Books by Ana Catarina Pereira
Diez Miradas, 2018
Con gran alegría anunciamos la publicación del libro de AsAECA, "Diez miradas sobre cine: volume... more Con gran alegría anunciamos la publicación del libro de AsAECA, "Diez miradas sobre cine: volumen aniversario de la Revista Imagofagia"
Papers by Ana Catarina Pereira
New cinemas, Mar 1, 2024
Thinking of a queer cinema means reflecting on how film, using its
aesthetic-narrative strategi... more Thinking of a queer cinema means reflecting on how film, using its
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.
Este ensaio toma como fontes essenciais tanto o pensamento da cineasta Petra Costa – expresso ver... more Este ensaio toma como fontes essenciais tanto o pensamento da cineasta Petra Costa – expresso verbalmente em artigos, entrevistas, etc. –, quanto os resultados estilísticos de sua recente e ainda não muito extensa obra, notadamente em Olhos de Ressaca (2009), Elena (2012) e Olmo e a Gaivota (2014), uma vez que, conforme afirma a própria realizadora, são estes filmes que guardariam uma consciência sobre seu fazer fílmico e a construção de uma linguagem própria. Partimos da hipótese de investigação de que há um encontro singular entre pensamento e atos criativo-artísticos em Petra Costa que aponta para a construção de uma ética-estética da existência, no sentido dado pelos estudos de Michel Foucault sobre as artes da existência, reverberando um fazer-pensar cinema – na constituição de uma filmografia que poderíamos chamar de um cinema-escrita de si – que tem buscado uma (re)invenção de si nas memórias que atravessam a cineasta como mulher-singularidade e como mulher-coletividade, por ...
Cinema e Outras Artes assume-se como uma coleção de livros que tem como linha programática reunir... more Cinema e Outras Artes assume-se como uma coleção de livros que tem como linha programática reunir investigações dedicadas à intersecção dos Estudos Fílmicos com outras formas de expressão artística, numa constante revisitação da expressão Sétima Arte. O segundo volume, Cinema e Outras Artes II, destaca investigações sobre artes cuja relação com o cinema possui já uma relevante tradição académica, como sejam a Arquitetura e a Pintura. Outras formas de expressão, como a Música ou a Banda desenhada, têm aqui também um lugar de destaque.
BgA ?ÿ Bÿ E ?Iÿ uv w xyw v zÿ { w | xy}ÿ z ÿ xw ÿ yÿ ÿ z ÿ ÿ y v yw ÿ 5ÿ 6Y ÿ KBJBÿ tÿ TI?ÿ B] bF... more BgA ?ÿ Bÿ E ?Iÿ uv w xyw v zÿ { w | xy}ÿ z ÿ xw ÿ yÿ ÿ z ÿ ÿ y v yw ÿ 5ÿ 6Y ÿ KBJBÿ tÿ TI?ÿ B] bFD ÿ \FA Fÿ Bÿ E ?Iÿ \A H J?H A Bÿ G H ] J?ÿ ,5938ÿ *8: 2 1r ÿ ?Jÿ KBJÿ D FI@F@?ÿ L?Jÿ KBJÿ A ?JBA D Bh ÿ $*r ÿ NFH D ÿ MB] E FA ÿ Fÿ G Fk?A ÿ FTI?] ?ÿ E H \Bÿ @?ÿ G H KPQBY ÿ BIÿ MFH D ÿ KBLE H LIFA ÿ L?D E Fÿ ] H LbFÿ TI?ÿ D ?RI?D ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ
Revista Geminis, Jun 8, 2012
Cláudia Tomaz é uma das mais interessantes representantes de uma nova geração de realizadores por... more Cláudia Tomaz é uma das mais interessantes representantes de uma nova geração de realizadores portugueses. Cansada de uma certa invisibilidade a que o cinema português permanece votado, decidiu contornar as tradicionais formas de distribuição, criando plataformas online de produção e exibição dos seus filmes. Os espectadores estão a agradecer! O curriculum e percurso de vida da realizadora falam por si. Após ter terminado a licenciatura em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, Cláudia Tomaz teve oportunidade de trabalhar com algumas das melhores referências cinematográficas nacionais, como Paulo Rocha, Pedro Costa e José Álvaro Morais. Realizou várias curtas, documentários e duas longas-metragens - Noites (prémio de melhor filme na semana da crítcia no Festival de Veneza, em 2000) e Nós (prémio Bocallino no Locarno Film Festival, em 2003, na Suíça). Com 37 anos de idade, reside actualmente em Londres e não considera, de todo, a hipótese de voltar a Portugal.
Revista Científica/FAP
A revisitação da memória e a constituição de uma identidade são traços comuns a dois documentário... more A revisitação da memória e a constituição de uma identidade são traços comuns a dois documentários recentemente realizados por exalunas da Universidade da Beira Interior. Da meia-noite pró dia foi concluído por Vanessa Duarte, em 2013, no final da licenciatura, e Trama constitui um projeto de final de mestrado da autoria de Luísa Soares. Após o processo de avaliação final, pelo corpo docente da instituição, os filmes têm sido distinguidos nacionalmente e elogiados pela sua importância tanto artística como sociológica. Em ambos, podem escutarse os depoimentos dos antigos operários e operárias do sector têxtil da Beira Interior, sem um recurso contínuo à imagem. Na primeira pessoa, revelam-se as principais dificuldades enfrentadas em tempos de crise política, económica e social, que deixaram marcas na postura, no discurso e nas percepções. Na presente reflexão, propomos analisar as diferentes visões das jovens cineastas, ao mesmo tempo em que reconheceremos traços urbanísticos e...
Revista Científica/FAP
Resumo: Este ensaio toma como fontes essenciais tanto o pensamento da cineasta Petra Costa – expr... more Resumo: Este ensaio toma como fontes essenciais tanto o pensamento da cineasta Petra Costa – expresso verbalmente em artigos, entrevistas, etc. –, quanto os resultados estilísticos de sua recente e ainda não muito extensa obra, notadamente em Olhos de Ressaca (2009), Elena (2012) e Olmo e a Gaivota (2014), uma vez que, conforme afirma a própria realizadora, são estes filmes que guardariam uma consciência sobre seu fazer fílmico e a construção de uma linguagem própria. Partimos da hipótese de investigação de que há um encontro singular entre pensamento e atos criativo-artísticos em Petra Costa que aponta para a construção de uma ética-estética da existência, no sentido dado pelos estudos de Michel Foucault sobre as artes da existência, reverberando um fazer-pensar cinema – na constituição de uma filmografia que poderíamos chamar de um cinema-escrita de si – que tem buscado uma (re)invenção de si nas memórias que atravessam a cineasta como mulher-singularidade e como mulher-coleti...
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
Lançado em 2007, o filme Não Estou Lá pode ser definido como uma rede de intertextualidades, teci... more Lançado em 2007, o filme Não Estou Lá pode ser definido como uma rede de intertextualidades, tecidas pelo realizador Todd Haynes com o intuito de analisar, questionar e dar a conhecer novos pontos de vista sobre a obra do músico Bob Dylan. Ao colocar os conceitos inerentes ao estudo dessa intertextualidade em diálogo com as ferramentas de análise fílmica, a presente reflexão procura demonstrar o modo como o cineasta se apropria das linguagens dos dispositivos biográficos do cinema (documentário, drama romântico e entrevista) para refletir e traduzir audiovisualmente as diversas personas do cantor. Neste processo, e ao longo de 135 minutos de filme, Haynes eleva Não Estou Lá do estatuto de mero retrato imagético do legado de Dylan a comentário crítico sobre a tradição das cinebiografias.
La auto escritura se ha constituido como un ejercicio de autoanálisis y representación de muchas ... more La auto escritura se ha constituido como un ejercicio de autoanálisis y representación de muchas mujeres, especialmente en el campo artístico y, particularmente, en el cinematográfico. Concentrándonos en el cine en portugués, se encuentra fácilmente un pequeño número de mujeres que han tenido la oportunidad de filmar ficciones de largometraje, al que se va oponiéndose un mayor número de cineastas que dirigen documentales. Dentro de éstas, se destacan recientemente varias documentalistas que revisan, con éxito y con premios en distintos festivales internacionales, las imágenes de la familia, de uno y otro lado del Atlántico, en dos países de habla portuguesa. En Brasil,/nPetra Costa y Maria Clara Escobar constituyen dos ejemplos. En Portugal, Catarina Mourão, Margarida Leitão e Leonor Teles siguen el mismo movimiento, de revisión del archivo familiar./nEn las películas de estas coleccionistas de memorias, un árbol genealógico preexistente gana nuevos contornos, a través de la compuls...
Resumo: "O poeta é levado a buscar a justiça." As palavras de Sophia de Mello Breyner, pronunciad... more Resumo: "O poeta é levado a buscar a justiça." As palavras de Sophia de Mello Breyner, pronunciadas no documentário com que João César Monteiro inicia a sua filmografia, revelam a responsabilidade social com que ambos os artistas-cineasta e poetisa-encararam o percurso e posições públicas assumidas, ainda que em estilos claramente distintos. Sophia, filme que ocupa um lugar de destaque no Novo Cinema Português e que vem dar nome aos Prémios da Academia Portuguesa de Cinema, é a obra em análise no presente artigo. Reflectindo sobre o diálogo estabelecido entre os dois lados da câmara e a assumida vontade do realizador em buscar uma essência do Cinema, tentaremos identificar o modo como o espaço é filmado, na sua relação com a personagem e com o tipo de documentário resultante.
Para Annette Kuhn, docente da Universidade de Lancaster e investigadora de estudos fílmicos, o in... more Para Annette Kuhn, docente da Universidade de Lancaster e investigadora de estudos fílmicos, o interesse pela aplicação das teorias feministas à sua área de estudo começou em 1974 – ano em que assistiu a uma mostra de filmes feministas, em Nottingham. Segundo afirma, o que mais a impressionou então foi o fato de aquelas não serem apenas obras sobre mulheres (reais, trabalhadoras, donas de casa, mães), mas também de mulheres. Nesse momento, percebeu que todo o prazer que havia retirado ao assistir a filmes tinha até então dependido enormemente da sua identificação com personagens masculinos. A postura assumida exigia uma negação de si mesma como espectadora, mulher e feminista – preocupação que consideramos manter-se atual na contemporaneidade e que constitui ponto de partida para a defesa de uma proposta cinematográfica: a da criação, em Portugal, de um festival de cinema feminino, exclusivamente dedicado à exibição de obras de mulheres realizadoras. Investir na formação de públicos...
First you will find it strange, but then you interiorize it. This is how we could define, using F... more First you will find it strange, but then you interiorize it. This is how we could define, using Fernando Pessoa, the first contact of a child or adolescent with the non-blockbuster cinema. Train the spectator to watch films that require careful consideration and a thorough interpretation – that is the role of teachers that, somehow, influence the lives and tastes of those with whom they contact. The need for training these professionals is associated with the difficulty of over passing established bureaucracies and prejudices that continue to constrain the introduction of cinema in the programs of basic and secondary education. In Algarve, the southernmost region of Portugal, the Youth Film School project (Juventude Cinema Escola), coordinated by Graça Lobo, has acquired a reputation and seriously counter-currents.Primeiro se estranha, depois se entranha. Assim se poderia definir, recorrendo a Fernando Pessoa, o primeiro contato de uma criança ou adolescente com o cinema que não faz...
Cláudia Tomaz é uma das representantes de uma nova geração de realizadores portugueses que começa... more Cláudia Tomaz é uma das representantes de uma nova geração de realizadores portugueses que começa a filmar nos últimos anos do século XX. Após ter terminado a licenciatura em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, teve oportunidade de trabalhar com algumas das maiores referências cinematográficas nacionais, como Paulo Rocha, Pedro Costa e José Álvaro Morais. Realizou várias curtas-metragens financiadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, documentários experimentais de produção independente e duas longas-metragens - Noites (prémio de melhor filme na semana da crítica no Festival de Veneza, em 2000) e Nós (prémio Bocallino no Locarno Film Festival, em 2003, na Suíça). Reside actualmente em Londres e não considera, de todo, a hipótese de voltar a Portugal. O presente artigo é uma proposta de análise fílmica centrada na primeira longa-metragem de Cláudia Tomaz. A metodologia utilizada não será, no entanto, a mais tradicional, no sentido da identificação da Escola a qu...
Um olhar no purgatório-Do azul da pintura ao azul do cinema 28 Afinal, e se concordarmos com a in... more Um olhar no purgatório-Do azul da pintura ao azul do cinema 28 Afinal, e se concordarmos com a interpretação de Bénard da Costa, Blue Velvet não é uma história, é um conjunto de quadros. Quadros vivos, diz ele. E Lynch revê-se nessa ideia quando afirma que na arte nem tudo tem de ter uma razão (ou uma sequência lógica, mesmo se improvável). A maior parte dos conceitos visuais do realizador não se pode exprimir pelas palavras. Lynch ironiza mesmo: caso contrário, "provavelmente ninguém aceitaria produzir os meus filmes". A sua principal inspiração é a vida. E tudo faz sentido porque está conectado com a vida e as ressonâncias do real (Bouzereau, 1987: 39). E conectado com a pintura, que é uma espécie de cerimonial da vida, espaço de intimidade e interdição, mas também de espanto e enredos de desfecho desconhecido. A atmosfera cromática de Blue Velvet está muito perto dos limites de uma suave alucinação. Tudo é estranho, como estranhíssima pode ser uma pintura de Tintoretto, de Caravaggio, de Francis Bacon, de tantos mais… Mas aqui, neste veludo, todo ele insinuação e ameaça, o azul é a mais sentimental e a mais cruel das cores, desdobra-se em telas e ecrãs, como se o espaço entre o cinema e a pintura fosse habitado por um olhar no purgatório. Nota: O Autor escreve de acordo com a antiga ortografia.
O conteúdo desta obra está protegido por Lei. Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunic... more O conteúdo desta obra está protegido por Lei. Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação pública ou transformação da totalidade ou de parte desta obra carece de expressa autorização do editor e dos seus autores. Este livro, bem como a autorização da publicação das imagens, é da exclusiva responsabilidade da autora. Por sua vontade expressa, a presente edição não segue a grafia do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Ficha Técnica Em primeiro lugar, à própria Fundação para a Ciência e Tecnologia, pelo privilégio de uma bolsa de investigação e pelo persistente incentivo ao progresso científico, mesmo em tempos tão conturbados como os actuais. Ao LabCom.IFP, enquanto laboratório de investigação/ editora que aceita a publicação da tese e que, gratuitamente, a faz chegar ao mundo, por ser esse o propósito do conhecimento. Ao Professor Tito Cardoso e Cunha, por acreditar na pertinência e actualidade do tema, bem como nas capacidades da orientanda para concretizar tão ambicioso projecto. Mas sobretudo pelo respeito, pelo compromisso e pelos valores transmitidos ao longo de quatro anos de trabalho conjunto. Ao Professor Paulo Serra, pelo apoio concedido a todos os alunos e alunas do terceiro ciclo de Ciências da Comunicação, e ao Professor António Fidalgo, pelo incentivo à investigação como meio de evolução, não apenas dos profissionais, mas também, e essencialmente, dos seres humanos. Aos membros do júri que avaliou a tese: Professores Eduardo Paz Barroso, Anabela Branco de Oliveira, Manuela Penafria e Teresa Joaquim, pela análise e ponderação demonstradas. Aos meus alunos, alunas e colegas de trabalho que partilham o gosto pela observação, leitura, pesquisa e produção de conhecimento. Aos amigos e amigas que vão fazendo questão de estar presentes e aos cinéfilos e cinéfilas que me inspiram. À minha família e, essencialmente, aos meus pais, pelo amor e pela educação que fizeram de mim a pessoa que hoje sou. Desde o primeiro dia.
Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, 2017
Assumidos os propósitos europeus para um Ensino Superior focado em resultados de aprendizagem con... more Assumidos os propósitos europeus para um Ensino Superior focado em resultados de aprendizagem concretos, questionamos a forma como a teoria e a História devem ser inseridas nos cursos superiores artísticos. Em termos metodológicos, iremos centrar-nos na planificação do programa da unidade curricular “História e Estética do Cinema Português”, lecionada na Universidade da Beira Interior. A aplicação de um modelo pedagógico que reúne a contextualização, a visualização de filmes e a sua análise permitirá ao/à estudante adquirir capacidades cognitivas e práticas, tendo em vista a formação de seres humanos críticos, autónomos, imaginativos e socialmente implicados.
A decada de 90 seria um periodo marcante na Historia do Cinema Portugues. Uma democracia recentem... more A decada de 90 seria um periodo marcante na Historia do Cinema Portugues. Uma democracia recentemente conquistada (1974), a entrada do pais na Uniao Europeia (1986) e a tentativa de promulgacao de medidas que fomentassem a igualdade de oportunidades, geravam debate e questionamento. Alguns dos mais densos filmes entao estreados — de Teresa Villaverde, Pedro Costa, Margarida Gil, Joao Canijo, Solveig Nordlund ou Joao Cesar Monteiro — revelam distanciacoes fracturantes, enquanto denunciam os inumeros problemas que asfixiam determinados segmentos da sociedade. As imagens de criancas e adolescentes que crescem e que sao educadas num pais de instabilidade face ao novo, suburbios marginalizados e injusticas perenes seriam dominantes na cinematografia daqueles anos. Neste contexto, Monique Rutler decide realizar um filme de epoca. Olhando o passado, questionou o presente e perspectivou um futuro que poderia retroceder, caso nao se prestasse a devida atencao aos poderes instituidos e se con...
Possíveis aproximações do cinema à filosofia O presente ensaio visa estabelecer uma relação entre... more Possíveis aproximações do cinema à filosofia O presente ensaio visa estabelecer uma relação entre cinema e filosofia ou, e para não nos comprometermos com nenhuma forma de hierarquia, entre filosofia e cinema. Há, estamos em crer, uma relação dialógica, relacional, que denota claramente o inequívoco interesse da filosofia pelo cinema, e o próprio cinema, naquele que é o seu discurso fílmico, paulatinamente tem-se tornado filosófico. O cinema moderno tem-se arrogado "um cinema em busca de mais pensamento" (Marrati, 2008, XIII). Esta conclusão é facilmente corroborada quando, por exemplo, encontramos filmes baseados em filósofos. Vejam-se alguns exemplos infra:
Uploads
Books by Ana Catarina Pereira
Papers by Ana Catarina Pereira
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.