Simbologia Do Grau 4
Simbologia Do Grau 4
Simbologia Do Grau 4
Salomo
Salomo, cujo diminutivo "Solo", reinou sobre Israel, durante os
anos 970 a 930; era o segundo filho de Davi com Betsab. Foi o
construtor do Grande Templo, num perodo de paz, dando ao povo
trabalho, justia e farturas, distribuindo sobretudo, sabedoria. Foi o
autor dos livros Provrbios, Cnticos dos Cnticos, Eclesiastes e de
dois Salmos. Salomo faz parte da lenda manica como personagem
principal. Desconhece-se o nome real de Salomo; a tradio judaica
nos ensina que toda pessoa colocada em dignidade, recebia "um novo
nome"; a origem do nome Salomo no certa; em hebraico:
"Schlomoh", significa "homem da paz"; para a construo do Grande
Templo, o Senhor determinara um perodo de paz e provvel que o
nome Salomo tivesse ligao com esse designo. No Cristianismo,
Jesus foi denominado de "Prncipe da Paz", o que esclarece que o
Messias viera construir um novo Templo, mas espiritual.
Arca da Aliana
A Maonaria, no Grau 4, do Mestre Secreto dos Graus Inefveis, tem a
Arca da Aliana como smbolo mximo; uma plida reproduo
ornamenta a sesso e diante dela, ocorrem cerimnias especificas;
contudo, o Propiciatrio no usado, a no ser esotericamente e de
modo muito mstico que foge compreenso da maioria desse Mestre
Secretos.
Vara de Aaro
Narram as Escrituras Sagrada que certa feita, Jeov determinou a
escolha de um membro das tribos para exercer o sacerdcio. Moiss
reuniu os chefes das tribos solicitando que cada um apresentasse
uma Vara de determinado arbusto, escrevendo-se nela, o nome de
cada Tribo. Na Vara correspondente a Tribo de Levi foi escrito o nome
de Aaro. Todas as doze Varas foram colocadas no Sanctum
Sanctorum do Tabernculo. No dia seguinte, foram as Varas retiradas;
onze delas estavam secas e murchas, porm a Vara de Aaro, havia
florido e apresentado frutos. A Vara de Aaro representa a fora e o
poder vindos de Jeov o Senhor. A Vara de Aaro, foi colocada dentro
da Arca da Aliana.
Palavra sagrada do Grau 4
O Mestre Secreto no REAA
Publicado em 04 de May de 2015 por Pedro Santos Pereira
O Mestre Secreto no REAA
Este primeiro grau dos subsequentes 30 do REAA de facto o incio
de um novo percurso, um novo caminho que no parar de vos
surpreender face aos desafios e s oportunidades que apresentar de
desenvolvimento pessoal, moral e espiritual.
Nos prximos 29 graus encontrareis graus bblicos como o caso
deste em concreto, encontrareis graus templrios, crsticos, crpticos,
gnsticos e cabalsticos. Sim todos estes, pelo que podemos dizer
haver espao para mltiplas sensibilidades desde aqueles que apenas
procuram o aperfeioamento humano na vertente cvica e moral
queloutros que o buscam com um cariz mais mstico e esotrico.
Desta forma ser natural que um dia mais tarde tenhamos vrias
lojas de perfeio onde se aglutinaro diferentes sensibilidades, mais
esotricas e msticas umas, mais mundanas outras.
Mas atenhamo-nos ao presente grau, que sem dvida bblico e que
continua a saga da morte do patrono desta loja de perfeio. Este G:.
um reincio de toda a aprendizagem embora o M:. j tenha a luz. At
aqui aprendeu a libertar-se dos preconceitos, da ignorncia e das
supersties assim como a tornar-se responsvel pelos seus actos. ,
na verdade, um novo G:. de Aprendiz uma vez que o que nele se
ensina ainda muito pouco comparativamente a tudo o que ir
aprender at ao G:. 30 o ltimo em termos de aprendizagem.
O fio de Ariadne que irei desenrolar permitir-me- abordar ao longo
dos prximos minutos trs grandes aspectos, fundamentais
1) Hiran
2) Os smbolos
3) As mensagens do Grau.
Para que uma lenda tenha condies de ser bem sucedida, i.e.
sobreviver ao longo dos tempos, necessrio que a sua personagem
central desaparea de forma misteriosa ou morra de forma notvel.
Uma morte violenta como a de Jesus Cristo, Thomas Becket, Joana
DArc e Hiran Abiff, ou misteriosa como as de Enoque, Moiss, ou do
Rei Artur ou ainda o desaparecimento, como o nosso D. Sebastio,
so no s situaes, so condies que do azo consistncia e
perenidade da lenda.
E a nossa lenda, continua com a saga de Hiram Abiff e a procura da
Palavra Perdida como pano de fundo, introduzindo agora um novo
personagem Adoniram, dominus excelsus (grande senhor),
intendente da tribo de Salomo que no comando de 30.000 operrios
estava encarregado dos trabalhos nos Montes do Lbano antes da
morte de Hiram[1]. Curiosamente teve um trgico fim, morto por
apedrejamento s mos de uma multido enfurecida pela sua sanha
de recolher impostos,[2] quando ocupava o cargo de Chefe dos
trabalhos forados, possivelmente como prmio da sua lealdade e
recompensa dos seus trabalhos, ou por ser especialista em por os
outros a trabalhar. Porm, quanto a Hiran, em local algum da Bblia se
faz referncia sua morte sendo de supor que tenha regressado a
Tiro no trmino dos 7 anos dos trabalhos da construo do Templo.[3]
Contudo, o que aqui importa a lenda e na lenda recordemos o ponto
em que ficmos na exaltao a Mestre: os assassinos haviam
escondido Hiram sob os escombros e pela calada da noite
transportaram-no para longe e enterraram-no. Mais tarde, no alto do
cmoro onde jazia Hiram uma delatora accia, emblema da
imortalidade, revelou o cadver do nosso querido Mestre. Prostrados
aos ps do defunto, os irmos tentam-no reanimar e ressuscitar. E
conseguem-no, pela fora do Verbo, quando ao ouvido lhe sopram as
palavras sagradas MOABON[4]. Recordemos ainda que os trs
companheiros, assassinos do virtuoso filho de uma viva da tribo de
Neftali (Hiram Abiff)[5], representam, o primeiro a ignorncia, o
segundo o fanatismo com a sua prima intolerncia e o terceiro o
egosmo ambicioso envoltoem vaidade. Neste Grau Hiram ser
sepultado pela terceira vez, ao fim de 81 dias, a idade do Mestre
Secreto, pois 3 x o cubo de 3 so 81, mas dizia eu, ser sepultado
desta feita no templo propriamente dito, em um mausolu com toda a
pompa e circunstncia que lhe eram e so devidas.
Estando desta forma enquadrados pela lenda abordemos o ambiente
cnico em que se desenrola agora a aco. O local onde ns
desenvolvemos os trabalhos do 4 Grau uma Cmara Secreta, mais
concretamente a Cmara do Meio, numa representao do
Tabernculo de Moiss, uma tenda de grandes dimenses e
obviamente desmontvel, dividida em trs partes, o trio, o Sanctum
e o Sanctum Sanctorum. Contudo se nos situarmos no Templo, o
Santo e o Santssimo estaro num piso superior[6] ao qual se acede
por escadas de caracol[7]. Esteja representado o Templo ou o
Tabernculo o simbolismo o mesmo e dever haver um vu prpura
a separar o Santo do Santssimo. As paredes do Templo esto
cobertas com um pano preto salpicado de lgrimas porque estamos
em luto. A iluminao da Cmara dever conseguir-se pela utilizao
de oitenta e uma luzes distribudas por nove Chanuki[8] ou seja
candelabros de 9 chamas, neste nosso caso modesta mas
regularmente substitudos por trs candelabros de trs velas, e por 3
castiais de 1 chama com 1,12m cada um, colocados em tringulo
pitagrico junto ao Altar do Juramentos.
H mais uma luz, evanescente, que irradia de um sagrado Menorah
de sete chamas, que representa os sete Elohim criadores,
manifestados nos 7 raios csmicos[9], nas 7 notas musicais, nas 7
foras planetrias, nas 7 cores do Prisma, nos 7 anjos que se sentam
diante do trono de Deus, nas 7 virtudes[10], nas 7 artes, nas 7 cores
do arco-ris aparecido ao stimo dia[11], nos 7 dons do Esprito
Santo[12] e nas 7 alianas de deus com os Homens. Esta Menorah no
Sanctum Sanctorum ilumina a Sagrada Arca, smbolo de uma das
alianas de Deus com o Homem, e essa arca de madeira de accia e
ouro alegadamente contm as Tbuas da Lei, a Urna do Man e a
florida Vara de Aaro. Para alm da Balaustrada, agora no Sanctum,
vemos uma alegrica Mesa com os 12 Pes da Preposio, ao caso
Pes zimos (os quais sem fermento recordam o momento da fuga
dos israelitas do Egipto por no terem tido tempo de esperar que a
massa fermentasse), e o Altar dos Perfumes, com incenso facilitador
da divina presena celestial. Tudo como relatado em Ex 25:23-30.
Por fim o painel do Grau, tambm ele riqussimo na sua simbologia.
Contm o Crculo que se associa ao Universo, do infinitamente
pequeno ao infinitamente grande, e tambm elemento de unio
entre o esprito e a matria, e da vida expressa em crculos, nos
vrios domnios da conscincia. Recorde-se que o Mestre Secreto
passou do esquadro ao compasso, estando agora apto a traar os
crculos que movimentam os astros. O tringulo ou Delta a
representao geomtrica do Ternrio Divino, onde o Princpio
Espiritual (Tringulo) encontra o Universo representado pelo Crculo.
O Pentagrama, conhecido pelos pitagricos como Pentagramaton,
representa o Conhecimento e a Sabedoria e nas escolas msticas e
gnsticas, representa a Pentalfa, reunindo o macrocosmo ao
microcosmo, sendo suas cinco pontas uma representao do homem.
[4] ou Macbenath
[6] Sendo as dimenses do Santo, comprimento, largura e altura, 40x20x30 cvados, i.e. 17,8m de
comprido por 8,9 de largura e 13,4m de alto e as do Santo dos Santos um cubo de 20 cvados de lado,
i.e. 8,9m de lado (1 Reis 6:20 e 2 Crnicas 3:8).
[8] Chanuki, um candelabro de nove braos, usado durante os oito dias do feriado judaico de
Chanuk, tambm chamado de Festa das Luzes.
[9] Os Sete Raios Csmicos so Chamas que integram o Fogo Sagrado, arcanjos, elohim e energias
qualificadas com as Virtudes e Dons Divinos.
[11] Deus fez aqui uma aliana com o Homem e prometeu no mais exterminar a vida na Terra com um
dilvio, contudo no especificou se o no faria de outra forma.
[16] Note-se que o nosso tribunal Constitucional, perfidamente, haveria de autorizar as representaes
em plstico.
[17] Pike, Albert (1871/2008), Morals and Dogma. Marston Gate: Amazon,Co.UK