Resumos para o Exame
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Resumos de
Geografia
10ºAno
Território Português
Portugal é constituído por 3 unidades territoriais (Portugal, Arquipélago da Madeira –
localizada a sudoeste de Portugal - e Arquipélago dos Açores - localizado a oeste de Portugal). A
nível Europeu Portugal localiza-se no sudoeste da Europa e a nível Mundial localiza-se no
hemisfério Norte na zona temperada do norte.
1. Com o mundo
O Português, para além de Portugal, constitui a língua oficial de: Brasil, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné Equatorial, países que, no
seu conjunto, formam o espaço lusófono.
2. Com a Europa
Até final dos anos 50, Portugal manteve-se à margem de qualquer tipo de integração
económica na Europa. A política comercial da CEE (Comunidade Económica Europeia), criada
pelo Tratado de Roma em 1957, não lhe permitia manter a situação privilegiada que detinha
no comércio com as ex-colónias e a vigência de um regime ditatorial excluía a possibilidade de
adesão a essa comunidade.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, permitiu que Portugal iniciasse o processo de adesão
à CEE, que culminou com a sua integração plena em 1986.
Alargamentos na UE
Tratados
A ação desta comunidade projeta-se nas vertentes sociais, politica, cultural e económica. Os
parceiros da CPLP são os principais beneficiários da ajuda pública ao desenvolvimento de
Portugal.
CN = N – M
A maior descida da taxa de mortalidade verificou-se durante a primeira metade do século XX,
continuando a decrescer até ao início da década de noventa, altura em que se iniciou uma
tendência de ligeiro aumento.
Como principais fatores explicativos dos baixos valores da taxa de mortalidade, podem
apontar-se:
O aumento do nível de vida da população, que permitiu melhorar as condições
alimentares e habitacionais;
O desenvolvimento da Medicina preventiva e da Farmacologia;
A melhoria registada na assistência médica e nas condições sanitárias;
As melhores condições de trabalho;
O aumento da informação relativamente a muitas doenças e sua prevenção.
Os valores da taxa de mortalidade infantil registados em Portugal são idênticos aos da média
dos países mais desenvolvidos da União Europeia.
As causas do declínio do
índice sintético de fecundidade
e da taxa bruta de natalidade
são multiplicas e, quando
enquadradas num contexto
social, revelam- se muito
complexas:
De forma sintética
apontam-se algumas:
Crescente
participação da mulher no mercado de trabalho;
Preocupações com a carreira profissional, situação que prolonga o período de
formação e conduz ao adiamento do casamento e do nascimento do primeiro filho;
Precariedade crescente do emprego;
Preocupação crescente com a educação e o bem-estar dos filhos, exigindo
investimento cada vez maior;
Acesso a métodos contracetivos cada vez mais eficazes;
Mudança de mentalidade e de filosofia de vida, incompatível com número elevado de
filhos;
Crescimento da taxa de urbanização, que se traduz no aumento de dificuldade para a
aquisição de habitação e no aumento do stress provocado pela vida na cidade.
O saldo migratório
A emigração, que sempre caracterizou a demografia portuguesa, e o êxodo rural, mais intenso
nos anos sessenta e setenta, ambos motivados sobretudo pela falta de recursos e de
perspetivas de futuro, tiveram maior impacte nas regiões do interior, contribuindo
decisivamente para a perda de população e para o envelhecimento demográfico (fig.1).
A nível nacional e na maioria das regiões, o principal fator de variação da taxa de crescimento
efetivo foi a taxa de crescimento migratório. No Norte, atingiu valores negativos, contribuindo
para a diminuição da população. Em Lisboa fez aumentar a população, assim como no Algarve,
onde se registou o maior acréscimo demográfico, a nível regional.
A taxa de crescimento natural, a diminuir e com valores negativos, foi a maior causa de perda
demográfica no Centro e Alentejo.
O estudo da estrutura etária de uma população considera, regra geral, três grupos etários:
Jovens – dos 0 aos 14 anos ;
Adultos – dos 15 aos 64 anos;
Idosos – igual ou superior a 65 anos.
A definição destas classes encerra alguma controvérsia, já que estão estritamente ligadas a
fatores como a escolaridade obrigatória e a esperança média de vida, que variam de país
para país.
O estudo da estrutura etária de uma população e feito, geralmente, através da análise das
pirâmides etárias, gráficos de barras que representam a distribuição da população por
idade e sexo (classes etárias). Além dos aspetos referidos, as pirâmides etárias permitem
retirar conclusões sobre a natalidade, a esperança média de vida o fenómenos que
marcam a evolução demográfica, expressos através da existência de classes ocas.
A contribuição do setor primário para o emprego sofreu uma grande redução, devido ao
êxodo rural e à crescente mecanização e modernização da agricultura.
O setor terciário foi o que mais cresceu e, atualmente, emprega mais de metade da população
ativa, o que reflete a tendência de terciarização da economia , que se explica pela expansão e
diversificação do comércio e dos serviços em áreas como saúde, o apoio à comunidade, a
educação, o turismo e lazer, as tecnologias da informação e comunicação, etc.
A maioria da população tem apenas o ensino básico, sendo ainda considerável o total de
indivíduos que não frequentaram nenhum grau de ensino. Os valores que representam a
população com frequência do ensino secundário e do ensino superior são ainda baixos,
especialmente quando comparados com os restantes países da União Europeia,
nomeadamente com os de Leste que aderiram recentemente a esta comunidade.
Esta situação agrava-se, uma vez que, cumulativamente, coincide com níveis de qualificações
profissional insuficientes para dar resposta às alterações que se têm vindo a verificar no
mundo do trabalho, através da introdução de novas tecnologias e até do nascimento de novas
atividades e que exigem novas competências, domínio de novas técnicas e novas formas de
organização do trabalho.
A distribuição da população
Contudo, como se pode observar no mapa, a população não se distribui uniformemente pelo
território nacional:
É no litoral que se registam os maiores valores de densidade populacional, com
exceção do litoral alentejano;
O Norte, em media, apresenta densidades populacionais mais altas do que o Sul;
As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto destacam-se entre as demais regiões
pelos valores de densidade populacional mais elevados.
Esta distribuição tão irregular da população portuguesa não representa uma tendência
recente, antes pelo contrário, manifesta-se desde o início da ocupação do território e da
nacionalidade. Contudo, agravou-se a partir das décadas de 50 e 60 do século XX, com o êxodo
rural. A partir desse período, as assimetrias que opõem o litoral ao interior são cada vez mais
marcadas, agravando-se a tendência para a litoralização e para a bipolarização.
FATORES INFLUENCIADORES
FATORES FISICOS FATORES HUMANOS
Devido à influência do atlântico, o Pratica agrícola mais moderna e
clima é o mais húmido e ameno, produtiva
com diferenças menores entre as Grande número de cidades e áreas
temperaturas de inverno e de verão urbanizadas
Predomina um relevo menos Maior densidade e qualidade das
acidentado, com planícies como as redes e infraestruturas de transporte
do Mondego, Tejo e Sado e comunicação
Extensa linha de costa que permite a Grande implantação de atividades
prática da pesca industriais e terciárias que
Relevo e clima favorecem a proporcionam maior oferta de
formação de solos mais férteis emprego
Problemas do litoral
Desordenamento do território - saturação devido à construção excessiva de edifícios;
falta de espaços verdes; aparecimento de bairros degradados e de construção não
planeada;
Sobrelotação de equipamentos, infraestruturas e serviços - insuficiência dos serviços
de saúde, educação e transportes;
Degradação ambiental - forte poluição; produção excessiva de resíduos;
impermeabilização do solo; uso dos solos de aptidão agrícola ara fins urbanos;
Problemas do interior
O agravamento do envelhecimento demográfico - o aumento do isolamento e solidão
dos idosos;
A estagnação da economia do interior do país;
O abandono dos campos e a quebra da atividade agrícola - aumento da erosão dos
solos e desertificação;
O não tratamento das áreas florestais;
O encerramento de escolas e outros equipamentos, por falta de população;
A degradação do património edificado;
Um grande desequilíbrio em termos de desenvolvimento regional;
Despovoamento;
A escassez de mão-de-obra.
Objetivos:
Proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população;
Assegurar a gestão racional dos recursos endógenos;
Preservar o equilíbrio ambiental;
Corrigir as assimetrias socioeconómicas regionais;
Resolver conflitos na gestão e uso do território;
2. Desenvolvimento Sustentável
Definição: O desenvolvimento sustentável pressupõe a satisfação das necessidades do
presente sem comprometer a capacidade de satisfação das gerações futuras, pela correta
utilização e gestão dos recursos naturais.
O desenvolvimento sustentável implica a valorização de todos os recursos naturais e humanos,
e a redução das assimetrias, através de medidas como:
a efetiva melhoria das acessibilidades;
a criação os serviços essenciais de apoio à população;
o desenvolvimento de atividades económicas geradoras de emprego;
a qualidade da mão de obra;
a concessão de benefícios e incentivos a empresas e a profissionais qualificados para
que se instalem no interior.
A população distribui-se de forma muito irregular. Existem áreas com forte concentração
populacional (focos demográficos) e áreas de vazios humanos.
- Ásia Oriental
- Ásia Meridional Nestas 4 áreas vive
- Europa Ocidental e Central cerca de 70% de
- Nordeste dos Estados toda a população
Unidos
- Regiões polares e
subpolares
- Desertos quentes
- Florestas equatoriais
- Grandes cadeias
montanhosas
Conclusão:
Recursos do subsolo
Em Portugal, apesar de se registar uma certa riqueza neste tipo de recursos, patente numa
variedade de jazidas minerais, este setor de atividade tem um peso económico pouco,
relevante, quer porque, em alguns casos, as reservas são diminutas, quer porque a conjuntura
internacional condiciona o mercado destes produtos.
Recursos Naturais
Renováveis: repostos à medida que vão sendo consumidos, exceto se forem utilizados a um
ritmo superior ao da sua capacidade de reposição.
Não renováveis: a sua formação na crusta tem um ritmo lento, com ciclos geológicos muito
longos.
Os recursos minerais são recursos do subsolo não-renováveis.
A exploração contínua dos depósitos minerais pode levar ao esgotamento das reservas atuais
de muitos deles.
Radiação Solar
Da radiação solar que recebe, a superfície da Terra reflete uma pequena parte e
absorve a restante, que se converte em energia calorifica, aquecendo a superfície
terrestre que, por usa vez, emite a mesma quantidade de energia recebida – radiação
terrestre.
Angulo de incidência
Quanto maior for o ângulo de incidência dos raios solares, menor é a superfície pela
qual a energia se distribui e, consequentemente, maior é a energia recebida por
unidade de superfície.
Quanto menor for o ângulo de incidência dos raios solares, maior é a superfície pela
qual a energia se distribui e, consequentemente, menor é a energia recebida por
unidade de superfície
Temperatura
A temperatura máxima ocorre entre as 13 e as 15 horas, pelo facto de, nessa altura do
dia, ser máxima a soma da radiação solar recebida e da radiação terrestre (radiação de
calor, responsável pelo aquecimento da baixa atmosfera).
‘
Variação anual da temperatura
21 De junho:
Nos meses em que o Sol se encontra entre
o Equador e o Trópico de Câncer (março a
setembro), os raios solares incidem com
menor inclinação, nos lugares situados no
hemisfério Norte do que nos lugares com o
mesmo valor de latitude do hemisfério Sul.
22 De dezembro:
Nos meses em que o Sol se encontra entre
o Equador e o Trópico de Capricórnio
(setembro a março), os raios solares
incidem com maior inclinação, nos lugares
situados no hemisfério Norte do que nos
lugares com o mesmo valor de latitude do
hemisfério Sul.
À medida que nos afastamos do equador e nos aproximamos dos polos a quantidade de
radiação solar recebida diminui. Isto acontece devido:
- À inclinação dos raios solares, esta é maior quanto maior é a latitude, logo maior superfície
iluminada menor calor recebido à superfície, temos mais perdas devido à maior espessura de
atmosfera que os raios têm que atravessar.
- À inclinação do eixo da Terra e ao movimento de translação – é devido a estes fatores que os
raios solares são recebidos com grande obliquidade a norte do Trópico de Câncer e a sul do
trópico de Capricórnio
Exposição Geográfica
Nebulosidade
As nuvens são responsáveis pela absorção, reflexão e difusão de uma boa parte da radiação
solar que o nosso planeta recebe. Quanto maior a nebulosidade menor a quantidade de
radiação solar que chega à superfície do planeta.
Albedo
É a percentagem de energia solar refletida por uma superfície em relação ao total de energia
recebida. Esta varia em função da superfície: quanto mais negro o corpo menor a quantidade
de energia refletida, e quanto mais brilhante maior a quantidade de energia refletida
A leitura dos dois mapas permite concluir que, além da variabilidade registada na distribuição
sazonal da radiação solar, também se constata uma forte variabilidade da distribuição no
espaço.
O inverno e a estação do ano que regista os menores valores de radiação solar recebida,
enquanto no verão se registam os maiores valores. Esta situação tem a ver, principalmente,
com o facto de no inverno os raios solares incidirem, à nossa latitude, com maior inclinação e
com a menor duração do dia natural. Os motivos inversos explicam os menores valores de
radiação solar registados no verão.
Isotérmicas- linhas que unem lugares com a mesma temperatura média- reduzidas ao nível
médio das águas do mar, permite concluir que os valores mais baixos da temperatura ocorrem
nos meses de inverno, e os mais elevados nos meses de verão.
Fatores explicativos
A diferenciação norte-sul é acentuada pelo relevo, que e mais alto e acidentado a norte do
Tejo. As áreas de montanha registam uma temperatura média anual mais baixa que as
regiões circundantes, por efeito do gradiente térmico vertical.
A influência atlântica é maior em todo o litoral ocidental, diminuindo de norte para sul,
devido ao traçado da linha de costa, que recua a sul do cabo da Roca. As serras de Sintra e da
Arrábida e as reentrâncias associada contribuem para desviar as massas de ar húmido e
constituem abrigos para os portos marítimos desta região. A influência marítima perde-se em
direção ao interior, uma vezes gradualmente, outras de forma mais brusca, consoante a
disposição do relevo.
Energia Solar
O potencial de aproveitamento de energia solar varia de acordo com a radiação global. Por
isso:
Diminuição de sul para norte, por efeito da latitude e do relevo;
Aumento de oeste para este, sobretudo a norte do rio Tejo, pela maior nebulosidade
do litoral e maior insolação do interior;
É maior no final da primavera e no verão, devido à maior duração dos dias e ao menor
ângulo de incidência da radiação solar .
O turismo
O clima Português, com temperaturas moderadas e grande número de dias luminosos, é uma
das principais razões para Portugal se encontrar entre os principais destinos turísticos do
mundo. Neste sentido, a radiação solar constitui um fator de desenvolvimento, pois a
atividade turística:
Gera emprego;
Proporciona a entrada de divisas;
Induz efeitos multiplicadores que se refletem no desenvolvimento de outras
atividades como o comércio, os transportes, o artesanato, a produção agrícola
especializada.
O turismo balnear ou de praia, que conjuga o clima com uma vasta costa de praia, é o
que mais beneficia das características do clima português, tal como o que se associa a
eventos internacionais e práticas desportivas.
Os recursos hídricos
Apesar do crescente aumento verificado no consumo de água, o seu volume tem-se mantido
constante ao longo dos tempos. A água é, assim, um recurso renovável, que não se esgota. O
equilíbrio do seu volume é feito por um complexo sistema de circulação, através do qual se
realizam trocas entre os oceanos, a atmosfera, os continentes e os seres vivos, possível graças
às características físicas da água, que pode passar de um estado da matéria a outro por simples
alterações da temperatura, e que é desencadeado pela energia solar- o ciclo hidrológico.
A água na atmosfera
A quantidade de vapor de água existente por unidades de volume de ar, designada humidade
absoluta, constitui um dos mais importantes componentes da atmosfera e provém da
evaporação e da evapotranspiração.
A circulação da atmosfera
Localizado numa área de transição entre a zona dos climas quentes e a zona dos climas
temperados, Portugal apresenta características climáticas marcadas por uma forte
sazonalidade, com um regime Termopluviométrico muito contrastado, como consequência,
como consequência da influência de massas de ar de centros de pressão diversificados.
A pressão atmosférica representa-se através das linhas isóbaras ou isobáricas, que são linhas
que unem pontos com o mesmo valor de pressão atmosférica cujo traçado curvilíneo e
fechado permite individualizar centros barométricos:
Centros de altas pressões, também designados anticiclones- a pressão atmosférica
aumenta da periferia para o centro;
Centros de baixas pressões, também designados ciclones ou depressões
barométricas- a pressão atmosférica diminui da periferia para o centro.
O movimento vertical do ar também difere nos centros de alta pressão e nos de baixa pressão,
dando origem a diferentes estados de tempo.
Portugal, nas latitudes intermédias da zona temperada do norte, é influenciado pelas altas
pressões subtropicais e pelas baixas pressões subpolares, bem como pelas massas de ar que
se lhes associam, sendo os ventos de oeste os que mais afetam o nosso território.
Ao conjunto formado por mais do que uma frente dá-se o nome de sistema frontal.
Resultam de uma subida forçada do ar, quando este, no seu trajeto, tem de ultrapassar uma
elevação. O ar, ao subir, arrefece, a humidade relativa aumenta e, se o ponto de saturação for
atingido, dá-se a condensação e consequente formação de nuvens, podendo originar
precipitação. São frequentes nas áreas de relevo acidentado, ao longo das vertentes do lado de
onde sopram ventos húmidos.
No inverno, as temperaturas médias, quer diárias quer mensais, são relativamente baixas, pois
nesta época do ano o território português é mais afetado pelas massas de ar frio polar e o
aquecimento é menor devido à maior obliquidade dos raios solares nas latitudes a que se
encontra Portugal e à menor duração dos dias.
Situação meteorológica mais frequente no verão
De um modo geral, a precipitação diminui de norte para sul e do litoral para o interior, sendo
mais evidente o contraste norte-sul.
Nesta região, destaca-se o vale superior do Douro, com maior secura e temperaturas
médias anuais mais altas, pois além de não receber influência dos ventos húmidos do
Atlântico , está exposto aos ventos secos de leste.
Nas áreas montanhosas, a influência da altitude torna o inverno mais rigoroso e o verão mais
fresco e húmido, registando-se valores de precipitação mais elevados. No inverno, é frequente
cair neve nas terras mais altas do centro e norte do país.
Nos Açores, a maior influência do oceano faz com que esta região apresente características
mais próximas das do clima temperado marítimo.
A ilha do Porto Santo, de relevo mais baixo, apresenta temperaturas mais elevadas,
precipitações fracas e uma estação seca mais prolongada.
As disponibilidades hídricas
As disponibilidades hídricas- quantidade de água disponível- dependem, essencialmente, do
volume de precipitação e da sua distribuição ao longo do ano. Em Portugal, da água doce
gerada anualmente pela precipitação, quase metade evolui para recursos hídricos superficiais-
rios, lagoas e albufeiras- e subterrâneos- nascentes e lençóis de água da infiltração e que se
encontram até 800 metros de profundidade.
Apesar de Portugal ter uma certa abundância de recursos hídricos, a maioria gerada em
território nacional, a irregularidade da precipitação, tanto no volume total anual como na sua
distribuição ao longo do ano, torna difícil a sua gestão. Este problema é mais relevante porque
as maiores necessidades de consumo se verificam na época de menor disponibilidade
hídrica- o verão. Devido a esta irregularidade, no nosso país tanto podem ocorrer períodos de
chuva tão intensa que origina inundações, como períodos de seca mais ou menos prolongados,
com graves consequências para as atividades económicas e para a população.
Ação humana- o ser humano é, atualmente, o agente que mais condiciona os aspetos
relacionados com o ciclo da água, ao interferir nas características da cobertura vegetal
e na impermeabilização dos solos, através, por exemplo, da expansão urbanística.
A rede hidrográfica
Os rios organizam-se em redes hidrográficas, conjuntos formados por um rio principal e seus
afluentes, constituindo, no seu todo, uma fonte importante de água disponível.
A rede hidrográfica portuguesa apresenta-se bastante densa, marcada contudo, por alguns
contrastes entre o norte e o sul.
O relevo mais acidentado do norte explica a maior densidade da rede hidrográfica nessa região
e o maior encaixe dos rios em vales profundos e de declives acentuados.
Designa-se por bacia hidrográfica a área drenada por um curso de água e seus afluentes. Os
rios mais importantes que correm em Portugal- Minho, Douro, Tejo e Guadiana- têm bacias
hidrográficas que se estendem, particularmente, por território espanhol.
Ao longo do seu percurso, os rios atravessam áreas diferentes no que respeita à altitude, às
formas de relevo e grau de dureza das rochas, características que exercem influência:
No seu perfil longitudinal- linha que une vários pontos do leito de um rio, desde a
nascente até à foz;
No seu perfil transversal- linha que resulta da interseção, num determinado ponto, de
um plano vertical com o vale, perpendicularmente à sua direção.
A ação humana pode influenciar o regime dos rios, como acontece com a construção de
barragens, que contribui para regularizar os caudais, retendo a água nas albufeiras e evitando
muitas cheias, na época de maior precipitação e permitindo manter um escoamento mínimo
na época estival.
A ação humana nas bacias hidrográficas pode contribuir para agravar o efeito das cheias:
Pela obstrução de linhas de água;
Com a ocupação de leitos de cheia;
Devido à impermeabilização dos solos, que impedem a infiltração da água e aumenta a
escorrência superficial;
A desflorestação, que deixa os solos desprotegidos, favorecendo o arrastamento de
lamas e outros materiais que vão contribuindo para o assoreamento dos rios.
Lagoas
Albufeiras
A construção de barragens tem permitido minimizar os problemas de escassez e a
irregularidade dos recursos hídricos potencialmente disponíveis, através do armazenamento de
água em albufeiras- reservatórios de água doce construídos pelo ser humano.
As águas subterrâneas
Uma parte da água da precipitação infiltra-se nos solos, alimentando as reservas de água
subterrânea- água que circula ou se acumula no subsolo, a maior ou menor profundidade.
Assim, a precipitação é a principal fonte de abastecimento das toalhas freáticas- lençóis de
água subterrânea que circulam ou se acumulam em aquíferos- formações geológicas
permeáveis cujo limite inferior e, por vezes, também é superior, é constituído por rochas
impermeáveis.
As crescentes necessidades de consumo de água exigem que ela seja procurada, captada e
canalizada de áreas cada vez mais distintas. Porém, quando os aquíferos são explorados acima
da sua capacidade de renovação a deterioração pode ser irreversível, o que torna prioritária a
sua gestão sustentável.
Algumas águas subterrâneas, além do teor em sais minerais, contêm gás carbónico e são mais
quentes- águas termais. A exploração destas águas é feita com fins medicinais, mas tem
também uma componentes turística muito importante que se deve à inserção do turismo
termal numa das tendências atuais.
Na agricultura:
Utilização de técnicas de rega menos consumidoras de água;
Cultura de espécies mais adaptadas às condições climáticas;
Reutilização de água previamente sujeita a tratamento.
Na indústria:
Utilização de técnicas e tecnologias mais modernas, menos consumidoras de água;
Tratamento das águas residuais e sua reutilização.
Fins domésticos:
Uso racional, através da implementação de medidas simples e já muito divulgadas, por
exemplo, a lavagem em máquinas com carga toral, a manutenção dos equipamentos
para não se verificar desperdícios, a diminuição do débito de água dos autoclismos, a
criação de hábitos pessoais que evitem gastos desnecessários.
água, definida na Diretiva Quadro de Água (DQA), tenha como objetivos a sua inventariação,
preservação e potencialização.
Plano Nacional da Água Define orientações de âmbito nacional para a gestão integrada
(PNA) das águas, fundamentadas no diagnóstico da situação atual e
na definição de objetivos a alcançar através de medidas e
ações.
Plano de Bacia hidrográfica Definem orientações de valorização, proteção e gestão
(PBH) equilibrada da água, de âmbito territorial, para uma bacia
hidrográfica ou agregação de pequenas bacias hidrográficas:
Planos de ordenamento Definem as regras de proteção e valorização dos recursos
das Albufeiras (POA) hídricos nas albufeiras e na zona terrestre de proteção, de
modo a assegurar a sua utilização sustentável. São planos
especiais de ordenamento do território (PEOT).
Neste sentido, foi assinada entre os países, em 1998, a Convenção sobre a Cooperação para a
Proteção e Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas
(conhecida por Convenção de Albufeiras).
Recursos Marítimos
O litoral português apresenta-se com um traçado bastante retilíneo, com poucas reentrâncias
naturais favoráveis ao desenvolvimento da atividade portuária. A linha de costa evidencia, sem
regularidade, formas de costa alta e de costa baixa (arenosa ou rochosa).
O mar constitui um agente erosivo, responsável pela modelação das formas do litoral e pela
dinâmica associada a este processo. A ação erosiva do mar compreende três aspetos, que se
desenvolvem de forma articulada e continuada: desgaste, transporte e acumulação.
O diferente grau de dureza das rochas junto à linha de costa explica, também, o aparecimento
de outras forma de relevo litoral, como, por exemplo, cabos (constituídos por formações
geológicas de elevada dureza e, portanto, de difícil desgaste) ou baías (que resultam de uma
intensa ação de desgaste proporcionado pela predominância local de rochas de baixa dureza).
Os materiais que resultam do desgaste acabam por se acumular, muitas vezes, em locais
afastados do local de origem milhares de quilómetros, transportados por correntes marítimas,
formando praias, dunas, cordões, tômbolos ou outras formas litorais.
A evolução do modelado litoral não depende exclusivamente da ação do mar sobre a linha de
costa e da natureza dos materiais. Depende, também, e em grande parte, da ação humana,
que, frequentemente, altera o processo normal de erosão e o intensifica. A erosão é, por
exemplo, intensificada pela construção de barragens, pela extração de areias, pela construção
dos esporões ou pela destruição de cordões dunares.
A costa portuguesa, com mais de 2500 km, cerca de metade da fronteira de Portugal
Continental, é pouco recortada em grande parte da sua extensão. A configuração da linha de
costa- área de contacto entre o mar e a terra emersa, ao nível atingido pela maré mais alta, em
período de calma- depende muito das formações rochosas do litoral.
No litoral português, predomina a costa de arriba, ora alta e escarpada ora mais baixa. A costa
de praia, baixa e arenosa, ocupa menor extensão, quer em Portugal Continental quer nos
arquipélagos, onde a natureza vulcânica explica o predomínio da costa de arriba.
Em geral, a costa é de arriba alta e escarpada onde o mar contacta com afloramentos
rochosos de maior dureza (granito, xisto e calcário de formação recente), como acontece:
Da Nazaré à foz do Tejo;
Do cabo Espichel à foz do Sado;
Do Cabo de Sines ao de São Vicente;
No barlavento algarvio.
Pelo contrário, onde o mar contacta com formações rochosas mais brandas (arenitos, argilas)
surge o litoral baixo, com reentrâncias propícias à deposição de areias, como acontece:
Entre espinho e São Pedro de Moel;
No estuário do Tejo;
Da foz do Sado ao cabo de Sines;
No sotavento algarvio.
Na Madeira e nos Açores, domina o litoral de arriba alta, por vezes superior a 100 metros,
especialmente na parte norte das ilhas. A costa de praia é pouco representativa, encontra-se as
maiores extensões em S. Miguel, nos Açores, ena costa sul da ilha de Porto Santo, na Madeira.
A plataforma continental
As correntes marítimas
As correntes marítimas, especialmente as de águas frias, são, por seu turno, também muito
favoráveis à abundância de pescado e à renovação dos stocks piscícolas, uma vez que a
agitação das águas promove a oxigenação das mesmas, a produção de plâncton, além do
transporte de nutrientes.
É especialmente nas regiões onde se cruzam correntes marítimas diferentes (quentes e frias)
que a riqueza em peixe é maior, quer em quantidade quer em variedade. Essas águas são, regra
geral, muito ricas em nutrientes e nelas vivem espécies que se adaptam às características de
cada uma das correntes.
A zona económica exclusiva (ZEE)- zona de soberania dos estados costeiros sobre o espaço
aéreo, o mar, os fundos e o subsolo marinhos, até uma distância de 200 milhas náuticas, onde
o Estado tem direitos de exploração, investigação, conservação e gestão dos recursos naturais.
Foi definida em 1982, na Conferência Internacional sobre o Direito do Mar, da ONU.
A ZEE portuguesa, repartindo-se por três áreas distintas- Portugal Continental, Madeira e
Açores- e com uma extensão de quase 1 800 000 Km2, é a maior da União Europeia e a quinta
maior do Mundo, podendo vir a ser quase duplicada se o pedido apresentado nas Nações
Unidas, em 2009, for aprovado.
A atividade piscatória
A pesca tem, desde sempre, uma expressão muito significativa no contexto social e económico
do país, apesar de todos os condicionalismos que uma costa retilínea e muito batida pelos
ventos impôs ao desenvolvimento dessa atividade. A relevância deste setor de atividade
prende-se com:
O significativo número de empregos que gera, a nível local;
As numerosas e diversificadas atividades que dinamiza, quer a montante quer a
jusante;
A importância de que se reveste na alimentação tradicional portuguesa.
Contudo, o setor de pescas tem vindo a perder importância económica e ao nível dos
postos de trabalho que gera. Esta situação liga-se, assim, à crise que o setor atravessa e
às debilidades que o marcam, entre as quais emerge, de forma significativa, a
diminuição progressiva da produção de pescado, insuficiente para dar resposta à
procura do mercado.
Daí decorre uma balança comercial que, de ano para ano, regista saldos negativos cada
vez maiores, na sequência de importações que superam largamente as exportações.
Tendo por base as áreas onde é praticada, a pesca pode ser classificada em:
Pesca local- pratica-se em rios, estuários, lagunas ou na costa, até 6 ou 10 milhas da
costa, consoante a embarcação utilizada tiver convés aberto ou convés fechado,
respetivamente. As embarcações são sempre pequenas, e a arte utilizada é,
geralmente, artesanal. Pode ter caracter sazonal;
Pesca costeira- é praticada para lá das 6 milhas de costa por embarcações de
dimensões superiores a 9 metros de comprimento e com autonomia que pode ir até às
duas ou três semanas. Podem trabalhar em águas de ZEE internacionais;
Pesca de largo- realiza-se para além das 12 milhas de costa, em pesqueiros externos de
águas internacionais ou em ZEE de outros países. As embarcações deste tipo de pesca
têm uma tonelagem superior a 100 TAB e, além de oferecerem condições de
habitabilidade à tripulação, para períodos que podem prolongar-se por vários meses,
incluem também equipamentos de transformação e armazenamento do pescado.
De referir, contudo, que nos últimos anos tem sido feito um esforço no sentido da restauração
da frota, através da construção de embarcações modernas e bem equipadas, mais seguras e
adequadas às necessidades do nosso mercado.
A população ativa empregada neste setor apresenta uma estrutura etária bastante
envelhecida, o que explica o baixo nível de instrução que a caracteriza, assim como a baixa
produtividade. Ao envelhecimento da mão de obra não é estranha a falta de atratividade do
setor, o que afasta os mais jovens.
Com o apoio da União Europeia foram criados centros de formação profissional em alguns dos
principais portos portugueses, tendo em vista qualificar a mão de obra do setor das pescas e,
simultaneamente, atrair jovens para a atividade.
Criada em 1983, a PCP em vigor até 2012, foi objeto de uma revisão, tendo em vista uma
abordagem mais ecológica e eficaz da atividade de pesca e, assim, assegurar melhor a
viabilidade económica das frotas, a conservação das populações piscícolas e o fornecimento de
alimentos de qualidade aos consumidores. Desta forma, em janeiro de 2013 entrou em vigor
um novo regulamento que, enquadra pelos objetivos expostos, passou a implementar as
seguintes medidas:
Limitar a capacidade de pescas, a fim de obter uma melhor adequação aos recursos
disponíveis. Foram também definidas outras medidas técnicas para promover uma
pesca mais sustentável, entre as quais se refere a utilização de malhagens mínimas de
redes, de artes de pesca mais seletivas e de tamanhos mínimos do pescado
descarregado;
Incentivar a renovação ao setor da frota, promovendo a redução dos custos de
exploração e a melhoria das condições de segurança e trabalho a bordo;
Conferir competitividade ao setor da aquicultura, promovendo o aumento da
quantidade produzida e a diversificação das espécies cultivadas, assim como assegurar
a qualidade e salubridade dos produtos;
Implementar normas no que respeita à indústria e aos mercados, sobre informação
ao consumidor e todas as ações tendentes a melhorar as condições dos
Entre os principais problemas que se colocam à gestão do nosso espaço marítimo, contam-se a
sobre-exploração dos recursos piscícolas, a poluição marinha e a pressão urbanística sobre o
litoral.
Sobre-exploração dos recursos piscícolas- a intensificação do esforço de pesca tem-se
traduzido na sobre-exploração de algumas espécies. Regista-se a diminuição drástica
de alguns stocks, o que põe em questão a sobrevivência das próprias espécies. Esta
situação exige a implementação urgente de medidas de proteção e de recuperação
das espécies mais ameaçadas, e que orientem a atividade pesqueira segundo um
modelo de maior sustentabilidade;
Poluição marinha- tem contribuído para a degradação de stocks piscícolas,
principalmente junto à costa, e para a destruição das áreas costeiras, enquanto áreas
de lazer;
Pressão urbanística sobre o litoral- compreende-se melhor a fragilidade destas áreas
quando se pensa na enorme pressão demográfica a que estão sujeitas. De sublinhar
que cerca de três quartos da população portuguesa vive no litoral e aí desenvolve a
sua atividade. Uma parte significativa da orla costeira está, assim, ocupada com
construção imobiliária, vias de comunicação, unidades industriais, hoteleiras e
portuárias, entre vários exemplos. Esta ocupação é, ainda sazonalmente reforçada
com a atividade turística balnear.
Portugal apresenta uma grande vulnerabilidade a este tipo de poluição, já que a ZEE nacional é
atravessada por alguns dos principais e mais movimentados corredores de tráfego marítimo.
As obras de defesa costeira, destinadas a defender o litoral da ação erosiva do mar, como é o
caso de esporões e paredões, não resolvem, com frequência, de forma eficaz, os problemas
pretendidos, já que intensificam a erosão a jusante das construções.
As estratégias utilizadas para esse fim devem, aos vários níveis de intervenção, ter sempre
como objetivo a recuperação e a valorização dos recursos, de forma sustentável e amiga do
ambiente, no âmbito de uma gestão integrada.
Resumos de
Geografia
11ºAno
Apesar do decréscimo de mão de obra empregue no setor, o total de ativos é ainda muito
elevado quando comparado com a média comunitária, o que revela dificuldades em
ultrapassar um certo atraso estrutural desta atividade.
No espaço rural, destaca-se o espaço agrário, que corresponde as áreas ocupadas com a
produção agropecuária e florestal, assim como, as habitações e as infraestruturas de apoio às
atividades aí desenvolvidas.
Tendo por base uma certa homogeneidade das características naturais, da estrutura fundiária e
do sistema de cultura dominante, em Portugal há nove regiões agrárias.
Agricultura Tradicional
Campos pequeno, de forma irregular, por vezes fechados
Deficiente rede de caminhos
Policultura ou sistemas extensivos com longos pousios
Fraca mecanização
Reduzida utilização de fertilizantes
Rega tradicional ou sistema de sequeiro
Dependente das condições climáticas
Elevada mão de obra
O objetivo da produção é para consumo próprio
Agricultura moderna
Campos grandes, geralmente abertos
Especialização de culturas – monocultura, evita o pousio
Mecanização total
Utilização de adubos químicos e naturais
Irrigação moderna, geralmente automática
Reduzida mão de obra
O objetivo da produção é o mercado interno e externo
A ocupação da SAU registou alterações significativas com o aumento da área ocupada com
pastagens permanentes e a diminuição das culturas temporárias. Tais mudanças devem-se à
instabilidade dos preços dos cereais e às políticas nacionais e comunitárias que tornaram a
pecuária extensiva mais atrativa.
Podem considerar-se duas principais formas de exploração da SAU, por conta própria ou por
arrendamento.
Conta própria
O produtor é o proprietário da terra;
Predomina em todas as regiões agrárias;
Contribui para a preservação dos solos;
Facilita o investimento em melhoramentos fundiários;
Contribui para a preservação da paisagem e das espécies autóctones, a prevenção de
fogos florestais, etc.
Arrendamento
O produtor paga ao proprietário da terra pela sua utilização;
É mais comum nos Açores;
Pode contribuir para acentuar o esgotamento dos solos;
Evita o abandono das terras.
Prados temporários
Cereais
Os que assumem maior importância, a nível de produção, são o milho, o arroz e o trigo.
O Alentejo é a região nacional com maior produção cerealífera.
Batata
Vinha
Frutos frescos
Bovino
Em 2009, 16% das explorações recenseadas tinha bovinos (total de 1430 mil cabeças).
O Alentejo é a região nacional com maior representatividade de produção bovina – 39% do
efetivo nacional;
Segue-se a região de Entre Douro e Minho (18%) e os Açores (17%).
Suínos
Por oposição, na Beira Litoral predominam as suiniculturas de pequena dimensão, com 21% do
efetivo nacional disperso por 39% das unidades produtivas.
O Alentejo contabiliza 25% do total de suínos em 5% das explorações.
Ovino
Caprinos
Alentejo representa 24% do efetivo, seguindo-se a Beira Interior com 16% e a Beira Litoral
com 15% do número total de caprinos.
Aves
Cerca de 84% das aves concentra-se em 33% das explorações, localizadas na Beira Litoral e no
Ribatejo e Oeste, seguidas de Entre Douro e Minho (8% do efetivo total, em 25% das
explorações).
Fatores
O clima
As temperaturas
O relevo
Áreas planas :
Localizam-se no sul e centro litoral
Os solos são mais férteis
Existência de exploração de maior dimensão
O uso de máquinas
Áreas acidentadas :
Localizam-se no norte e centro interior
Os solos são mais pobres
As parcelas de pequena dimensão
A inclinação do terreno limita a utilização de maquinaria e outra tecnologia
Disponibilidade hídrica
No norte e centro :
Precipitações mais elevadas
Caudais dos cursos de água mais abundantes
Maior disponibilidade hídrica de recursos hídricos
No sul :
Precipitações mais escassas
Caudais dos cursos de água mais reduzidos
Menor disponibilidade hídrica de recursos hídricos
Fertilidade do solo
Características geológicas
Relevo
Fertilização correta dos solos pelo Homem
Clima
Uma exploração agrícola é uma unidade técnico-económica que utiliza fatores de produção
comuns e que deve produzir produtos agrícolas, deve atingir ou ultrapassar uma certa
dimensão, deve estar submetida a uma gestão única, e deve estar localizada num local bem
determinado e identificável, As de grande dimensão são latifúndios, e as de pequena
dimensão são minifúndios.
Pluriatividade
Pluriatividade é quando um trabalhador não se dedica a tempo inteiro a uma só atividade, mas
a tempo parcial, ocupando o resto em outras atividades ligadas ao setor secundário e terciário.
Vantagens Desvantagens
Plurirrendimento Oscilação de preços
Disponibilidade de mão de obra para outras atividades Abandono parcial da agricultura –> diminuição do
rendimento das terras.
Ordenado fixo Problemas com o clima -> Diminuição da produção ->
Melhorias para as famílias Diminuição dos rendimentos
A pluriatividade pode ser positiva dado que permite obter outros rendimentos que senão
existissem teriam abandonado a agricultura devido aos fracos rendimentos da mesma. No
entanto, a pluriatividade pode ser condicionante porque constitui um entrave a um maior
investimento na agricultura, dificultando a sua modernização e a própria formação profissional.
Até certo ponto relacionados com o envelhecimento da mão de obra agrícola, salientam-se os
baixos níveis de instrução e de qualificação profissional, também responsáveis pelo atraso
estrutural da agricultura nacional. A análise da figura permite reter que a esmagadora maioria
dos agricultores portugueses apresenta níveis baixos de instrução, inferiores ao 2ºciclo. É ainda
de registar um valor significativo de produtores sem qualquer instrução da escolaridade
obrigatória e ao abandono da atividade pelos mais idosos.
Portugal apresenta os valores mais desfavoráveis com 66% dos seus solos classificados de baixa
qualidade. Apenas 25% dos solos apresentam boa aptidão agrícola.
De salientar que cerca de 60% dos solos apresentam uma boa aptidão florestal, estando a sua
utilização muito abaixo desse valor.
A maioria dos agricultores apresenta idades avançadas, baixo grau de instrução, insuficiente
formação profissional e reduzido nível de associativismo. Assim, apostam no tradicionalismo o
que leva a uma produtividade baixa.
Em 1962, entra finalmente em vigor a Política Agrícola Comum, assente em três princípios
fundamentais, que constituem o seu primeiro pilar:
Unicidade de mercado-livre circulação de produtos agrícola no território dos estados-
membros;
Preferência comunitária-proteção do mercado interno comunitário face aos produtos
importados de países terceiros a preços baixos e face às grandes flutuações de preços
no mercado mundial;
Solidariedade Financeira-todas as despesas e gastos resultantes da aplicação da PAC
são suportadas pelo orçamento comunitário.
Foi então que surgiu o Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), que a
partir de 1964, passa a ter duas secções:
Garantia (FEOGA-G)- apoios aos agricultores, para a exportação dos produtos no
mercado,
Orientação (FEOGA-O)- destinada ao financiamento da componente estrutural da PAC
(modernização da agricultura).
Ocorreram três situações que vieram alterar radicalmente o quadro de adesão que foi
negociado e dificultar a integração esperada:
A politica comunitária de redução dos preços agrícola a partir da década de 80, como
forma de combater os excedentes e as derrapagens orçamentais, obrigou Portugal a
fazer um esforço muito maior para harmonizar os seus preços com os dos seus
parceiros;
A reforma da PAC de 1992, a fim de desencorajar a produção, veio dar um sinal
contrário ao que os agricultores esperavam: baixar preços, reduzir e desintensificar a
produção, quando a agricultura portuguesa precisava de aumentar a produtividade
para vencer o seu atraso e expandir a produção, com o objetivo de diminuir as
importações;
O início do Mercado Único, em janeiro de 1993, ao impor a livre circulação de
produtos, confrontou prematuramente o setor agrícola nacional com a concorrência
externa.
Modernizando as Explorações
Especialização produtiva
Emparcelamento
Junção de várias parcelas de diferentes proprietários numa só, através de compra, venda ou
troca.
Vantagens do emparcelamento
Aumento significativo do rendimento e da produtividade agrícola;
A mecanização de um maior número de explorações agrícolas;
A melhoria das condições de vida dos agricultores: poupa tempo e esforço;
Uma diminuição dos custos de produção através da obtenção de economias de escola;
São várias as atividades que devem ser encaradas como novas oportunidades para as áreas
rurais. Entre elas, destacam-se:
O turismo (TER)
O turismo deve ser encarado como uma das atividades que melhor pode assegurar a
revitalização do tecido económico rural, através do aproveitamento dos recursos endógenos,
da história e das tradições de cada região.
A silvicultura
A indústria
Esta atividade é importante porque gera riqueza e emprego, desenvolve outras atividades
complementares, contribui para a fixação da população e inverte o processo de
despovoamento e envelhecimento.
A promoção da implantação de indústrias em áreas rurais, enquadrada por políticas de
desenvolvimento regional, deve passar pelo(a):
- Formação e qualificação da mão de obra
- Criação de parques e áreas industriais
- Apoio a iniciativas inovadoras que estimulem o empreendedorismo e a competitividade
- Atribuição de benefícios fiscais e subsídios
Os serviços
A implementação e a diversificação dos serviços nestas áreas, que envolvem o acesso a bens
ligados à educação e à saúde, à saúde, à cultura e ao lazer ou aos transportes e comunicações,
revelam-se fundamentais para melhorar as condições de vida da população, para gerar a
criação de empregos e para servirem de suporte ao desenvolvimento de novas atividades,
nomeadamente ligadas ao turismo e à indústria.
As energias renováveis
O desenvolvimento rural, a nível comunitário, tem vindo a ser promovido através de políticas
estruturais que permitem a implementação que permitiram a implementação de medidas de
apoio que, no âmbito dos Quadros Comunitários de Apoio, foram financiadas por Fundos
Estruturais comunitários (FEDER, FEOGA-O e FSE) e se encontram enquadrados por vários
programas, nomeadamente o LEADER.
Programa LEADER- a iniciativa comunitária LEADER foi lançada em 1991, com o objetivo de
apoiar ações inovadoras de desenvolvimento rural nas regiões desfavorecidas da União. Ao
LEADER I sucedeu o LEADER II, no período 1994-1999 e o LERADER +, no período 2000-2006.
OS projetos LEADER podem ser desenvolvidos em todas as áreas rurais da União.
As áreas urbanas
Definir Cidade
A ocupação do território confere á paisagem características que permitem fazer diferenciações
espaciais. Uma distinção comum opõe o espaço urbano ao espaço rural, devido às diferentes
características que permitem distingui-los na paisagem.
Critérios
Critério demográfico- Valoriza o número de habitantes e/ou a densidade
populacional, definindo um limiar mínimo, a partir do qual as aglomerações
populacionais são consideradas cidades.
Levanta alguns problemas, uma vez que muitos aglomerados suburbanos têm um
elevado número de habitantes e grande densidade populacional mas não oferecem
funções urbanas relevantes além da residencial, pois funcionam como dormitórios em
relação a uma grande cidade próxima.
Critério Funcional- Tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas
envolventes e o tipo de atividade a que a população se dedica, que ser
maioritariamente dos setores secundário e terciário. Muitas das cidades do interior e
das Regiões autónomas, apesar de terem um número de habitantes relativamente
reduzido, desempenham e oferecem funções urbanas importantes, pelo que exercem
influência e estabelecem relações de interdependência com a sua área envolvente.
Critério jurídico-Administrativo- Aplica-se às cidades definidas por decisão legislativa.
São exemplos as capitais de distrito e as cidades criadas por vontade régia, como
forma de incentivar o povoamento, de recompensar os serviços prestados ou de
garantir a defesa de regiões de fronteira.
A cidade em Portugal
Aglomerado populacional contínuo, com um número de eleitores superior a 8000, possuindo
pelo menos, metade dos seguintes coletivos:
Instalações, hospitais, farmácias, corporação de bombeiros, museu, biblioteca,
transportes públicos, parques, jardins públicos...
Morfologia Urbana
Cada cidade reflete a originalidade da civilização e da cultura dos seus habitantes, possuindo
uma arquitetura própria e uma Planta particular.
A morfologia urbana engloba o traçado das ruas, os edifícios, a combinação entre os espaços
edificados e os espaços livres e ainda a propriedade.
Podem considerar-se 3 tipos de plantas:
Traçado irregular
Traçado radioconcêntrico
Traçado ortogonal
Planta da cidade
Planta ortogonal
Ruas direitas, paralelas e perpendiculares
Traçado geométrico regular- ângulos retos
Existência, por vezes, de uma praça central
Planta Radioconcêntrica
Apresenta uma praça central rodeada por ruas circulares concêntricas
Ruas radicais principais saem do centro para a periferia
Características das cidades medievais
Planta irregular
Ruas estreitas, tortuosas e, às vezes sem saída
Frequente encontrar escadinhas e calçada adaptada á topografia
Dificuldade de circulação automóvel
Crescimento desordenado
Urbanização
Processo de desenvolvimento das cidades, quer em número de população quer em extensão,
como resultado de alterações na atividade económica e no modo de vida da população.
Taxa de urbanização
Relação entre o número de pessoas a residir em lugares urbanos e a produção total.
P o pulaç ão U r ban a
T a x a d e U r b a n iz a ç ã o = x100
P o p u l a ç ã o T o ta l
O aumento da taxa de urbanização traduz-se pelo crescimento populacional em territórios com
características urbanas, assim como pela formação de novas centralidades dispersas pelo
território, algumas delas localizadas no interior.
Áreas funcionais
O espaço urbano oferece uma grande diversidade de funções que, geralmente, se encontram
organizadas no espaço, formando as chamadas áreas funcionais- áreas mais ou menos
homogéneas em termos das funções que oferecem.
As áreas funcionais podem ser:
Terciárias
Residenciais
Industriais
Renda locativa
Preço do solos, determinado por um conjunto de fatores:
Acessibilidade
Infraestruturas
Proximidade de equipamentos sociais
Qualidade ambiental
No geral, o preço dos terrenos e, consequentemente, dos imóveis e das rendas diminui do
centro para a periferia, devido:
À diminuição da acessibilidade
Ao aumento dos terrenos disponíveis
À diminuição da procura
Acessibilidade
Determinante na localização e implantação das diferentes atividades no espaço intraurbano.
Interfere diretamente com o valor do mercado imobiliário e fundiário elemento diferenciador
em termos espaciais.
Especulação fundiária
Sobrevalorização do preço do solo em resultado da elevada procura face a uma oferta
reduzida.
Áreas terciárias
Nas cidades é possível identificar uma área central, habitualmente designada por CBD.
Individualiza-se das restantes áreas da cidade pela grande concentração de atividades
terciárias.
Comércio
Serviços especializados
Animação lúcida e cultural de qualidade
No CBD, existe a tendência para a diferenciação, quer no que respeita à distribuição das
atividades pelas ruas.
Os estabelecimentos de maior prestígio e os serviços que necessitam de maior contacto com o
público ocupam o piso de térreo e as ruas principais, enquanto as funções menos nobres, ou
de menor contacto com o público ocupam os andares mais altos e as ruas secundárias.
Individualizam-se áreas com predomínio:
Comércio grossista
Comércio retalhista
Dinâmica Funcional
Numa primeira fase, assistiu-se à substituição das funções industrial e residencial pelo
comércio e por outras atividades terciárias.
Posteriormente, iniciou-se uma tendência de descentralização destas funções em
direção a outras áreas da cidade.
As áreas residenciais
A função residencial desempenha um papel importante nas cidades, cuja localização está
diretamente relacionada com o custo do solo e, por isso, reflete as características sociais da
população que nelas habita.
Pode mesmo falar-se em segregação espacial- tendência para organização do espaço em áreas
de grande homogeneidade interna e forte disparidade entre elas, também em termos de
hierarquia.
Classes médias
Os bairros das classes médias têm menor qualidade arquitetónica e ocupam grande parte do
espaço urbano.
Nestas áreas, reside, de um modo geral, uma população mais jovem, verificando-se uma
tendência generalizada para a aquisição de casa própria, devido ao fraco dinamismo do
mercado de arrendamento, em Portugal.
Gentrificação
Causas
Grande exigência de espaço
Elevado custo do solo e das rendas
Congestionamento de trânsito e dificuldade de estacionamento
Poluição e o ruido
Segmentação do processo produtivo
Desenvolvimento das redes de transporte
Na cidade
Algumas indústrias de bens de consumo permanecem no interior ou mesmo no centro da
cidade, localizando-se sobretudo nas traseiras de lojas ou em andares superiores dos edifícios.
Pouco poluentes e menos exigentes em espaço e energia
Utilizadoras de matérias-primas leves e pouco volumosas
Trabalham por encomenda e requerem o contacto direto com o cliente, como a
confeção de alta-costura ou as artes gráficas
Produzem bens raros ou de elevado valor, como a joalharia
Suburbanização
Movimento de expansão das cidades em direção à periferia, ou seja, a ocupação dos subúrbios
(periferia).
O aumento da motorização das famílias libertou a expansão das áreas suburbanas dos
principais eixos de circulação dos transportes públicos e tornou-se mais difusa e complexa.
Resultados da suburbanização
Dinâmica da construção civil
Elevado custo da habitação no interior das cidades
Desenvolvimento das atividades económicas
Desenvolvimento dos transportes e das infraestruturas viárias
Aumento da taxa de motorização das famílias
Problemas
Destruição dos solos agrícolas e florestais
Aumento da poluição
Aumento do gasto com combustíveis
Desgaste físico e psicológico (devido aos movimentos pendulares)
Periurbanização
O crescimento das cidades para lá dos seus antigos limites dificulta o estabelecimento de
fronteiras entre o que é espaço urbano e o que é espaço rural, podendo observar-se, além da
cintura formada pelos subúrbios, áreas onde atividades e estruturas urbanas se desenvolvem,
misturando-se com outras de caráter rural.
Características
Baixas densidades populacionais
Alteração constante do uso do solo
Espaços parcialmente ocupados pela agricultura
Rurbanização
Trata-se de uma forma de progressão urbana mais difusa que, invadindo os meios rurais, não
se traduz, contudo, na urbanização contínua do espaço. Constitui uma nova tendência de
deslocação da população urbana em busca de melhores condições de vida do que as que
encontra nas cidades e nos subúrbios.
As áreas Metropolitanas
As áreas metropolitanas formam, assim, um sistema urbano policêntrico, ligado por relações
de complementaridade, que reforçam a coesão do território e promovem uma maior eficácia
de funcionamento e dinamismo económico.
Dinâmica económica
Industrialização
A AML constitui a região mais industrializada do país, não só pelo elevado número de
população empregue, como pelo contributo em termos de valor acrescentado bruto. Nesta
área, a indústria caracteriza-se pela:
Diversidade do tecido industrial, com destaque para a indústria química, siderúrgica,
construção e reparação naval e veículos de transporte;
Concentração de indústrias de bens de equipamentos;
Predomínio de indústrias de capital intensivo;
Utilização de mão de obra muito qualificada e especializada;
Grande dimensão das empresas.
O programa POLIS
Surge na sequência do PROSIURB, que visava o apoio dos municípios na execução dos
planos estratégicos para as cidades e para a recuperação de espaços patrimoniais:
Uma rede urbana ou sistema urbano corresponde ao conjunto de cidades e suas periferias, de
dado território, à escala regional, nacional ou internacional, que estabelecem relações de
dependência e complementaridade, geralmente com uma certa ordem hierárquica.
A rede urbana nacional caracteriza-se por um acentuado desequilíbrio, na dimensão
demográfica, na repartição espacial e no nível de funções oferecidas pelos centros urbanos.
A rede urbana nacional caracteriza-se também por uma hierarquia de dimensão, com os
centros urbanos mais populosos situados no litoral.
Área de influência
Área sobre a qual a cidade exerce a sua ação atraindo população e oferecendo bens, serviços e
emprego que constitui, também, uma área complementar, pois oferece serviços, bens e mão
de obra à cidade.
Lugar central
Uma cidade pode considerar-se um lugar central- que oferece bens e serviços a uma área de
influência, tendo capacidade de atrair população.
Produtos e serviços
Bens centrais- só podem ser adquiridos em determinados locais- lugares centrais;
Bens raros- de utilização pouco frequente, presentes apenas em certos lugares, o que
exige, geralmente maiores deslocações.-
Corredor de hospital
Funções de nível superior- mais raras e especializadas, são oferecidas por um menor
número de centros urbanos, geralmente os de maior dimensão, que têm maior área de
influência;
Funções de nível inferior- mais frequentes, estão presentes em grande número de
lugares, com menor área de influência.
Alguns países europeus apresentam sistemas urbanos policêntricos, pois a população urbana
distribui-se por várias aglomerações urbanas.
Desequilíbrios a atenuar
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa evidencia-se:
Na dimensão dos centros urbanos;
Na repartição geográfica;
No nível de funções.
O sistema urbano nacional apresenta uma clara bipolarização.
Consequências
Fraca capacidade de inserção das economias regionais na economia nacional;
Limitação das relações de complementaridade entre os diferentes centros urbanos e,
como tal, do dinamismo económico e social;
Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela perda de
sinergias que uma rede urbana equilibrada proporciona.
Economias de aglomeração
As atividades económicas dos setores secundário e terciário instalam-se, preferencialmente,
nas áreas urbanas desenvolvidas.
Mão de obra mais numerosas e qualificada;
Mais e melhores infraestruturas;
Economias de Escala
As áreas urbanas atraem as atividades económicas e estas, por sua vez, contribuem para a
expansão das áreas urbanas, pois criam emprego, atraem população e diversificam as funções
e os bens e serviços disponíveis nessas aglomerações.
Deseconomias de aglomeração
Os problemas resultantes da excessiva aglomeração de população e atividades refletem-se no
aumento dos custos das atividades económicas e afetam a qualidade de vida da população.
Quando as desvantagens da concentração se tornam superiores às vantagens, gera-se uma
deseconomias de aglomeração- os custos da concentração passam a ser superiores aos seus
benefícios.
Políticas de ordenamento
Potencializem as especificidades regionais;
Facilitem a coordenação das ações ao nível local;
Reforcem a complementaridade interurbana;
Promovem o desenvolvimento de cidades e sistemas urbanos
Cidades médias
A designação de cidade média ou intermédia coloca a questão dos critérios subjacentes à sua
classificação, processo que apresenta certas dificuldades. Os critérios variam de país para país
e ao longo do tempo que impede uma definição universal.
O contributo das cidades com uma dimensão média é fundamental para criar dinamismo
económico e social, proporcionando as vantagens das economias de aglomeração, que atraem
as atividades económicas e criam condições para a fixação populacional sem as desvantagens
da concentração excessiva.
Anos 80 do século XX, o mundo rural deixa de estar voltado exclusivamente para a produção
agrícola:
Também tem uma função de produção alimentar
A atividade económica principal pode não estar relacionada com a agricultura
O grupo social de referência deixa de ser a família camponesa
A paisagem tradicional é encarada como património
Transportes
Transporte Modo de Transporte Meio de Transporte Redes de Transportes
Sinónimo de uma Maneira com se faz Veículo utilizado Conjunto das
atividade que visa a deslocação, ligações/vias/linhas
levar algo através do atendendo ao entre localidades, e
espaço, ou seja, de espaço são hierarquizadas
um lugar para o outro desigualmente no
território
Distância-tempo e distancia-custo
A modernização dos transportes modificou a noção de distância. Antigamente a distância física
media-se em termos absolutos (Km), na atualidade mede-se em termos relativos:
Distância-tempo- Tempo necessário para efetuar uma determinada deslocação usando
um certo modo/meio de transporte. Pode ser representada num mapa através de
isócronas – linhas que unem pontos de igual distância-tempo
Distância-custo- Despesa efetuada numa determinada deslocação, usando um certo
modo/meio de transporte. Pode ser representada no mapa por isótimas – linhas que
unem pontos de igual distância-custo.
A conjunção destes fatores permite determinar, para cada caso, qual o modo de
transporte que oferece mais vantagens em termos comparativos.
Os transportes rodoviários são os mais indicados, no transporte intracontinental, para
transportar pessoas e mercadorias a curtas distâncias.
Os transportes ferroviários são os mais indicados, no transporte intracontinental, para
transportar muitas pessoas e grandes cargas a médias e a longas distâncias.
Transporte Aquático
Transportes Marítimo Transporte Fluvial
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
. Grande capacidade . Reduzida . Baixos custos . Lentidão das
de carga; velocidade quando operacionais embarcações
. Especialização ao comparado com os . Elevada capacidade . Necessita de
nível do transporte restantes modos de de carga efetuar transbordo
de mercadorias transporte; para outros meios de
(petroleiros, porta- . Necessidade de . Eficaz em áreas transporte
contentores). transbordo; urbanas com rios . Dependente de rios
. É o mais . Podem ser muito navegáveis que sejam
competitivo para poluentes navegáveis. A
longas distâncias no . Risco de acidentes . Aproveitamento maioria dos rios não
transporte de ambientais (derrame turístico (ex: barco é navegável devido
mercadorias pesadas de petróleo) rebelo no Douro) ao regime irregular e
e volumosas. . Sujeito às ao seu baixo caudal
condições
atmosféricas
Transporte terrestre
Transporte rodoviário Transporte ferroviário
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
. Rede ramificada. . Elevada . Económico para o . Fraca flexibilidade
Prático, rápido e sinistralidade transporte de . Limitações da rede
económico para . Ocupação de mercadorias a - itinerários fixos,
curtas e médias grandes espaços médias e longas implicando o
distâncias pelas infraestruturas. distâncias. transbordo de
. Não necessita de . Impacto territorial passageiros e
grandes negativo . Regular, confortável mercadorias.
investimentos . Elevado consumo e seguro.
Rodoviário
No transporte intracontinental de mercadorias, nomeadamente na União Europeia, o
transporte rodoviário é o mais utilizado.
Em Portugal, é o mais utilizado no tráfego interno de mercadorias e de passageiros.
Nas últimas década tem-se verificado um forte desenvolvimento devido: à renovação
da frota, à modernização das infraestruturas, à versatilidade do serviço “porta a porta”,
e ao aumento da capacidade de carga
Ferroviário
A rede ferroviária portuguesa é pouco extensa e muitas linhas do interior do país
encontram-se desativadas. O despovoamento contribui para a diminuição da utilização
do comboio em algumas regiões.
As assimetrias regionais fazem-se notar: na distribuição da rede, no fluxo de comboios
e ao nível da modernização
Nas AMP o metropolitano é muito utilizado no transporte de passageiros, apesar de ter
perdido alguma importância devido à recessão económica
Atualmente, o transporte ferroviário constitui uma prioridade na político de
transportes comunitária e nos planos de infraestruturas nacionais
Transporte aéreo
Vantagens Desvantagens
. Rapidez; . Elevado custo do transporte;
. Ausência de itinerários totalmente fixos . Investimentos elevados;
. Possibilidade de atingir lugares
inacessíveis aos restantes meios de . Fraca capacidade de carga (relativamente
transporte; ao transporte marítimo e ferroviário);
. A grande comodidade e segurança;
. Transporte de muitos passageiros . Elevado consumo de combustível;
. Ideal no transporte de mercadorias . Muito poluente (poluição atmosférica e
urgentes, com pouco peso ou volume, de sonora);
Petróleo- chega a Leixões e Sines, por via marítima e a partir dos terminais são
transportados através dos oleodutos para as refinarias de Leça da Palmeira e de Sines.
Eletricidade- a REN cobre todo o território mas não uniformemente, é no litoral que se
encontra maior densidade e linhas de maior potência (áreas de maior concentração
populacional e de centrais termoelétricas
Rede Rodoviária
A Rede Nacional Complementar, com 7 500 km: integra 4 itinerários complementares (IC), as
estradas nacionais (EN); estradas municipais; e estradas regionais.
Rede Ferroviária
Rede marítima
O setor portuário conheceu um importante progresso nos últimos anos, apresentando taxas de
ocupação e níveis de eficiência elevados. No sentido de manter a modernização do setor, as
orientações definidas no Plano Estratégico de Transportes 2008-2020 são as seguintes:
Promover o acesso às rotas marítimas internacionais
Garantir que os pontos nacionais constituam uma referência na fachada atlântica da
Península Ibérica
Assegurar padrões de nível europeu
Melhorar o equilíbrio económico-financeiro dos portos nacionais
Promover o ensino, a qualificação profissional e a investigação, desenvolvimento e
inovação
Rede fluvial
O trafego de passageiros nas vias navegáveis interiores tem pouco significado em Portugal,
tendo registado um decréscimo, conforme as últimas estatísticas. Com exceção das travessias
do rio Tejo, as restantes são marcadas, ao nível do número de passageiros por uma forte
sazonalidade.
De salientar o significativo número de passageiros que circulam em vias fluviais,
nomeadamente no rio Douro, por motivos turísticos.
Rede aérea
Rede de gasodutos
Rede de oleodutos
Atualmente o petróleo é totalmente importado, chega a Portugal por via Marítima aos
terminais petrolíferos de Matosinhos e de Sines, onde é refinado e transportado em
subprodutos líquidos e gasosos, como a gasolina, o gasóleo, ou gás propano.
Rede elétrica
Um dos principais objetivos da PCT é, então a criação de uma rede transeuropeia que integre
as redes de transportes ferroviários, rodoviários, aéreos e marítimos. Esta rede tem em vista
articular as várias redes que a constituem, eliminar os estrangulamentos existentes em cada
uma delas, de forma a criar-se um espaço sem fronteiras, melhorando a ligação entre as
regiões mais periféricas e as regiões centrais, mais desenvolvidas.
Neste projeto é dada particular atenção à rede rodoviária, que se pretende que venha a ligar
mais fortemente as estradas e autoestradas e que permita, também, aumentar a interconexão
com outros modos de transporte, promovendo o transporte intermodal.
Telecomunicações
Regista-se uma evolução positiva do acesso às TIC pelas famílias portuguesas. Entre 2008 e
2012, a percentagem de famílias com acesso ao computador e com ligação à Internet em
banda aumentou consideravelmente.
Hoje em dia, constata-se um elevado nível de utilização destas tecnologias por parte das
empresas portuguesas. Nos últimos anos verificou-se um aumento considerável da utilização
do computador e da Internet nas empresas.
- As empresas cada vez mais recorrem à Internet para o contacto com entidades públicas, para
obterem formulários ou impressos online.
- As redes sociais são utilizadas pelas empresas para a ligação com os clientes, fornecedores e
parceiros de negócio.
- O recurso ao comércio eletrónico é uma realidade cada vez mais presente no tecido
empresarial português. A realização de comércio eletrónico aumenta com a dimensão da
empresa, em consequência das vantagens percecionadas pelas empresas.
Na sociedade
As TIC foram sendo incorporadas no quotidiano dos cidadãos e das organizações, gerando
novos hábitos e capacidades, que permitiram potenciar as vantagens das TIC em diversos
domínios, como na comunicação interpessoal, no acesso a serviços públicos, na dinamização
do comércio, nas formas de ensino, na divulgação do comércio e na utilização dos transportes.
Por outro lado, as redes de comunicação mais eficientes e de baixo custo permitem às
empresas atuarem em diferentes países e regiões.
2. Transportes
Uma das grandes apostas ao nível das tecnologias aplicadas ao setor dos transportes é a
tecnologia Near Field Comunication (NFC), que permite aos utilizadores pagarem a sua viagem
em transportes públicos passando o seu telemóvel num leitor próprio.
Outra das aplicações das TIC ao transporte rodoviário é a disponibilização, em tempo real, de
informação aos passageiros e condutores, através dos designados PMV (painéis de mensagem
variável). Desta forma é possível informar os utentes:
- Da intensidade do tráfego
- Da existência de acidentes e/ou de trabalhos na via
- Dos limites de velocidade
- Das condições meteorológicas
- Dos preços do combustível
A nível ferroviário têm sido instalados sistemas de controlo de velocidade, permitindo
assegurar maiores níveis de segurança na circulação.
Assim, têm assistido a uma supressão das passagens de nível e a uma melhoria das condições
de segurança nas mesmas, através de controlo automatizado, o que tem contribuído para uma
redução significativa da sinistralidade ferroviária.
A aviação comercial passou a desenvolver tecnologias que tornaram o avião cada vez
mais automatizado, reduzindo assim a importância do piloto na operação da aeronave,
com o objetivo de diminuir os acidentes causados por falha humana. Por outro lado, as
novas tecnologias permitiram melhorar os aviões, tornando-os cada vez mais rápidos,
seguros, eficientes e silenciosos.
A qualidade do serviço prestado ao cliente é a maior prioridade das companhias aéreas, que
desse modo, investem continuamente em inovação e novas tecnologias, cujas potencialidades
contribuem para o fornecimento de produtos e serviços seguros.
3. Mar
Na União Europeia
A União Europeia tem como objetivo criar um sistema de transportes eficientes na utilização de
recursos, respeitador do ambiente, seguro e sem descontinuidades, para o benefício dos
cidadãos. Para tal, a Europa definiu os seguintes objetivos políticos:
Redução de 60% da emissões de CO2 até 2050
Redução de 50% na utilização de automóveis de combustíveis convencionais nas
cidades
Desenvolvimento de transportes livres de CO2
Redução de 40% no consumo de combustíveis fósseis até 2050
Contudo, as estatísticas evidenciam nos últimos anos uma melhoria assinalável, com uma
redução significativa do número de acidentes e de vítimas mortais. Na evolução registada
evidenciasse devido ao investimento realizado:
Na melhoria das infraestruturas viárias
Na sinalização
Na modernização do parque automóvel
Na prevenção e fiscalização mais exigente executada por parte dos agentes policiais
Na formação e educação cívica dos condutores
As causas da sinistralidade são várias, mas podem repartir-se por 2 grandes dimensões:
problemas relacionados com as vias e com a sinalização, e com o comportamento humano
devido à velocidade excessiva e inadequada (assim como as elevadas taxas de alcoolemia
registadas).
Relativamente aos outros modos de transporte, a sinistralidade é menos relevante, podendo
no entanto, assumir dimensões catastróficas quando os acidentes acontecem, devido ao
elevado número de vítimas e prejuízos materiais avultados.
Os transportes têm um forte impacto ao nível dos problemas ambientais, designadamente a
poluição atmosférica e sonora, com consequências para a saúde da população.
- Nas telecomunicações
A evolução das TIC veio desenvolver o comércio eletrónico para a aquisição de bens e serviços.
Em Portugal, a adesão a esta forma de comércio tem vindo a aumentar de forma significativa.
Vantagens Desvantagens
Disponibilidade de 24h/7 dias Divulgação de dados pessoais
Rapidez nos processos de encomenda e A possibilidade de fraude nos processos de
venda pagamento
Possibilidade de adquirir produtos de A perda de identidade cultural e económica
qualquer ponto do mundo A exclusão de cidadãos por falta de
Fácil pagamento infraestruturas de comunicação adequadas
A evolução das TIC impôs uma redefinição do espaço de trabalho. Trabalhar em teletrabalho, é
hoje mais frequente pois a flexibilidade tornou-se num dos assuntos da ordem do dia. Este
modelo de trabalho apresenta:
Vantagens Desvantagens
Maior autonomia Dificuldade em separar a vida profissional da
Possibilidade de estabelecer e controlar um via pessoal
ritmo próprio de trabalho Dificuldade em definir metodologias de
Redução de despesas de transportes e de trabalho adequadas
alimentação Aumento do isolamento social
Diminuição do stress Necessidade de investir em equipamentos
Melhoria da qualidade de vida familiar tecnológicos
Instituições comunitárias
Parlamento europeu
Representa a vos dos cidadãos, sendo composto por representantes dos cidadãos da União. O
Parlamento Europeu exerce funções de natureza legislativa, orçamental, de controlo político e
de consulta, de acordo com as condições estabelecidas no Tratado de Lisboa, cabendo-lhe,
igualmente, eleger o Presidente da Comissão Europeia. Os seus membros são eleitos, desde
1979, por sufrágio direto e universal, por períodos de cinco anos. O Parlamento Europeu é
constituído por 751 deputados, Reúne em Estrasburgo (França) e em Bruxelas (Bélgica) e os
eurodeputados estão organizados em grupos políticos que englobam os representantes dos
diferentes países.
Conselho Europeu
Assume a liderança política, sendo composto pelos chefes de Estado ou de Governo dos
estados-membros, bem como pelo seu Presidente e pelo presidente da Comissão Europeia.
Comissão Europeia
Entre as demais instituições da União, ao Tribunal de Justiça cabe garantir o respeito do direito
na interpretação e aplicação dos Tratados, o Banco Central Europeu conduz, com os bancos
centrais dos estados-membros cuja moeda seja o euro, a política monetária, enquanto o
Tribunal de contas fiscaliza as contas da União.
O Espaço Schengen permite a livre circulação de pessoas dentro dos países signatários, sem a
necessidade de apresentação de passaporte nas fronteiras. Mesmo que não haja controle nas
fronteiras, os cidadãos residentes nos países signatários devem, por norma, ser portadores de
um documento legal de identificação, como o bilhete de identidade. Para os turistas de países
não signatários, a prova de identidade é sempre o passaporte ou, no caso de longa
permanência, o documento legal substitutivo, emitido pelas autoridades de imigração de um
dos países signatários.
A valorização ambiental
A proteção ambiental é essencial para a qualidade de vida das gerações atuais e futuras e o
desafio é combinar essa proteção com o crescimento económico. Estas questões têm sido uma
preocupação transversal da União Europeia, desde a fundação até à atualidade.
Em Portugal, tendo em conta as medidas politicas tomadas para proteger o ambiente, podem
definir 3 fases distintas:
- Alterações climáticas
As alterações climáticas têm vindo a ser identificadas como uma das maiores ameaças
ambientais, sociais e económicas. Após um aumento significativo das emissões
nacionais durante os anos 90, o seu crescimento estagnou no início da década de 2000,
registando-se a partir de 2005 uma continua diminuição das emissões, sendo esta
evolução, em grande parte, um reflexo do comportamento da economia portuguesa.
Para lutar contra o aquecimento do planeta, em 2007, os dirigentes da UE decidiram:
Reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 20% até 2020 (30% se os outros
países desenvolvidos fizerem o mesmo);
Melhorar a eficiência energética em 20% até 2020;
Aumentar a parte das energias renováveis em 20% até 2020 (eólica, solar, hídrica,
biomassa).
- Qualidade do ar
- Água
- Áreas protegidas
Parque nacional
Parque natural
Reserva natural
Paisagem protegida
Monumento natural
Muitas das áreas protegidas classificadas incluem-se na Rede Natura 2000 (rede de
áreas designadas para conservar os habitats e as espécies selvagens raras, ameaçadas
ou vulneráveis, na União Europeia).Na rede natura 2000 consideram-se 2 categorias de
conservação:
Zonas de proteção especial, criadas ao abrigo da Diretiva Aves
Zonas de especial conservação, criadas ao abrigo da Diretiva Habitats
- Resíduos
Responsabilidade ambiental
As assimetrias regionais constituem uma das características mais evidentes na União Europeia.
Através de vários indicadores tornam-se claros os múltiplos desequilíbrios e a forte
heterogeneidade registada na União Europeia entre os estados-membros- mas sobretudo
entre regiões, mais e menos desenvolvidas- como entre territórios centrais e periféricos.
A Política Regional da União Europeia visa reduzir estas desigualdades, promovendo a coesão
económica e social do território. Os mecanismos utilizados passam pela criação do Comité das
Regiões, que contribui para a definição das políticas da União Europeia, e pela existência de
apoios comunitários agrupados nos fundos estruturais.
Fundo europeu de
desenvolvimento regional Infraestruturas gerais, inovação e investimentos.
(FEDER)
Fundo social europeu (FSE) Projetos de formação profissional e outros programas de
apoio ao emprego e à criação de emprego.
Projetos no domínio da proteção do ambiente e das
infraestruturas de transportes e no desenvolvimento das
Fundo de coesão energias renováveis.
Os financiamentos ao abrigo deste fundo destinam-se a 16
países (Portugal, Grécia, Espanha e membros mais
recentes…).
Com os mais recentes alargamentos, não só aderiram países com menores índices de
desenvolvimento, fazendo baixar os valores médios da União Europeia, como são mais amplos
os territórios incluídos nos objetivos estruturais, ou seja, as áreas prioritárias para apoio
preferencial em processos designáveis por discriminação positiva. As assimetrias constatam-se
através de indicadores tão diversos quanto a densidade populacional, o PIB per capita, o nível
de instrução ou o pessoal de saúde. São indicadores que revelam as grandes diferenças entre
uma Europa Central, com maiores densidades populacionais, face ao norte e ao sul, mais
despovoados.