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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

Curso: Licenciatura em Pedagogia


Disciplina: História e Organização da Educação Brasileira
Professor: Matheus Pontes
Acadêmica: Alice Manpian Paes
Polo: Pontes e Lacerda/MT

Fichamento: História e Organização da Educação Brasileira (UAB/UFSM, 2013).

No contexto da segunda guerra mundial, em 1942, Getúlio Vargas,


estabeleceu no nosso país um regime ditatorial com ideais fascistas,
entretanto, houve um movimento contraditório quando as tropas brasileiras
P.53 eram contra o fascismo. Percebendo o clima favorável as ideias liberais
democráticas, Vargas reorganizou as medidas democráticas - no intuito de
ser reeleito - incentivando uma política nacionalista.

A Constituição Federal de 1946 é promulgada reestabelecendo o regime


democrático no país.
No governo de Juscelino Kubitschek vêm as multinacionais e a construção
de Brasília. Do governo de Jânio Quadros a turbulência do governo de João
Goulart interrompido pelo golpe militar de 64 urge a cultura popular, com
as contribuições da Bossa Nova, do Cinema Novo, a conquista da Copa do
P.54
mundo de futebol de 1958 e 1962.
A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN ou
LDB) 4024/61 foi criada em 1961, e a segunda em 1971 durante a ditadura
militar, que vigorou até a promulgação da atual LDB de 1996. Esta Lei é
discutida por treze anos por educadores e políticos sendo promulgada em
20/12/61.
Na década de cinqüenta e início da década de sessenta, como incentivo dos
políticos progressistas a população reivindicou reformas de base. As
entidades sindicais são criadas e os movimentos de educação popular,
destinados à alfabetização de adultos são organizados pelo governo federal,
P.55 destacando-se a Campanha de Educação de Adulto, o Movimento de
Educação de Base e o programa Nacional de Alfabetização. Principais
movimentos de Educação Popular deste período: Movimentos de Cultura
Popular (MCP) e De Pé no Chão também se Aprender a Ler, Movimento de
Educação de Base (MEB) e o Centro Popular de Cultura da UNE.
No governo do presidente João Goulart são criados os CFE (Centros
Federais de Educação, o PNE (Plano Nacional de Educação) cujo objetivo
era a erradicação do analfabetismo atendendo uma das exigências do
P.56 trabalho da Aliança para o Progresso, documento assinado em Punta Del
Este, no Uruguai, em 1961. Também foi criada a Comissão Nacional de
Alfabetização com o intuito de construir um Plano Nacional de
Alfabetização (PNA) e a Comissão de Cultura Popular e o (PNA) com o
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CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
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objetivo de implantar o sistema de Paulo Freire em todo o país atingindo


mais trabalhadores.
Em 1959 surge os Manifestos dos Educadores, com o com o objetivo de
acelerar as discussões da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
que já vinha sendo discutida desde 1946 a favor do ensino público
obrigatório gratuito e laico.
A Campanha de Defesa da Escola Pública foi organizada formalmente a
partir de 1960. Esta Campanha apresentou três grupos de correntes
filosóficas diferentes: o ideário liberal representado por Anísio Teixeira
inspirado de Dewey; o ideário liberal conservador de Roque Spencer
Maciel de Barros, João Villa Lobos inspirados em Immanuel Kant (1724-
1804) e o socialismo de Florestan Fernandes inspirado em Marx. Os dois
P. 57
primeiros grupos viam a educação pública não apenas como uma
ferramenta de promoção social, mas também, como um elemento
estabilizador de conflitos inerentes ao mundo moderno promovendo assim a
estabilidade social. Já para o terceiro grupo a educação pública deveria
democratizar a cultura para as classes trabalhadoras negando a educação da
iniciativa privada.
Conforme um dos analistas da nova LDB 9394/96, SAVIANI: “é notória a
relação entre educação e política. Diante, das discussões e análises
propostas é preciso refletir sobre o que há por trás dos fatos históricos, ou
P. 58 seja, os reais objetivos, interesses e motivos para determinados
posicionamentos políticos, filosóficos e pedagógicos. Compreender a
importância da reflexão-ação crítica histórico-social é o primeiro passo para
a construção de uma democracia mais justa e eqüitativa nos dias de hoje”.

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