Introducao A Economia
Introducao A Economia
Introducao A Economia
Outubro 2020
ÍNDICE
I.INTRODUÇÃO...........................................................................................................................1
1.1 Contextualização do estudo...............................................................................................................1
1.2. Objetivos..........................................................................................................................................2
1.2.1. Objetivo geral............................................................................................................................2
1.2.2. Objetivos específicos.................................................................................................................2
1.2.3. Perguntas de pesquisa................................................................................................................2
II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................3
2.1. Descentralização...............................................................................................................................3
2.2. Dimensões da descentralização democrática....................................................................................3
2.2.1. Política.......................................................................................................................................3
2.2.2 Administrativa............................................................................................................................4
2.2.3. Fiscal.........................................................................................................................................5
2.3 Vantagens e Desvantagens da descentralização.................................................................................5
2.4 Relação existente entre a descentralização e a pobreza......................................................................6
2.5 Descentralização na função pública em Moçambique.......................................................................7
III: METODOLOGIA...................................................................................................................9
3.1. Abordagem Metodológica................................................................................................................9
3.2. Método de estudo..............................................................................................................................9
3.3. Técnicas............................................................................................................................................9
3.3.1. Estudo Bibliográfico..................................................................................................................9
3.3.2. Estudo Documental....................................................................................................................9
IV. CONCLUSÃO.......................................................................................................................10
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
I.INTRODUÇÃO
A descentralização nas suas várias formas é vista por Forquilha (2010a; e 2007); UNDESA
(2008); Kulipossa (2010); Valá (1997); Guambe (2009) e MAE/MADER/MPF (2003), como
uma forma de consolidar a democracia, ampliar os mecanismos de participação dos cidadãos
(seja de forma individual ou através de organizações da sociedade civil) na vida sociopolítica do
país, construir um campo político local e, desta forma, melhorar a governação local. A nível
mundial, o actual processo de descentralização surge no âmbito da democracia participativa.
Na opinião de Nguenha (2009), esta nova tendência pela democracia participativa surge como
resultado da crise mundial da democracia representativa a partir dos anos 1990, através da qual
os cidadãos escolhem os seus representantes para conduzir os seus destinos. Ainda de acordo
com o mesmo autor, a crise que assolou a democracia representativa a partir dos anos 90 deveu-
se a “patologia da participação, sobretudo o aumento dramático do absentismo e, a patologia da
representação, o facto dos cidadãos se considerarem cada vez menos representados por aqueles
que elegeram”
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1.2. Objetivos
Para responder aos objetivos específicos acima descritos, formularam-se as seguintes perguntas
de pesquisa:
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II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Descentralização
Assim, o conceito da descentralização tem significados distintos, tendo em conta as três (3)
formas principais em que ela ocorre: descentralização administrativa ou desconcentração;
descentralização democrática ou devolução e descentralização fiscal.
Entretanto, tomando como ponto de partida esta visão do governo e conjugando-a com a forma
como este processo se desenrola ao longo dos anos em Moçambique, facilmente se levantam
questões relacionadas com o tipo de descentralização que realmente se almeja; das dimensões da
descentralização que se pretende levar a cabo quando se fala de uma administração local
descentralizada, célere e eficaz; ou mesmo, em que medida a descentralização é dinâmica e
centrada no cidadão?
2.2.1. Política
A presente dimensão paradigmática, que não alcança consenso no seio do partido Estado
(Frelimo), vai sustentando até certo ponto, as vozes críticas do regime hegemónico, e por outro
lado, consolida a ideologia dos partidos da oposição, que encontram o espaço local, como palco
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privilegiado para ganhar protagonismo, e consolidar as suas posições partidárias. Perante estes
fatos, o Estado vai alienando a sua imagem a nível local apesar do controle das bases feito pela
Frelimo continuar em certa medida focado às comunidades locais através do envolvimento das
autoridades tradicionais (líderes religiosos e líderes comunitários).
2.2.2 Administrativa
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as ter como condição necessária. Porém, é evidente que na descentralização administrativa a
função do Poder Local seja direcionada a uma auto-organização e gestão participativa dos
membros da
2.2.3. Fiscal
A dimensão fiscal da descentralização pressupõe um conjunto de reformas políticas que tem por
objetivo, o aumento das receitas (fiscais, não fiscais, consignadas e de capital) e garantir a
autonomia fiscal dos governos locais ou identificar possíveis matérias tributáveis. Entretanto, o
alargamento do quadro da descentralização fiscal em curso em Moçambique, privilegia o
desenvolvimento económico local, através do reforço da capacidade de arrecadação de receitas e
de realização de despesas dos governos locais.
Entretanto, devido ao fraco nível de coleta de receitas dos municípios e órgãos locais do Estado
em Moçambique (cerca de 60% das receitas autárquicas são provenientes das transferências do
Estado). Diferentemente de alguns países, como por exemplo, a África do Sul (UCLG, 2007) e o
Brasil, nos quais o peso das receitas estaduais e municipais no Orçamento do Estado é bastante
significativo, devido ao seu grau de autonomia fiscal e experiência em matérias de
descentralização (Shah, 1994:44).
De acordo com Canhanga (2007) olhando a descentralização sob ponto de vista teológico, ela
permite a criação de condições para ultrapassar o défice democrático, reforça o desenvolvimento
local através da inclusão, justiça, e equilibrada distribuição de recursos pelos diferentes
segmentos da sociedade, garante a inclusão, valores e prioridades e uma melhoria de gestão de
projetos.
Canhanga, realça mais ainda, a visão da descentralização em termos pragmáticos, pois ela
organiza a participação dos cidadãos na solução dos problemas definidos a nível local, exigindo-
se aos governantes e funcionários desses níveis mais responsabilidade e qualidade dos serviços
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públicos locais, permitindo o alcance das metas, aumento da capacidade de definir e arrecadação
de receitas e realização de despesas.
Guambe (1998), advoga ao não julgamento do processo de descentralização como sendo fácil e
sem nenhuma desvantagem. O perigo mais eminente está no facto dos órgãos locais tornem-se
um contrapoder ao poder do Estado, desafiando-o mesmo nas questões de interesse nacional que
sempre terão de ser exclusivamente tratadas pelos órgãos do Estado.
Outro perigo centra-se na excessiva intervenção do Estado na gestão local mesmo depois a
descentralização. Algumas desvantagens que advém do processo de descentralização, é a fragiliz
ação da unidade nacional, geração de conflitos como sendo consequência da autonomização de
alguns espaços em relação ao governo central, e redução do sentimento nacionalista.
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De acordo com Macuane et al (2003, p.27), os argumentos principais para esta correlação são os
seguintes:
Desafios para o país, as prioridades definidas pelos programas sectoriais no âmbito de estratégias
de redução de pobreza;
As atividades de ONG’s e empresas privadas locais, em parceria com os governos locais, podem
ser uma força motriz na implementação de programas locais de redução de pobreza.”
Tal como em muitos países em vias de desenvolvimento, em Moçambique a maior parte dos
estudos e políticas sobre a descentralização e pobreza trata a pobreza numa perspetiva mais
economicista, referindo-se às condições de vida dos indivíduos ou à posição dos grupos
relativamente à distribuição do rendimento, às más condições de vida, aos baixos níveis de
instrução e qualificação profissional e ao emprego precário (MPF 2000; MPF 2001; MPD 2006).
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Investimento de Iniciativa Local (OIIL), vulgo ―Sete Milhões (o equivalente a 264 mil dólares),
adotado pelo governo moçambicano em 2006.
Para Kathyola, muitos países africanos registram fracassos na descentralização por não
conseguirem alocar os devidos recursos para o desenvolvimento rural. Muitos Internacional para
a Agricultura Tropical (IITA), o fraco orçamento da agricultura nos países pobres, sobretudo os
africanos, resulta de problemas na definição de prioridades em termos de disponibilização de
recursos. Este fato é exacerbado pelo longo tempo necessário até o investimento começar a
produzir um impacto visível.
Para Chale Issufo, a descentralização tem impactos positivos à nível local porque ela confere
autoridade à própria autoridade, para além de colocar a população mais próxima do nível e poder
de decisão. Por exemplo, - as populações já não precisam sair das suas aldeias para o gabinete
do administrador para expor os seus problemas.
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III: METODOLOGIA
O presente estudo, tomou um viés qualitativo, como descreve Richardson (2008) o mesmo
tornou-se vantajoso na medida em que é aplicado em estudos que descrevem a complexidade de
um determinado problema; mas também em compreender e interpretar certas variáveis; analisar e
classificar processos dinâmicos vividos por determinados grupos sociais, bem como nos estudos
que procuram o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.
3.3. Técnicas
A presente pesquisa foi desenvolvida em duas perspetivas sendo a primeira o uso do estudo
bibliográfico e o segundo o estudo documental.
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IV. CONCLUSÃO
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V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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