Fichamento de Citação
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Fichamento de citação
TEXTO:
BARBOSA, M. J.; LEITE, E. G. Uma voz de protesto em “Calabar”. In: CONGRESSO
DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFRN, 9., 2013, Currais Novos. Anais ... Currais
novos. 2013. p. 0201- 0207.
Sumário Citação
Contexto histórico“No ano de 1964, os militares chegam ao poder máximo do país
e instauraram um regime ditatorial. Nesse período, várias formas
de cultura serviram como porta-voz da população como, por
exemplo, a música e o teatro, meios pelos quais eram
denunciados aspectos da realidade nacional. Essa prática não foi
bem vista pelos militares, que tomaram como providência a
censura, ato que não impediu muitos artistas de continuarem a
usar suas canções como instrumentos de protesto.” (p. 0202)
Contra ataque ”Revoltados com tanta repressão, alguns artistas aderiram a uma
arte engajada que consistia basicamente em utilizar obras como
meio de se combater a repressão e a realidade social no Brasil.”
(p.0202)
“Os artistas envolvidos tinham a preocupação de denunciar o
pessimismo, problemas e a própria realidade sem si. Para isso,
inseriam em suas composições conteúdo político com o objetivo
de promover uma revolta e de certa forma ‘acordar’ a sociedade
para o que estava sendo vivenciado.” (p. 0203).
Meios de burlar a “No entanto, todas as formas de punição, a censura e o regime
militar não foram suficientes para deter esses artistas que,
censura
comprometidos com a mudança social, utilizaram construções
artísticas mais rebuscadas que pudessem, de certa forma,
preservar o conteúdo político de suas obras e, ao mesmo tempo,
passar despercebidas pela censura.” (p. 0203).
Tema central da “A peça Calabar é uma prova de arte engajada no âmbito teatral,
pois essa possui em seus atos críticas voltada contra o regime
peça militar, época na qual o livro foi escrito e censurado, juntamente
com a peça que só pôde ser apresentada anos mais tarde.” (p.
0203).
Censura da peça “Calabar: o elogio da traição foi escrito no final de 1973 e no
ano seguinte aconteceria sua estreia em palcos. Porém, o regime
militar desaprovou e proibiu a peça e o próprio título, [...] Ela
apenas foi liberada para apresentação em 1980.” (p. 0203).
Tema central da “Toda a história retrata Calabar e as consequências de sua
suposta traição contra os portugueses, ao passar para o lado dos
peça
holandeses durante a invasão que estes realizaram no Brasil no
século XVII.” (p. 0203- 0204).
Peça como porta- O livro serviu de porta-voz da população, criticando de forma
sábia o período da ditadura militar, de modo indireto; usando
voz da população
para fazer arte engajada outra época que assemelhasse ao que
estava sendo vivenciado. A peça definitivamente serviu de
ferramenta de protesto, pois chegou a ser censurada devido à
‘insolência’ de pronunciar-se contra o regime e suas formas de
governo. (p. 0204).
Relação ditadura- “Assim, a relação existente entre o período da ditadura militar e
o livro Calabar está na analogia de imagens de ambos os
peça
períodos históricos a qual, após uma observação, fica clara e
facilita a identificação das críticas.” (p. 0204).
Punição na ditadura “A composição [cobra de vidro] também mostra que as punições
eram aplicadas àqueles que desafiavam o governo e lutavam por
e na peça
liberdade e por seus direitos: ‘O seu veneno incomodando/ A tua
honra/ O teu verão/ Presta atenção’” (p. 0205).
Consequências da “A punição exemplar ao tão cruel crime (a traição) deveria servir
de exemplo para os demais que se manifestassem contra o
traição
regime e à ordem estabelecida: ‘Aos quatro cantos suas tripas/
De graça/ De sobra/ Aos quatro ventos os seus quartos/ Seus
cacos / De cobra/ O seu veneno arruinando’, a fim de não
repetirem tamanha audácia.” (p. 0205).
Cobra de viro “A Canção recebe o título ‘Cobra de vidro’ devido uma analogia
a um lagarto ápodo que, por mais que seja cortado em diversas
partes, se regenera e reconstitui-se, referindo-se aos ideais de
Calabar, que deveriam prosperar naqueles que tivessem os
mesmos sonhos que ele, como Bárbara, que jurou nunca deixar
que a morte de seu amado fosse em vão.” (p. 0205).
Entrelinhas da “Apresenta em seu conteúdo críticas veiculadas ao regime
militar (1964-1985) e sua forma de controle. Composta no ano
música
1972, ‘Cobra de vidro’ traz em seu conteúdo críticas ao regime
em relação às perseguições e punições sofridas pelos
opositores.” (p. 0205).
Significado de “Essa música enfatiza o fato de que venceria quem se
submetesse às regras impostas, mesmo que elas provocassem
vence na vida quem
sofrimento e mal às pessoas.” (p. 0206).
diz sim
Relação letra- “Enfatiza também que aqueles favoráveis ao regime são
contexto histórico compensados e sempre dizem sim, bem como aqueles que não o
são e mesmo assim devem dizer que sim, apesar e acima de tudo:
‘Se te cobrem de ouro/ Diz que sim/ Se te mandam embora/ Diz
que sim/ Se te puxam o saco/ Diz que sim/ Se te xingam a raça/
diz que sim/ Se te incham a barriga/ De feto e lombriga/ Nem
por isso compra a briga’.” (p. 0206).
Música vence na “Composta no ano de 1972, ‘Vence na vida quem diz sim’ está
vida quem diz sim relacionada à ditadura quanto ao fato de parte da população
aceitar calada o que o regime estava propondo.” (p. 0206)
Crítica à ditadura “Podemos afirmar que Chico Buarque e Ruy Guerra criticaram
de forma sábia a ditadura militar, pois eles fizeram uso das
metáforas nas produções artísticas a fim de, por um lado, burlar a
censura rigorosa do sistema e, por outro, demonstrar um
panorama social e político do período do regime, usando como
pano de fundo outra época, o Brasil Colônia.” (p. 0207).