Resumo de Direito Ambiental
Resumo de Direito Ambiental
Resumo de Direito Ambiental
Ramo do Direito que se ocupa de regular a relação das pessoas com o entorno, com o
ecossistema em que vivem, de modo a lhes garantir, tanto quanto possível, a devida
QUALIDADE DE VIDA.
PRINCÍPIOS:
Princípio do Desenvolvimento Sustentado
(ECONOMIA – MEIO AMBIENTE – BEM-ESTAR SOCIAL)
“O desenvolvimento econômico e social é indispensável para assegurar ao homem um
ambiente de vida e trabalho favorável e criar, na Terra, as condições necessárias à melhoria da
qualidade de vida”.
Princípio 18 da Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente: “Como parte de sua
contribuição ao desenvolvimento econômico e social, devem ser utilizadas a ciência e a
tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente para
solucionar os problemas ambientais e para o bem comum da humanidade”.
Princípio do poluidor-pagador
“As pessoas naturais ou jurídicas, sejam regidas pelo direito público ou privado, devem pagar
os custos das medidas que sejam necessárias para eliminar a contaminação ou para reduzi-la
ao limite fixado pelos padrões ou medidas equivalentes que assegurem a qualidade de vida,
inclusive os fixados pelo Poder Público competente”.
• Princípio 16 da Declaração da Rio/92: “As autoridades nacionais devem esforçar-se para
promover a internalização dos custos de proteção do meio ambiente e o uso de instrumentos
econômicos, levando-se em conta o conceito de que o poluidor deve, em princípio, assumir o
custo da poluição, tendo em vista o interesse público, sem desvirtuar o comércio e os
investimentos internacionais”
Princípio do usuário-pagador:
O uso do recurso ambiental escasso deve ser autorizado e pago
Princípio do provedor-recebedor:
Lei nº 14.119 de 13 de janeiro de 2021 – Instituiu a Política Nacional de Pagamento por
Serviços Ambientais (PNPSA)
Os responsáveis por um serviço ecossistêmico, preenchidos os critérios de elegibilidade e
mediante transação de natureza voluntária, são contemplados com algum tipo de benefício por
colaborar com toda a coletividade para um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Princípio da participação:
A coletividade deve respeitar as normas ambientais e lutar contra a degradação ambiental (ex.
audiências públicas – EIA/RIMA) 6.10.
Princípio da cooperação:
Os Estados soberanos e os organismos internacionais devem unir esforços para lutar pela
proteção ambiental.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Artigo 225, § 3º da CF: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos”.
O direito ambiental brasileiro obriga o responsável à reparação do dano na sua forma objetiva,
baseada na teoria do risco integral. Essa teoria é fundada na ideia de que o causador (direta
ou indiretamente) do dano se obriga a repará-lo, bastando a prova da ação ou omissão,
do dano e do nexo de causalidade.
Na responsabilidade civil ambiental não se admitem as excludentes de responsabilidades civis
do fato de terceiro, culpa concorrente da vítima, caso fortuito ou força maior. Portanto,
ocorrendo o dano no curso da atividade potencialmente poluidora, obriga-se o responsável a
reparar eventuais danos.
Outro ponto de extrema atenção é que a responsabilidade civil ambiental acompanha o bem, é
a obrigação propter rem. Ou seja, quem adquire o bem, mesmo sem ter cometido o dano
ambiental, assume a obrigação de repará-lo.
Diante disso, ao adquirir imóveis, seja rural ou urbano, o comprador assume o risco de passivos
ambientais que, como já se viu, pode ser responsabilizado a qualquer tempo. Isso porque a
reparação civil por dano ambiental é imprescritível, cabendo ao Ministério Público a
escolha contra quem ingressar com possíveis demandas.
Artigo 70, Lei nº 9.605/98: “Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou
omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente”.