Slide de Aula - Fundamentos Da Ciência Política
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Fundamentos
da Ciência Política
A política pode ser tomada como uma prática do exercício do poder, no âmbito
do Estado e Governo (abrangendo a dimensão normativa e a pragmática).
A política como ciência (Ciência Política) é uma das Ciências Sociais, ou seja,
o conhecimento sistemático e ordenado dos fenômenos e práticas referentes
às relações de poder.
Política, prática coletiva
Por isso, a política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou
ainda que possa ser considerado o único verdadeiro.
Para uns, a política é vista como a solução que a sociedade oferece para suas
diferenças, seus conflitos e contradições, sem escondê-los.
Não é só o Estado que desenvolve o poder politico, mas também grupos políticos,
partidos, agremiações e grupos sociais.
Portanto, nem todo poder que atua politicamente é um poder estatal, mas todo
poder político aspira sê-lo.
Política e poder
São múltiplas as relações entre política e poder. Por isso é possível entender
a política como luta pelo poder, manutenção e expansão do poder;
ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido.
Por exemplo, a política de trabalho de uma empresa é definida pela sua visão,
missão, valores e compromissos com os clientes, assim como a política de
contratação de pessoas com algum tipo de deficiência ou de mulheres solteiras
e sem filhos etc.
Ainda política e poder
A oposição é referente ao modo como é buscado este bem comum, sua definição,
embora haja maneiras diferentes de atingi-lo.
Política e poder, Hannah Arendt
Desse modo, a etimologia do vocábulo “estado”, mais que definir com clareza
um objeto de estudo, suscita múltiplas interpretações, o que obriga à permanente
busca de dados necessários (históricos, sociológicos e jurídicos) para a explicação
do termo.
O conceito de Estado em uma abordagem jurídica
Este patriotismo encontra campo para se expandir nos séculos XVI e XVII em virtude
de diversos fatores:
La Boétie afirma que são os próprios homens que se fazem dominar, pois, caso
quisessem sua liberdade de volta, precisariam apenas se rebelar para
reconquistá-la.
Porém, muitas vezes os homens não querem reconquistar sua liberdade, pois se
sentem seguros sob a opressão de reis e príncipes.
La Boétie, ao falar da servidão, aconselha o povo para que dela se liberte. Para
o autor, a mais simples das ações seria omitir-se da obediência. Apenas o não
obedecer é a alavanca da não servidão e a consequente liberdade.
Se o homem prefere servir a ser livre, é preciso saber: por que prefere servir?
Fundamentos
da Ciência Política
A questão básica que atravessou a teoria política grega remetia à discussão sobre
a distância entre o ideal (as ideias, o Estado ideal, a teoria) e a realidade prática
das instituições e governos (as leis, as medidas de caráter prático, a política,
o governo).
Da mesma forma, nem todo homem livre, nascido na polis, podia participar da
administração da justiça ou ser membro da assembleia governante.
Outros aspectos da democracia ateniense
a) Maniqueístas.
b) Hedonistas.
c) Epicuristas.
d) Sofistas.
e) Platônicos.
Resposta
a) Maniqueístas.
b) Hedonistas.
c) Epicuristas.
d) Sofistas.
e) Platônicos.
O idealismo de Platão
O pensamento político de Platão está centrado na justiça, pois ela é a virtude que
mais integra o indivíduo ao Estado. A justiça é efetivada com o Estado
e no Estado.
Segundo ele, a dimensão ética do homem não pode ser separada da sua
dimensão política.
Em razão disso, ele afirmou que os males do Estado não cessarão para os seres
humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos obtenha o poder, ou
que os chefes das cidades, por uma divina graça, passem a filosofar
de modo verdadeiro.
O idealismo de Platão, Estado ideal
Segundo Platão, o Estado ideal deveria ser governado não por muitos
(democracia), uma vez que a multidão não saberia governar, mas pelos filósofos
(teocracia), pois eles contemplaram a verdade e estariam aptos a realizar essa
verdade no âmbito da sociedade.
Nada que fosse alheio ao Estado deveria absorver a vontade e a ação, ou distrair
o pensamento único desses homens devotados ao Estado.
Platão reconheceu que essa era uma situação utópica, mas foi além, a ponto de
sugerir que esses reis deveriam ser compelidos a assumir posições de poder de
modo a evitar o conflito e a injustiça inerentes às outras formas de governo.
Platão já havia demonstrado que, para ser bom, o Estado precisaria ser governado
pelos virtuosos mas, enquanto outros valorizavam o dinheiro ou a honra acima de
tudo, só os filósofos valorizavam o conhecimento e a sabedoria, portanto,
a virtude. Logo só os interesses dos filósofos beneficiariam o Estado,
portanto, os filósofos deveriam ser reis.
Platão reconheceu que essa era uma situação utópica e prosseguiu dizendo: “ou
aqueles agora chamados reis devem genuína e adequadamente filosofar”,
sugerindo a urgência da educação da classe governante como proposta
para suas práticas.
Platão e os reis filósofos, continuação
Pelo idealismo de Platão, o Estado deve significar, em nível maior, o que significa
o ser humano em nível menor.
Nessa concepção de Platão, conhecida por teoria das ideias ou teoria das formas,
o mundo empírico (concreto), ou das imagens, percebido pelos sentidos é uma
pálida manifestação do mundo das ideias.
As formas ideais ou ideias, como Platão as chamava, existiam em uma esfera fora
do mundo cotidiano, sendo acessíveis apenas por meio do raciocínio filosófico e
de indagações.
Platão, Obras
a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a
todo pensamento platônico.
e) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas
material e final.
Resposta
Aristóteles não traçou o perfil de um governo que servisse para todas as condições
sociais, ele defendeu a tese de que as constituições devem ser adaptadas às
necessidades de cada povo.
Embora tenha tido forte sentido prático, Aristóteles sempre considerou que a
política é uma ciência abstrata que busca o bem-estar total do homem.
Aristóteles, a Política
Ele fez um estudo detalhado das complexas correntes que afetam a vida pública,
dos métodos de governo e dos meios utilizados para aplicar as reformas políticas,
de acordo com os diversos interesses em disputa e as circunstâncias variáveis de
cada período.
Aristóteles escreveu seu livro “Política” depois de ter feito um estudo detalhado dos
governos mais importantes de seu tempo e das obras de pensadores que o
precederam, principalmente as de Platão.
Aristóteles, a Política
Aristóteles acreditava que a unidade do Estado poderia ser obtida através de uma
organização adequada de diversos tipos individuais, e não pela submissão
partidária, abolição da propriedade privada e dos laços familiares,
como pensava Platão.
Aristóteles, Estado e cidadania
A ética consistia na ciência das condutas, imprecisa visto que está focada em
aspectos que são passíveis de modificação.
A ética não ficaria definida por aquilo que o ser humano é de modo essencial e
imutável. A ética ficaria definida por ações repetidas, disposições obtidas,
paradigmas apreendidos e hábitos que oportunizam as virtudes e os vícios
do ser humano.
Aristóteles trabalhou com Platão na Academia por 20 anos, porém em 335 a.C.
criou o Liceu, escola rival. Ao lecionar lá, formalizou suas ideias sobre as ciências,
a filosofia e a política.
Com base no que foi estudado sobre o pensamento político de Aristóteles, aponte a
proposição correta:
d) Para Aristóteles a família está presente no Estado, assim como na tese de que o
Estado deriva da família.
Com base no que foi estudado sobre o pensamento político de Aristóteles, aponte a
proposição correta:
d) Para Aristóteles a família está presente no Estado, assim como na tese de que o
Estado deriva da família.
ATÉ A PRÓXIMA!
UNIDADE III
Fundamentos
da Ciência Política
Questão inicial:
Qual a herança deixada pelo pensamento político romano para a organização
política contemporânea?
A ascensão de Roma
A República Aristocrática Romana foi fundada em torno de 510 a.C. com a derrota
de uma monarquia tirânica.
Aos poucos, criou-se uma constituição, segundo a qual o governo seria liderado
por dois cônsules eleitos anualmente pelos cidadãos, com um senado de
representantes e magistrados para assessorá-los.
A ascensão de Roma
Este sistema de governo foi considerado pela maioria dos romanos como uma
forma ideal de governo que garantia a estabilidade e prevenia a tirania.
Características da República Romana
Há o surgimento dos cavaleiros, grupo social novo composto por militares que
enriqueceram com as conquistas militares;
Por meio das revoltas, os plebeus conquistaram vários direitos sociais e políticos:
Segundo Cícero, “O governo é jogado de um lado para o outro, como uma bola”
(Cícero 106-43 a.C.).
Veja pela frase acima que a base da República Romana era a participação política
dos diferentes segmentos sociais no governo. Deste modo, o governo representa
a diversidade de interesses da sociedade romana.
Interatividade
A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras
de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos, seguiu-se uma
crise do escravismo, que abalou a economia e:
A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras
de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos, seguiu-se uma
crise do escravismo, que abalou a economia e:
Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) destacou-se num período de agitação e guerras
que destruíram a República Romana (510 a.C. – 27 a.C.)
República
Aristocracia
Monarquia
ou povo
Tirania
Cícero e os ciclos destrutivos de governos
Mas suas ideias sobre a justiça e a lei natural ficaram profundamente enraizadas
no pensamento jurídico de Roma e deixaram uma marca profunda nos juristas
posteriores à época imperial e nos primeiros escritores cristãos.
Suas obras:
Da república;
Das leis;
Diálogo sobre a amizade.
Interatividade
“Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome,
elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança
de um emprego no governo. [...]” Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam:
“Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome,
elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança
de um emprego no governo. [...]” Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam:
A partir do século III, o pensamento político foi dominado pela Igreja na Europa, e
a teoria política durante a Idade Média foi moldada pela teologia cristã.
O impacto do cristianismo
A autoridade da Igreja nos assuntos civis foi posta em xeque. Com o fim da Idade
Média, novas nações desafiavam a autoridade da Igreja e o povo passou a
questionar o poder dos monarcas.
Agostinho de Hipona (354-430) Santo Agostinho
Confissões (397-401).
Para um cristão, viver uma vida digna e virtuosa era viver pelas leis divinas
prescritas pela Igreja.
Agostinho acreditava que, na prática, poucos homens viviam de acordo com as leis
divinas, e a maioria vivia em pecado.
Agostinho fazia uma distinção entre: civitas Dei (cidade de Deus) e civitas terrea
(cidade terrena).
O pensamento de Agostinho
Os estados têm um
Ladrões se reúnem sob
governante ou
um líder e têm regras
governo, e as leis
de disciplina e divisão
regulam a conduta e a
dos saques.
economia.
Os estados governados
por homens injustos Cada bando tem seu
declaram guerra aos próprio território e
seus vizinhos para rouba os territórios
conquistar territórios vizinhos.
e recursos.
Agostinho e a guerra justa
Acreditava que todas as guerras eram más e que atacar e saquear outros estados
era injusto.
Fazia concessão à possibilidade de uma “guerra justa” travada por uma causa
justa, tal como a defesa do Estado contra uma agressão, ou para restaurar a paz,
apesar de dever ser enfrentada com remorso e só em última instância.
O pensamento de Agostinho
a) A luz divina faz com que o homem conheça as verdades eternas em Deus,
as quais não estão no homem.
b) A luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, torna-o ativo
para o conhecimento das verdades eternas, que estão no interior do homem.
c) A luz divina que faz o homem recordar as verdades eternas que a alma
possuía antes de se unir ao corpo.
d) As verdades eternas permanecem na alma mediante os
ciclos de reencarnação.
e) É possível ao ser humano obter o conhecimento
verdadeiro a respeito do mundo.
Resposta
a) A luz divina faz com que o homem conheça as verdades eternas em Deus,
as quais não estão no homem.
b) A luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, torna-o ativo
para o conhecimento das verdades eternas, que estão no interior do homem.
c) A luz divina que faz o homem recordar as verdades eternas que a alma
possuía antes de se unir ao corpo.
d) As verdades eternas permanecem na alma mediante os
ciclos de reencarnação.
e) É possível ao ser humano obter o conhecimento
verdadeiro a respeito do mundo.
Tomás D’Aquino (1225-1274) São Tomás de Aquino
Em 1274 foi escolhido para participar do Concílio de Lyon, mas adoeceu e morreu
num acidente pelo caminho.
São Tomás de Aquino (1225-1274)
Principais obras:
Levantou questões difíceis, como o direito divino dos reis e a questão da lei
secular x lei divina;
O Estado só pode julgar a guerra necessária quando ela promove o bem e evita
o mal.
Para que uma guerra seja justa, é necessária uma causa justa.
A justiça era vista como a principal virtude política que sustentava toda a sua
filosofia. A noção de justiça era o elemento-chave da governança.
A guerra justa:
Os direitos da guerra:
para que uma guerra seja combatida segundo uma causa justa, ela deve beneficiar
o povo.
O pensamento de Tomás de Aquino
Para que os critérios da guerra justa fossem cumpridos, deveria haver um governo
adequadamente estabelecido, limitado por leis que garantissem a justiça de suas
ações, o que deveria ser, por sua vez, baseado na teoria da governança legítima,
levando em conta as demandas tanto da Igreja quando do Estado.
O pensamento de Tomás de Aquino
As leis.
as leis criadas para nós mesmos e para as nossas sociedades devem ser
baseadas na lei natural que, por si só, é um reflexo da lei eterna que guia
todo o universo;
as leis humanas quanto ao crime e ao castigo devem ser baseadas na razão para
que se relacionem aos valores que deduzimos da lei natural.
O pensamento de Tomás de Aquino
A comunidade:
Assim como Aristóteles, Tomás de Aquino defende que o homem é, por natureza,
um “animal político”. A propensão de formar comunidades é algo que nos define
como humanos, diferentes de outros animais.
Fundamentos
da Ciência Política
Ao contrário dos pensadores anteriores, ele não achava que o propósito do Estado
era nutrir a moralidade de seus cidadãos, preferindo vê-lo como a instituição que
garantisse o seu bem-estar e segurança.
A natureza humana para Maquiavel
Portanto, um governante prudente não pode e não deve manter sua palavra.
Interatividade
O livro foi escrito no estilo de guia prático para os líderes e dirigido a um novo
governante – é dedicado a um membro da poderosa família Médici.
Apesar de acreditar que o homem é senhor de seu próprio destino, ele reconheceu
que também existe um componente de sorte em jogo, ao qual chamou de fortuna.
Encarou a vida política como uma constante disputa entre os elementos da virtu
e da fortuna.
O Príncipe
Defende que o governante deve usar todos os meios necessários para garantir o
futuro do Estado.
O Príncipe
“Nas atitudes de todos os homens, sobretudo dos príncipes, em que não existe um
tribunal a que recorrer, o fim é o que importa. Trate, portanto, um príncipe de vencer
e conservar o Estado. Os meios que empregar serão sempre julgados honrosos
e louvados por todos, pois as massas se deixam levar por aparências e pelas
consequências dos fatos consumados, e o mundo é formado pelas massas.”
O Príncipe
o ideal seria que um líder fosse tanto amado como temido, mas, na realidade,
os dois raramente seguiriam juntos.
Ao tratar a política como um estudo prático e não como uma questão filosófica ou
ética, Maquiavel substituiu a moralidade pela utilidade como o propósito do Estado.
Isso ocorre quando o Estado não consegue debelar uma revolução ou uma
insurreição, ou quando não consegue impedir que certas áreas de seu território
fiquem à mercê de bandidos, como acontece hoje em São Paulo e Maranhão.
Componentes do Estado
território – constitui sua base física, sobre a qual ele exerce sua jurisdição;