj
eit
odasegui
ntee,naconcl
usão,apar
ecem
l
i
gadososuj
eit
odapr
imei
raeopr
edi
cadodaúl
ti
ma.
Exempl
o:
Aal
mahumanaéi
mat
eri
al
Oi
mat
eri
alési
mpl
es
Osi
mpl
eséi
ndecomponí
vel
Oi
ndecomponí
vel
éincor
rupt
ível
Oi
ncor
rupt
ível
éimor
tal
Logo,
Aal
mahumanaéi
mor
tal
Si
l
ogi
smoshi
pot
éti
cos
Nossi
l
ogi
smoshi
pot
éti
cosnão seaf
ir
manem neganadar
otundament
ecomo
acont
ecenossi
l
ogi
smoscat
egór
icos;masaf
ir
ma-
seounega-
sesobumacondi
ção
ouest
abel
ecendoumaal
ter
nat
iva.Pori
sso,apr
emi
ssamai
ordeum si
l
ogi
smo
hi
pot
éti
coéconst
it
uídaporduasoumai
spr
oposi
çõessi
mpl
escuj
asl
i
gaçõessão
f
eit
asporconect
orescomo:
“se…ent
ão;
…e…;
…ou…”
.
Ossi
l
ogi
smoshi
pot
éti
cospodem ser
:condi
cionai
s,di
sjunt
ivos,
conj
unt
ivoedi
l
ema.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na22
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Si
l
ogi
smo hi
pot
éti
co condi
cional– at
ende às r
elações de consequênci
a ent
re
pr
oposi
ções.Est
abel
ece uma r
elação ent
re o ant
ecedent
e e o consequent
e
(
condi
çãoecondi
ci
onado)
.
Exempl
o:
Seaquecer
mosum cor
pomet
áli
coel
edi
l
ata-
se
Est
ecor
pomet
áli
conãosedi
l
atou
Logo,
nãof
oiaqueci
do.
Nosi
l
ogi
smohi
pot
éti
cocondi
cional
encont
ramosduasf
igur
as:
1ª f
igur
a: ponendo – ponens (
tradução l
i
ter
al:“
ao col
ocar
…col
oca-
se”
).O
ant
ecedent
ecol
oca-
senapr
emi
ssamenor
,oquel
evaaqueaconcl
usãoaf
ir
ma
consequent
e.
Exempl
o:
Seum ani
mal
bebel
eit
eem pequenoémamí
fer
o(pr
emi
ssamai
or)
Ocãobebeol
eit
eem pequeno(
premi
ssamenor
)
Logo,
ocãoémamí
fer
o(concl
usão)
2ªf
igur
a:t
oll
endo– t
oll
ens(
àlet
ra:aoexcl
uir
…excl
ui)
.Nest
afi
gur
a,apr
emi
ssa
mai
orcont
inuaaserumapr
oposi
çãohi
pot
éti
ca,amenornegaaconsequent
eea
concl
usãonegaoant
ecedent
e.
Exempl
o:
Seum ani
mal
bebel
eit
eem pequenoémamí
fer
o(pr
emi
ssamai
or)
Opei
xenãoémamí
fer
o
Logo,
opei
xenãobebeol
eit
eem pequeno.
Regr
asdosi
l
ogi
smohi
pot
éti
cocondi
cional
1ªr
egr
a – num si
l
ogi
smo hi
pot
éti
co condi
cional
,a negação ou af
ir
mação da
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na23
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
consequent
etor
nanecessár
io anegação ou af
ir
mação do ant
ecedent
e.Assi
m,
af
ir
marounegaracondi
çãoéaf
ir
marounegarocondi
cionado.
2ªr
egr
a–negaraconsequent
esi
gni
fi
canegaracondi
ção.
Si
l
ogi
smohi
pot
éti
codi
sjunt
ivo–aquel
equeest
abel
eceumaal
ter
nat
ivaent
redoi
s
t
ermosoumai
sat
ri
but
os,masdet
almodoqueaf
ir
mandoum del
es,osr
est
ant
es
ser
ãonegadosem bl
ocoenegandoum ouv
ári
os,
oout
roser
áaf
ir
mado.
Exempl
o:
OuJoãoédoSpor
ti
ngoudoBenf
ica
Or
a,JoãoédoSpor
ti
ng
JoãonãoédoBenf
ica
Est
eti
podosi
l
ogi
smot
em duasf
ormasoumodosv
áli
dos:
Modusponendo–t
oll
ens(
aoaf
ir
mar
,nega)
.Nest
afi
gur
a,apr
emi
ssamai
oranunci
a
umadi
sjunçãoexcl
usi
va.Vej
aoexempl
oant
eri
or.
Modust
oll
endo–ponens(
negando,
afi
rma)
.
Exempl
o:
OuHel
enaéner
vosaouépaci
ent
e
Or
a,Hel
enanãoéner
vosa
Logo,
Hel
enaépaci
ent
e.
Si
l
ogi
smohi
pot
éti
coconj
unt
ivo
Nest
eti
podesi
l
ogi
smo,apr
emi
ssamai
ornãoadmi
tequedoi
ster
mosopost
os
pr
edi
quem si
mul
taneament
eum mesmosuj
eit
o.
Exempl
o1:
Vaqui
nanãopodeser
,si
mul
taneament
e,pr
ofessormoçambi
canoeamer
icano.
ComoVaqui
naépr
ofessormoçambi
cano,
logo,
elenãoépr
ofessoramer
icano.
Exempl
o2:
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na24
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Muapi
tãonãopodeserpr
egui
çosoededi
cadoaomesmot
empo.
Muapi
tãonãoépr
egui
çoso
Logo,
eleédedi
cado.
Modusponendo–t
oll
ens(
afi
rmando,
nega)
.Nest
afi
gur
a,apr
emi
ssamai
oranunci
a
umadi
sjunçãoexcl
usi
va.Vej
aoexempl
oant
eri
or.Vej
aoexempl
o1.
Modust
oll
endo–ponens(
negando,
afi
rma)
.Vej
aoexempl
o2.
Di
l
ema
Éum ar
gument
ofor
madoporumapr
oposi
çãodi
sjunt
ivaeduascondi
cionai
sque
l
evam,
sej
aqualf
oracondi
çãoadmi
ti
daconduzàmesmaconcl
usão.Éf
amosaf
aca
dedoi
scumes(
ent
reaespadaeapar
ede)
.Qual
quersej
aaopçãoescol
hida,a
consequênci
aésempr
eamesma.
Exempl
o:
Ousabesquesabes,
ousabesquenãosabes
Sesabesquesabes,
sabesal
gumacoi
sa
Sesabesquenãosabest
ambém sabesal
gumacoi
sa
Logo,
em qual
querdoscasos,
sabes.
Regr
asdodi
l
ema
1ªRegr
a–adi
sj
unçãodev
esercompl
etapar
aqueoadv
ersár
ionãot
enhaout
ra
saí
da.
2ªRegr
a–ar
efut
açãodecadaumadashi
pót
esesdev
eserf
eit
aval
i
dament
epar
a
queooposi
tornãopossanegarasconsequênci
as.
3ªRegr
a–aconcl
usãodev
eseraúni
caquepodeserdeduzi
da,casocont
rár
io,o
di
l
emapodesercont
est
ado.
1.
6Fal
áci
asepar
adoxos
1.
6.1Fal
áci
as
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na25
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Fal
áci
aét
odor
aci
ocí
nioquet
em,
embor
aapar
ênci
asdev
erdadei
ro,
éum r
aci
ocí
nio
i
ncor
rect
o.E,como o er
ro podeseri
nvol
unt
ári
o(poi
so homem est
ásuj
eit
oa
enganar
-se)ouv
olunt
ári
o(quandohái
ntençãodeenganaral
guém)
,asf
aláci
as
podem-
sedi
vi
direm:
par
alogi
smosesof
ismas.
Par
alogi
smo–quandoohomem seenganai
nvol
unt
ari
ament
e.
Sof
ismas–quandohái
ntençãodeenganaral
guém,i
stoé,enganardumaf
orma
v
olunt
ári
a.
Assi
m,em qual
querf
aláci
a ocor
rem doi
s el
ement
os essenci
ais:uma v
erdade
apar
ent
eeum er
roocul
to.
I
mpor
ta-
nosdest
acarasdi
fer
ent
esespéci
esdossof
ismasqueconst
it
uem er
ros
v
olunt
ári
os.
Num r
aci
ocí
nioi
ncor
rect
o,oer
rot
ant
opodeor
igi
nar
-senaspal
avr
asempr
egadas
comonaconexãodasi
dei
as.Assi
mtemos:
a)Sof
ismasv
erbai
s(ougr
amat
icai
s)
b)Sof
ismasl
ógi
cos(
oudasi
dei
as)
.
a)Ossof
ismasv
erbai
smai
socor
rent
es,cuj
oer
roseencont
ranal
i
nguagem
empr
egadasão:
Ambi
gui
dade ou equí
voco que é o uso i
ndev
ido do mesmo t
ermo com
di
fer
ent
essi
gni
fi
cações.
Exempl
o:
Sóohomem équepensa
Or
a, heréhomem
nenhumamul
Logo,
nenhumamul
herpensa.
Met
áfor
a– r
esul
tadaconf
usãoor
igi
nadapel
oempr
egodeum t
ermoem
sent
idof
igur
ado.
Aságui
asr
omanasconqui
star
am um gr
andei
mpér
io
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na26
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Or
a,aságui
assãoav
es
Logo,
asav
esconqui
star
am um gr
andei
mpér
io.
Anf
ibol
ogi
a – der
iva da ambi
gui
dade si
ntáct
ica de uma par
te de um
ar
gument
o.Ocor
re sempr
e que pr
ocur
amos sust
ent
ar uma concl
usão
r
ecor
rendoaumai
nter
pret
açãoer
radadeumapr
oposi
çãogr
amat
ical
ment
e
ambí
gua.
Todososhomensamam umamul
her
Per
tul
i
anoamaAbi
ba
Logo,
todososhomensamam Abi
ba
Conf
usãoent
reosent
idocol
ect
ivo(
indi
vi
so)eosent
idoi
ndi
vi
dual(
div
iso)
,
empr
egandoomesmot
ermocom i
dênt
icov
alor
.
Ospor
tuguesesdescobr
ir
am mui
tast
err
as
CamõeseVi
eir
asãopor
tugueses
Logo,
CamõeseVi
eir
adescobr
ir
am mui
tast
err
as.
b)Sof
ismasl
ógi
cos–sãor
efer
ent
esàconexãodasi
dei
asesãoossegui
ntes.
Sof
ismadaf
alsaanal
ogi
a– r
esul
tado f
act
o deat
ender
mosapenasàs
semel
hanças apar
ent
es ent
re doi
s obj
ect
os chegando a concl
usões
pr
eci
pit
adase,
real
ment
e,f
alsas.
At
err
aéum pl
anet
a
At
err
aéhabi
tada
Logo,
ospl
anet
assãohabi
tados
I
gnor
ânci
a de causa – consi
ste em consi
der
arv
erdadei
ra causa uma
ci
rcunst
ânci
aocasi
onal
edemer
acoi
nci
dênci
a.
Joanapar
ti
uum espel
ho;e,poucodepoi
s,sof
reuum pequenoaci
dent
e.Joana
concl
uiuqueoaci
dent
efoipr
ovocadopel
oespel
hopar
ti
do,
poi
s,v
idr
ospar
ti
dossão
pr
enúnci
odedesgr
aça.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na27
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Enumer
ação i
mper
fei
ta – quando se chega a concl
usões r
epent
inas e
pr
eci
pit
adas,
gener
ali
zandoaqui
l
oquesópodeat
ri
bui
r-
seaal
gumaspar
tes.
Hoj
eédi
a13ef
uichamado
Achamadacor
reu-
memal
Onúmer
o13éazi
ago
Pet
içãodepr
incí
pio–éosof
ismaqueapr
esent
aumaconcl
usãobaseadaem
pr
emi
ssasquej
ápr
essupõem essamesmaconcl
usão.
Aal
mahumanaéi
mor
tal
Pedr
otem al
ma
Aal
madePedr
oéi
mor
tal
Taut
ologi
a – quando se apr
esent
a a mesma i
dei
a apenas porpal
avr
as
di
fer
ent
es(
expl
i
caçãoapar
ent
e),
sem escl
arecernada.
Ohomem ér
aci
onal
por
queédot
adoder
azão.
Cí
rcul
oVi
ciosooudi
alel
o–queconsi
steem pr
ovarumacoi
saporout
ra(
a
pr
imei
rapel
asegundaeest
apel
apr
imei
ra)
,sem demonst
rarnenhumadel
as.
Pr
ovaraquest
ãoAporBeBporA.
P.–Queéumai
dei
acl
ara?
R.–Éaquel
aquenãoéobscur
a.
P.–Equeéumai
dei
aobscur
a?
R.–Éaquel
aquenãoécl
ara.
I
gnor
ânci
adaquest
ão–consi
stenum af
ast
ament
odoassunt
odadi
scussão,
apr
esent
andoar
gument
osquel
evam aumaconcl
usãoque,apar
ent
ement
e,
par
ececonsequênci
alógi
cadaquest
ão.
Rai
mundo comet
e um cr
ime.Post
a a quest
ão em t
ri
bunal
,os adv
ogados (
de
acusação e de def
esa)i
ntent
am pr
ovar
:um,a cul
pa;o out
ro,a i
nocênci
a do
Rai
mundo.Ent
ret
ant
o,oj
uizconsi
der
aaspr
ovasi
nsuf
ici
ent
esmasi
ncl
i
na-
sepel
a
cul
pabi
l
idadedor
éu.Nest
emoment
oecom ar
arahabi
l
idadet
omaapal
avr
ao
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na28
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
ensore,desv
def iando o assunt
o,suger
e que o r
éu sej
a decl
arado i
nocent
ee
absol
vi
do,quer apel
ando par
a er
ros j
udi
ciai
s ant
eri
ores,quer l
embr
ando o
compor
tament
oexempl
ardoseuconst
it
uint
ecomochef
edef
amí
l
ia,aest
imaque
t
odosl
hededi
cam,
etc.
,econseguequeoRai
mundosej
adecl
aradoi
nocent
e.
Oar
gument
osof
íst
icopoder
iar
edi
gir
-sedomodosegui
nte:
Nãopodesercr
imi
nosoquet
em um passadol
i
mpoeéest
imadoport
odos
Rai
mundot
em um passadol
i
mpoeéest
imadoport
odos
Logo,
Rai
mundonãoécr
imi
noso(
=éi
nocent
e).
Remédi
odossof
ismas
Opr
obl
emar
evest
edoi
saspect
os:
a)Ev
itaroseuempr
ego– par
aosev
itarexi
ge-
seumagr
andebagagem de
cul
tur
aquenosper
mit
averoser
roser
emedi
á-l
osdeacor
docom asr
egr
as
dopensament
ocor
rect
o.
b)Ref
utá-
los–exi
ge-
se,al
ém dacul
t a,umaper
ur spi
cáci
asagazeast
utaque
nosper
mit
aanal
i
sarcr
it
eri
osament
eal
i
nguagem,amat
éri
aeaf
ormados
sof
ismas,
demodoadescobr
ireaat
acaroser
rosqueencer
ram.
1.
7Lógi
capr
oposi
cional
Est
eti
podel
ógi
ca,di
fer
ent
ement
edaAr
ist
otél
i
caoucl
ássi
caqueét
otal
ment
e
f
ormale demonst
rat
iva(
sil
ogí
sti
ca)
,é,al
ém de serf
ormal
,si
stemat
icament
e
si
mból
i
ca.Tr
ata-
sedumal
ógi
camoder
naedei
nfer
ênci
apr
oposi
cionalquer
ecor
rea
umal
i
nguagem si
mból
i
capar
atr
aduzi
raspr
oposi
çõeseassuasr
elações.
Al
ógi
capr
oposi
ci
onal
éapl
i
cadat
endoem cont
aaossegui
ntesaspect
os:
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na29
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Asv
ari
ávei
s–asl
etr
asdoal
fabet
oquer
epr
esent
am qual
querenunci
ado,
por
i
sso,
sãodesi
gnadasporl
etr
asenunci
ati
vas:
p,q,
r,s,
tp’
,q’
,r
’,
s’,
etc.
Asconect
ivasoupr
oposi
çõesl
ógi
cas–sãoonúmer
odeci
nco:~,Ʌ,V,→ e
↔.
Os par
ênt
eses (
cur
vos ou r
ect
os)e as chav
etas – os par
ênt
eses e as
chav
etasf
unci
onam comosi
nai
sdepont
uaçãonaspr
oposi
çõescompl
exas,
t
alcomoav
írgul
aeospont
os:
{,[
,()
,},
].
Osv
alor
esl
ógi
cosdaspr
oposi
ções–t
rat
am-
sedov
erdadei
roedof
alsona
qual
i
ficaçãodaspr
oposi
çõesesãoabr
evi
adospel
asl
etr
asV–v
erdadei
ro(
1)
eF–f
also(
O).
1.
7.1Pr
oposi
çõessi
mpl
esepr
oposi
çõescompl
exas
Aspr
oposi
çõessãof
rasesdot
ipodecl
arat
ivoàsquai
sseassoci
am osv
alor
es
l
ógi
cos(
ver
dadei
roouf
also)
.Aspr
oposi
çõespodem serdedoi
sti
pos:si
mpl
esou
at
ómi
cos;
compl
exasoumol
ecul
ares.
Si
mpl
esouat
ómi
cas–quandoset
rat
adepr
oposi
çõesquenãosepodem decompor
nout
raspr
oposi
çõese,
pori
sso,
oseuv
alorl
ógi
comede-
seuni
cament
edoconf
ront
o
com osf
act
osdequeanunci
acom ar
eal
i
dade.Exempl
o:Osmoçambi
canossão
af
ri
canos.
Compl
exasoumol
ecul
ares–sãopr
oposi
çõesdecomponí
vei
snout
raspr
oposi
ções
consi
der
adasmai
ssi
mpl
es.
Exempl
o:Lur
desMut
olaf
oicampeãol
í
mpi
cados800m oucant
oraedançar
ina.
Decompondo,
fica:
Lur
desMut
olaf
oicampeãol
í
mpi
cados800m
Lur
desMut
olaf
oicant
ora
Lur
desMut
olaf
oidançar
ina
1.
7.2Conect
ivasl
ógi
casouoper
ador
esl
ógi
cos
Asconect
ivasl
ógi
casouoper
ador
essãoasoper
açõesel
ement
aresdocál
cul
o
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na30
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
pr
oposi
cional
.Tai
sconect
ivassãoonúmer
odeci
ncoedesi
gnam-
sedosegui
nte
modo:
Oper
açãol
ógi
ca Expr
essãov
erbal Sí
mbol
o
Negação Não ~
Conj
unção E Ʌ
Di
sjunção Ou V
Condi
cional
(oui
mpl
i
cação) Se…ent
ão… →
Bi
condi
cional
(ouequi
val
ênci
a) Seesóse ↔
1.
7.3Ast
abel
asdev
erdade
Repr
esent
am ast
abel
asdev
erdade,ascombi
naçõesdet
odososv
alor
espossí
vei
s
daspr
oposi
çõesconect
adas.Admi
ti
ndo-
sedoi
sval
oresdev
erdade:v
erdadei
roe
f
also,
sãopossí
vei
squat
rocasos.
Tomemoscomopont
odepar
ti
daosegui
nteex
empl
o:“
Vaqui
naest
udaeMuapi
tão
j
ogaf
utebol
.”
Casos Pr
oposi
ções Pr
oposi
çãocompost
a
possí
vei
s si
mpl
es
Vaqui
naest
uda Muapi
tão j
oga Vaqui
naest
udaeMuapi
tão
f
utebol j
ogaf
utebol
.
1ºCaso Ver
dadei
ra Ver
dadei
ra Ver
dadei
ra
2ºCaso Ver
dadei
ra Fal
sa Fal
sa
3ºCaso Fal
sa Ver
dadei
ra Fal
sa
4ºCaso Fal
sa Fal
sa Fal
sa
Os quat
ro casos são l
ogi
cament
e Val
ores de v
erdade par
a
possí
vei
s cadacasopossí
vel
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na31
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
1.
7.4Asoper
açõesl
ógi
cassobr
easpr
oposi
ções
Negação(
~)éum oper
adorl
ógi
coque,aol
i
gar
-seaumaúni
capr
oposi
ção,at
orna
f
alsaseév
erdadei
raev
erdadei
raseéf
alsa.A negaçãodeumapr
oposi
çãoP,
r
epr
esent
a-sepor
:~P.Apr
oposi
ção~Psóév
erdadei
raseapr
oposi
çãoPf
orf
alsa.
P ~P
V F
F V
Conj
unção(
Ʌ)t
raduzapar
tí
cul
a“e”dal
i
nguagem nat
uraledesempenhadomesmo
modo a sua f
unção cor
rent
e: l
i
gar copul
ati
vament
e duas expr
essões.
Si
mbol
i
cament
e,r
epr
esent
a-sedasegui
ntef
orma:PeQser
áPɅQ.Apr
oposi
ção
compost
a copul
ati
vament
e ser
áver
dadei
ra se as duas pr
oposi
ções si
mpl
es
env
olv
idasf
orem v
erdadei
ras.
P Q PɅQ
V V V
V F F
F V F
F F F
Di
sjunção(
V),
cor
respondeàpar
tí
cul
a“ou”dal
i
nguagem cor
rent
eecompet
e-l
he,
por
i
sso,associ
ar duas expr
essões (
denomi
nadas di
sjunt
os) at
rav
és da r
elação
“
ou…ou…”
.Sef
orPeQ,
duaspr
oposi
ções,
asuadi
sjunçãoser
árepr
esent
adaporPV
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na32
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Q.
Essaexpr
essãopodeserv
erdadei
raai
ndaqueumadaspr
oposi
çõessej
afal
sa.Mas
podesê-
lot
ambém seambasf
orem v
erdadei
ras,por
queacondi
çãodav
erdadeda
di
sjunçãoéquenumaouout
radaspr
oposi
çõessej
aver
dadei
ra.
P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F
Condi
cionalou I
mpl
i
cação (
→),conv
ert
e-se em l
i
nguagem nat
uralna r
elação
“
se…ent
ão”
.Apr
oposi
çãoencet
adapor“
se”chama-
seant
ecedent
eeapr
oposi
ção
encet
adapor“
ent
ão”chama-
seconsequent
e.Par
aapr
oposi
çãoPeQ,af
órmul
a
ser
á:P→Q.
Exempl
o:
P=Sócr
ateséhomem
Q=Sócr
ateséani
mal
.
Ar
elaçãodei
mpl
i
caçãoP→Qser
á:
SeSócr
ateséhomem,
ent
ãoéani
mal
.
Nesse caso,a i
mpl
i
cação é v
erdadei
ra quando ambas as pr
oposi
ções f
orem
v
erdadei
raset
ambém seambasaspr
oposi
çõesf
orem f
alsas.Ai
mpl
i
caçãosóé
f
alsacasooant
ecedent
esej
aver
dadei
ro.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na33
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
P Q P→ Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Equi
val
ênci
a(↔)
,éconect
ivabi
condi
cionaldocál
cul
opr
oposi
cional
.Cor
responde
com a conj
unção de duas i
mpl
i
cações e com o ant
ecedent
e e consequent
e
per
mut
ados,
ist
oé,
P↔QeQ↔P.Nest
amedi
dapodedi
zer
-sequeduaspr
oposi
ções
seequi
val
em quandosei
mpl
i
cam umaaout
ra.
Em l
i
nguagem nat
ural
,expr
essa-
seaequi
val
ênci
aat
rav
ésdaexpr
essão:
“seesóse”
.
Assi
m,sef
orem dadasaspr
oposi
çõesf
ica:
P=Sócr
ateséhomem.
Q=Sócr
atesér
aci
onal
.
Aequi
val
ênci
a
P↔Q
Assi
m,l
er-
se-
á:Sócr
ateséhomem seesóseSócr
atesér
aci
onal
.
Par
a que a equi
val
ênci
a sej
aver
dadei
ra é,ev
ident
ement
e necessár
io que as
pr
oposi
çõessej
am ambasv
erdadei
rasouambasf
alsas.
P Q P↔ Q
V V V
V F F
F V F
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na34
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
F F V
UNI
DADEI
I–FI
LOSOFI
APOLÍ
TICA
2.
1Noçõesbási
cas
Apal
avapol
r i
ticaédeor
i ega:pol
gem gr i
s, zerci
quequerdi dade.E,
pol
i
ticasi
gni
fi
ca,
et
imol
ogi
cament
e:ar
tedeadmi
nist
rar(
gov
ernar
)aci
dade.Usouapal
avr
apol
í
tica
par
adesi
gnaraoest
udodascoi
sasqueser
efer
em aoEst
ado(
repúbl
i
ca)
.
Par
aAr
ist
ótel
es,apol
í
ticaéaci
ênci
adogov
erno(
aar
tedegov
ernar
),ousej
a,o
t
rat
adosobr
eanat
ureza,f
unçõesedi
vi
sãodoEst
adoesobr
easv
ári
asf
ormasde
gov
erno.
Apol
í
ticaéumaact
ivi
dadei
mpr
esci
ndí
velnav
idahumanaeest
áli
gadaaopoder
sobr
eosout
roshomens.Par
aHobbes,
opodersãoosmei
osadequadosàobt
enção
dequal
querv
ant
agem epar
aRussel
l
,opoderéconj
unt
odemei
osqueper
mit
em
al
cançarosef
eit
osdesej
ados.
Nor
ber
toBobbi
odi
sti
nguet
rêsf
ormasdepoder
:
Podereconómi
co– assent
anapossedebens.Poderi
deol
ógi
co– basei
a-sena
i
nfl
uênci
aqueosdet
ent
oresdopoderexer
cem sobr
eosdemai
s,det
ermi
nando-
lhes
ocompor
tament
o(sacer
dot
es,past
ores,l
í
der
es,et
c.)
.Poderpol
í
tico–assent
ana
coer
çãoenaf
orça.Éaf
acul
dadequeum pov
opossuide,poraut
ori
dadepr
ópr
ia,
i
nst
it
uirór
gãosqueexer
çam agov
ernaçãodeum t
err
it
óri
o.
Ci
ênci
apol
í
tica
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na35
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
A ci
ênci
apol
í
ticaconsi
stenosest
udosqueser
eal
i
zam sobr
eaanál
i
sepol
í
tica.
Assi
m,aci
ênci
apol
í
ticaéoest
udosi
stemát
icodof
act
opol
í
ticor
elaci
onadocom o
acesso,
ati
tul
ari
dade,
oexer
cíci
oeocont
rol
odopoderpol
í
tico.
2.
1.1Pol
í
ticaeFi
l
osof
iapol
í
tica
AFi
l
osof
iapol
í
ticaocupa-
sedospr
obl
emasr
elaci
onadoscom aor
igem doEst
ado,
a
suaor
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zação,asuaf
ormai
deal
,asuaf
unçãoeoseuf
im especí
fi
co,anat
ureza
daacçãopol
í
ticaeassuasr
elaçõescom amor
al,ar
elaçãoent
reoEst
adoeo
i
ndi
ví
duo,
ent
reoEst
adoeaI
grej
aeent
reoEst
adoeospar
ti
dospol
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ticos.
AFi
l
osof
iapol
í
ticaseal
i
ment
adaspr
áti
caspol
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ticas,ousej
a,dosacont
eci
ment
os
pol
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ticosl
evadosacaboporpol
í
ticoseporaquel
esquepensam of
act
opol
í
tico,
daí
anecessi
dadedehav
erf
il
ósof
ospol
í
ticosem t
odasasf
asesdodesenv
olv
iment
oda
soci
edade.
AFi
l
osof
iapr
ocur
arcompr
eendereescl
arecerosconcei
tosdej
ust
iça,bem comum
deEst
ado,t
oler
ânci
a,soci
edadeeat
éopr
ópr
ioconcei
todepol
í
tica.E,of
il
ósof
o
pol
í
tico é aquel
e que anal
i
sa cr
it
icament
e a soci
edade (
ident
if
ica os aspect
os
posi
ti
vosenegat
ivos)
.Épori
ssoque,asdeci
sõespol
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ticasdev
eri
am sersempr
e
obj
ect
odeapr
eci
açãof
il
osóf
icaant
esdeser
em i
mpl
ement
adas.
Mas,
um dadoaconsi
der
arédeque,
em al
gumassoci
edades,
ofi
l
ósof
onãoébem-
v
indopel
osgov
ernant
es,
poi
séconsi
der
adocomoum per
tur
badordasoci
edade.
2.
1.2Ét
icapol
í
tica
Aacçãopol
í
ticadev
ebasear
-seem pr
incí
piosmor
ais,oumel
hornaét
ica.Poi
s,é
pr
ati
cament
eimpossí
velsepar
aropr
obl
emadaconst
it
uiçãodacomuni
dadepol
í
tica
dadet
ermi
naçãodecer
tosf
insét
icos,quesecar
act
eri
zapel
abuscadosi
dei
aisde
j
ust
iça,de f
eli
ci
dade,et
c.,sempr
e consi
der
adoscomo um bem ao qualt
odos
aspi
ram.Por
tant
o,éem f
unçãodeum det
ermi
nadobem queoshomenssedeci
dem
aconst
it
uirumacomuni
dadepol
í
tica.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na36
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
2.
1.3Est
ado/
Nação
Consi
der
a-sesoci
edadeaoest
adodoshomensoudosani
mai
squev
ivem soba
acçãodel
eiscomuns;r
euni
ãodepessoasuni
daspel
amesmaor
igem epel
as
mesmasl
eis.
O Est
ado é um or
gani
smo pol
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tico-
admi
nist
rat
ivo que ocupa um t
err
it
óri
o
det
ermi
nado;édi
ri
gidoporum gov
ernopr
ópr
ioeconst
it
ui-
secomopessoaj
urí
dica
de di
rei
to públ
i
co, i
nter
naci
onal
ment
e r
econheci
da. Compr
eende: popul
ação,
t
err
it
óri
o,podersober
anoer
econheci
ment
oint
ernaci
onal
.
Gov
ernoéoconj
unt
odepessoasquedet
êm car
gosof
ici
aiseexer
cem aut
ori
dade
em nome do Est
ado e que l
he f
oiconf
eri
da pel
o pov
o,no caso comum da
democr
aci
a;éaacçãodi
ri
gidaaoEst
ado.Eogov
ernant
eéqual
querf
unci
onár
io
públ
i
coqueassumecar
gosnadi
recção,
quedi
ri
geumai
nst
it
uiçãopúbl
i
ca.
Naçãoéacomuni
dadenat
uraldehomensque,r
euni
dosnum mesmot
err
it
óri
o,
possuem em comum aor
igem,oscost
umeseal
í
nguaeest
ãoconsci
ent
esdesses
f
act
os.Osel
ement
osessenci
aispar
aaconst
it
uiçãodanaci
onal
i
dadesão:
tradi
çãoe
cul
tur
a comuns,or
igem e r
aça (
fact
oresobj
ect
ivos)e a consci
ênci
a do gr
upo
humanodequeest
esel
ement
oscomuni
tár
iosest
ãopr
esent
es(
fact
orsubj
ect
ivo)
.
Const
it
uiçãoéoconj
unt
odel
eisbási
casquer
egul
am or
elaci
onament
odet
odosos
el
ement
osper
tencent
esaum mesmoEst
ado(
indi
ví
duos,i
nst
it
uições,r
elaçõesde
poder
,et
c.)
.A const
it
uiçãot
em af
unçãodet
raçarospr
incí
piosi
deol
ógi
cosda
or
gani
zaçãoi
nter
na.A mudançadaconst
it
uiçãoi
mpl
i
caamudançadot
ipode
Est
ado.
2.
1.4Par
ti
cipaçãopol
í
ticadosci
dadãos
Aquest
ãopol
í
ticanãoéopci
onal
,masumanecessi
dadequesei
mpõeaoHomem,
enquant
omembr
odeumacomuni
dadeor
gani
zadaqueser
egeporl
eiscomunse
assent
aem pr
incí
piosét
icosv
alor
izadospel
osseusmembr
os.
Nest
esent
ido,par
aPasqui
no,“
apar
ti
cipaçãopol
í
ticaéoconj
unt
odeact
osede
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na37
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
at
it
udesqueaspi
ram ai
nfl
uenci
ardef
ormamai
soumenosdi
rect
aemai
soumenos
l
egalasdeci
sõesdosdet
ent
oresdopodernosi
stemapol
í
ticocom opr
opósi
tode
mant
eroumodi
fi
caraest
rut
uradosi
stemadei
nter
essesdomi
nant
e.”
Sendoqueopr
obl
emapol
í
ticodi
zrespei
toat
odaasoci
edade,oci
dadãoque
compõeasoci
edadet
endepar
ti
ciparnel
acomoal
goquel
hedi
zrespei
to;cont
ri
bui
r
em i
dei
asnasdeci
sões,par
ti
ciparem ev
ent
osdei
nter
essedoEst
ado.Exempl
o:
exer
cendoodi
rei
todev
oto,
par
ti
ciparnosdebat
espúbl
i
cos,
etc.
Umaout
rapossí
velf
ormadepar
ti
cipaçãopol
í
ticaéaf
ormaçãoepar
ti
cipaçãocí
vi
ca
at
rav
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ti
dospol
í
ticos.Opar
ti
dopol
í
ticoéum gr
upodei
ndi
ví
duosuni
dospor
i
dei
aiseact
ivi
dadescomuns,com v
ist
aaconsecuçãodecer
tosf
inspol
í
ticosouà
el
eiçãodosf
unci
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aoEst
ado,querset
rat
edeór
gãosdogov
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ral
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ocai
s.
Em Moçambi
que,apar
ti
cipaçãodosci
dadãosnagov
ernaçãol
ocalér
egul
adapel
a
l
ein°
8/2003de19deMai
o,chamadal
eidosór
gãosl
ocai
sdoEst
ado(
LOLE)
.
Em suma,apol
í
ticaéum i
nst
rument
odesol
uçãodospr
obl
emashumanosquer
sej
am pol
í
ticos,
soci
ais,
educaci
onai
s,l
abor
ais,
económi
cos,
etc.
Em r
egi
mesdemocr
áti
cos,
ospar
ti
dospol
í
ticossobem aopoderat
rav
ésdeel
eições;
assi
m,ael
eiçãoéaescol
hapormei
odesuf
rági
odepessoaspar
aocuparum car
go
oudesempenharcer
tasf
unções.
2.
1.5Di
rei
toshumanosej
ust
içasoci
al
Osdi
rei
toshumanossãooconj
unt
odepr
incí
piosessenci
aisàexi
stênci
ahumana
condi
gnaqueapel
am aum r
econheci
ment
omút
uoent
rehomensenquant
oser
esde
di
rei
to.El
essãoi
nal
i
enáv
eis,comoodi
rei
toàv
ida,saúde,i
nvi
olabi
l
idadef
ísi
cae
psi
col
ógi
ca,
etc.
A Decl
aração Uni
ver
saldosDi
rei
tosHumanosf
oiadopt
adapel
aONU a10 de
Dezembr
od1948.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na38
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
OsDi
rei
toshumanos,
segundoadout
ri
nadoDi
rei
tonat
ural
,i
nat
os;
elesnãosãouma
dádi
vadequal
queror
gani
zaçãooui
nst
it
uição,poi
sexi
stem mui
toant
esdoHomem
est
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i
gadoaosconcei
tos:
soci
edade,
economi
a,Est
adoer
eli
gião.
Car
act
erí
sti
casdosdi
rei
toshumanos
1)Sãouni
ver
sai
s:nãodi
zem r
espei
toaest
eouaquel
ehomem,
massi
m at
odos
oshomens.
2)Sãoi
ndi
vi
duai
s:oi
ndi
ví
duo,ohomem l
i
vreéoseupor
tadorenãoogr
upo,
associ
açõesoucooper
açõesdesoci
edadeest
rat
if
icada.
3)Sãoant
eri
oresaoEst
ado:r
esul
tam danat
urezahumana,
oEst
adosóospode
r
econhecerenãoout
orgá-
los.Aconst
it
uiçãodecl
ara-
osapenasmasnãoos
cr
ia.
4)Quant
o à or
igem e car
áct
eri
ndi
vi
duai
s,são um di
rei
to de r
eiv
indi
cação
dur
ant
eoEst
ado,
poi
sexi
gedoEst
adoor
espei
todeumaesf
eradel
i
ber
dade
pessoal
porel
ereconheci
daedecl
arada.
Just
içasoci
al
Aj
ust
içasoci
alév
incul
adaao concei
to do bem comum poi
sasuadef
ini
ção
dependedaconcepçãopol
í
tico-
económi
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or.Assi
m,aj
ust
içasoci
al
est
áli
gadaaosdi
rei
toshumanosedi
zrespei
toài
gual
dadeent
ret
odososci
dadãos
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rei
todecadaum serr
espei
tadonosseusdi
rei
tos.
SegundoJohnRawl
s,aj
ust
içaéapr
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rav
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icazes e bem or
gani
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nst
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i
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orem i
njust
as.Pori
sso,oobj
ect
odaj
ust
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alé
ent
endi
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dade,
quedi
zrespei
toàest
rut
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it
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s est
rut
uras económi
cas e a manei
ra como essas r
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rei
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undament
aisecomodet
ermi
nam ar
epar
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íci
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raí
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açãosoci
al.
2.
1.6Est
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rei
toesuasf
unções
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na39
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
OEst
adodeDi
rei
todi
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osdessasoci
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ão
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ecesobr
etodososi
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açãode
poder
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osdi
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es.No
Est
adodeDi
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nguém est
áaci
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duos.
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unções não j
urí
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e,são consi
der
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rês
f
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ado:
segur
ança,
just
içaeobem-
est
ar.
2.
2.AFi
l
osof
iapol
í
ticanahi
stór
ia
Osdebat
esf
il
osóf
icossobr
eapol
í
ticanãosãor
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es,el
esacompanhar
am o
desenv
olv
iment
odasoci
edadeedassuaspr
eocupaçõesf
undament
ais.Osf
il
ósof
os
pr
eocupar
am-
se,
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efl
ect
irsobr
eosassunt
ospol
í
ticosesobr
ea
mel
horf
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gani
zaçãosoci
al.
2.
2.1AFi
l
osof
iapol
í
ticanaant
igui
dade
AFi
l
osof
iaant
iga,pr
inci
pal
ment
enav
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ent
eant
ropol
ógi
ca,émar
cadapordebat
es
r
elaci
onadosao homem ea soci
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oram ossof
ist
asquei
naugur
aram
assunt
osr
elaci
onadosaohomem.
Ossof
ist
as
Ossof
ist
asf
oram ospr
imei
rosar
odat
radi
cionaldepensament
odospr
é-socr
áti
cos
(
apr adoar
ocur chénanat
ureza)econcent
rar
am-
senoHomem enasquest
õesda
mor
ale da pol
í
tica.Dest
acam-
se como f
amosossof
ist
as:Pr
otágor
as,Gór
gias,
Tr
así
maco,
Pródi
coeHi
pódamo.
Napol
í
ticael
abor
aram el
egi
ti
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am oi
dealdemocr
áti
coei
nter
essar
am-
sepel
a
v
irt
udedoci
dadãof
undament
adanaj
ust
iça.Par
aisso,er
anecessár
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Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na40
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
dadãosdapol
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ssuper
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ivi
l
égi
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i
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a.
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rogr
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ist
asf
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ica,
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incul
andoosj
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aapar
ti
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epúbl
i
co.
Pl
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428–347a.
C.)
O seupensament
opol
í
ticopodeserencont
rado,f
undament
al as:A
,nassuasobr
Repúbl
i
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í
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s.
Pl
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seem i
magi
narumaci
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dealnaqualr
einar
iaum bom gov
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egi
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ust
o.Poi
s,obom gov
erno,segundoPl
atão,dependedav
irt
udedos
bonsgov
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l
osof
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cament
eoEst
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í
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it
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l
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poi
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l
osof
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alor
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ust
içaedebem.
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Pl
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adoéconv
enci
onal
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ánof
act
odeos
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arem asimesmos.Ni
nguém podeocuparaomesmot
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di
ver
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ar-
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ros,
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docom aor
ient
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mas:osdebr
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car
-
seàagr
icul
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tesanat
oeaocomér
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erem sensi
bil
i
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ossei
ra.Os
out
rosest
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iam mai
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tef
ami
l
iar
.Osquet
ivessem a
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na41
Escol
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cent
edePaul
o
al
madepr
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car
iam àdef
esadaci
dade.E,
osdaal
madeour
o,i
nst
ruí
dosna
ar
tedepensaredi
alogargov
ernar
iam porconhecer
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sal
toqueéa
Fi
l
osof
ia(
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inci
pal
vir
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Par
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asses:t
rabal
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camponeses,
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ant
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guar
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–adef
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a
coesa.
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ist
ocr
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il
ósof
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rei
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f
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l
ment
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atr
ansf
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aci
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a.
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qui
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ocr
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aci
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orf
ormadegov
erno,
poi
s,est
ando
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o,esendoest
eincapazdeconheceraci
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í
tica,
f
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cidopor
um sóhomem,
atr
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)
Di
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il
ósof
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Compi
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sioLenço2018 Pági
na42
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Compi
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na43
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2.
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l
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ticanai
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a
Sant
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inho(
354–430d.
C.)
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í
ticodeSant
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ra- a:aCi
senasuaobr dadede
Deus.Naqualt
eor
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vi
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seem duasci
dades:aCi
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Ci
dadet
err
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oai
grej
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dadet
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Compi
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na44
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ent
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odososci
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tam par
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vercomohomens.
Amel
horf
ormadegov
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qui
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grej
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sso,oEst
adosubor
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enat
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dohomem.
2.
2.3AFi
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dadeModer
naécol
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oXVIaosf
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atr
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icaar
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na51
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semov
iment
os,comoopan-
afr
icani
smoea
negr
it
ude,queser
viam comomei
odeuni
ãodosaf
ri
canosnoqueser
efer
eaos
domí
niospol
í
ticosecul
tur
al,
respect
ivament
e.
Assi
m,af
il
osof
iasoci
alepol
í
ticaaf
ri
cana,no ^
âmbi
to dasmudançassoci
ais,
ent
err
ouasbasesdef
endi
dasi
nici
alment
epormui
tof
il
ósof
oscél
ebr
es,
comoPl
atào,
queadv
ogav
aasv
irt
udescomof
undament
ospar
aobom gov
erno,
exi
gindoaj
ust
iça,
asabedor
ia,
acor
agem eat
emper
ança.
Pan-
afr
icani
smo
Sur
ge como mani
fest
ação da sol
i
dar
iedade ent
re os af
ri
canos e os pov
os de
descendênci
aaf
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ect
ivopr
inci
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í
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ados
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ri
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iment
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il
osof
iapol
í
ticaaf
ri
cana.Apr
imei
ra
conf
erênci
apan-
afr
icanaf
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eal
i
zadaem Londr
es,em 1900com oobj
ect
ivode
pr
ocur
arumaf
ormadepr
otecçãocont
raosagr
essor
esi
mper
ial
i
stasbr
ancose
cont
raapol
í
ticacol
oni
alqueat
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ãosubmet
iaosnegr
os.
3.
2.4Af
il
osof
iacul
tur
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Negr
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it
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afr
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i
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fer
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áct
ercul
tur
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sedeum mov
iment
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CoubeaAi
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e
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ecabeapat
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it
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oresi
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es
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na58
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
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ri
canos.
UNI
DADEI
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LOSOFI
APOLÍ
TICA
2.
1Noçõesbási
cas
Apal
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r i
ticaédeor
i ega:pol
gem gr i
s, zerci
quequerdi dade.E,
pol
i
ticasi
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ca,
et
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e:ar
tedeadmi
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gov
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apol
í
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gnaraoest
udodascoi
sasqueser
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repúbl
i
ca)
.
Par
aAr
ist
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es,apol
í
ticaéaci
ênci
adogov
erno(
aar
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ernar
),ousej
a,o
t
rat
adosobr
eanat
ureza,f
unçõesedi
vi
sãodoEst
adoesobr
easv
ári
asf
ormasde
gov
erno.
Apol
í
ticaéumaact
ivi
dadei
mpr
esci
ndí
velnav
idahumanaeest
áli
gadaaopoder
sobr
eosout
roshomens.Par
aHobbes,
opodersãoosmei
osadequadosàobt
enção
dequal
querv
ant
agem epar
aRussel
l
,opoderéconj
unt
odemei
osqueper
mit
em
al
cançarosef
eit
osdesej
ados.
Nor
ber
toBobbi
odi
sti
nguet
rêsf
ormasdepoder
:
Podereconómi
co– assent
anapossedebens.Poderi
deol
ógi
co– basei
a-sena
i
nfl
uênci
aqueosdet
ent
oresdopoderexer
cem sobr
eosdemai
s,det
ermi
nando-
lhes
ocompor
tament
o(sacer
dot
es,past
ores,l
í
der
es,et
c.)
.Poderpol
í
tico–assent
ana
coer
çãoenaf
orça.Éaf
acul
dadequeum pov
opossuide,poraut
ori
dadepr
ópr
ia,
i
nst
it
uirór
gãosqueexer
çam agov
ernaçãodeum t
err
it
óri
o.
Ci
ênci
apol
í
tica
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na59
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
A ci
ênci
apol
í
ticaconsi
stenosest
udosqueser
eal
i
zam sobr
eaanál
i
sepol
í
tica.
Assi
m,aci
ênci
apol
í
ticaéoest
udosi
stemát
icodof
act
opol
í
ticor
elaci
onadocom o
acesso,
ati
tul
ari
dade,
oexer
cíci
oeocont
rol
odopoderpol
í
tico.
2.
1.1Pol
í
ticaeFi
l
osof
iapol
í
tica
AFi
l
osof
iapol
í
ticaocupa-
sedospr
obl
emasr
elaci
onadoscom aor
igem doEst
ado,
a
suaor
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zação,asuaf
ormai
deal
,asuaf
unçãoeoseuf
im especí
fi
co,anat
ureza
daacçãopol
í
ticaeassuasr
elaçõescom amor
al,ar
elaçãoent
reoEst
adoeo
i
ndi
ví
duo,
ent
reoEst
adoeaI
grej
aeent
reoEst
adoeospar
ti
dospol
í
ticos.
AFi
l
osof
iapol
í
ticaseal
i
ment
adaspr
áti
caspol
í
ticas,ousej
a,dosacont
eci
ment
os
pol
í
ticosl
evadosacaboporpol
í
ticoseporaquel
esquepensam of
act
opol
í
tico,
daí
anecessi
dadedehav
erf
il
ósof
ospol
í
ticosem t
odasasf
asesdodesenv
olv
iment
oda
soci
edade.
AFi
l
osof
iapr
ocur
arcompr
eendereescl
arecerosconcei
tosdej
ust
iça,bem comum
deEst
ado,t
oler
ânci
a,soci
edadeeat
éopr
ópr
ioconcei
todepol
í
tica.E,of
il
ósof
o
pol
í
tico é aquel
e que anal
i
sa cr
it
icament
e a soci
edade (
ident
if
ica os aspect
os
posi
ti
vosenegat
ivos)
.Épori
ssoque,asdeci
sõespol
í
ticasdev
eri
am sersempr
e
obj
ect
odeapr
eci
açãof
il
osóf
icaant
esdeser
em i
mpl
ement
adas.
Mas,
um dadoaconsi
der
arédeque,
em al
gumassoci
edades,
ofi
l
ósof
onãoébem-
v
indopel
osgov
ernant
es,
poi
séconsi
der
adocomoum per
tur
badordasoci
edade.
2.
1.2Ét
icapol
í
tica
Aacçãopol
í
ticadev
ebasear
-seem pr
incí
piosmor
ais,oumel
hornaét
ica.Poi
s,é
pr
ati
cament
eimpossí
velsepar
aropr
obl
emadaconst
it
uiçãodacomuni
dadepol
í
tica
dadet
ermi
naçãodecer
tosf
insét
icos,quesecar
act
eri
zapel
abuscadosi
dei
aisde
j
ust
iça,de f
eli
ci
dade,et
c.,sempr
e consi
der
adoscomo um bem ao qualt
odos
aspi
ram.Por
tant
o,éem f
unçãodeum det
ermi
nadobem queoshomenssedeci
dem
aconst
it
uirumacomuni
dadepol
í
tica.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na60
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
2.
1.3Est
ado/
Nação
Consi
der
a-sesoci
edadeaoest
adodoshomensoudosani
mai
squev
ivem soba
acçãodel
eiscomuns;r
euni
ãodepessoasuni
daspel
amesmaor
igem epel
as
mesmasl
eis.
O Est
ado é um or
gani
smo pol
í
tico-
admi
nist
rat
ivo que ocupa um t
err
it
óri
o
det
ermi
nado;édi
ri
gidoporum gov
ernopr
ópr
ioeconst
it
ui-
secomopessoaj
urí
dica
de di
rei
to públ
i
co, i
nter
naci
onal
ment
e r
econheci
da. Compr
eende: popul
ação,
t
err
it
óri
o,podersober
anoer
econheci
ment
oint
ernaci
onal
.
Gov
ernoéoconj
unt
odepessoasquedet
êm car
gosof
ici
aiseexer
cem aut
ori
dade
em nome do Est
ado e que l
he f
oiconf
eri
da pel
o pov
o,no caso comum da
democr
aci
a;éaacçãodi
ri
gidaaoEst
ado.Eogov
ernant
eéqual
querf
unci
onár
io
públ
i
coqueassumecar
gosnadi
recção,
quedi
ri
geumai
nst
it
uiçãopúbl
i
ca.
Naçãoéacomuni
dadenat
uraldehomensque,r
euni
dosnum mesmot
err
it
óri
o,
possuem em comum aor
igem,oscost
umeseal
í
nguaeest
ãoconsci
ent
esdesses
f
act
os.Osel
ement
osessenci
aispar
aaconst
it
uiçãodanaci
onal
i
dadesão:
tradi
çãoe
cul
tur
a comuns,or
igem e r
aça (
fact
oresobj
ect
ivos)e a consci
ênci
a do gr
upo
humanodequeest
esel
ement
oscomuni
tár
iosest
ãopr
esent
es(
fact
orsubj
ect
ivo)
.
Const
it
uiçãoéoconj
unt
odel
eisbási
casquer
egul
am or
elaci
onament
odet
odosos
el
ement
osper
tencent
esaum mesmoEst
ado(
indi
ví
duos,i
nst
it
uições,r
elaçõesde
poder
,et
c.)
.A const
it
uiçãot
em af
unçãodet
raçarospr
incí
piosi
deol
ógi
cosda
or
gani
zaçãoi
nter
na.A mudançadaconst
it
uiçãoi
mpl
i
caamudançadot
ipode
Est
ado.
2.
1.4Par
ti
cipaçãopol
í
ticadosci
dadãos
Aquest
ãopol
í
ticanãoéopci
onal
,masumanecessi
dadequesei
mpõeaoHomem,
enquant
omembr
odeumacomuni
dadeor
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zadaqueser
egeporl
eiscomunse
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aem pr
incí
piosét
icosv
alor
izadospel
osseusmembr
os.
Nest
esent
ido,par
aPasqui
no,“
apar
ti
cipaçãopol
í
ticaéoconj
unt
odeact
osede
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na61
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
at
it
udesqueaspi
ram ai
nfl
uenci
ardef
ormamai
soumenosdi
rect
aemai
soumenos
l
egalasdeci
sõesdosdet
ent
oresdopodernosi
stemapol
í
ticocom opr
opósi
tode
mant
eroumodi
fi
caraest
rut
uradosi
stemadei
nter
essesdomi
nant
e.”
Sendoqueopr
obl
emapol
í
ticodi
zrespei
toat
odaasoci
edade,oci
dadãoque
compõeasoci
edadet
endepar
ti
ciparnel
acomoal
goquel
hedi
zrespei
to;cont
ri
bui
r
em i
dei
asnasdeci
sões,par
ti
ciparem ev
ent
osdei
nter
essedoEst
ado.Exempl
o:
exer
cendoodi
rei
todev
oto,
par
ti
ciparnosdebat
espúbl
i
cos,
etc.
Umaout
rapossí
velf
ormadepar
ti
cipaçãopol
í
ticaéaf
ormaçãoepar
ti
cipaçãocí
vi
ca
at
rav
ésdepar
ti
dospol
í
ticos.Opar
ti
dopol
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ticoéum gr
upodei
ndi
ví
duosuni
dospor
i
dei
aiseact
ivi
dadescomuns,com v
ist
aaconsecuçãodecer
tosf
inspol
í
ticosouà
el
eiçãodosf
unci
onár
iospar
aoEst
ado,querset
rat
edeór
gãosdogov
ernocent
ral
oupar
aaut
arqui
asl
ocai
s.
Em Moçambi
que,apar
ti
cipaçãodosci
dadãosnagov
ernaçãol
ocalér
egul
adapel
a
l
ein°
8/2003de19deMai
o,chamadal
eidosór
gãosl
ocai
sdoEst
ado(
LOLE)
.
Em suma,apol
í
ticaéum i
nst
rument
odesol
uçãodospr
obl
emashumanosquer
sej
am pol
í
ticos,
soci
ais,
educaci
onai
s,l
abor
ais,
económi
cos,
etc.
Em r
egi
mesdemocr
áti
cos,
ospar
ti
dospol
í
ticossobem aopoderat
rav
ésdeel
eições;
assi
m,ael
eiçãoéaescol
hapormei
odesuf
rági
odepessoaspar
aocuparum car
go
oudesempenharcer
tasf
unções.
2.
1.5Di
rei
toshumanosej
ust
içasoci
al
Osdi
rei
toshumanossãooconj
unt
odepr
incí
piosessenci
aisàexi
stênci
ahumana
condi
gnaqueapel
am aum r
econheci
ment
omút
uoent
rehomensenquant
oser
esde
di
rei
to.El
essãoi
nal
i
enáv
eis,comoodi
rei
toàv
ida,saúde,i
nvi
olabi
l
idadef
ísi
cae
psi
col
ógi
ca,
etc.
A Decl
aração Uni
ver
saldosDi
rei
tosHumanosf
oiadopt
adapel
aONU a10 de
Dezembr
od1948.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na62
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
OsDi
rei
toshumanos,
segundoadout
ri
nadoDi
rei
tonat
ural
,i
nat
os;
elesnãosãouma
dádi
vadequal
queror
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zaçãooui
nst
it
uição,poi
sexi
stem mui
toant
esdoHomem
est
arl
i
gadoaosconcei
tos:
soci
edade,
economi
a,Est
adoer
eli
gião.
Car
act
erí
sti
casdosdi
rei
toshumanos
5)Sãouni
ver
sai
s:nãodi
zem r
espei
toaest
eouaquel
ehomem,
massi
m at
odos
oshomens.
6)Sãoi
ndi
vi
duai
s:oi
ndi
ví
duo,ohomem l
i
vreéoseupor
tadorenãoogr
upo,
associ
açõesoucooper
açõesdesoci
edadeest
rat
if
icada.
7)Sãoant
eri
oresaoEst
ado:r
esul
tam danat
urezahumana,
oEst
adosóospode
r
econhecerenãoout
orgá-
los.Aconst
it
uiçãodecl
ara-
osapenasmasnãoos
cr
ia.
8)Quant
o à or
igem e car
áct
eri
ndi
vi
duai
s,são um di
rei
to de r
eiv
indi
cação
dur
ant
eoEst
ado,
poi
sexi
gedoEst
adoor
espei
todeumaesf
eradel
i
ber
dade
pessoal
porel
ereconheci
daedecl
arada.
Just
içasoci
al
Aj
ust
içasoci
alév
incul
adaao concei
to do bem comum poi
sasuadef
ini
ção
dependedaconcepçãopol
í
tico-
económi
cadecadaaut
or.Assi
m,aj
ust
içasoci
al
est
áli
gadaaosdi
rei
toshumanosedi
zrespei
toài
gual
dadeent
ret
odososci
dadãos
eaodi
rei
todecadaum serr
espei
tadonosseusdi
rei
tos.
SegundoJohnRawl
s,aj
ust
içaéapr
imei
rav
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udedasi
nst
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uiçõessoci
ais,
pormai
s
ef
icazes e bem or
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zadas que sej
am,as i
nst
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uições e as l
eis dev
em ser
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madaseabol
i
dassef
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njust
as.Pori
sso,oobj
ect
odaj
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içasoci
alé
ent
endi
dacomoequi
dade,
quedi
zrespei
toàest
rut
uradebasecomoaconst
it
uição,
as pr
inci
pai
s est
rut
uras económi
cas e a manei
ra como essas r
epr
esent
am os
di
rei
tos,osdev
eresf
undament
aisecomodet
ermi
nam ar
epar
ti
çãodosbenef
íci
os
ext
raí
dosdacooper
açãosoci
al.
2.
1.6Est
adodeDi
rei
toesuasf
unções
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na63
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
OEst
adodeDi
rei
todi
zrespei
toàquel
eondeosmembr
osdessasoci
edadeest
ão
t
odossubmet
idosàmesmal
ei,
ist
oé,
ondeal
eipr
eval
ecesobr
etodososi
ndi
ví
duos.
Num Est
adodeDi
rei
tohár
espei
tosobr
eahi
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qui
adasnor
mas,separ
açãode
poder
esepel
osdi
rei
tosf
undament
ais.El
eégar
ant
idopel
adi
vi
sãodepoder
es.No
Est
adodeDi
rei
toni
nguém est
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ei;
alei
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nasobr
etodososi
ndi
ví
duos.
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unções não j
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e,são consi
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adas t
rês
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segur
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just
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est
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2.
2.AFi
l
osof
iapol
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ticanahi
stór
ia
Osdebat
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il
osóf
icossobr
eapol
í
ticanãosãor
ecent
es,el
esacompanhar
am o
desenv
olv
iment
odasoci
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eocupaçõesf
undament
ais.Osf
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ósof
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pr
eocupar
am-
se,
em seucont
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efl
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irsobr
eosassunt
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ticosesobr
ea
mel
horf
ormadeor
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2.
2.1AFi
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ticanaant
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inci
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ropol
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ca,émar
cadapordebat
es
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elaci
onadosao homem ea soci
edade.E,f
oram ossof
ist
asquei
naugur
aram
assunt
osr
elaci
onadosaohomem.
Ossof
ist
as
Ossof
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asf
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i
tist
a.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na64
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
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asf
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i
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428–347a.
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Pl
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osdaal
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Compi
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adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na65
Escol
aSec.S.Vi
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edePaul
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mundo
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sioLenço2018 Pági
na66
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Compi
l
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sioLenço2018 Pági
na67
Escol
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354–430d.
C.)
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Ci
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ena.Enquant
oai
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dadedeDeus,oEst
adoéa
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naçãodaCi
dadet
err
ena,
manchadapel
opecadoor
igi
nal
.OHomem pr
eci
sado
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adopar
aobr
igarosmembr
osdacomuni
dadeaocumpr
iment
odal
ei.
Sant
oAgost
inhodef
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stênci
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ori
dadepol
í
ticapar
aquesemant
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paz,aj
ust
iça,aor
dem easegur
ança.Aaut
ori
dadepol
í
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vadi
vi
naaos
ser
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os.
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O pensament
opol
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ticodeSãoTomásdeAqui
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hadonasuaobr
Regi
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DoGov
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ínci
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eaor
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ado,asv
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ormasdegov
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grej
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aAqui
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i
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ndi
ví
duo.O Est
ado é uma soci
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que consi
ste na r
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fei
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OEst
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mundo
Reedi
tadoporDi
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sioLenço2018 Pági
na68
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aSec.S.Vi
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edePaul
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l
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ernopar
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grej
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fei
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sso,oEst
adosubor
dinar
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t
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enat
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dohomem.
2.
2.3AFi
l
osof
iapol
í
ticanai
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dadeModer
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ocadanoi
níci
odosécul
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oXVI
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i
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avésdat
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omoder
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azão,at
écni
caeademocr
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icaar
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acont
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ticosem v
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sesdomundo.
Ni
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ist
ãoecom oenf
raqueci
ment
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ticodopapado,
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gem,
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a,asr
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i
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est
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ci
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em det
ri
ment
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est
arespi
ri
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ínci
pe,Maqui
avel(
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áli
a),não se
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everum est
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tedopr
essupost
odequeoshomens,em ger
al,seguem cegament
e
assuaspai
xões,
esquecendo-
semai
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dado
mat
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móni
o.Aspai
xõesquesecol
ocam em pr
imei
rol
ugarsão,
além dacobi
çaedo
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es,
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sioLenço2018 Pági
na69
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s.
Assi
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ocadasecul
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ThomasHobbes,f
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queodi
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ase
conser
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rei
toi
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imi
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endeat
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sas,at
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ida,daía:guer
radet
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bel
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um omni
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am al
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na80
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cado da subst
ânci
a.Enquant
o a subst
ânci
a per
manece no i
ndi
ví
duo
mesmocom asmodi
fi
cações,
oaci
dent
eéqueest
ásuj
eit
oamudançasnoi
ndi
ví
duo.
Exempl
o:ami
nhaescol
aél
i
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Egnési
oéi
ntel
i
gent
e,et
c.
Acl
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es:
Qual
i
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ormadasubst
ânci
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,int
eli
gent
e,boni
to,
etc)
.
Quant
idade– at
ri
bui
çãodepar
tesdi
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ntasaout
ras(
exempl
o:pequeno,gr
ande,
12gr
;20kg)
.
Rel
ação–l
i
gaçãoqueseest
abel
eceent
reasubst
ânci
aeosaci
dent
es(
exempl
o:pai
,
f
il
ho,
pri
mo,
presi
dent
e,chef
e).
Tempo–moment
oouocasi
ãodi
sponí
velpar
aqueumacoi
saser
eal
i
ze(
demanhã,
mei
o-di
a,at
arde,
1975,
etc.
).
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na85
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Acção– oqueasubst
ânci
asf
azusandoassuasf
acul
dadesoupoder
es(
por
exempl
o:di
alogar
,conduzi
rumamot
ori
zada,
etc.
).
Est
ado–conj
unt
odebensoui
nst
rument
osque,
porsuahabi
l
idade,
compl
ement
am
anat
urezadasubst
ânci
a(porexempl
o:l
uxo,
faust
o,et
c.)
.
Posi
ção–l
ugaroupost
urar
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ivaocupadapel
asubst
ânci
a(depé,
sent
ado,
dei
tado,
et
c.)
.
Pai
xão – sent
iment
o ou emoção que pr
ovoca sent
iment
o numa det
ermi
nada
subst
ânci
a(aper
dadeum ent
equer
ido,of
eri
ment
o,adoença,acondenaçãode
Sócr
ates,
etc.
).
4.
1.3Pot
ênci
aeact
o
Par
aexpl
i
carodi
nami
smodoser
,Ar
ist
ótel
esr
ecor
reuaduasnoçõesf
undament
ais:
pot
ênci
aeact
o.
Pot
ênci
aéapossi
bil
i
dadequeumamat
éri
atem dev
iraseral
goem act
o;ousej
a,é
ocar
áct
erdi
nâmi
codamat
éri
aquel
heper
mit
epossui
rum det
ermi
nadomodode
serequel
heconf
ereacapaci
dadededev
ir.Porexempl
o:sesouapr
endi
zdef
il
ósof
o,
possoounãov
iraserf
il
ósof
o;masj
áquet
enhoapossi
bil
i
dade,possoaf
ir
marque
souf
il
ósof
oem pot
ênci
a.
Oact
oéoquef
azseraqui
l
oqueé,
éoserr
eal
,éoqueodet
ermi
na.Di
zerqueuma
coi
saest
áem act
oéomesmoquedi
zerqueamesmacoi
sat
em act
ual
i
dade,ou
sej
a,passoudapot
ênci
adeseral
goaoact
odeser
.Porexempl
o:acami
sado
uni
for
meest
áem act
o,exi
steact
ual
ment
e,nãoéaquel
esi
mpl
est
eci
do.
Est
esdoi
sconcei
tossãocor
rel
ati
vos:oact
oexpl
i
caauni
dadedoserenquant
oéea
pot
ênci
aexpl
i
caoqueamat
éri
apodev
iraser
.
4.
1.4Essênci
aeexi
stênci
a
Também sãodoi
sconcei
toscor
rel
ati
vos.Par
aAr
ist
ótel
es:aessênci
aéoquêde
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na86
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
umacoi
sa,
ist
oé,
nãooquesej
a,masaqui
l
oqueumacoi
saé.Tr
ata-
sedaqual
i
dade
oudet
ermi
naçãosem aqualumacoi
sanãoser
iaoquef
act
ual
ment
eé.Aexi
stênci
a
éaact
ual
i
zaçãodaessênci
a;éar
eal
i
dade,
asubst
ânci
aem act
o.
Por
tant
o,a essênci
a ea exi
stênci
a são pr
incí
piosnecessár
iosda af
ir
mação e
const
it
uição do ser
;poi
séi
nconcebí
velum sersem essênci
aouum sersem
exi
stênci
a.Pori
sso,aessênci
anadaésem aexi
stênci
aeaexi
stênci
anãoésem a
essênci
a.
Par
aoessenci
ali
smo,aessênci
aéapr
imei
raqueaexi
stênci
a:oserdef
ine-
se
pr
imei
rament
eesó depoi
sset
ornai
sto ouaqui
l
o.Enquant
o o exi
stenci
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smo
def
endeapr
imazi
adaexi
stênci
asobr
eaessênci
a:umapessoanãot
em qual
quer
nat
urezaouconj
unt
odeescol
haspr
edet
ermi
nadas,poi
sésempr
eli
vrepar
afazer
nov
asescol
haseconst
it
uir
-secomoumapessoadi
fer
ent
e.
4.
1.5Acadei
aar
ist
otél
i
cadecausas:
TomásdeAqui
noeasci
ncov
ias
A causar
efer
e-seàf
orçat
ransf
ormador
adascoi
sas(
dapot
ênci
aaoact
o)que
conf
ereum det
ermi
nadomododeser
.
Par
aAr
ist
ótel
es,
osser
escr
iadosnãot
êm ar
azãodeserem simesmosedi
sti
ngue
quat
rocausasqueconcor
rem par
aapr
oduçãodequal
quercoi
sa:
Causaef
ici
ent
e–aqui
l
oquepr
oduzumacoi
sa.Éoar
tí
fi
cequeconf
ereoser
queant
esumacoi
sanãopossuí
a.
Causamat
eri
al–condi
çãoouaqui
l
odequeumacoi
saéf
eit
a.
Causaf
ormal–af
ormaouoaspect
oqueum det
ermi
nadosert
omaouqueé
pl
asmadopel
oseucr
iador
.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na87
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Causaf
inal
–opr
opósi
toouoobj
ect
ivocom queumacoi
saéf
eit
a.
TomásdeAqui
no,nai
dademédi
a,f
aladeci
ncov
iasquet
ambém sãoconheci
das
comoaspr
ovasdaexi
stênci
adeDeus.
1.Omov
iment
odomundosóéexpl
i
cáv
elseexi
sti
rum pr
imei
romot
ori
móv
el.
2.Asér
iedecausasef
ici
ent
esnomundodev
em conduzi
raumacausasem causa.
3.Osser
escont
ingent
esecor
rupt
ívei
sdev
em dependerdeum sernecessár
io
i
ndependent
eei
ncor
rupt
ível
.
4.Osdi
ver
sosgr
ausdar
eal
i
dadeebondadedomundodev
em serapr
oxi
maçõesa
um máxi
moder
eal
i
dadeebondadesubsi
stent
e.
5.At
eol
ogi
anor
maldeagent
esnãoconsci
ent
esnouni
ver
soi
mpl
i
caaexi
stênci
ade
um or
ient
adoruni
ver
sal
int
eli
gent
e.
4.
1.6Amet
afí
sicaeof
im úl
ti
modoHomem
Nãoháunani
midadesobr
eosf
inspar
aosquai
soHomem f
oicr
iado.Maspr
eval
ece
umav
isãot
eleol
ógi
capar
aaexi
stênci
ahumana.
Par
aAr
ist
ótel
es,t
odaaacçãohumanaéf
eit
aem f
unçãodeum f
im queéobem
sober
ano,
ist
oé,
afel
i
cidade.Par
ael
e,serf
eli
zéof
im úl
ti
modaexi
stênci
ahumana.
Achav
edaf
eli
ci
dadecompr
eendeopr
azer
,serci
dadãol
i
vreev
iversegundoar
azão.
Também,nai
dademédi
a,Sant
oAgost
inhoaf
ir
maqueoHomem échamadoaser
f
eli
z.Par
ael
e,af
eli
ci
dadeconsi
stenabuscadeum bem per
manent
equeéDeus.
São Tomás acr
edi
ta que o homem f
oicr
iado em f
unção de um f
im:o f
im
sobr
enat
ural
queéasal
vaçãodasal
masi
ndi
vi
duai
seof
im nat
ural
queéaf
eli
cidade
t
err
ena.
Par
aBr
azãoMazul
a,pensadormoçambi
cano,oHomem t
em deagi
rdeacor
docom
a ét
ica da f
eli
ci
dade que se basei
a num t
rabal
ho dur
o,na cr
iat
ivi
dade e na
honest
idadeenãonaacumul
açãoi
l
íci
tadebens.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na88
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
4.
2Est
éti
ca
4.
2.1Concei
todeest
éti
ca
Aest
éti
caéaci
ênci
adobel
o.Umadi
sci
pli
naf
il
osóf
icaqueseocupanoest
udodo
bel
o.Par
aKant
,aest
éti
caéaci
ênci
aquet
rat
adascondi
çõesdeper
cepçãopel
os
sent
idos.
O obj
ect
odeest
udodaest
éti
ca,enquant
oci
ênci
aet
eor
iadobel
o,éot
ipode
conheci
ment
oadqui
ri
dopel
ossent
idoscomobel
aar
te.Ospr
obl
emasf
undament
ais
daest
éti
casão:anat
urezadaar
te,
oseuf
im easuar
elaçãocom asout
rasesf
eras
dav
idahumana.
4.
2.2Aessênci
adobel
o
Par
aPl
atão,
aar
teéumai
mit
açãodanat
urezaqueécópi
adasi
dei
asdomundodas
i
dei
as;oal
vodai
mit
açãoéobel
o.Par
aAr
ist
ótel
es,aar
tenãoéapenasai
mit
ação
danat
ureza,t
rat
a-sedeumar
epr
oduçãodanat
urezacom ai
ntençãodeasuper
ar.
Par
aVi
co,aar
teéum modof
undament
aleor
igi
naldehomem seexpr
essarnuma
det
ermi
nadaf
asedoseudesenv
olv
iment
o:adossent
idos,
adaf
ant
asi
aeadar
azão.
Aar
tecomoamai
ssubl
i
meexpr
essãohumanadanat
urezaedouni
ver
soopõe-
sea
pr
ópr
iaNat
urezaqueohomem pr
etendeexpr
imi
rei
nter
pret
ar.Quandoési
mpl
es
mani
fest
açãodobel
o,denomi
na-
sebel
as-
art
ese,quandoaar
tev
isaf
insl
ucr
ati
vos,
denomi
na-
sear
tesút
eis.
4.
2.3Obel
ocomof
undament
odaar
te
Nãoháconsensosobr
eoqueébel
oousobr
eoqu
enãooé,por
que,oqueébel
oésubj
ect
ivo.A obr
adaar
teéar
epr
esent
ação
subj
ect
ivadar
eal
i
dade.Nãoex
ist
em v
alor
escomungadosport
odosospov
oseem
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na89
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
t
odosost
empos.Obel
oéoquenosr
eúnemai
sfaci
l
ment
eemai
smi
ster
iosament
e.
Daíque,
aobr
adear
tedev
eserumar
epr
esent
açãobel
adomundodoar
ti
sta.
4.
2.4Asbel
asar
tes
Exi
stem asar
tesmecâni
cas(
met
alur
giaet
êxt
eis)em queoar
ti
staest
ápr
eocupado
com aut
il
idadedasuaobr
a(ol
ucr
o).Exi
stem asbel
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tesem queapr
eocupação
f
undament
aldoar
ti
staéaexpr
essãodogost
opel
obel
o.
Asbel
as-
art
escl
assi
fi
cam-
seem ar
tespl
ást
icasear
tesr
ít
micas.
Asar
tespl
ást
icassãoaquel
asqueexpr
imem abel
ezasensí
velat
rav
ésdousodas
f
ormasedascor
es,
quesão:
aescul
tur
a,api
ntur
aeaar
qui
tect
ura.
Asar
tesr
ít
micasouar
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iment
osãoar
tesque,nasuaessênci
a,pr
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asqueexpr
imem abel
ezamedi
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iasf
ormas:sons,r
it
mosemov
iment
os.
Sãoel
as:
apoesi
a,amúsi
caeacor
eogr
afi
a.
4.
2.5Si
gni
fi
cadoev
alorsoci
aldaspr
oduçõesar
tí
sti
cas
Asobr
asdaar
tet
rat
am av
idaquot
idi
anadeumasoci
edade.Sendoar
epr
esent
ação
daper
cepçãodoar
ti
sta,t
orna-
seaj
anel
aat
rav
ésdaqualasoci
edadenel
aser
evê.
Ou sej
a,a soci
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se nas obr
as de ar
te,por
que est
as são a sua
r
epr
esent
ação.Aar
tepodei
ntui
roquepoder
áserumasoci
edadef
utur
a.
4.
2.6Aar
teeamor
al:
rel
açãomút
ua?
Par
aPl
atão,
aar
teéf
rut
odoamorquei
mpel
eaal
mapar
aai
mor
tal
i
dade.Par
aat
ingi
-
la,aal
mager
aepr
ocr
iao bel
o ant
eci
pando av
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eli
z.Assi
m,aar
tedev
e
subor
dinar
-seàmor
al.Dev
eserf
avor
eci
dasó aar
tequeéút
il`
aeducação e
condenadaeexcl
uídaaar
tequef
avor
eceacor
rupção.Par
aPl
atão,aúni
caar
te
di
gnadesercul
ti
vadaéamúsi
capor
queeducapar
aobel
oef
ormaaal
mapar
aa
har
moni
aint
eri
or.
Compi
l
adoporTi
toRai
mundo
Reedi
tadoporDi
oní
sioLenço2018 Pági
na90
Escol
aSec.S.Vi
cent
edePaul
o
Par
aKant
,aest
éti
caeaét
icaest
ãosepar
adaspel
oint
eressepr
esent
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ica(
a
mor
al– v
irt
udes)
,mas o bel
o e o bom est
ão pr
óxi
mos por
que agr
adam
i
medi
atament
e,sãouni
ver
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lháv
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sãoi
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radosporumaf
ormaesão
l
i
vres.
Em suma,
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enquant
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na91