Ficha Convivência Política Entre Os Homens
Ficha Convivência Política Entre Os Homens
Ficha Convivência Política Entre Os Homens
O conceito da “Política” tem a sua origem na palavra grega “Polis” que significa “Cidade”. Assim
etimologicamente a política é “a arte de governar a cidade.” Na Antiga Grécia, “Política” traduzia-se
normalmente, por República – para designar a organização, o regime político, a constituição de uma cidade
soberana, de uma comunidade ou Estado com individualidade e autonomia própria.
Para Aristóteles (384 – 322 a.C.) todo o Homem é político. Para, ele a política – é a arte de governar, ou
seja, é ciência do governo.
Assim, a Política pode-se definir como o conjunto de acções levadas a efeito por indivíduos, grupos e
governantes com vista a resolver os problemas com que depara uma colectividade.
O conceito da política está ligado ao conceito de poder. Tradicionalmente segundo Thomas Hobbes
(1588 -1679), o poder “são os meios adequados a obtenção de qualquer vantagem.” Para Bertrand Russel,
o poder é “o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados.”
Além do domínio da Natureza, o poder é usado no domínio sobre os outros homens, sendo assim, não é
um fim em si mesmo, mas um meio para obter vantagens, é a posse dos meios. O poder usa a força, a
coerção.
O poder também pode ser definido como uma relação entre dois sujeitos, em que um impõe ao outro a sua
própria vontade e lhe determina o comportamento.
Segundo Norberto Bobbio, existem três (3) formas de poder: poder económico – assenta nos bens; o
poder ideológico – determina o comportamento do individuo através dos sacerdotes, pastores, líderes, etc.; e
o poder político – que constitui e institui órgãos que exercem a governação de um território.
Ciência Política – é a análise sobre factos políticos relacionados com o acesso a titularidade, o exercício
e o controlo do poder político.
Filosofia Política – é o ramo da Filosofia que visa a fundamentação da ideia de organização dos homens
que vive em sociedade. É a actividade racional e critica à razão política.
A relação existente entre a Filosofia Política e a Política é que a primeira ocupa-se dos problemas de
origem de Estado, a sua organização, a sua forma ideal, a sua função e o seu fim específico, os princípios
gerais e a natureza da acção política e as suas relações com a moral, a forma do exercício político em cada
época histórica. A Filosofia procura compreender, iluminar e esclarecer os conceitos de justiça, de bem
comum, de Estado, de tolerância, de sociedade e até o próprio conceito de política.
Desde modo, as decisões políticas devem ser sempre objecto de investigação filosófica antes de serem
implementadas. Desde a tradição clássica, a Política é uma ciência que exerce o seu domínio do
conhecimento pratico e é de natureza normativa, estabelecendo os critérios de justiça e de bem governar e
examinar as condições sociais as quais o homem pode atingir a felicidade (o bem-estar) colectiva ou na
sociedade.
O Filósofo Político – é alguém que analisa criticamente a sociedade (aspectos positivos e negativos) e
aponta soluções filosóficas, por isso, em algumas sociedades, não são bem vistos os filósofos pelos
governantes, pois são considerados como perturbador da sociedade.
Em suma, a relação entre a Filosofia Política e a Política é análoga a da Ética e da moral, sendo a
primeira é uma reflexão sobre a segunda.
A sociedade surge para o Homem como um todo, já organizado e estruturado na qual ele se integra e se
realiza. No entanto, a dimensão social identifica-se com a dimensão política, mas entre elas distinguem-se
em: a existência social (dimensão social) - é mais rica e mais abrangente do que a dimensão política, pois
envolve muitas outras formas (dimensões) de existência humana, incluindo a dimensão política. É a
dimensão social, que nos seus múltiplos aspectos explica, cria, contesta, transforma o poder político
(dimensão política) gerando mecanismos de fuga e de libertação.
A dimensão política - é uma das formas históricas que assumiu a existência social organizada em varias
dimensões da vida social deixando-se absorver pela lógica da dominação e os seus mecanismos de muitas
desinteligências, muitas arbitrariedades, muito abuso de poder. Neste contexto, resulta a tensão entre a
dimensão social e a política que exige da Filosofia, reflexões sobre a Ética da Política.
Portanto, a dimensão social é constituída por tudo aquilo que torna a vida de uma comunidade uma
relação real entre os seus membros. A dimensão política, pelo contrário, é o âmbito das relações formais
mediadas pelas instituições, vazias de vida e exteriores aos indivíduos. O político, é a forma alienada da
existência social. Surge assim a imperiosa necessidade de juízos éticos-morais nas decisões políticas.
Toda a actividade política deve ser questionada, por exemplo: Seria eticamente numa situação de crise a
política ignorassem a moral e o direito? Que tipo de equilíbrio deverá existir entre a autoridade política e a
liberdade individual dos cidadãos? Que tipo de relação pode existir entre a autoridade e a tolerância?
A Ética Política – é uma disciplina da Filosofia que reflecte, procura construir e iluminar as decisões ou
acções políticas com base nos princípios da moralidade com vista ao bem comum em função da dignidade
humana.
O vínculo entre a Política e a Ética significa que as qualidades das leis e do poder depende das qualidades
morais dos cidadãos e vice-versa, isto é, a acção política de basear-se em princípios morais, ou melhor da
Ética.
A dimensão política radica na natureza social do Homem, do seu “ser-com-os-outros”. O individuo tem
necessidade da comunidade, das normas e das instituições que as asseguram e asseguram a vida e a
convivência entre todos.
Assim surge a Política como necessidade social do Homem para estabelecimento da ordem, assegurar a
paz, a tranquilidade, a justiça, o bem comum onde a Política é um agir que dispõe de meios em relação
aos fins e pensa nos fins em relação aos meios. Numa decisão o individuo pode escolher entre varias
possibilidades de comportamento ou de acção porque é na articulação entre os meios e os fins que o político
pratica desinteligências e arbitrariedades.
É aqui onde o Político entra em conflito com o individuo e o social, surgindo assim, o apelo à dimensão
Ética. A Ética é o fundamento da Política, pois os deveres do Estado são os direitos dos cidadãos. O
verdadeiro fim da Ética é procurar iluminar as decisões e as acções políticas para que possam ser moralmente
correctas com base no princípio de moralidade.
Sendo assim, a Ética, é a ciência básica sobre a qual a Política se ergue enquanto garante jurídico-
institucional dos princípios éticos da liberdade, da igualdade, da justiça e da dignidade humana.
Segundo Aristóteles o que une a Ética e a Política é o conceito de justiça. A Ética e a Política são dois
aspectos da mesma acção. Para Aristóteles, “a acção do político deve visar, como supremo objectivo, não
apenas assegurar o funcionamento da cidade ou da comunidade, mas, para além disso, garantir a felicidade
e o bem-estar efectivo dos cidadãos. Em última instância, a política deve orientar-se por critérios racionais
de acordo com a natureza dos Homens. O funcionamento da vida social não pode estar em desacordo com a
natureza da alma humana; o bem comum não pode contradizer aquele bem que é próprio da existência
humana racional; o bem propriamente humano, o bem moral.”
Em suma, a Ética e a Política encontram-se e referenciam-se mutuamente na busca comum do bem: na
Ética, do “mais alto bem”, e na Política, do bem comum da justiça.
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2.2. Estado/Nação
b) Nação – é a comunidade natural de homens reunidos no mesmo território com mesma origem, os
costumes e a língua (no sentido clássico).
c) Sociedade – é o Estado ou a união dos homens ou dos animais que vivem sob as mesmas leis, ou pela
mesma origem para atingir os mesmos fins.
d) Soberania – é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum poder, e o poder
absoluto e perfeito de um a república que goza de liberdade e poder para atingir o bem comum.
A política implica o poder e este poder é exercido numa sociedade ou Estado com toda sua complexidade.
a) População – é o número de pessoas que habitam num determinado território. É designado de povo, no
sentido natural – a massa popular, multidão; e no sentido político – é a população de um Estado que
obedece as mesmas leis.
b) Governo – é a acção de dirigir um Estado. É o conjunto de pessoas com cargos oficiais no Estado. Aí
encontramos os governantes e os governados.
b.1. Governante – é qualquer funcionário publico que assume cargos de direcção que dirige uma
instituição pública. Segundo Pedro A. Neves (1977), “os governantes são aqueles que definem a política e
linhas de orientação, impõe normalmente a sua vontade como mandatários legitimados pelo sufrágio
universal.”
b.2. Governados - são todos aqueles que são dirigidos, que obedecem as leis traçadas, normas e lutam
para atingir o mesmo fim.
c) Constituição – é a Lei Magna (Lei mãe) de onde derivam as leis particulares de um país, a lei
fundamental de um Estado. É a estrutura de uma comunidade política organizada, é a ordem necessária que
deriva do poder soberano e dos órgãos que o exercem.
d) Território – é o espaço geográfico no qual o Estado exerce seu poder de governo. Um território é
constituído por espaço aéreo, mar territorial, superfície terrestre e pelo subsolo.
a) Direito – é aquilo que é conforme a uma regra precisa, é o que é permitido ou autorizado por lei.
b) Direitos Humanos – são conjuntos de princípios essenciais á existência humana condigna, apela ao
reconhecimento mútuo entre os homens enquanto seres de direito. É o conjunto de regras ou normas ou
relacionamento entre os homens.
Do ponto de vista jurídico, distingue-se um direito positivo (que resulta das leis escritas) e o direito
natural (que resulta da natureza dos homens e das suas relações independentemente de qualquer legislação).
O Homem possui direitos inalienáveis como o direito a vida, inviolabilidade física, liberdade e justiça,
inviolabilidade psicológica, etc.
A Declaração do Direitos Humanos foi adoptada pela ONU a 10 de Novembro de 1948, ela foi
elaborada por John Piter Humphre do Canadá mais com ajuda de outras pessoas do mundo como: EUA,
França, China, Líbano, etc.
Segundo John Rawls na sua obra “Teoria de Justiça” diz que a justiça é a primeira virtude das
Instituições Sociais… e devem (as instituições e as leis) ser reformadas ou abolidas se forem injustas. Rawls
defende ainda que a liberdade individual deve ser preservada e não deve haver restrições a esta quando está
em causa o benefício de outros. Para Rawls, a justiça social consiste na inviolabilidade da pessoa humana.
O que Locke desenvolveu como resultado da sua concepção do Contrato Social foi a teoria do Estado
de Direito, que se baseia no reconhecimento dos Direitos Humanos, na separação de poderes e nas eleições
livres como os três pilares fundamentais da democracia.
A actual compreensão dos Direitos Humanos, baseia-se nas concepções de natureza do Homem e da
sociedade humana provenientes do iluminismo. Os Direitos Humanos são, segundo a doutrina do direito
natural, inatos; pois eles não são uma dádiva de qualquer organização ou instituição, visto que eles existem
muito antes de o Homem estar ligado aos conceitos de “sociedade”, de “economia”, de “Estado” e de
“religião”.
Portanto, os Direitos Humanos não são endereçados ao próximo nem à sociedade, mas sim, ao Estado:
Direitos Humanos significam o dever de o Estado não usurpar ilegalmente as liberdades do Homem.
Estado de Direito – é aquele em que o poder é exercido segundo a lei. Todos os membros desta
sociedade estão submetidos na mesma lei a respeito pela hierarquia das normas, separação de poderes e pelos
direitos fundamentais.
A Constituição moçambicana, no artigo 2 define ainda, para além de direitos e deveres, a soberania e
símbolos nacionais: .
“1. A soberania reside no povo. .
2. O povo moçambicano exerce a soberania segundo as formas fixadas na Constituição. .
3. O Estado subordina-se a Constituição e funda-se na legalidade...”
*No Estado de Direito ninguém está acima da lei. A lei reina para todos os indivíduos.
O Estado tem o dever de cuidar os seus cidadãos e estes também têm suas obrigações para o Estado. De
modo geral, existem três (3) funções do Estado: a segurança, justiça e bem-estar - condição física e
psicológica que caracteriza o equilíbrio das actividades orgânicas e um correto ajustamento do indivíduo ao
seu meio ambiente (habitat).
A teoria de Duguit acolhe certo consenso no seio do Estado Moçambicano. Ele define três (3) funções
básicas para o Estado, nomeadamente: .
a) Função legislativa – consiste na prática dos actos-regra ou regulamentação de toda a Filosofia da vida da
sociedade, e é exercida pelo Parlamento ou Assembleia Nacional em alguns países.
b) Função administrativa ou executiva – normalmente é exercida pelo governo, consiste em assegurar o
funcionamento dos serviços públicos.
c) Função jurisdicional – consiste na resolução pelo Estado de uma gestão de direito que lhe é submetida
e na decisão que assegura a eficácia dessa resolução.
As três funções não estabelecem uma fronteira rígida entre si no seu funcionamento, pois, o artigo134 da
Constituição de Moçambique (2008) dita o seguinte: “Os órgãos de soberania assentam no princípio de
separação e interdependência de poderes consagrados na constituição e devem obediência à constituição e
às leis”.
Péricles defende a participação política dos cidadãos nos assuntos políticos como membros de uma
comunidade organizada, pois para ele “o homem que não participa da política, não é um cidadão tranquilo,
ele é inútil.”
O problema político é de toda sociedade, então o cidadão deve participar porque a vida é condicionada
pela política. A política é o mecanismo de resolução de conflitos.
Para Jürgen Habermas (1929), “o espaço político é o lugar onde o cidadão discute ideias para o bom
funcionamento da sociedade”. Outra forma de participação política é a formação e participação cívica do
cidadão através dos partidos políticos.
Partido Político – é um agrupamento de indivíduos unidos por ideias e actividades comuns com vista a
consecução de certos fins ou eleição de funcionários para o Estado.
Eleição – é a escolha por meio de sufrágio ou votos de partido ou de pessoas para ocupar um cargo ou
desempenhar certas funções. O partido eleito toma o poder e implementa o seu programa legitimado pelo
povo.
No cômputo geral, a forma mais tradicional de participação política do cidadão é através dos pleitos
eleitorais filiação nas associações de carácter político, religioso. Cultural e económica como se indica nos
artigos 52 e 74 da Constituição da República de Moçambique (edição de 2008).
O n.º 1do artigo 53 afirma “Todos os cidadãos gozam da liberdade de constituir ou participar em
partidos políticos.” E o seu no n.º 2 indica que “A adesão a um partido político é voluntária e deriva da
liberdade dos cidadãos de se associarem em torno dos mesmos ideais políticos.” E o artigo 73, fixa o
sufrágio universal como forma mais tradicional de participação no exercício de poder político.
1. Os Sofistas
Na Política – elaboraram e legitimaram o ideal democrático. A maior virtude passa a ser a justiça.
Na Educação – sistematizaram o ensino, a gramática, a retórica e a dialéctica.
O Protágoras foi o sofista que mais se destacou com a sua máxima “O Homem é a medida de todas as
coisas que são enquanto são e as que não são enquanto não são.”
O seu pensamento político está nas suas obras: “A República”, “O Político” e “As Leis.” Para Platão, a
política deve ter a Filosofia como o seu instrumento e fonte de inspiração, porque a Filosofia é a via segura
de acesso aos valores de justiça e de bem.
b) Concepção Política
Platão definiu a política como arte de conduzir a sociedade humana, e finalmente definiu a política
como a arte de governar os homens através de persuasão ou com o seu consentimento, em oposição ao
governo de homens por meio de coerção ou pela força.
Para Platão, a primeira condição para a vida política é o conhecimento, a ciência, é a ciência de
governar, a segunda condição é o temperamento pessoal típico de quem se dedica á política. O ideal para
Platão é que o Estado seja governado pelos filósofos enquanto conhecedores da ciência política e do bem
supremo, isto é, os filósofos se tornem reis como governantes do Estado ideal de Platão.
c) Classes Sociais
d) Formas de Governo
A melhor forma de governo segundo Platão, é a monarquia sob comando de um filósofo-rei, que
governa a polis segundo a justiça e preservaria a sua unidade.
A sua segunda opção, seria a aristocracia, composto por filósofos e guerreiros. Segundo Platão, a
democracia é o pior das formas de governos, porque se o poder se estiver nas mãos do povo, e sendo este
incapaz de conhecer a ciência política facilita através de demagogia o aparecimento da tirania.
3. Aristóteles
A finalidade do Estado consiste em assegurar aos homens não só a viver ou a vida, mas o bem-viver,
a vida feliz enquanto vida ordenada para a perfeição; é facilitar a consecução da felicidade, tornar
possível a realização completa de todas as capacidades humanas.
b) Origem do Estado
A origem do Estado segundo Aristóteles é natural, pois para Aristóteles, o homem é por natureza um
animal político que se distingue dos outros animais, não porque apenas vive em sociedade, mas vive numa
sociedade politicamente organizada, um animal cívico e educado, que se integra numa ”polis” (cidade) que
resultou de uma civilização contínua da espécie humana da família, tribo, aldeia até a cidade (Estado).
c) Formas de Governo
Estes governos agem de diferentes formas em defesa do bem-comum ou em defesa de interesses privados
resultando as três (3) formas de possíveis governos rectos e três (3) de governos corruptos:
Contrariamente ao seu mestre (Platão), Aristóteles admite que a melhor forma de governo possa variar
conforme as épocas e povos. Para Aristóteles, a Politeia ou a República é a melhor forma de governo.
a) Características Gerais
Foram as invasões dos povos germânicos (“povos bárbaros”), vindos do Norte da Europa que deram
derrota final ao Imperio Romano do Ocidente dando novas características toda a Idade Media:
a) A nível geopolítico – fragmentação do Imperio Romano do Ocidente, com capital em Roma, em diversos
reinos no principio do século V e que mais tarde tornaram-se monarquias europeias. b) A nível
socioeconómica – desagregação e substituição da antiga ordem pelo feudalismo por toda a europa.
c) A expansão do Cristianismo – o seu enraizamento foi quem mais influenciou como princípio unificador
da vida religiosa e moral e nas esferas social, política até à científico-filosófica. Segundo Prelot, Lescuyer e
Amaral “o Cristianismo é uma revolução, antes de tudo, religiosa, mais com repercussões morais, sociais e
políticas inegáveis”.
- Na moral – o Cristianismo tornou-se a nova guardiã da unidade que caracterizava o Império Romano; -
No plano social – com a revolução cristã há proclamação da universalidade e inviolabilidade da pessoa
humana enquanto imagem de Deus; .
- No campo científico-filosófico – aparecimento das escolas e universidades e de novos estudos, traduções
de obras de pensadores gregos clássicos, bem como, da conciliação do seu pensamento com a doutrina cristã.
. –
Na área política – distinguem-se dois âmbitos: .
a) Práxis política medieval – a influência do Cristianismo foi sinuosa, por um lado, favoreceu e legitimou
o poder civil (poder temporal) através da consagração dos imperadores e reis, como a consagração do
Imperador Carlos Magno em 800 d.C. pelo Papa Leão II. Por outro lado, as relações hostis entre a igreja e o
império, mundialmente conhecidas como “a luta das duas espadas”.
Na sua obra “Cidade de Deus”, para Santo Agostinho o Mundo divide-se em duas cidades construídas por
dois amores: a Cidade de Deus – o amor de Deus, que leva ao desprezo de nós próprio construiu a cidade
celeste, e a Cidade Terrena – construída por amor-próprio da sociedade civil, que conduz ao desprezo de
Deus, reunida pela aceitação do mesmo direito e pela comunidade de interesses.
De acordo com Santo Agostinho, a origem do Estado provem do pecado original. Santo Agostinho
defende a autoridade política, para que se mantenha a paz a justiça, a ordem e a segurança. A autoridade
política é dada e iluminada pelo Deus. Pois a lei natural reside no coração de cada Homem. É a lei de Deus; e
a lei cristã é promulgação exterior da lei interna da alma. O direito positivo deveria ser o desenvolvimento da
lei natural.
Para São Tomás de Aquino, na sua obra ‘”De Regimine Principum” (Do Governo dos Príncipes), o
Estado nasce da natureza social do Homem, concordando assim com Aristóteles.
Ele diz ainda que o Estado é uma sociedade perfeita, uma vez que tem os meios suficientes para
proporcionar um modo de vida que permita a todos cidadãos ter aquilo que necessitam para viver como
Homens. A comunidade é fundada em princípios divinos.
A finalidade do Estado é o bem-comum. Para São Tomás de Aquino, o poder religioso é regido pelo
Papa e o temporal pelo Rei ou príncipe. O Rei que viola os princípios, pode ser deposto, pois, “Ainda que
alguns tenham recebido o poder de Deus, se abusarem dele, merecem que lhes seja tirado.”, Visto que todos
os poderes sejam controlados pelos beneficiários – a Comunidade recorre a Deus, apenas, no caso em que o
povo não consiga destituir um certo rei por desmandos.
2.4.3. A Filosofia Política na Idade Moderna (início do Séc. XV - finais do Séc. XXVIII)
A Modernidade surge no início do Século XV, mas não há consenso sobre o facto histórico que pode ser
considerado o mais significativo a ponto de assinalar o ponto da Era Moderna.
Os factores os históricos que sem consenso entre os pensadores, considerados como marcantes do início
da Idade Moderna são: .
– A queda do Império Romano do Oriente em 1453; .
- A chegada de Cristóvão Colombo às Américas em 1492; .
- O início do movimento protestante em 1517.
Na sua obra-prima “O Príncipe”, Maquiavel parte de uma visão pessimista da natureza humana, propõe
um Estado fundado à forca. As concepções políticas de Maquiavel são consequências da sua concepção
antropológica, segundo a qual “o Homem é por natureza, mau” Assim aconselha aos governantes a
partirem do pressuposto de que todos os Homens são réus, e desde modo, devem empregar todos os meios
para alcançar o fim e conservar a sua própria vida e do Estado. Isto é, o fim é que conta, o governante deve
impor-se mais pela força do que pelo amor (a ditadura) para alcançar os seus objectivos: Preservar a sua
vida e a do Estado
Senso assim, Maquiavel que o príncipe não deve esquecer da sua reputação, isto é, o governante deve
aparentar que está a agir com a melhor das intensões, o que significa que o príncipe deve ser “uma
espécie de lobo vestido de carneiro.” .
* Maquiavel é considerado o fundador da Ciência Política Moderna.
a) Regimes Políticos
Maquiavel sustenta que: qualquer actividade para manter o poder deve ser justificada, e a sua
apreciação que possa ser feita pela moral “os fins justificam os meios”. Em política, deve se fazer o bem
quando possível, mas também o mal, se for necessário.
É um filósofo inglês onde a sua principal doutrina política encontra-se na sua obra-prima “Leviatã”
(Leviathan) para além da obra “De Civi”.
a) Origem do Estado
Para Hobbes, a origem do Estado é o fruto de um “Contrato Social”, decorrendo de conflitos entre os
indivíduos. Para Hobbes, o Homem conheceu dois Estados da humanidade:
a) O primeiro Estado é natural – onde o homem goza de liberdade total, tendo todos direitos e nenhum
dever. É de natureza egoísta, pois cada um procura satisfazer os seus instintos, sem nenhuma consideração
pelos outros. A situação dos homens está entregue a si próprios, é de anarquia, geradora de insegurança,
angustia e de medo.
Os interesses egoístas predominam e o Homem torna um lobo para outro homem (homo homini lupus).
As disputas geram uma guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes). A guerra não
acomoda o Homem.
b) Daí, nasce o segundo Estado – o Estado Contratual (o Estado Político-social) que caracteriza-se pela
existência de um contrato social. Há uma renúncia definitiva dos direitos individuais ao favor do Estado.
Todos os homens são iguais no contrato social, a moral nasce com a lei civil.
Para Hobbes, a monarquia é a melhor forma de governo. Hobbes é grande defensor do absolutismo
pois para ela, o Estado é o organismo que está acima dos cidadãos.
Filosofo Inglês, as suas contribuições políticas encontram-se principalmente na sua obra “Dois Tratados
Sobre o Governo” onde distingue dois Estados: o Estado de Natureza e o Estado Contratual. .
a) Estado de Natureza – não é um Estado no qual cada um tenha direitos ilimitados sobre tudo (como dizia
Hobbes). O Estado de Natureza para Locke, tem uma lei da natureza que obriga a todos; esta lei é a razão
que ensina a humanidade, todos os Homens são livres iguais e independentes, ninguém deve causar danos a
outrem em sua vida.
No Estado de Natureza cada um é juiz em causa própria. Pela liberdade natural do Homem, ele não pode
ser expulso da sua propriedade e ser submetido ao poder político de outrem sem dar o seu consentimento.
A renúncia à liberdade natural da pessoa acontece quando concordam em juntar-se e unir-se em
comunidade para viver com segurança, conforto e paz, umas com outras.
b) Nasce assim o Estado Social ou Contratual – que cria a autoridade, alguns encargos de velar pelos
direitos de todos. O contrato é uma delegação de defesa de individuo à autoridade. O cidadão conserva
sempre os seus direitos naturais: à vida, à propriedade privada, à liberdade, à família, etc.
Natural de Genebra (Suíça), inicia a sua reflexão política partido da hipótese de o Homem se ter
encontrado em dois estados: Estado de natureza e no Estado Contratual. .
a) Estado natural (Estado de inocência ou primitivo) – é descrito na sua obra “Discurso Sobre a
Desigualdade entre os Homens”, neste Estado, “o individuo nasce livre e é bom mas se corrompe com a
sociedade”, que destrói sua liberdade. Os Homens eram sempre iguais, mas os Homens saíram desta
condição feliz, pelo desejo, pela necessidade do socorro do outro e nasceu a propriedade.
Portanto, a propriedade trouxe a desigualdade entre os Homens, a diferenciação entre o rico e o pobre, o
poderoso e o fraco, o senhor e o escravo, surge o homem corrompido pelo poder e é violento – é um falso
contrato. A sua redenção é possível com a reforma no sentido de organizar a humanidade em estudo
segundo a natureza e providenciar-lhe uma educação, uma moral e trabalho com vista a recuperar a
verdadeira civilização’
b) O Estado Contactual – neste estado social, os indivíduos livres se submetem a uma educação, uma
disciplina visando um bem maior para todos e para cada um. O individuo não é um simples Homem, mas um
cidadão. Como tal, ele renuncia os direitos pessoais a favor da comunidade, já não assume as normas, leis
por instinto mas segue a lei que não e estranha a outros nem a si porque o individuo é súbdito ao mesmo
tempo.
Segundo Rousseau, o cidadão não escolhe representantes a quem delegar o poder, como defendia Locke e
estado liberal, porque para Rousseau, o povo é soberania, o governo está submetido no povo, não são
senhores do povo, mas seus oficiais que apenas executam as leis que saem do povo. Rousseau critica o
regime representativo e defende a democracia directa, pois a lei não ratificada pelo povo é nula, isto é, o
contrato social deve ser fruto do consentimento de todos os membros da comunidade.
Filósofo italiano é considerado o pai do “constitucionalismo moderno” e é o autor da obra “Espirito das
Leis”, onde pretende descobrir as leis naturais da vida socal. As leis são relações indispensáveis emanadas da
natureza das coisas. Para Montesquieu, existem leis da natureza e leis positivas:
a) Leis da natureza:
1ª Lei - igualdade de todos os seres inferiores;
2ª Lei – procura de alimentação;
3ª Lei – Encanto entre seres de sexos diferentes; e a
4ª Lei – desejo de viver em sociedade.
b) Leis positivas:
1ª – Direito das gentes (regula a convivência entre diferentes povos, na paz fazer o maior bem, e na guerra,
o menor mal possível); 2ª –
o Direito político (regula a convivência entre os governantes e os governados); e a
3ª – Direito civil (normas que regulam as relações entre cidadãos).
Numa análise histórica como tipos sociológicos fundamentais do Estado: a democracia, a monarquia, e
o despotismo (forma de governo na qual uma única entidade governa com o poder absoluto).
O grande mérito de Montesquieu foi o de ter desenvolvido a teoria de separação de poderes legislativo,
executivo e judicial.
Esta divisão impede que alguns deles actuem despoticamente. Mas a condição que Montesquieu
considera fundamental, é a separação efectiva, pois não basta que que estes poderes existam para que o seu
funcionamento seja pleno.
Montesquieu nas relações entre a Igreja e o Estado, sublinha a necessidade de tolerância. Ele aceita
Deus como princípio supremo, fonte das leis do mundo humano e natural e em Cristianismo, reconhece a sua
força civilizadora e o seu carácter sobrenatural.
Recondações – leitura e exploração das páginas 81, 82 e 83 do livro de Filosofia 12ª Classe de Ernesto
Daniel Chambisse e Alcido M. G. Nhumaio.
2.4.4. A Filosofia Política na Idade Contemporânea: John Rawls e Karl Popper
1. Hegel e Hegelianismo
Não se pode falar de Filosofia Contemporânea sem referir de Hegel, pois a Filosofia Política de Hegel, no
Estado de Hegel, o individuo subordina ao Estado, cumpre a ordem suprema, a ideia absoluta que norteia
as outras inteligências e vontades, legitimando assim o regime ditatorial.
Sendo assim, para Hegel, o individuo no Estado, é um simples objecto e não um sujeito do seu destino. A
sua vontade é sufocada pela vontade do Estado e o individuo perde a sua liberdade. Esta ideia foi contestada
pelos liberais nascendo desta forma a esquerda e a direita hegeliana.
Filosofo Norte-americano, o seu pensamento político encontra-se patente nas suas obras “Uma Teoria de
Justiça” de 1971 e “O Liberalismo Político” de 1993. Para Rawls, a justiça é a estrutura de base da
sociedade e a primeira virtude das instituições sociais. Esta caracteriza-se na efectivação das liberdades
individuais e na sua restrição para o benéfico de outrem.
Para Rawls, uma sociedade justa deve fundar-se na igualdade dos direitos. A justiça não pode ser
reduzida a partir das concepções de bem difundidas na sociedade, mas deve ser encarrada como a
capacidade concedida à pessoa para escolher os seus próprios fins. Na “estrutura de base”, os homens
ocupam posições diferentes, o que origina desigualdade na posição social.
Daí, há necessidade de um novo contrato social à luz do “véu de ignorância” (que se dá por critério da
racionalidade), que defina os princípios de justiça em que as pessoas livres, racionais e iguais escolheriam,
para formar a sua sociedade. Portanto, a justiça em Rawls de ser entendida como equidade:
Para que os princípios de justiça regulem a cooperação equitativa entre cidadãos na sociedade bem
ordenada é necessário, que tais princípios resultem deles próprios, de uma escolha em circunstâncias iguais
de liberdade que é precisamente a tarefa do artifício “posição original”, o que garante a simetria de relações
e igualdades iniciais, onde as pessoas ou cidadãos caracterizam-se por efectuar a escolha sob “véu da
ignorância”.
Na “posição original”, Rawls distingue duas concepções de justiça rivais: a primeira e a mais antiga é a
concepção utilitarista de justiça defendida pelos economistas clássicos e as suas raízes morais recuam de
São Tomás de Aquino e Santo Agostinho até a Aristóteles e Platão. A principal tese do utilitarismo é que
uma sociedade está ordenada correctamente e por isso é justa, quando as suas instituições promovem, com
eficácia racional, o máximo de bem-estar do grupo; são justas as instituições e acções que das alternativas
possíveis retiram o bem maior. Valoriza os fins em prejuízo dos meios.
E a concepção pública de justiça (a concepção alternativa de justiça) considera a justiça como elemento
superior, independente e determinante do bem-estar. É precisamente sobre a justiça (e não sobre o bem) que
assentam os princípios escolhidos por consenso igualitário na “posição original”.
Para Rawls, as pessoas na “situação inicial” escolheriam apenas dois princípios como reguladoras da
cooperação social numa sociedade bem-ordenada de tipo democrático liberal ou constitucional moderna:
1º. O princípio das liberdades – cada pessoa deve ter um direito igual ao esquema de liberdades básicas
iguais às outras pessoas. Por liberdades básicas, Rawls entende por um lado, as liberdades e direitos
políticos iguais (direito do voto, cargo público, liberdade de expressão e de pensamento ou consciência,
propriedade privada, contra a detenção e prisão arbitrária) – essas liberdades permite que cada
pessoa/cidadão julgue a justiça da estrutura básica da sociedade liberal e as suas políticas sociais. Por outro
inclui as liberdades morais como as de consciência e de associação as quais permitem que cada um realize
a concepção de bem.
2º. O princípio da igualdade – as desigualdades sociais e económicas devem satisfazer duas condições:
primeiro, elas devem estar ligadas a cargos e posições acessíveis a todos em condições de igualdade justa
(ou equitativa) de oportunidade; segundo, tais desigualdades devem beneficiar ao máximo os membros
menos favorecidos da sociedade.
Os bem-dotados que ajudem também os menos favorecidos, pois os indivíduos com maiores dotes
naturais e com carácter superior, não é correcto que tenham o direito a um esquema cooperativo que lhes
possibilite obter mais benefícios de maneira que não contribuem para as vantagens dos outros. Este
princípio (de igualdade) aplica-se às instituições encarregues de distribuir a riqueza e a renda bem como às
organizações que fazem o uso de diferenças de autoridade e responsabilidade.
Para que estes dois princípios possam servir de base dos restantes princípios de cooperação equitativa
numa sociedade democrática liberal e garantir a liberdade e igualdade dos cidadãos, é necessário que o
primeiro princípio (o da liberdade) goza de anterioridade e prioridade dobre o princípio de igualdade.
Segundo Rawls, as “sociedades concretas são raramente bem-ordenadas…pois o que é justo e o que é
injusto está geralmente sob disputa”, embora os seus membros concordam sobre a necessidade de se definir
certos princípios comuns de cooperação entre eles. Nesta sociedade reina a promoção e prossecução do
bem numa concepção utilitarista de justiça que prioriza o bem em detrimento do justo.
Uma sociedade bem-ordenada - é aquela que é regulada por uma concepção pública de justiça, a qual
concebe o justo como prioritário sobre o bem. Ela é definida por três (3) aspectos a destacar: .
1º. -Todos os membros desta sociedade aceitam e sabem que os outros aceitam os mesmos princípios a
partir dos quais julgam as suas reivindicações. Ou seja, a aceitação compartilhada por todos dos mesmos
princípios de justiça, cria o vínculo de convivência cívica entre pessoas e cidadãos com objectivos e desejos
díspares e interesses individuais por vezes conflituosos; . 2º. -
As instituições sociais básicas se conformam, respeitam e guiam o seu sistema de cooperação por meio
desses princípios aceites por todos como válidos; .
3º. - As pessoas ou cidadãos possuem um senso que lhes permite entender e aplicar os princípios de justiça
reconhecidos publicamente e agir conforme os direitos e deveres exigidos pela posição pessoal na sociedade.
* A Teoria de Justiça de Rawls, foi criticada por não ser possível executá-la sem violar o princípio da
propriedade privada adquirida de forma legítima. Sendo assim, reconhecendo a não execução da sua teoria,
na sua obra “O Liberalismo Político”, recomenda que a nova teoria de liberalismo estabeleça uma base
sobre a qual se possam erguer instituições políticas liberais.
Com isso escolhem-se os princípios de justiça (primeiro principio da liberdade e o segundo da diferença,
sendo o segundo se divide em dois: igualdade equitativa de oportunidades aos menos favorecidos e a
ocorrência de desigualdades socioeconómicas).
Nasceu em Viena, na Áustria, na sua obra “Sociedade Aberta e os seus Inimigos” critica o método
dialéctico e ataca a ideologia historicista que defendia o totalitarismo. A sociedade aberta opõe-se a
sociedade fechada – que é uma sociedade totalitária, concebida organicamente e organizada tribalmente
segundo as normas não modificáveis.
Popper defende a sociedade aberta – que é aquela que baseia-se no exercício crítico da razão humana,
uma sociedade em que se estimulam instituições democráticas e a liberdade dos indivíduos e dos grupos,
tendo em conta a solução dos problemas sociais, ou seja, as reformas contínuas.
1ª – “A história da humanidade não tem um sentido concreto que antecipadamente possa ser conhecido;
o único sentido que possui é aquela que os homens lhe dão.” .
2ª – “O progresso da humanidade é possível e não carece de um critério último de Verdade.” .
3ª – “A razão humana é essencialmente falível, o dogmatismo não tem qualquer fundamento. A única
atitude justificável para atingir a verdade é através do diálogo, o confronto de ideias por meios não violentos.
Na ciência significa aceitar o risco de formular hipóteses que venham depois a ser refutadas pela experiência.
Na política essa atitude significa que cada um deve aceitar o risco de ver as suas propostas a serem recusadas
por outros no confronto de ideias ou projectos.”
Sistema político – é a maneira como a comunidade política se estrutura e exerce o poder político. A
estrutura do poder da comunidade política é feita de duas maneiras: como regime político e como sistema
de governo. .
a) Regime político – é a forma de relacionamento entre o individuo e o Estado ou a sociedade política.
b) Sistema de governo – é a organização do poder na governação, a titularidade e a estruturação do poder
político com os seus titulares e os órgãos estabelecidos para o seu exercício.
1. Formas de Governo
a) Regime político ditatorial – subdivide-se em: Regime ditatorial autocrático (é o poder político que
controla a sociedade civil mantendo certo grau de autonomia); e o Regime ditatorial totalitário (é aquele
em que o poder político controla e subjuga a sociedade civil). Este regime tira do homem um dos seus
direitos mais importantes – a liberdade. .
b) Regime democrático ou liberal – é o regime em que o homem goza do seu direito de fazer o uso da sua
liberdade. Há participação livre dos cidadãos e o poder é exercido com base na lei do consenso do povo.
Regimes
Políticos
4. Democracia Moçambicana
Referências bibliográficas
CHAMBISSE, Ernesto, et al. Emergência Do Filosofar, 1ª Ed. Maputo: Textos Editores, 2010.
GEQUE, Eduardo & BIRIATE, Manuel. Pré-Universitário – Filosofia 12ª. Maputo: Longman Moçambique, 2010.