Ciência Política e Relações Internacionais: Instituições Da UE Docente: Liliana Reis

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Instituições da UE

Docente: Liliana Reis

Ciência Política e Relações Internacionais


Integração

 O termo “integração”, no seu sentido mais comum nas áreas


disciplinares conota a ideia de um processo que leva à junção de
partes anteriormente separadas, de forma tal que elas dão
origem a um todo, uma “comunidade” que agrega interesses,
sentimentos, atitudes e eventualmente também instituições
políticas comuns. Implica por isso interdependências e uma rede
de relações densa entre os seus membros. Pode reportar-se a
pequenas comunidades, a regiões, a nações e estados, a
entidades supranacionais ou, hipoteticamente, a uma futura
comunidade mundial, ideia que parece assomar em alguns
discursos universalistas, propiciados pelo processo de
globalização
Integração Regional
 a consecução dentro de um território de um “sentido de comunidade” e de
instituições e de práticas suficientemente fortes e generalizadas para
assegurar, por um período “longo”, expectativas mútuas de “mudança
pacífica” entre as suas populações (Deutsch, 1957).
 Comunidade Pacífica

 (...) processo pelo qual os actores políticos, em diferentes cenários


nacionais, são persuadidos a transferir as suas lealdades, expectativas e
atitudes políticas para um novo e mais largo centro (Haas, 1968).
 Fusão Política
Integração Política
 […]consecução, dentro de uma dada área dos laços
próprios de uma comunidade política: instituições
centrais com poderes decisórios, métodos de
controle definidores de valores regionais
[supranacionais] mecanismos complementares de
geração de consensos (Harrrison, 1974)
Integração Política
W. Wallace distingue
integração “formal” (isto é resultados previsíveis de
políticas com fins deliberados)
 integração “informal” (isto é, processos que, sem

carácter de obrigatoriedade ou sequer normalização, são,


no entanto, postos em marcha pela integração
comunitária).
 carácter multifacetado e complexo da integração europeia de
atuação do Estado sobre os cidadãos
Teorias da Integração Europeia

 Teorias Clássicas

• FUNCIONALISMO/NEO-FUNCIONALISMO
1ª Fase • FEDERALISMO

 Nesta fase, o processo de tomada de decisão seria transferido para uma entidade
supranacional
Teoria Funcionalista

 período entre as duas guerras


 dimensão transnacional das relações mundiais.
Correspondiam à busca de soluções pacíficas, no
relacionamento dos estados – cooperação.
 contexto da sociedade internacional, sendo esse, por
exemplo, o intuito da obra “A Working Peace System” de
David Mitrany
 assunção da primazia do económico, a qual implica uma
concepção utilitarista e materialista das construções
políticas
Mas porque têm surgido estas
estruturas?
 Teoria Funcionalista

 A estrutura da governação reflete as necessidades funcionais dos


povos e dos Estados
Teoria Funcionalista
 Explica a origem das OI e o impulso para
a integração regional

 David Mitrany “Not how to keep nations


peacefully apart but how to bring them
actively together”
Funcionalismo
 Mitrany criticou os estados-nação uma vez que os
considera unidades políticas excessivamente
competitivas e responsáveis pelos conflito
internacionais.
 A solução para resolver a conflitualidade seria de
cárater universal (e não regional). Desta forma dever-
se-iam identificar quais as funções que essa unidade
internacional deveria desempenhar (economia,
segurança) e os estados acabariam por transferir
progressivamente a sua autoridade para esses
organismos internacionais.
Funcionalismo
 David Mitrany na monografia "A Working Peace System and Other
Writtings”, sustenta que para a teoria funcionalista:
 o desenvolvimento económico e tecnológico fazem da integração
política uma situação possível e necessária;
 O problema da guerra pode ser resolvido através de acordos
internacionais em áreas funcionais específicas (saúde, serviços postais,
comunicações, etc.);
 o mundo integrado económica e tecnologicamente deu lugar a muitos
problemas tecnicamente complexos que os Estados individualmente
não podem tratar eficazmente, mas que organizações internacionais
resolveriam;
 os Estados-nação, no seu próprio interesse, deveriam estabelecer tais
organizações internacionais para implementar as atividades requeridas
e oportunamente sentiriam as vantagens da cooperação pacífica,
diminuindo a importância das fronteiras políticas.
David Mitrany
 Dessa forma, os Estados tornar-se-iam cada vez menos
susceptíveis de acções independentes; as divisões nacionais
perderiam, assim, gradualmente a sua importância e a
oposição “ideológica” a instituições internacionais fortes
seria ultrapassada.

 A integração funcional seria pragmática, tecnocrática e


flexível e, no longo prazo, poderia evoluir para uma
espéciede governo mundial, ainda que não um verdadeiro
Estado Para Mitrany era imperativo erradicar o
Nacionalismo, isto é, a organização territorial do poder.
Teoria Funcionalista

 o objectivo primordial da organização internacional seria o bem


estar, argumentando-se que a economia fora capaz de o fazer
durante anos no quadro nacional, mas que esse quadro se tornara
entretanto estreito e fora superado por uma dimensão
internacional.
 No quadro da integração europeia, assume-se assim que o
problema central não é o da transferência da soberania de
estruturas típicas do estado-nação para uma estrutura
internacional mas antes a efectiva perda de pertinência do tema
da soberania nacional, claramente sobrelevado por matérias do
âmbito económico e social
Funcionalismo
 A teoria funcionalista considera por sua vez, que a
forma mais segura de alcançar a integração e a paz é a
cooperação ao nível de certas tarefas funcionais, tanto
de natureza técnica como económica, ao invés da
criação de novas estruturas institucionais no plano
político.
 Nesse sentido, as organizações internacionais
funcionais estariam mais habilitadas do que os Estados,
para levar a cabo determinadas tarefas, com o que
conquistariam as "lealdades nacionais" e excluiriam
quaisquer suspeitas de pretenderem exercer um
controlo supranacional.

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