5586-19580-1-PB

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA LINGUA INGLESA NO ENSINO

FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CAMPO

Antonio Francisco das Chagas


Graduando em Letras-Inglês pelo PARFOR da
Universidade Federal do Piauí
E-mail: antfran23@gmail.com

Cecilia Alves Pereira Neta


Graduanda em Letras-Inglês pelo PARFOR da
Universidade Federal do Piauí
E-mail: cecilia_alvesneta@hotmail.com

Francilene Rodrigues do Nascimento Sousa


Graduanda em Letras-Inglês pelo PARFOR da
Universidade Federal do Piauí
E-mail: franrodriguesn@hotmail.com

João Cassiano de Oliveira Neto


Graduando em Letras-Inglês pelo PARFOR da
Universidade Federal do Piauí
E-mail: j.cassiano.neto@bol.com.br

Ricardo de Carvalho Costa


Orientador, Mestre em Nutrição, Professor do
PARFOR da Universidade Federal do Piauí
E-mail: carvalhoricardocosta@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO

Professores e alunos enfrentam diversas dificuldades no processo de ensino-


aprendizagem da língua inglesa no ensino fundamental, dificuldades essas
associadas a formação dos professores, as metodologias utilizadas no processo, a
estrutura e origem de uma língua diferente da língua materna, dentre outros fatores.
O objetivo desta pesquisa foi o de analisar as principais dificuldades de
aprendizagem da língua inglesa no ensino fundamental. A língua Inglesa tem se
consagrado como segunda alternativa de comunicação na maioria dos países,
tornando-se imprescindível nos dias atuais, por isso, faz-se cada vez mais
necessário um novo olhar para o ensino da mesma. O inglês deixou de ser um
diferencial e passou a ser pré-requisito. Ensinar Língua Inglesa nas escolas públicas
tem se tornado cada vez mais um desafio para os profissionais que atuam nessa
área, uma vez que, o ensino dessa disciplina no âmbito educacional público passou
e passa por diversas dificuldades relativas à falta de material didático, professores

Form@re. Revista do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica./


Universidade Federal do Piauí, Teresina, v. 4, n. 1, p.138-141, jan. / jun. 2016.

138
despreparados, alunos desmotivados, ausência de um ambiente propício para
aprendizagem da Língua Inglesa, carga horária insuficiente. Cox e Assis-Peterson
(2008), em um artigo sobre o drama do ensino de inglês na escola pública brasileira,
argumentam que a história brasileira de ensino dessa língua é de fracasso, o que se
deve aos 35 anos (de 1961 a 1996) de não obrigatoriedade da língua estrangeira no
ensino básico público brasileiro.

METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi uma pesquisa de campo qualitativa, considerando
que este trabalho buscou conhecer os sentidos e significações dadas ao conjunto de
percepções, sentimentos e vivências da população estudada (NOGUEIRA-
MARTINS, 2004). A população investigada se constituiu de 05 professores e 09
alunos do Ensino Fundamental de escolas públicas do município de Barras-Piauí. Os
alunos cursam do quinto ao nono ano do ensino fundamental, com faixa etária entre
11 e 14 anos, a idade encontrava-se em consonância com a série que os discentes
estavam cursando. O instrumento utilizado foi um questionário com questões
abertas, para permitir ao participante se expressar com maior liberdade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao se analisarem as entrevistas realizadas com os alunos, as categorias que
se destacaram nos discursos foram material didático de difícil entendimento
(apresentada no relato de 6 alunos) e a categoria sobre a importância de aprender a
língua inglesa mais cedo (7 alunos). No discurso do aluno A1 onde ele afirma que o
livro é todo em inglês, e que precisa da explicação da professora para entender. Já
no discurso do aluno A4 ele destaca que se aprendessem o inglês mais cedo isso
facilitaria a aprendizagem dos alunos, e diminuiria as dificuldades de aprendizagem.
O inglês é introduzido no 5º ano do ensino fundamental e permanece até o final do
ensino médio, com duas aulas semanais, sendo que os professores enfatizam a
leitura e interpretação de texto. Essas questões têm implicado direta e indiretamente
na qualidade do ensino e aprendizagem de Língua Inglesa (COX e ASSIS-
PETERSON; 2008). Segundo Montrezor e Silva (2009) em diferentes faixas etárias,
pode-se perceber que as dificuldades são maiores se o estudo da língua em questão

Form@re. Revista do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica./


Universidade Federal do Piauí, Teresina, v. 4, n. 1, p.138-141, jan. / jun. 2016.

139
é iniciado após os 10 anos de idade. Os alunos também destacaram que um dos
fatores que contribui nas dificuldades de aprendizagem da língua inglesa está no
número de aulas por semana. Em relação aos professores as categorias que se
destacaram foram a percepção que os alunos demonstram pouco interesse para
aprender inglês (3 professores) e a dificuldade em lidar com o material didático (2
professores). A professora P3 destaca que o aluno apresenta pouco interesse em
aprender o inglês, mesmo que o professor tente motivar. A professora P2 destaca
que a linguagem utilizada nos livros é muito avançada para os alunos e para
dificultar ainda mais há falta de dicionário da língua inglesa na escola.
Complementando a professora P4 relata que por começarem a aprender o inglês no
6 ano, na maioria das vezes o material não facilita o aprendizado. No ensino da
língua inglesa, ao longo dos anos, mudaram os objetivos e também as estratégias,
uma tendência recente do ensino de idiomas é começar cada vez mais cedo; saber
inglês implica, em primeiro lugar, expressar com fluência ideias progressivamente
mais complexas, tanto oralmente como por escrito. No entanto, ainda é pouco
ocorrente nas escolas públicas de ensino regular. Para os docentes outro aspecto
que influencia diretamente nestas dificuldades encontra-se na formação dos
mesmos, pois a maioria atua em áreas diferentes da sua formação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um aspecto a se considerar com relação ao fato da disciplina não ser
considerada tão importante quanto as demais pela maioria dos discentes é que
muitos deles, para não dizer todos, inclusive os professores, têm em mente que não
é possível aprender inglês na escola e caso desejem aprender, terão que recorrer às
escolas de idiomas.
A pesquisa de campo demonstrou que ainda há dificuldades por parte dos
alunos para aprender inglês nas escolas, e do professor em ensinar como se deve.
Uma maneira de amenizar o problema na aprendizagem de inglês consiste aos
professores adotarem à sua prática didática novas abordagens e métodos, terem
formação na área que atuam, uma maior dedicação à pesquisa com renovação
constante. Com o intuito de melhorar o ensino de várias matérias da grade curricular
obrigatória, incluindo o Inglês se fez a elaboração dos PCN-LE (BRASIL, 1998;

Form@re. Revista do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica./


Universidade Federal do Piauí, Teresina, v. 4, n. 1, p.138-141, jan. / jun. 2016.

140
BRASIL 1999). Não podemos esquecer que para que haja melhoras no desempenho
dos discentes, os professores precisam estar dispostos a avaliar suas técnicas de
ensino e a ouvir dos estudantes o que melhor irá funcionar com eles. Conclui-se que
é necessária a realização de outros estudos para que se possa entender melhor a
complexidade e as dificuldades envolvidas no processo de ensino aprendizagem da
língua inglesa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino


fundamental. Língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília,
1998.

BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação


Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação Média e


Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais, códigos e suas tecnologias.
Língua estrangeira moderna. Brasília: MEC, 1999.

COX, M. I. P.; ASSIS-PETERSON, A. A. O drama do ensino de inglês na escola


pública brasileira. In ASSIS-PETERSON, A. A. (Org). Línguas estrangeiras: para
além do método. São Carlos: Pedro & João Editores / Cuiabá: EdUFMT, 2008, p.
19-54.

MONTREZOR, B. M.; SILVA, A. B. A dificuldade no aprendizado da Língua Inglesa.


Cadernos UniFOA. Volta Redonda, ano IV, n. 10, agosto. 2009.

NOGUEIRA-MARINS, M. C. F. Humanização das relações assistenciais: a


formação do profissional de saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2004.

Form@re. Revista do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica./


Universidade Federal do Piauí, Teresina, v. 4, n. 1, p.138-141, jan. / jun. 2016.

141

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy