Clima Organizacional CONVIBRA
Clima Organizacional CONVIBRA
Clima Organizacional CONVIBRA
do clima organizacional
RESUMO
O clima organizacional é construído por uma percepção dos funcionários perante o ambiente
de trabalho. O presente artigo teve como objetivo investigar o impacto do clima
organizacional na produtividade. Diante de um cenário competitivo é fundamental
proporcionar um clima organizacional favorável aos funcionários, gerando satisfação e
motivação, refletindo diretamente no aumento da produtividade. Foi realizada uma pesquisa
com consultoras de vendas atuantes no setor comercial de uma farmácia de manipulação.
Identificou-se que o envolvimento e a capacitação da liderança são fundamentais para o
aperfeiçoamento, incentivos e engajamento da equipe, tendo como resultado uma liderança
participativa no cotidiano dos funcionários e das organizações. O estudo se caracteriza por
uma pesquisa de natureza básica destinada à ampliação do conhecimento através de pesquisa
em materiais de literatura científica em livros, revistas e artigos. Após aplicação de uma
pesquisa quantitativa e qualitativa foi possível verificar o grau de satisfação dos sujeitos, o
clima organizacional da empresa que se destaca de forma satisfatória e, como consequência
desta satisfação, a existência de uma interferência positiva diante da produtividade.
O ambiente ao qual estamos inseridos nos modifica a partir do momento que também
o modificamos. Desde os primórdios nossos antepassados procuraram se adaptar aos mais
diversos ambientes como uma forma de preservar a espécie, assim nota-se o quão é
importante a influência do contexto aos quais os indivíduos estão inseridos para a sua
sobrevivência. De tal modo a produtividade é diretamente interferida pelo ambiente, ou seja, a
maneira como o ambiente se apresenta contribui para a aceleração ou retardamento da
produção em determinada organização. Sendo assim, se o ambiente for hostil, inseguro ou
com condições físicas inadequadas, a produtividade poderá ser afetada de um modo negativo.
No contexto atual marcado por acirrada competição, em que muitas empresas vêm
passando por drásticas reduções no quadro de funcionários, o que se pode esperar do estado
de ânimo das pessoas que trabalham no setor privado? Insegurança, ansiedade, insatisfação.
Assim, podemos considerar o clima organizacional como principal indicador do grau de
satisfação dos funcionários de uma organização, levando em consideração também os
aspectos da cultura organizacional de acordo com o conhecimento e os costumes dos
indivíduos envolvidos na organização.
Além desses aspectos internos é imprescindível conhecer a realidade pessoal, familiar,
social e econômica na qual os funcionários vivem no ambiente externo, fora do trabalho.
Administrar o clima organizacional passou a ser uma medida de ação estratégica para as
empresas que almejam um clima organizacional favorável para o sucesso. As pessoas
constituem o principal ativo da organização, e estas veem na organização um meio pelo qual
podem alcançar seus objetivos pessoais através da prestação dos serviços.
O presente artigo justifica-se por ter implicações de ordem acadêmica, social ao passo
que analisa a interferência das relações das pessoas através do clima organizacional. Nesta
perspectiva, de acordo com Dias (2013), todos os indivíduos possuem ideias preconcebidas de
como deve ser o local de trabalho, do que é capaz e de sugestões de como aprimorar os
procedimentos do cotidiano favorecendo a produtividade e a satisfação no ambiente de
trabalho. O objetivo geral proposto é analisar a importância do clima organizacional na
produtividade dos funcionários do setor comercial de uma farmácia de manipulação brasileira.
Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: a) identificar a percepção dos
funcionários se a metodologia utilizada nos treinamentos oferecidos pela empresa está sendo
favorável ao seu respectivo desenvolvimento profissional. b) registrar a opinião dos
funcionários diante da execução de suas atribuições, c) verificar como o clima organizacional
favorável interfere na produtividade na perspectiva dos funcionários.
Cultura pode ser definida como um conjunto de fatores em uma sociedade como, os
costumes, o conhecimento, a arte, os hábitos, entre outros. É um conceito estudado
principalmente na antropologia e sociologia, provando por si só que é um conceito
relacionado ao homem em sociedade. Essa sociedade pode englobar desde a família até um
grupo de estudos, pois a cultura é criada por meio do contato de indivíduos com os outros
indivíduos de uma sociedade. Observando o exposto por Dias (2013, p. 11), tem-se que:
O estudo da cultura se converteu em um tema de interesse para todos os que
estudam a dinâmica das organizações, principalmente a partir dos anos 80 e 90 como
uma forma de conhecer melhor o comportamento organizacional e,
consequentemente, elaborar estratégias eficientes que visem a maximizar o
desempenho.
O termo cultura organizacional está cada vez mais presente em uma organização,
justamente pelo convívio dos indivíduos por grande parte do seu tempo. Fazendo se
identificarem dentro de determinada organização e os fazendo se diferenciar de outras.
Segundo Dias (2013) o ser humano deve ser visto como componente fundamental de
uma cultura organizacional, sendo integrante de um grupo social, embora possua
características individuais. Além disso, no âmbito da cultura organizacional, poderão ser
mostrados aspectos diferenciados, dependendo do setor, cada empresa mostrará sua própria
cultura, projetando uma forma de personalidade organizacional que será manifestada pelos
indivíduos que compõem a empresa. Assim, segundo Lacombe; Heilborn (2008), cada caso é
um caso: não existe uma receita pronta que se possa aplicar a todas as empresas.
Desse modo, vale dizer que, mesmo cada organização tendo sua cultura, ela não será
um sistema fechado, sempre acabará tendo contato com o exterior, fazendo com que as
organizações sofram influências uma das outras nas suas formas de se organizarem. Essas
influências, podem ser positivas ou negativas e também de maior nível em alguns lugares que
em outros, sendo internamente entre setores diferentes de uma mesma organização ou de
organização para organização.
Uma empresa não nasce com um perfil cultural. Ela se transforma, ao longo do
tempo, numa cultura. O grupo de pessoas que se conformam à organização (os
fundadores e, ao longo do tempo, os dirigentes), ao se relacionar com o ambiente
externo e ao criar uma estrutura interna para responder a essa interação, estabelece,
por meio de normas e regras, uma maneira própria de agir e interagir, de ser e de
fazer (BANOV, 2015, p. 13).
A cada dia que passa é possível visualizar que o mercado de trabalho está sendo alvo
de inovações tecnológicas e competitividade, obrigando as organizações a motivar seus
funcionários. Buscando bons resultados, deverá manter todo o corpo da organização
funcionando, capacitando-os, para adaptação das mudanças do setor comercial. Ao motivar os
funcionários, os tornará razoavelmente mais produtivos, e fará saudável o clima
organizacional.
3 METODOLOGIA
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
Para análise dos resultados foi elaborado um questionário com sete perguntas onde
foram selecionados doze integrantes do setor comercial de uma farmácia de manipulação em
João Pessoa-PB, que responderam individualmente o questionário via internet. Abordaremos
uma análise do discurso dos participantes com a finalidade de coletar informações sobre o
tema abordado: O Impacto do Clima Organizacional na Produtividade: Um estudo do setor
comercial de uma farmácia de manipulação de medicamentos em João Pessoa - PB.
Para a primeira questão referente à faixa etária dos sujeitos da pesquisa, foram
considerados três níveis, sendo o primeiro com indivíduos de 20 a 25 anos de idade, a
segunda faixa correspondente de 25 a 30 anos e a terceira de 30 a 35 anos. Após analises dos
resultados obteve-se o percentual que 50% das consultoras estão na faixa etária de 25 a 30
anos, onde 33,34% estão na faixa etária de 30 a 35 anos de idade e na faixa etária de 20 a 25
anos corresponde a um percentual de 16,66% das consultoras. Abaixo consta discurso dos
entrevistados de acordo com as perguntas do questionário.
Ao longo do tempo, o líder tem sido visto como alguém que possui determinadas
características, inatas ou adquiridas, alguém que se adapta às circunstâncias e ao
contexto em que a organização está inserida, que gere conflitos e exerce
influência em ambientes ambíguos, complexos e incertos (GÓIS, 2011, p. 26).
Com relação aos treinamentos oferecidos pela empresa, é válido saber se favorecem na
execução das atribuições diárias. As consultoras 1, 2, 3, 5 e 6 afirmam que os treinamentos
poderiam ser mais práticos de acordo com a realidade do dia-a-dia, acreditam também que
deveriam ser programados de acordo com a dificuldade de cada consultora, pois as dúvidas e
dificuldades não são iguais, afirmam ainda que a presença de profissionais externos como
palestrantes e consultores, inova e motiva a participação de todos.
Diante disso, concordando com Dutra (2009), as organizações estão percebendo a
importância e a necessidade de incentivar o desenvolvimento das pessoas, utilizando como
estratégia e vantagem competitiva para obtenção de melhores resultados para a organização.
As consultoras 7, 8, 9, 10, 11 e 12 relatam que estão satisfeitas com os treinamentos e que os
mesmos auxiliam na realização das atividades e agregam conhecimento para ser repassado
com detalhamento e segurança para os clientes. Afirmam também, que os treinamentos
escritos e teóricos facilitam na aprendizagem, haja vista que recebem notas após a conclusão,
comprovando a eficiência e eficácia do treinamento.
Segundo Fidelis (2008), variar os métodos de elaboração dos treinamentos contribui
para o engajamento da equipe, facilitando o desenvolvimento e aprendizado e dos
funcionários que integrados participam de forma voluntária, se capacitando profissionalmente
e trazendo resultados a organização.
A última questão foi direcionada para identificação do grau de satisfação dos sujeitos
no ambiente de trabalho. Tal satisfação foi analisada através de uma escala com grau de 1 a
10, conforme tabela acima.
Nenhum sujeito da amostra mencionou o grau de 1 a 7 de acordo com a escala, 8,34%
das consultoras consideram o grau 8, enquanto que 33,33% das participantes consideram o
grau 9 e 58,33% das consultoras consideram o grau de número 10.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 8,34% 33,33% 58,33%
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BANOV, Márcia Regina, Psicologia no Gerenciamento de Pessoas. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2015.
CAMPOS, Vicente Falconi. O Verdadeiro Poder. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectiva. São
Paulo: Atlas, 2009.
FARIAS Milton Cordeiro. Planejamento da pesquisa científica. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2015.
FIDELIS, Gilson José. Treinamento e desenvolvimento de pessoas e carreira: uma
abordagem na educação corporativa. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Vozes,
2002.
KNAPIK, Janete. Gestão de Pessoas e Talentos.2ed.- Curitiba: Ibpex, 2008. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=K-
CGLor1j90C&oi=fnd&pg=PA9&dq=+cultura+e+clima+organizacional&ots=oEi6RsAaGj&s
ig=605fT7UYePmRZ4aWsW6oXhlK8ek#v=onepage&q=cultura%20e%20clima%20organiz
acional&f=false> Acesso em: 17 de Maio de 2017.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
PIRES, Roseli Vieira; SOUZA, Vitória Augusta Braga de. Clima Organizacional como
Fator de Motivação em uma Instituição de Ensino Superior. Disponível
em:<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/131646/2014-
92.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 17 de Maio de 2017.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.