Educação No Japão

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Educação no Japão

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Auditório Yasuda, Universidade de Tóquio.

A educação no Japão remonta à introdução da escrita chinesa no século VI. Inicialmente


restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no Período
Edo, em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas
mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que
em 1868, época da Restauração Meiji, 40% da população japonesa fosse alfabetizada. [1] O
Japão começou a se ocidentalizar na Era Meiji (1868-1912). Antes disso as escolas eram
na maioria para os ricos e não eram regulamentadas pelo governo. O governo Meiji
imediatamente instituiu um novo sistema educacional baseado em moldes franceses,
alemães e americanos. A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi
introduzida no Japão em 1871 como parte da Restauração Meiji.[2] O sistema educacional
Meiji tornou-se rapidamente centralizado pelo estado. O currículo tinha um caráter
moralista e promovia ideais confucionistas de fidelidade ao estado, piedade filial,
obediência e amizade. Em 1890 o Édito Imperial em Educação formalizou estes valores
conservadores.
Em 1907 o Ministério da Educação estendeu o período de ensino básico obrigatório para 6
anos e adaptou o currículo para enfatizar a importância do imperador e o nacionalismo e
em 1947, mais 3 anos foram adicionados ao ensino básico obrigatório estendendo a idade
escolar até os 15 anos. Desde 1947 que a educação obrigatória no Japão inclui
a educação infantil e o ensino fundamental, shōgakkō e chūgakkō, o qual dura nove anos
(dos seis aos 15 anos). Quase todas as crianças continuam seus estudos em um ensino
secundário, koukou, de três anos (dos 16 aos 18 anos) e, de acordo com o Ministério da
Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do
ensino secundário cursaram a universidade, a educação profissional, ou outros cursos
pós-secundários em 2005.[3] Ao mudar de instituição escolar, os alunos precisam prestar
exames para entrar em escolas ginasiais, colégios e universidades. No caso de escolas
públicas e de universidades, os alunos sempre têm de fazer exames de admissão. O ano
letivo no Japão tem início em Abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O
currículo de cada série é determinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes,
Ciência e Tecnologia, bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado. [1]
Nos dias de semana, as aulas normalmente começam às 8:30 da manhã e terminam às
3:50 da tarde. No primário, as aulas duram 45 minutos, com uma pausa de 10 minutos
entre uma aula e outra. A partir do ginásio, as aulas duram 50 minutos. Os alunos vão à
escola aos sábados duas vezes por mês, das 8:30 da manhã ao meio dia e meia.
Oficialmente há 35 semanas de aula por ano.
Há 9 matérias regulares no ensino básico japonês: língua japonesa, estudos sociais,
matemática, ciência, estudos ambientais, música, arte e artesanato, conhecimentos
domésticos e educação física.
Todas as Escolas são pagas, até mesmo as publicas, aqueles que tem dificuldade em
pagar recebem ajuda do governo. As mensalidades são de acordo com a condição da
família.
A educação no Japão é muito competitiva,[4] em especial, o ingresso em instituições de
ensino superior. De acordo com o Suplemento de Educação Superior do The Times, as
universidades mais importantes do Japão são a Universidade de Tóquio, a Universidade
de Quioto e a Universidade de Osaka.[5] No momento, a educação japonesa passa por
uma reestruturação que tenta adaptá-la ao século XXI, mudando sua ênfase da disciplina
e do respeito a tradição para a liberdade e a criatividade. [1]
No relatório do Índice de educação de 2009, o Japão ficou em 34º lugar, com 0,949
pontos.

Índice

 1Estrutura
o 1.1Escola primária /Shougakkou (小学校)
o 1.2Escola Média/Chuugakkou(中学校)
o 1.3Escola Secundária Alta/kōtōgakkōu (高校学校)
 2Referências
 3Ver também

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Colégio Municipal de Ensino Médio de Hamamatsu

Uma típica sala de aula japonesa na Escola Secundária Juvenil Hokubu, em Oita.

Idade Grau Nome

Jardim de infância
3-6
(幼稚園 Yōchien)
1

3
Escola Primária
6-12 (小学校 Shōgakkō)
Educação Compulsória
4

Escola Média
12-15 2 (中学校 chūgakkō)
Educação Compulsória

Escola Secundária
15-18 2
(高等学校 kōtōgakkō, abbr. 高校 kōkō)

Escola primária /Shougakkou (小学校)[editar | editar código-fonte]


De 6 a 12 anos de idade. A escola primária é obrigatória no Japão, os alunos começam
aos 6 ou 7 anos de idade. Também são usados alunos monitores que auxiliam na
manutenção da disciplina escolar.
O currículo acadêmico padrão inclui língua japonesa, estudos
sociais, aritmética e ciências, completadas com outras matérias como educação
moral, artes, artesanato, música, trabalhos domésticos, educação física e língua inglesa.
Escola Média/Chuugakkou(中学校)[editar | editar código-fonte]
De 12 a 15 anos de idade A escola Média é obrigatória e começa aos 12 ou 13 anos de
idade, estima-se que 95% das escolas médias sejam publicas, a média é de 38 alunos por
classe em grandes cidades, e 30 em menores, cada sala possui um conselheiro. Ao
contrário das escolas elementares, na escola média os estudantes têm diferentes
professores para diferentes matérias, os professores usam outros tipos de mídia
como televisão, rádio e computadores, algumas matérias também são usados laboratórios,
a organização também é baseada em pequenos grupos.
O currículo inclui língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciências, música, artes,
tecnologia, e educação física. Também existem aulas de trabalhos domésticos e
industriais, junto com educação moral e de cidadania. Também existem grupos de
atividades especiais nas escolas, além de algumas escolas terem esportes como baseball,
futebol, basquete e outros.
Escola Secundária Alta/kōtōgakkōu (高校学校)[editar | editar código-fonte]
De 15 a 18 anos de idade. Apesar da escola Secundária Alta (高校学校-Koukougakkou)
não ser obrigatória no Japão, aproximadamente 94% dos estudantes da escola média vão
para a superior, as escolas superiores são pagas, inclusive as públicas que representam
aproximadamente 76% dos estudantes.
O currículo inclui disciplinas acadêmicas como língua
japonesa, matemática, ciências e inglês, junto com história, geografia, atividades cívicas e
economia doméstica, mais as disciplinas específicas para áreas específicas, sendo as
áreas econômicas e industriais as mais populares.

Referências
1. ↑ Ir para:a b c Web Japan. Education: Foundation for growth and prosperity. PDF (425,26 KB).
Visitado em 13 de Agosto de 2007.
2. ↑ ELLINGTON, Lucien. (1 de Fevereiro de 2003). Beyond the Rhetoric: Essential Questions
About Japanese Education. Foreign Policy Research Institute. Visitado em 1 de Abril de
2007.
3. ↑ Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia. School Education (PDF).
Visitado em 10 de Março de 2007.
4. ↑ ROSSMANITH, Kate. (5 de Fevereiro de 2007). Rethinking Japanese education. The
University of Sydney. Visitado em 1 de Abril de 2007.
5. ↑ TSL Education. The Times Higher Education Supplement World University Rankings. PDF
(311,36 KB). (28 de Maio de 2005). Visitado em 27 de Março de 2007

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