As Abordagens Pedagógicas Da Educação Física Escolar

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AS ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DA

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


PROFESSORA ROSÂNGELA LIMA DA SILVA
AS ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
• Darido (2003) explica que a partir da década de 80, é
iniciado um amplo debate sobre os pressupostos e a
especificidade da Educação Física;

• Como resultados surgem várias abordagens


pedagógicas para a área, como as abordagens
Psicomotora, Desenvolvimentista, Construtivista, Saúde
Renovada, Crítico-superadora, Critíco-emancipatória,
entre outras.
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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A Educação Física passa então a realizar importantes mudanças em
sua estrutura:
 Reformulação curricular;
 Conteúdos desenvolvidos para a escola;
 Reflexões críticas acerca da falta de ideologia na área;
 Entre outras.
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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Tais discussões fazem surgir um novo cenário, marcado pela
ruptura com o biologicismo reinante.
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Desta forma, a Educação Física avança para a ampliação de
seus conteúdos e percepção do corpo e do movimento,
voltando-se então para a compreensão da cultura corporal.

Betti (1992) concorda com o avanço, e explica que a


Educação Física “deve preocupar-se com a formação do
cidadão que irá usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e
transformar as formas culturais da atividade física” (BETTI,
1992, p.285).
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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
As abordagens pedagógicas que permeiam o universo
pedagógico da EF, segundo estudos de Brun (2002), são
definidas como movimentos que surgem em busca de uma
nova dimensão didático-metodológico e científica que defina
e que resgate o papel, objetivos e função da EFE.

Há várias abordagens pedagógicas, que na atualidade


preponderam no meio escolar e que os tópicos que seguem
irão abordar.
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• Psicomotora:
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de
base na escola primária.

Ela condiciona todos os aprendizados escolares; leva a criança a tomar


consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a
dominar seu tempo, a adquirir a coordenação de seus movimentos.

Nela o envolvimento da EF é "com o desenvolvimento da criança, com o


ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores,
ou seja, buscando garantir a formação integral do aluno"
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• Psicomotora:

A abordagem psicomotora acredita que a EF deve estar envolvida


com o desenvolvimento da criança, com os processos cognitivos,
afetivos e psicomotores, buscando garantir a formação integral do
aluno.

É preciso lembrar que, no âmbito da Educação Física, a


psicomotricidade influenciou a busca da formação integral, ao
incluir as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.
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• Psicomotora:

A prática da Educação Física sob a influência da


psicomotricidade lança o profissional da disciplina à possuir
responsabilidades pedagógicas, valoriza o processo de
aprendizagem e não apenas o ato motor;

No que diz respeito às habilidades motoras acrescenta-se que:


“O trabalho com as habilidades motoras e capacidades físicas
deve estar contextualizado em situações significativas e não ser
transformado em exercícios mecânicos e automatizados”
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• Construtivista

Na perspectiva construtivista, a intenção é a construção do


conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, e
para cada criança a construção desse conhecimento exige
elaboração, ou seja, uma ação sobre o mundo;

Nesta concepção, a aquisição do conhecimento é um processo


construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando
pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente de acordo
com as pressões do meio.
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• Construtivista-Interacionista

A intenção é a construção do conhecimento a partir da interação


do sujeito com o mundo, respeitar o universo cultural do aluno,
explorando as diversas possibilidades educativas de atividades
lúdicas espontâneas, propondo tarefa cada vez mais complexa e
desafiadora com vista à construção do conhecimento.

Além de valorizar as experiências, a cultura dos alunos, a


proposta construtivista tem o mérito de propor alternativas aos
métodos diretivos, alicerçados na prática da EF.
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• Construtivista-Interacionista

Nesta proposta, o jogo é


privilegiado como sendo ‘um
instrumento pedagógico’ ou seja,
o principal meio de ensinar. Logo
enquanto a criança brinca, ela
aprende, defende que este
momento ocorra em um ambiente
lúdico e prazeroso.
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• Crítica

Enfatiza que a EF é uma prática educativa inserida no contexto escolar, portanto deve ser
pensada no contexto do currículo.

Pois estes têm a função social de ordenar a reflexão pedagógica do aluno de forma a pensar a
realidade social desenvolvendo determinada lógica.

Tendo como pressuposto um contexto curricular ampliado, onde a lógica norteadora atende aos
princípios da dialética:
Totalidade;
Movimento;
Mudança qualitativa e
Contradição.
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Crítica

Propõe uma dinâmica a fim de criar as condições para que se deem a


assimilação e a transmissão do saber escolar.

Outra reflexão importante, busca a superação do currículo fragmentado em


séries de ensino, para uma proposta de ensino por ciclos de aprendizagem.

Com destaque para os Princípios Curriculares no trato com o conhecimento,


quais sejam: a relevância social dos conteúdos; contemporaneidade dos
conteúdos; adequação as possibilidades sócio cognoscitivas dos alunos;
simultaneidade dos conteúdos enquanto dados da realidade.
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• Crítico-emancipatória

• A Abordagem Crítico-emancipatória está centrada no ensino dos


esportes que foi concebida para a EFE;

• Busca uma ampla reflexão sobre a possibilidade de ensinar os


esportes pela sua transformação didático-pedagógica;

• uma Educação mais emancipadora, voltada para a formação da


cidadania do jovem do que de mera “instrumentalização técnica para o
trabalho”.
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EDUCAÇÃO
• Crítico-superadora
FÍSICA ESCOLAR

A Abordagem Crítico-superadora, se embasa no discurso da justiça social no


contexto da sua prática. Busca levantar questões de poder, interesse e
contestação,

EF é entendida como sendo uma disciplina que trata do jogo, da ginástica, do


esporte, da capoeira, da dança como sendo um conhecimento da cultura corporal
de movimento.

Busca entender com profundidade o ensinar, onde não significa apenas transferir
ou repetir conhecimentos, mas criar as possibilidades de sua produção crítica,
valorizando a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico.
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• Desenvolvimentista

Esta abordagem tenta caracterizar o desenvolvimento psicológico,


afetivo, motor e cognitivo com a progressão do crescimento da
criança;

Nesta proposta as habilidades motoras têm um grande enfoque,


servindo de base para a solução de problemas de seu cotidiano e
até mesmo para se adaptar a novas situações ao ambiente que ele
esteja inserido.
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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Desenvolvimentista

“Com base neste modelo de atividades motoras que parte da ideia de


que as crianças sofrem mudanças motoras observáveis visualmente,
esta abordagem orienta uma sequência para a aquisição de
habilidades desportivas, sendo elas de acordo com a idade e o nível
de desenvolvimento dos alunos em seu estágio, além de oferecer um
suporte teórico para os professores desenvolverem aulas que
proporcionem o sucesso das crianças nas aulas de Educação Física
com atividades coerentes as fases de desenvolvimento dos alunos”
(AZEVEDO e SHIGUNOV, 2000, p.148).
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• Sistêmica

Sobre a abordagem Sistêmica, Azevedo e Shigunov (2000)


descrevem que sua essência alicerça-se nos princípios da não
exclusão e da diversidade de atividades, propondo à EF a
valorização de uma maior diversidade de vivências esportivas,
atividades rítmicas e de expressão.

A abordagem sistêmica, segundo estudos de Betti (1996),


caracteriza-se pela sua capacidade de olhar para o humano como
um ser capaz de influenciar e de ser influenciado pela sociedade,
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• Sistêmica

Nesta perspectiva a Educação Física se apresenta em um sistema adaptativo


complexo e aberto constituído de quatro níveis hierárquicos:
1. Política educacional: Serve de mecanismo para transposição dos valores e
prioridades sociais para o sistema educacional e escolar;
2. Escola: Um instrumento de operacionalização da política educacional, que também
define o perfil do egresso do sistema;
3. Objetivos da Educação Física: Transpõe a política educacional, os objetivos do
sistema escolar e os interesses de outros sistemas sociais para a prática da Educação
Física;
4. Processo ensino-aprendizagem: Onde apresenta o relacionamento do trinômio
professor-aluno-matéria de ensino.
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• Abordagem Educação Física Plural

A Abordagem Educação Física Plural, encara o movimento humano enquanto


técnica corporal construída culturalmente e definida pelas características de
determinado grupo social,

Trabalha para que as diferenças entre os alunos sejam percebidas, seus


movimentos, expressões frutos de sua história de corpo, valorizando-os
independente do modelo considerado “certo” ou “errado”. Valendo;

A EFE não deve colocar-se como aquela que escolhe qual a técnica que deve ser
ensinada/aprendida, deve ter como tarefa ofertar uma base motora adequada a
partir do qual o aluno possa praticar de forma eficiente.
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• Abordagem Humanista

Fundamenta-se nos princípios filosóficos em torno do ser humano: identidade e valor, por
exemplo, um crescimento voltado para crescer de dentro para fora;

• Apropria-se do jogo, do esporte, da dança, da ginástica como meios para cumprir os


objetivos educacionais, não os considera como um fim em si mesmo (FREITAS, 2008).

Na concepção humanista, o professor integra-se efetivamente ao ambiente escolar em que


atua, de modo a se constituir em um agente educador, é um orientador da aprendizagem,
cabendo-lhe a promoção do crescimento pessoal dos alunos.
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• Abordagem Psicomotricista

A Abordagem Psicomotricista (FREITAS, 2008), utiliza-se da atividade


lúdica como impulsionadora dos processos de desenvolvimento e
aprendizagem;

Focaliza-se na criança pré-escolar, destacando sua pré-história como


fator de adoção de estratégias pedagógicas e de planejamento;

Busca analisar e interpretar o jogo infantil e seus significados.


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• Atividade Física para Promoção da Saúde

Considera-se importante a adoção pedagógica dos professores


de assumirem um novo papel frente a estrutura educacional,
procurando adotar em suas aulas, não mais uma visão de
exclusividade a prática desportiva, mas, fundamentalmente,
alcançarem metas em termos de promoção da saúde.
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• Concepção de Aulas Abertas

Prevê uma metodologia direcionada a ampliar o grau de possibilidades


de co-decisão com os alunos, onde o planejamento do professor dá
lugar a uma orientação dos desejos e interesses dos estudantes, como
forma de ampliar a sua inserção nas aulas, na sociedade e, sendo
assim, no mundo.

Essa nova visão possibilitaria ao profissional de Educação Física ter sua


preparação alterada não qual lhe permitiria criar outros sentidos de
aulas para as crianças, principalmente no que se refere ao jogo,
movimento, esporte e prática docente.
Referências

AZEVEDO, F. Da Educação Physica. São Paulo: Melhoramentos, 1920.


BERLINGUER, Giovanni. A Doença. São Paulo: Editora Hucitec, 1988.
BETTI, M. Educação física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.
BETTI, Mauro. Ensino de primeiro e segundo graus: educação física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 13(2), p.282-287, jan., 1992.
BRACHT, Valter. Educação física no 1º grau: conhecimento e especificidade. Revista Paulista de Educação Física, Suplemento 2, 1996.
BRASIL. Ministério da Saúde. Promoção da saúde. Carta de Ottawa, declaração de Adelaide, declaração de Sundswal e declaração de Bogotá.
Brasília: Ministério da Saúde/Fundação Oswaldo Cruz, 1996.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: temas transversais: meio ambiente e saúde. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A., 2000
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais Saúde. Brasília: MEC/SEF, vol.9, 1998a.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
COSTA, E.M.B. E VENÂNCIO, S., Atividade física e saúde: discursos que controlam o corpo. Pensar a Prática 7(1): 59-74, Mar. - 2004
COURTINE, J-J. Os Stakhanovistas do narcisismo: bodybuilding e puritanismo ostentatório na cultura americana do corpo. In: SANT’ANNA, D.B. (Org.).
Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade, 1995. p. 81-114.
DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995
DARIDO, S.C. Educação Física na escola: questões e reflexões. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara - Koogan, 2003.

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