Teoria Da Justiça de John Rawls + Opositores (Nozich e Sandel)

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Será possível a Irradicação da Pobreza usando a Teoria da Justiça de John Rawls?

Nem todos os países têm o mesmo nível de desenvolvimento económico e social. Por isso, é frequente
considerar-se que o mundo está dividido em dois grupos de países: os países desenvolvidos e os países em
desenvolvimento. Entre estes países existem acentuadas desigualdades na distribuição da população e da
riqueza, nos cuidados de saúde e educação, no acesso à alimentação e água potável, na qualidade da habitação,
etc. Este desequilíbrio entre países faz com que uns sejam consideravelmente ricos enquanto outros
permanecem num estado de pobreza absoluta. Esta consiste na falta de rendimentos para satisfazer as
necessidades biológicas básicas a que a restante população tem acesso.
Quem nada faz para ajudar as pessoas que se encontram nesta situação não merece ser criticado dado
que em nada interfere na vida das mesmas. Por outro lado, o acto de ajudar as pessoas necessitadas é algo
louvável já que faz com que possamos dar-lhes uma vida melhor e proporcionar-lhes um futuro mais auspicioso.
Mas será que temos o dever de ajudar quem vive na miséria? Se considerarmos que sim, devemos não só permitir
que isso aconteça como também encorajar outros a fazê-lo; se considerarmos que não, devemos desde já
descartar essa ideia, sem impedir que outros o façam.

A teoria da justiça de John Rawls


Baseado em Kant e John Locke, Rawls tem como objectivo criar um conjunto de ideais para formar uma
sociedade justa. O autor da mais importante teoria de justiça social do século XX reconhece diferenças na
sociedade e procura que esta seja julgada com direitos iguais na diferença. Defende ainda a liberdade individual.
Outro objectivo a que se propõe é a apresentação de alternativas ao utilitarismo.
À semelhança de Kant, Rawls considera a pessoa um ser livre, racional, igual, que tem fim em si mesmo.
Dessa forma, discorda do Utilitarismo pois não há um critério único e universal que permita distinguir boas e más
acções, não há o reconhecimento de direitos fundamentais do Homem e não é levado em consideração a forma
justa ou injusta como a felicidade é distribuída.
O homem é, para Rawls, um ser social que obtém vantagens a partir da Vida em sociedade, logo estará
aberto à cooperação com os outros, pelo que a solidariedade é um valor fundamental para a aceitação do
segundo princípio da justiça: devemos partilhar com os outros as eventuais vantagens da lotaria natural e social.
Se um igualitarista consideraria a Igualdade como valor fundamental, Rawls posiciona-se como liberal ao
eleger a Liberdade como valor prioritário.
Contudo, esta Vida em sociedade pode trazer conflitos que levam à definição de princípios que sirvam
como critérios para atribuir direitos e deveres.
Rawls pretende conjugar na sociedade duas características: a liberdade e a justiça social. Porquê ambas,
a liberdade e a justiça social? Porque, se apenas houver liberdade, põe-se em causa a justiça social (porque
necessariamente uns indivíduos possuirão sempre mais bens do que outros e os que possuem mais possuirão
sempre mais – a riqueza gera mais riqueza). Se apenas houver justiça social, põe-se em causa a liberdade (porque
limita-se a liberdade dos indivíduos a poderem possuir mais bens do que o número de bens que possuem).
Torna-se assim necessário a conjugação da liberdade e da justiça social, para que uma sociedade possa
ser justa.
Como exemplo ilustrativo desta injustiça de apenas se atender ou à liberdade ou à justiça social, temos a
situação da pobreza. Enquanto não a erradicarmos, haverá sempre indivíduos que possuirão mais bens do que
outros e tenderão sempre a possuir mais bens e a aumentar continuamente a sua riqueza. Esta é a situação de
apenas haver liberdade e não haver justiça social. Por outro lado, se penalizarmos as grandes fortunas, como, por
exemplo, através do pagamento de elevados impostos, estaremos a limitar os bens desses mesmos indivíduos e,
portanto, a limitar a liberdade dos indivíduos para investir, enriquecer e fazer o que lhes apetecer com os seus
rendimentos. Esta é a situação de apenas haver justiça social e não haver liberdade.
Ora, a tarefa de Rawls vai ser precisamente a de procurar conjugar na sociedade a liberdade e a justiça
social.
Rawls começa por descrever o modo como deve ser estabelecido o contrato social, para que seja possível
a promoção simultânea da liberdade e da justiça social na sociedade.
A dificuldade que Rawls apresenta é precisamente a seguinte: Como gerar um contrato no qual todos os
indivíduos desejem a promoção simultânea na sociedade da liberdade e da justiça social?
Para Rawls, o contrato social tem de ser estabelecido com base numa total imparcialidade por parte de
todos os indivíduos, ou seja, tem de ser estabelecido sem que os indivíduos tenham nele qualquer interesse
particular.
Porém, a definição de princípios pode ser uma tarefa difícil pois como se podem criar regras que
garantam a imparcialidade, a justiça e evitem o conflito de interesses se o Homem é, por natureza, egoísta? Rawls
soluciona o problema com a Posição Original.
Na posição original, que é uma situação hipotética, os sujeitos fazem as suas escolhas a coberto do véu
de ignorância, garantindo «a simetria das relações que entre todos se estabelecem»;
• o véu de ignorância coloca os sujeitos numa situação de desconhecimento dos factos particulares das suas
vidas: capacidades, classe social, género, etc;
• desconhecendo os factos particulares das suas vidas, ninguém se encontra numa situação de vantagem na
escolha dos princípios de justiça;
• na posição original, as escolhas ocorrem numa «situação equitativa».

Os princípios da justiça devem ser escolhidos a partir da posição original, ou seja, a partir de uma situação
hipotética na qual ignorássemos a nossa posição actual na sociedade (a coberto de um «véu de ignorância»).
• Admite-se que, se ignorássemos a nossa posição actual, escolheríamos os princípios mais equitativos. Deste
modo, evitaríamos escolher os princípios que beneficiassem exclusivamente a nossa situação actual,
minimizando os riscos de termos uma vida insatisfatória.

Princípios de justiça:

• Princípio da liberdade igual, a sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível
com uma liberdade igual para todos os outros.

Princípio da oportunidade justa, as desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e
posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades (alínea b do segundo princípio).

• Princípio da diferença, a sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, exceto se a existência de
desigualdades económicas e sociais gerar os maiores benefícios para os menos favorecidos (alínea a do
segundo princípio).

• O princípio da liberdade igual tem prioridade sobre os outros dois, e o princípio da oportunidade justa tem
prioridade sobre o da diferença. Atingido um nível de bem-estar acima da luta pela sobrevivência, a liberdade
tem prioridade absoluta sobre o bem-estar económico ou a igualdade de oportunidades, o que faz de Rawls
um liberal. A liberdade está, digamos, fora da agenda política – é inegociável. A liberdade de expressão e de
religião, assim como outras liberdades, são direitos que não podem ser violados por considerações
económicas.

O que é a desobediência civil?


Rawls é defensor da obediência dos cidadãos face à autoridade do estado que só é legítima se este
respeitar os princípios de justiça. Se tal não acontecer, Rawls assume a possibilidade de desobediência civil.
A desobediência civil consiste num movimento público não violento (manifestação, desfile, ocupação de
instituições, …) que visa o não cumprimento da lei a fim de provocar alterações na lei do governo.
Para Rawls, este acto de gravidade considerável deve ser bem ponderado e as suas consequências têm de
ser medidas. Nunca deve resultar anarquia e desordem de um acto de desobediência civil.
Visto a desobediência civil constituir um acto grave, é necessário ponderar as circunstâncias e condições
até onde pode ser justificada.
A desobediência civil pode ser aplicável se tiverem sido violados os dois princípios de justiça (liberdade
básica e diferença), se for a última alternativa, isto é, se nenhum dos apelos feitos anteriormente resultou e se
não houver riscos de advirem desordem ou anarquia com consequências negativas para todos (o funcionamento
normal das instituições deve ser respeitado, etc).
Só existe desobediência civil numa sociedade quase justa. Se uma sociedade fosse totalmente justa, todos
os direitos dos cidadãos seriam assegurados e estes nunca teriam de reivindicar. Assim, a desobediência civil vêm
contribuir para o melhoramento e aperfeiçoamento das leis de uma sociedade, garantindo que todos os direitos
dos cidadãos são cumpridos.
É afastada a ideia de anarquia e desordem se a desobediência civil for apenas usada como último recurso
e se foram ponderados todos os riscos.
O que é a objecção de consciência?
Trata-se de um acto individual que consiste no incumprimento da lei por motivos de consciência. O
praticante pode alegar motivos políticos, religiosos, ambientais, …
Por exemplo, recusar realizar um aborto por parte de um médico é uma questão de objecção de
consciência por motivos religiosos.

Robert Nozick - Libertarismo (liberalismo radical)


O Estado não tem o direito de interferir na vida de alguém sem o seu consentimento. Os impostos
constituem uma forma de coerção.
Defende um liberalismo em que as desigualdades podem ser muito profundas: a existência de pessoas
muito ricas na mesma sociedade em que vivem pessoas muito pobres nada tem de injusto, desde que a riqueza
seja adquirida de forma lícita.
Portanto, as funções do Estado devem restringir-se ao mínimo indispensável, o que não deixa de implicar
a cobrança de impostos: defesa perante ameaças externas (exército), segurança dos cidadãos e dos seus bens
(polícia) e cumprimento dos contratos e das leis (tribunais). Esta é a defesa de um Estado Mínimo.

Teoria da titularidade
A autonomia das pessoas é fundamental. Ao contrário de Rawls, não aceita uma distribuição padronizada
da riqueza, pois isso implica uma intervenção constante do Estado na liberdade individual de enriquecer de forma
lícita. O indivíduo é o titular legítimo dos bens que adquire legalmente.
O indivíduo é dono de si mesmo: do seu corpo, da sua vida, mas também dos bens materiais que a sua
liberdade individual lhe permite acumular, pelo que o Estado não deve interferir nessa liberdade individual.

Nota: sendo um libertário, Nozick estaria de acordo com o Princípio da liberdade de Rawls.

Rejeição do princípio da igualdade de oportunidades


Nada existe de errado com a desigualdade social e económica. - Qualquer intervenção do Estado consiste
numa violação dos direitos absolutos das pessoas. Tirar a uns para dar a outros sem o consentimento dos
primeiros é tratar as pessoas como se não fossem pertença de si próprias, isto é, como meros meios e não fins em
si mesmos, violando os seus direitos mais básicos.

Rejeição da redistribuição de riqueza


Redistribuir implica violar a liberdade dos cidadãos. - Os indivíduos têm direito ao que adquirem e que
inicialmente não pertence a ninguém (jazidas de petróleo, patente farmacêutica por eles descoberta, etc.).
Também têm direito à totalidade das heranças ou doações que recebam ou de quaisquer negócios e contratos
que venham a realizar. Assim, se os indivíduos enriquecem de forma justa, o Estado não deve interferir para criar
quaisquer padrões de distribuição de riqueza.
Consequentemente, o Estado não deve cobrar impostos para proceder a qualquer distribuição de riqueza,
ainda que os impostos sejam necessários para assegurar as suas funções mínimas (defesa, segurança e
cumprimento das leis).

Caracterização geral do conceito de justiça segundo Nozick


• Defende um liberalismo radical que considera absolutos direitos individuais como a liberdade e a propriedade.
Opõe-se ao conceito de justiça social de Rawls defendendo um Estado mínimo que como um guarda-nocturno
proteja a segurança dos cidadãos e as liberdades políticas mas não interfira na vida económica. Propõe uma
distribuição da riqueza baseada no mérito dos indivíduos - ideal que considera uma utopia mas que deve regular a
vida social. O estado mínimo é o único poder político legítimo e cada indivíduo é titular absoluto do que ganha e
adquire. A justiça social é incompatível com a redistribuição da riqueza, seja qual for o critério, por parte de
Estado.

Tese central
• Uma sociedade justa é a que não impõe qualquer limite legal aos níveis de desigualdade económica nela
presentes.
• Cada indivíduo, segundo esta perspectiva, deve exigir do Estado a máxima liberdade sobretudo no que diz
respeito à possibilidade de adquirir e dispor de uma quantidade desigual de bens sociais.
Como justifica Nozick a sua tese?
• Não há, segundo Nozick, uma forma padronizada de distribuição da riqueza que determine até que ponto deve
ir a desigualdade económica entre os indivíduos, ou seja, o que cada qual deve possuir. As desigualdades sociais e
económicas não devem ser ajustadas de modo a que reverta também a favor dos mais carenciados. Porquê?
Por duas razões:
• 1) distribuir os benefícios sociais de acordo com uma regra ou fórmula geral - um padrão – exige sempre o uso
ilegítimo da força e da coerção;
• 2) as livres escolhas dos indivíduos perturbam frequentemente os padrões de distribuição que as sociedades
pretendem estabelecer.

O conceito de justiça de Rawls é imoral.


• «O que é meu é meu». Cada um de nós tem direito ao que herdou, recebeu ou ganhou legitimamente – seja
muito ou pouco - e esse direito de propriedade não deve ser violado pelo Estado. Mesmo que numa sociedade
haja assinaláveis desigualdades económicas, esse facto não torna legitima a redistribuição da riqueza, isto é, que
se tire aos mais favorecidos para dar aos mais desfavorecidos. Como o direito de propriedade é, para Nozick, um
direito absoluto, qualquer redistribuição da riqueza por parte do Estado é uma violação de um direito
fundamental. É imoral que me forcem a partilhar com outros os bens que legitimamente adquiri. Mas não é
injusto haver um grande fosso entre ricos e pobres como acontece em muitas sociedades?
• O fosso entre ricos e pobres só é injusto se for criado através de meios injustos, tais como a fraude e o roubo.
Há várias formas de sermos proprietários de bens: por heranças e doações que recebemos, por esforço pessoal,
etc. A não redistribuição não viola nenhum direito e por isso não é injusta. A justiça social consiste em permitir
que os bens de que sou proprietário legítimo permaneçam em meu poder, dispondo deles conforme entendo. A
justiça é a titularidade de posses legítimas. Este direito ao que é meu é um direito moral que não pode ser
suplantado pelo objectivo utilitarista de aumentar o bem-estar geral nem por ideais igualitários nem por outros
direitos como os direitos de subsistência. Providenciar serviços sociais e bens materiais aos mais desfavorecidos
redistribuindo a riqueza e forçando o pagamento de impostos é violação do direito de propriedade individual.
Segundo Nozick, pode e deve-se apelar à generosidade dos mais favorecidos mas não é justo obrigá-los a socorrer
os mais necessitados.

Deste conceito de justiça que conceito de Estado decorre?


• Decorre um conceito minimalista de Estado. Uma concepção minimalista do Estado entende que o poder
político não deve intervir na vida económica. Unicamente deve ocupar-se em assegurar os direitos políticos dos
cidadãos e com a sua segurança relativamente a ameaças internas e externas. Para assegurar estes serviços
mínimos é legítimo que o Estado cobre impostos. Assim, forçar os indivíduos a pagar impostos para que o Estado
mantenha serviços como a defesa (exército e polícia), o governo e a administração pública é perfeitamente
legítimo e necessário. Para além desses objectivos qualquer cobrança de impostos é uma violação dos direitos
individuais.

Objeção baseada no princípio da titularidade (de R. Nozick):


•  para a justiça, é relevante o modo como se adquire e transmite a riqueza, e não o modo como a riqueza está
distribuída;
•  se a aquisição e a transmissão da riqueza são legítimas, então a distribuição que daí resultar também é justa;
•  retirar parte da riqueza aos seus legítimos titulares, para a redistribuir, sem o seu consentimento, é violar a
sua autonomia.

Michael Sandel
Os comunitaristas consideram que o indivíduo se define sobretudo pela sua pertença a uma comunidade
(em termos psicológicos e sociológicos). Isto é, existe um primado da comunidade sobre o indivíduo – o indivíduo
só é o que é em função da comunidade onde se insere.
Para os comunitaristas, as desigualdades sociais colocam em causa o Bem Comum e constituem fonte de
injustiças, pelo que o Estado deve intervir para as combater, redistribuindo bens essenciais de forma igualitária
pelos cidadãos: dinheiro, emprego, saúde, educação, poder político.
Sandel não é um comunista, mas sim um comunitarista: pertencemos não apenas a nós próprios, mas
também à comunidade onde nos inserimos.
Perfeccionismo
De um modo geral, os perfeccionistas defendem que devemos procurar aquilo a que possamos chamar
“uma vida boa”. Assim, determinadas coisas (ações, objetos, ideias) são boas em si mesmas e devem ser
procuradas por todos os indivíduos.

Rejeição da Posição Original


O Bem Comum não é o resultado da combinação das preferências individuais; pelo contrário, o Bem
Comum é algo que tem prioridade sobre as preferências individuais. O modo de vida que define uma vida boa
(Bem Comum) é definido pelo conjunto da sociedade.
A forma de encontrar os princípios de justiça está errada (Posição Original e Véu de Ignorância), pois não
basta as nossas escolhas serem imparciais para serem boas.

Crítica ao Véu de Ignorância


O véu de ignorância transforma-nos em seres fictícios, desprendidos de laços sociais. Escolhas feitas por
seres hipotéticos não são credíveis, pois todas as nossas escolhas decorrem do enraizamento numa comunidade
específica. O nosso próprio Eu é construído em sociedade, pelo que o Véu de Ignorância nos obrigaria a
esquecermo-nos não apenas da nossa condição, mas do nosso próprio Eu.
O Véu de Ignorância coloca os indivíduos numa situação anterior a qualquer moral, isto é, obrigando
sujeitos individuais a tomar decisões tendo em conta apenas os interesses individuais (e não os da comunidade
onde se inserem).

Refutação da Regra Maximin


A estratégia maximin defendida por Rawls implica que os sujeitos apenas têm em consideração os seus
interesses egoístas e tem em conta conceitos morais. Por exemplo, é relevante saber como a riqueza é produzida,
pois pode acontecer que a riqueza seja produzida de forma imoral.
Sandel contesta que o Princípio da Liberdade tenha prioridade sobre a Igualdade. Para Sandel o erro de
Rawls consiste em ter uma noção metafísica do Homem – ou seja, tem uma conceção do ser humano que não é
real, no sentido em que se encontra desenraizada de tudo aquilo que lhe é anterior, designadamente a
sociedade, a comunidade da qual faz parte.

Aceitação do Princípio da Diferença


O Princípio da diferença obedece a uma lógica comunitarista, pois preconiza a correção das desigualdades
introduzidas pela lotaria social e natural. Sandel não critica este princípio, mas sim a prioridade dada ao 1.º
princípio, isto é, à prioridade da Liberdade sobre a Igualdade.
Cabe ao Estado promover algumas conceções de Bem em relação a outras, se essas conceções
contribuem para o Bem Comum de uma determinada sociedade.

Nota: Sandel não desenvolveu uma teoria completa da justiça alternativa a Rawls.

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