Desenvolvimento Gerencial e Liderança Lilvro1
Desenvolvimento Gerencial e Liderança Lilvro1
Desenvolvimento Gerencial e Liderança Lilvro1
Gerencial e
Liderança
Indaial – 2023
2a Edição
Elaboração:
Prof.ª Catia Roberta Guillardi
258p.
ISBN 978-65-5646-620-0
ISBN Digital 978-65-5646-618-7
“Graduação - EaD”.
1. Desenvolvimento 2. Gerência 3. Liderança
CDD 658
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Caro acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Desenvolvimento Gerencial e
Liderança!
Desejo a você, uma ótima leitura e esperamos que o conteúdo deste livro possa
contribuir de forma dinâmica para sua evolução pessoal e profissional, tornando-o
qualificado e preparado para o mercado de trabalho.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................75
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................163
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 253
UNIDADE 1 -
GESTÃO DE CAPITAL
HUMANO DAS
ORGANIZAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tema de aprendizagem nesta unidade, você encontrará autoatividades com o
objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
PRINCÍPIOS, DIMENSÕES DE GESTÃO
E ESTILOS GERENCIAIS
1 INTRODUÇÃO
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes
ao longo desta unidade, ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver novas
competências pessoais e profissionais. Pronto para começar mais este tema?
Mas... antes de iniciarmos os principais conceitos desse assunto, que tal assistir
alguns vídeos para a abertura dos assuntos deste tema?
DICA
Você sabia que na gestão de empresas, há diversos termos que podem confundir
empreendedores: por exemplo, missão, visão e valores; todos muito importantes.
Fernando Ceglio, consultor da People+Strategy, explica neste vídeo para
empreendedores o que representam esses três conceitos dentro de um negócio – e
por que motivo você deveria saber isso. Para entender melhor esse conceito, assista
ao vídeo “Por que missão, visão e valores de uma empresa importam?”, no portal
Exame, e entenda como ele ocorre em nosso cérebro. Acesse o link: https://www.
youtube.com/watch?v=VNyfRW2kPEE.
Para saber mais sobre esse assunto, assista também ao vídeo: “Por que missão, visão e valores
de uma empresa importam?”, no portal Administradores, acessando o link: https://www.
youtube.com/watch?v=dMWpTeYXMAA.
Se você prefere fazer uma leitura, para saber mais sobre os princípios de gestão, os valores
organizacionais, leia o artigo “Cultura colaborativa alinha valores de empresas e pessoas”,
e acesse o link: https://rhpravoce.com.br/colab/cultura-colaborativa-alinha-valores-de-
empresas-e-pessoas/ e leia a matéria completa. Boa leitura!
3
2 PRINCÍPIOS DE GESTÃO
Olá, acadêmico! Neste tema de aprendizagem, nós vamos tratar dos princípios
de gestão mais especificamente os que traduzem e moldam a cultura da organização.
Primeiramente, vamos analisar qual é o papel desses princípios e seu impacto na cultura
organizacional. Afinal, cada organização desenvolve a sua própria cultura e define suas
formas de administrar suas equipes de trabalho. Vamos conferir?
Então... como a organização aplica esses princípios? Ela adota mecanismos que
fortaleçam sua missão, visão e valores organizacionais. Uma empresa que adota
princípios de gestão compreensíveis, tende a apresentar clareza e agilidade em seu
processo decisório, proporcionando maior autonomia aos membros de suas equipes.
4
2.2 A CULTURA ORGANIZACIONAL E SEUS PRINCÍPIOS DE GESTÃO
Então... como os princípios de gestão impactam com a cultura organizacional,
e vice-versa? A cultura organizacional é a responsável por manter a comunicação e
facilitar que a identidade organizacional, ou seja, a missão, visão e valores da empresa,
tendo o papel de repassar a cada geração, além disso, ela é o agente facilitador para
que esta seja do conhecimento de todos e que seja aplicada na prática por todos os
empregados da organização (PONTE, 2022).
Como são compartilhados esses princípios de gestão? Podem ser por meio
da missão (mission), visão (vision) e dos valores (values) organizacionais, conforme
demonstra a figura “Missão, visão e valores”.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/icone-de-visao-e-valores-da-missao-missao-da-organiza-
cao-conceitos-de-sucesso-e-crescimento-design-plano-ilustracao-vetorial_27005677.htm#query=mis-
sao&position=22&from_view=keyword&track=sph. Acesso em: 17 jan. 2023.
5
• Valores organizacionais: são comportamentos, atitudes e até mesmo crenças
ligadas à personalidade da empresa, como a sua filosofia, as práticas e pensamento
que definem um conjunto de diretrizes a ser seguido pela organização como um todo.
Eles demonstram o compromisso da organização diante da sociedade, incluindo
todos os indivíduos que tenham interesse ou não nos seus produtos e serviços,
mas que de alguma forma são afetados pelas operações internas e externas da
Organização. Podem também serem conhecidos pelos princípios éticos ou morais,
orientando e definindo a conduta dos empregados e como a organização precisa se
comportar diante dos seus clientes, fornecedores e os demais indivíduos com as quais
a organização tem contato direta ou indiretamente, ou seja, os seus stakeholders
(CARVALHO et al., 2019).
INTERESSANTE
Princípios de Gestão do Grupo Meta (Facebook). Que tal conhecer
alguns exemplos de princípios de gestão compartilhados pela cultura
da empresa. Você pode conhecer a Missão, a Visão e Valores do grupo
Meta, acessando o link: https://about.meta.com/br/company-info/.
E os princípios do Grupo Globo de televisão? Conheça a Missão, a
Visão e Valores, acessando o link: http://www.essenciaglobo.com.br/.
Conheça também os princípios de gestão do Grupo Toyota do Brasil,
de automóveis, acessando o link: https://www.toyotacomunica.com.
br/companhia/institucional/.
DICA
Você conhece algum exemplo de missão ou visão organizacional? Geralmente
são compartilhados por meio da cultura organizacional, nos programas
de “Integração de Novos Empregados” ou nos próprios sites das empresas.
Gostaria de conhecer alguns deles? Leia o artigo “Exemplos de Missão, Visão e
Valores para você se inspirar”, acessando o link: https://certificacaoiso.com.br/
missao-visao-valores/. Boa leitura!
Não é difícil, não acha? Agora para que você entenda melhor como a gestão
atua, é preciso conhecer quais fatores afetam suas decisões no ambiente de trabalho,
assim como os seus estilos de gestão. Vamos lá!
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3 DIMENSÕES DE GESTÃO E ESTILOS GERENCIAIS
Agora que você já conheceu os princípios fundamentais a respeito da gestão
organizacional, que tal se aprofundar nos aspectos relacionados a sua dimensão e
estilos? Como você já deve ter percebido, assim como as pessoas são diferentes entre
si, assim também são as organizações. Tamanho, segmento, cultura, valores, política
interna, objetivos organizacionais, são apenas alguns dos fatores que influenciam em
suas dimensões e estilos de gestão. Vamos conferir?
DICA
Nem sempre o estilo mais adotado, significa que é o correto. O colunista Rafael
Souto fala que os chefes precisam dar liberdade para que os funcionários
possam mudar de área e crescer na empresa. Escolher e aplicar o estilo de
gestão mais adequado é uma responsabilidade dos gestores. Para ler mais
sobre esse assunto, leia o artigo “Impor o medo é modelo de gestão preferido
da liderança“, acessando o link: https://valor.globo.com/carreira/coluna/impor-
o-medo-e-modelo-de-gestao-preferido-da-lideranca.ghtml. Boa leitura!
ATENÇÃO
Estilo de gestão. É representado pelo conjunto de características recorrentes que estão associadas
com o processo decisório da empresa ou gerentes individuais, ou seja, como administrar os tipos
de informações que devem ser usadas no processo de resolução de problemas e
tomada de decisões. Refle na manifestação das características de se administrar
a interação entre as pessoas e entre pessoas e a estrutura, de um ou coletivo
de gestores de uma determinada organização, utilizando-se dos seus processos
cognitivos que refletem todas suas atividades (THIAGO & KUBO, 2020).
7
Assim, esses estilos e dimensões de gestão devem estar alinhados ao
desempenho e crescimento organizacional, identificando habilidades e novas
oportunidades que gerem uma vantagem competitiva entre as organizações. Essas
dimensões de gestão são classificadas em seis, segundo Mello e Leão (2005). Veja no
Quadro “Dimensões de Gestão”, quais são elas:
Dimensão Indicadores
Inovatividade (grau de Investir em pesquisa e desenvolvimento.
novidade da inovação) Introduzir novos produtos ou serviços nos últimos três anos.
Buscar formas diferentes para realizar ações e solucionar problemas.
Assumir Riscos Atuar em projetos de alto risco.
Enfrentar situações de risco para explorar oportunidades.
Realizar empréstimos financeiros.
Proatividade Ser pioneiro na implementação de produtos e/ou serviços/tecnologias.
Ter iniciativas que causam reações na concorrência.
Monitorar constantemente as necessidades dos clientes.
Autonomia Incentivar a criatividade e as ações independentes nos empregados.
Possuir equipes autônomas.
Disponibilizamos informações importantes para os empregados.
A g r e s s i v i d a d e Buscar constante participação de mercado.
Competitiva Monitorar e reagir à ameaça dos concorrentes.
Enfrentar a competição, tirando o concorrente do mercado.
Rede de Relações Celebrar parcerias e/ou acordos de cooperação.
Adotar estratégias deliberadas para influenciar os outros.
Participar regularmente de reuniões sociais e encontros empresariais.
8
para mercados. É possível identificar o grau de inovatividade ocorrido na sua gestão?
Sim, analisando os investimentos realizados nesses fatores descritos (MELLO; LEÃO,
2005).
Veja que em relação a assumir riscos, a organização tende a assumir projetos com
certo grau de risco, adotando uma postura agressiva, buscando novas oportunidades
ou situações com potencial que possam proporcionar altos retornos financeiros para o
crescimento organizacional (MELLO; LEÃO, 2005).
Com relação à autonomia, note que ela se refere ao nível de liberdade que as
pessoas apresentam no processo decisório, da independência das equipes em participar
das decisões, e apresentar inovações, novas ideias, com maior liberdade (MELLO; LEÃO,
2005).
9
QUADRO 2 – DIMENSÕES E ESTILOS NA PRÁTICA DA GESTÃO
Gostou do que vimos até aqui? Não existem fórmulas mágicas na gestão de
uma organização! Lembre-se de que a organização deve desenvolver suas estratégias
com base em sua missão, visão e valores organizacionais. Além disso, existem várias
formas de administrar uma organização, levando em conta os estilos e dimensões de
gestão adotados, sua maneira de conduzir seus recursos para alcançar seus objetivos.
Reflita sobre isso. Aliás, liderança e gestão fazem parte do nosso próximo assunto.
Antes, vamos recapitular o que foi aprendido neste Tema? Vamos lá!
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
11
AUTOATIVIDADE
1 “Desde 1976, a missão da Motorola é entender o consumidor brasileiro e entregar a
melhor experiência nos melhores dispositivos. Oferecendo produtos com grande
qualidade para atender a todas as necessidades dos consumidores”.
FONTE: https://www.hellomoto.com.br/as-grandes-
inovacoes-da-motorola/#:~:text=Desde%201976%2C%20
a%20miss%C3%A3o%20da,todas%20as%20necessidades%20
dos%20consumidores. Acesso em: 17 jan. 2023.
Assim como a Motorola, diversas empresas definem a cultura que desejam ser
predominante em sua organização. Ela é responsável por manter a comunicação
e facilitar a identidade organizacional, fazendo com que a missão, visão e valores da
empresa tenham o papel de repassar a cada geração. Assim, com base na cultura
organizacional, assinale a alternativa CORRETA:
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I- A inovatividade tem como indicador o investimento em pesquisa e desenvolvimento.
II- A proatividade tem como indicador as iniciativas que causam reações na concorrência.
III- A autonomia tem como indicador a adoção de equipes autônomas.
13
5 As organizações existem com um papel na sociedade, atuando junto aos seus
stakeholders, com a missão de oferecer produtos/serviços que satisfação seus
clientes/consumidores. Para cumprir esse papel, a organização deve adotar estilos
e dimensões que orientem e deem suporte na tomada de decisão, nas práticas de
gestão de pessoas, nas estratégias de competitividade e produtividade.
14
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
LIDERANÇA E GESTÃO NAS
ORGANIZAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
No tema anterior, trabalhamos com os diversos conceitos sobre os princípios,
dimensões e estilos de gestão, e concluímos que as formas de adoção de cada modelo de
gestão, pode variar de acordo com o contexto em que a organização se encontra. Esses
contextos são relevantes ao presente tema. Neste tema, vamos abordar a respeito de dois
assuntos importantes e necessários na liderança e na gestão das organizações.
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes
ao longo desta unidade, ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver novas
competências pessoais e profissionais. Pronto para começar mais este tema?
Mas... antes de iniciarmos os principais conceitos desse assunto, que tal assistir a
alguns vídeos para a abertura deste tema?
15
DICA
Você sabia que existem diversos estilos de líder nas organizações? Os nomes
de cada estilo de liderança podem variar, mas suas características de liderança
se resumem em basicamente cinco estilos. O consultor Eduardo Ferraz, explica
no Site Exame, os diferentes estilos de liderança. Confira quais características
vão ao encontro do seu perfil, e acesse o link: https://www.youtube.com/
watch?v=DCF3SlKdrhE.
Se você prefere fazer outra leitura, leia o artigo “Como saber se você é mesmo
um líder de verdade?”, de Reinaldo Polito, na coluna do UOL, acessando
o link: https://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/reinaldo-
polito/2017/12/25/lideranca-corporativa-lider-estilo-falar-ouvir-delegar.htm.
Boa leitura!
2.1 LIDERANÇA
O que é ser um líder? Líder e gestor são sinônimos? Apesar de muitos
confundirem esses termos, cada um tem a sua função. Liderar, gerir, gerenciar têm
significados diferenciados e funções específicas. Se você ainda não tem habilidades de
um líder, e pretende ser um bom gestor, vai precisar desenvolvê-las. Isso mesmo! Que
tal aprender como identificar e desenvolver cada uma delas? Vamos conferir?
ATENÇÃO
Liderança “É a influência que um indivíduo exerce sobre outras pessoas
de um grupo, em determinadas situações, para que dado propósito seja
atingido. Portanto, há um líder (influenciador), os liderados (influenciados) e
um comportamento a afetar (influenciar)" (ESCORSIN; WALGER, 2017, p. 30).
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Entenda que nem todo líder tem autoridade de comando formal, por meio de
um cargo gerencial ou de gestão. Isso mesmo, e nem todo gerente ou gestor influencia
informalmente seus liderados. Em outras palavras, nem todo gerente ou gestor é um
líder e nem todo líder é um gestor ou gerente. Mas, como isso acontece?
Você pode não ter um cargo de autoridade formal, mas pode ter a capacidade
de influenciar as pessoas ao seu redor, em seu grupo familiar, de amigos ou de trabalho,
são os líderes informais, que conseguem ter seguidores. Veja o exemplo a seguir:
Vamos imaginar que você trabalha em uma equipe de pessoas, onde todos
têm os cargos com o mesmo nível hierárquico. Todos são subordinados ao mesmo
gerente, respeitando a liderança dada pela autoridade formal. Nessa equipe, você tem
a capacidade de influenciar os colegas, sempre que necessário e eles aceitam essa
influência. Em caso de problemas ou dúvidas que surjam na equipe, você é o escolhido
pelos colegas, para representá-los informalmente perante o gerente e discutir esses
assuntos. Isso é uma situação de liderança, no qual você é um líder informal.
Note que o oposto também existe. Você pode ter um cargo de gerente, com
autoridade formal em uma organização. Ter uma equipe formada por subordinados que
respondem a você. Isso não significa que você tem a capacidade de influenciá-los, mas
sim a autoridade formal que o cargo permite na cobrança de deveres e obrigações do
empregado. Diferentemente do líder, que é capaz de influenciar para que eles façam algo
espontaneamente, sem ser obrigação. Neste exemplo, a situação é de gerenciamento
ou de gestão, no qual você é um líder formal.
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ATENÇÃO
Liderança formal e informal. A liderança formal ocorre quando a pessoa
se torna líder por ter de passar a ocupar uma posição ou um cargo que lhe
confere autoridade. A liderança informal, ocorre quando a pessoa exerce
a liderança independentemente do cargo que ocupa ou da estrutura da
organização, é um líder que surge naturalmente dentro de um grupo
(ESCORSIN; WALGER, 2017).
INTERESSANTE
Liderança e equilíbrio. Demonstrar limitações não pode ser confundido
com falta de autocontrole ou de inteligência emocional, e gestores
precisam ficar atentos à questão. É importante que os gestores se
posicionem ao lado dos liderados, mostrando o caminho e facilitando
o percurso para que as pessoas cheguem lá. Para saber mais sobre
o assunto, leia o artigo “Liderança: o limite entre ser seguro e revelar
a própria vulnerabilidade”. Acesse o link: https://vocerh.abril.com.br/
coluna/isis-borge/lideranca-o-limite-entre-ser-seguro-e-revelar-a-
propria-vulnerabilidade/ e leia a matéria completa. Boa leitura!
18
Então, também existe diferença entre chefe e líder? Sim, são situações
distintas. Entenda que chefe pode representar um cargo de liderança formal, em nível
mediano, com representação no organograma. É também uma palavra utilizada de forma
pejorativa, quando aplicada erroneamente, com a finalidade de indicar autoritarismo e
poder.
Um líder dá o exemplo, mostra o caminho, orienta seus liderados, para que cada
um demonstre seu valor, com dedicação e esforço, unidos na mesma direção, conforme
demonstra a figura “Líder: um guia para a sua equipe”.
FONTE: https://br.freepik.com/fotos-gratis/papeis-de-negocios-de-natureza-morta-com-varios-peo-
es_24749565.htm#page=2&query=chefe%20ou%20l%C3%ADder&position=10&from_view=search&-
track=ais. Acesso em: 17 jan. 2023.
19
IMPORTANTE
Bases de poder e sua influência. São classificadas em formas de comando:
Poder legítimo – poder com base na posição hierárquica. Capacidade de
vincular certos sentimentos de obrigação ou noção de responsabilidade
à gestão. Recompensar e punir funcionários pode ser visto como uma
parte legítima do papel de liderança formal ou designado. A maioria dos
gerentes nas organizações executa algum grau de recompensa e punição.
Poder coercitivo – poder com base na coerção e no temor, ou seja,
alguém é forçado a fazer algo contra sua vontade. Seu principal objetivo é
a obediência. Ocorre quando a submissão não é obtida. Envolve ameaças
em sua forma de liderança, incluindo ameaças de demissão.
Poder de recompensa – poder com base na remompensa. Valoriza ou
recompensa positivamente os bons resultados de seus subordinados.
Entretanto, com o tempo, tende a exigir maiores recompensas. Aplicado-
se incorretamente, implica insatisfação com as recompensas resultando
na perda de sua eficiencia.
Poder de perícia (ou competência) – poder com base no conhecimento,
no talento, na experiência, em suas competências. São muito inteligentes
e confiam em seu poder para realizar várias funções e responsabilidades
organizacionais. Se adotado juntamente com o poder de recompensa da
maneira correta, pode ser muito eficiente.
Poder de referência (ou transferência) – poder com base na aceitação,
admiração ou no carisma. O líder é visto como um exemplo, modelo.
Tende a fazer que seu subordinado gostar de você. Se adotado junto a
outras formas de poder, pode ser muito útil, geralmente adotado por
celebridades como uma forma de poder em relação aos fãs (ESCORSIN;
WALGER, 2017).
Então? Conseguiu entender a diferença entre líder e chefe? E os tipos de poder que
lhe podem proporcionar a liderança? Antes de chegar a alguma conclusão, será que
você sabe como um líder deve se comportar? Quais competências deve desenvolver?
Então vamos por partes! Existem soft skills e hard skills, comportamentos, habilidades,
atitudes, ou seja, competências que são fundamentais para quem exerce uma posição
de liderança. Para que você conheça e entenda como isso funciona, é necessário que
conheça as teorias da liderança e como elas atuam no indivíduo.
20
Teoria Definição
21
IMPORTANTE
Soft e Hard Skills. As hard skills representam um conjunto de aptidões
técnicas que uma pessoa possui para desenvolver uma certa
tarefa, suas habilidades, competências que consideramos técnicas,
específicas, que enfatizam o “saber-fazer” e estão associadas com a
atividade profissional desenvolvida. Essas competências podem ser
aprendidas e facilmente quantificadas, são tangíveis, mensuráveis
e comprovadas, através de um diploma acadêmico, por exemplo.
No caso das soft skills, elas representam os traços de caráter,
atitudes, as habilidades pessoais intangíveis, específicas da
personalidade que determinam os pontos fortes de um líder. Incluem
competências como comunicação, capacidade de trabalhar em
equipe, adaptabilidade. São difíceis de adquirir ou desenvolver, mas
são essenciais na vida profissional, orientadas para a comunicação,
liderança e orientação resultados, por exemplo (TRAVASSOS, 2019).
FONTE: https://br.freepik.com/vetores-gratis/empresarios-trabalham-no-crescimento-do-lucro-financeiro-
-e-no-conjunto-de-carreiras-empresario-dos-desenhos-animados-com-o-lider-da-taca-de-ouro-cultivan-
do-uma-lampada_24023044.htm#page=2&query=soft%20skill%20e%20hard%20skill&position=49&-
from_view=search&track=ais. Acesso em: 17 jan. 2023.
Note que para que isso aconteça, é necessário analisar e classificar as Soft e Hard Skill,
as competências e os papéis de liderança, que atuam na gestão das organizações,
conforme demonstrado na figura “Soft e Hard Skills no desenvolvimento de pessoas”.
Lembrando que quando falamos de competências, estamos falando de habilidades e
conhecimentos técnicos e conceituais, específicos e atitudes:
22
DICA
Você já deve ter percebido que o mercado está mudando e está cada vez
mais competitivo, ainda mais após a pandemia do Covid-19, que trouxe a
necessidade de novas soft e hard skills, exigindo que o profissional esteja
preparado para atuar em diversas áreas e com diferentes habilidades. Então,
que tal saber mais sobre as hard e soft skills? Leia a matéria completa nos
artigos “Hard skills ou soft skills: o que o mercado está buscando?”, acessando
o link: https://www.infomoney.com.br/colunistas/dener-lippert/hard-skills-ou-
soft-skills-o-que-o-mercado-esta-buscando/ da INFOMONEY e o artigo “Você
pode ser o que quiser (e onde quiser) se tiver os soft skills corretos”, sobre as
habilidades socioemocionais têm sido cada vez mais valorizadas no mercado
de trabalho, da Revista EXAME. Boa leitura
Assim, para que você conheça essas 24 competências de gestão (Soft e Hard Skills),
observe e analise o Quadro “Modelos dos Valores Contrastantes para a Inovação”, que
apresenta as competências voltadas para a Inovação.
Competências Papeis
Conviver com a mudança
Pensamento criativo Inovador
A Gestão da mudança
Criar e manter uma base de poder
Negociar acordos e compromissos Negociador
Apresentar ideias
Competências Papéis
Planificação
Organização e desenho Coordenador
Controle
Reduzir a sobrecarga de informação
Analisar a informação criticamente Monitor
Apresentar a informação
FONTE: adaptado de Quinn et al. (2003)
23
Papéis gerenciais com base em modelos das metas racionais.
Veja que quando as competências são voltadas para as regras, a liderança novamente
assume outros papéis, conforme pode ser visto no Quadro “Modelos dos Valores
Contrastantes: orientados para as Regras”.
Competências Papéis
Planificação
Organização e desenho Coordenador
Controle
Reduzir a sobrecarga de informação
Analisar a informação criticamente Monitor
Apresentar a informação
Competências Papéis
Criação de equipes
Tomada de decisões participativa Facilitador
Gestão do conflito
Autocompreensão e compreensão
dos outros
Comunicação interpessoal Mentor
Desenvolvimento dos subordinados
24
que tipo de líder você não quer se tornar? Afinal, todos nós se já não tivemos ou teremos
um líder o qual nos marcou e não nos esqueceremos, sejam por suas ações positivas,
um modelo, um exemplo de liderança, ou talvez pela péssima experiência, de um líder
ineficiente e péssimo exemplo a se seguir. O estilo de liderança adotado pelo líder pode
influenciar positiva ou negativamente os seus liderados.
Assim, o exercício de liderança é representado pelas características pessoais e
comportamentais dos gestores, gerando o estilo de liderança, adotado para comunicar
o que é necessário ser realizado e quais os esforços necessários para que a organização
alcance seus objetivos. É a forma pela qual os gestores influenciam seus subordinados,
por meio de valores, crenças e objetivos (DELLA GIUSTINA, GASPARETTO; LUNKES, 2020).
ATENÇÂO
GRID de liderança ou gerencial. Foi desenvolvido por Blake e Mouton,
formado por cinco pontos de referência para as atitudes e práticas gerenciais,
representando as dimensões encontradas em Ohio e Michigan. Adotada
por diversas organizações com a finalidade de entender o comportamento
do líder, baseada nos estilos que são voltados às pessoas e aos voltados à
produção. Resulta em 81 posições diferentes, nas quais se pode colocar o
estilo de liderança. Apresenta fatores dominantes na forma de pensar do líder
em relação ao alcance de resultados.
A liderança é mais eficiente na medida em que é possível equilibrar o grau de
preocupação com as pessoas com o grau de preocupação com a produção
(ROBBINS at al. 2010).
Segundo Soares (2015), a Figura “GRID de Liderança ou GRID Gerencial” foi criada por
Robert R. Blake e Jane Mouton em 1964, demonstrando o grau de liderança por meio
de diferentes variações e combinações de estilos de liderança. O GRID apresenta os
cinco principais estilos de liderança denominados:
25
• Gerência Empobrecida no quadrante 1,1. Preocupação mínima com a tarefa e com
as pessoas, demonstrando que o líder desempenha uma gestão empobrecida. Tipo
Laissez-faire;
• Gerência de Country Club (Clube Campestre) no quadrante 1,9. Preocupação
máxima com as pessoas e mínima com a produção, demonstrando que o líder faz do
ambiente do trabalho um “Clube de Campo”;
• Gerência Meio Termo ou do Homem Organizacional, no quadrante 5,5. Preocupação
equilibrada entre tarefa e pessoas;
• Gerência de Tarefas ou Obediência a Autoridade, no quadrante 9,1. Preocupação
máxima com a tarefa e mínima com as pessoas; e
• Gerência em Equipe, no quadrante 9,9. Preocupação máxima com a tarefa e com
as pessoas.
Que tal conhecer alguns estilos de liderar uma equipe? Vamos lá! Note que o estilo
de liderança está relacionado com a cultura organizacional, com o comprometimento
e o desempenho organizacional, e influencia o processo de melhoria contínua assim
como o nível de satisfação e o bem-estar dos liderados.
26
QUADRO 8 – ESTILOS TRADICIONAIS DE LIDERANÇA
Estilo Atuação
Autocrático ou Autoritário Foco nas tarefas. Dita as normas e as regras, define quais as
ou Coercitivo ou Diretivo tarefas e quem vai realiza-las. Toma decisões individuais sem
considerar a opinião dos liderados.
Tende a ser pessoal e nem sempre objetivo em suas críticas
e elogios.
Pode gerar medo ou desconforto nos liderados.
Democrático ou Foco nas relações pessoais. Compartilha interesses e
Participativo ou Consultivo responsabilidades com seus liderados. Participação dos
liderados no processo decisório, estimula, orienta, acata e
ouve as opiniões. É ponderado antes de agir.
Tende a ser impessoal e objetivo em suas críticas e elogios.
Pode gerar maior integração e entusiasmo nos liderados.
Permissivo ou Laissesz-faire Foco na autonomia. Dispensa supervisão, ganhando liberdade
(deixa fazer) para atuar. Há delegação do líder e maturidade do grupo.
Note que o foco aqui é na situação. O líder reage de acordo com as diferentes
situações do cotidiano, adotando um estilo adequado para cada situação. Assim, seu
foco tem flexibilidade entre ser na tarefa, no comportamento do relacionamento e no
nível de maturidade do liderado.
27
QUADRO 9 – ESTILOS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA
Estilo Atuação
Líder Carismático Inspira em seus liderados a confiança, aceitação incondicional,
obediência espontânea e envolvimento emocional. É visto por seus
liderados como alguém que possui qualidades excepcionais.
Líder Executivo Surge por causa da busca das organizações pela obtenção da ordem,
ele costuma possuir muitas habilidades técnicas, conhecimentos,
competências.
Líder Coercitivo Exerce a liderança através da coerção, violência, que pode ser verbal ou
física. Seu relacionamento com liderado é instável.
Quando delega tarefas, fica controlando, acompanhando de perto e
cobrando resultados. Provocam medo e trabalham com punições.
Líder Educativo Costuma dar o exemplo, e seus liderados têm uma relação de
responsabilidade com o trabalho. É onde existe abertura para troca de
conhecimentos não apenas técnicos, mas também humanos.
Líder Inspirador Raramente precisa dar ordens a seus liderados, eles se sentem atraídos
pela figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário.
FONTE: adaptado de Abi Rached, do Nascimento Santos e Ferreira (2020, p. 5-6)
INTERESSANTE
Liderança Coach. Influenciada pelo processo de coaching, busca o
desenvolvimento da liderança. O líder coach estimula o aprendizado
pessoal e profissional de seus liderados, contribuindo para o
crescimento humano. Tem foco nas pessoas, estimulando seus
liderados a desenvolver a autoliderança e o autoconhecimento,
ajudando a equipe a superar suas metas.
Sua liderança é por meio de perguntas, e não de respostas, além
de se colocar em situação de igualdade com seu liderado. Eleva
o comprometimento dos liderados em relação aos processos e
alcança melhores resultados (ESCORSIN; WALGER, 2017).
28
Note que este estilo apresenta uma perspectiva sobre influência do líder em relação ao
ambiente de trabalho e a cultura organizacional.
Estilo Atuação
Transformacional ou Perfil visionário a longo prazo, capaz de inspirar e delegar poder
Carismático aos outros com sua visão, fortalecendo e influenciando os
outros, ambas com o olhar para as metas e objetivos propostos,
em uma visão macro da organização.
Base em valores, onde o líder identifica quais são os valores
comuns de si e de seus liderados, bem como os valores
organizacionais.
Caracterizado por ações transformadoras, que buscam melhorar a
percepção dos indivíduos sobre a importância das atividades rea-
lizadas e do trabalho, para que se envolvam efetivamente com a
causa da organização e atuem em prol do alcance de suas metas.
Gera motivação, compreensão, confiança, respeito, colaboração
e comprometimento no vínculo entre o líder e o liderado. Como
resultado utiliza o potencial máximo de seus liderados e alcance
dos objetivos organizacionais.
Transacional Caracterizado como o gestor tradicional, aquele que foca seu
trabalho com as operações do cotidiano, onde o líder promove
o cumprimento dos seus liderados através de recompensas e
punições.
O gestor é um chefe e não propriamente um líder.
Suas táticas são pautadas na obediência às regras e cumprimento
das metas estabelecidas, com foco na recompensa proporcional
ao desempenho.
Interacional Tem como base a relação entre personalidade do líder e a
situação ou problema a ser gerenciado.
Tende a solucionar problemas, trazer o foco dos resultados em
equipe, direciona o cuidado com a boa comunicação, demons-
tração de imparcialidade, competência, segurança e criativida-
de do líder, além claro, da identificação do grupo pelo líder.
A autoridade por titulação ou cargo é insuficiente e ineficaz
para moldar uma força de trabalho cujos subordinados são
estimulados a pensar por si próprios e em que o gestor precisa
atuar de maneira sinérgica com esses trabalhadores.
29
INTERESSANTE
Estilos de liderança no Brasil: prós e contras.
Uma pesquisa, realizada pela empresa Hay Group, aponta que não
existe um estilo perfeito, e que os brasileiros tendem a adotar os
estilos autoritário e democrático. Veja os resultados.
Coercitivo. Prós: funciona bem quando a situação é crítica, de
emergência. Contras: inibe a criatividade e a liberdade de agir.
Dirigente. Prós: transparente e motivacional. Busca engajar pessoas
para que elas sintam vontade de seguir suas orientações. Contras:
não é o mais adequado em momentos de crise, em que as decisões
devem ser rápidas.
Afetivo. Prós: com seu interesse puro nas pessoas, cria harmonia e
proximidade na equipe. Contra: pode ser confundido com “paizão”,
por isso evitar protecionismos.
Democrático. Prós: cria ambientes de alto desempenho, compartilha
responsabilidades, gera construção coletiva. Contras: indicado para
equipes experientes, pois a inexperiência prejudica alcançar os
resultados.
Modelador. Prós: detalhista, acelera o desenvolvimento das pessoas,
elevando qualidade dos produtos. Contras: sufoca a criatividade e
quem não segue seu modelo.
Treinador. Prós: bom para a formação de novos líderes. Gostam
de conhecer, conversar com seus liderados. Contras: assumem
grandes riscos e impedem que os liderados evoluam naturalmente.
(FONTE: SOARES, 2015, p. 72-73).
Você já deve ter ouvido o ditado popular “Chefe não comete erros, comete equívocos”,
afinal, o gestor também é humano, também comete erros, faz parte de sua liderança.
Como você viu anteriormente, os estilos de liderança são vários e podem ser usados de
forma flexível, alternados ou em conjunto.
Então... quando você escolhe o estilo certo, o que se adéqua às necessidades
da organização, do grupo e de cada liderado, isso é muito bom, é uma escolha
eficaz e eficiente. Uma liderança competente deve alcançar suas metas e objetivos
organizacionais, mas, infelizmente, é passível de cometer erros. Afinal, os líderes
também são pessoas, são humanos. O importante é estar sempre preparado para as
adversidades que possam surgir.
Quais seriam os principais erros que são cometidos no uso desses estilos?
Segundo (MANDELLI; LORIGGIO, 2017), são três os principais erros no uso dos estilos.
• Micro gestão – exagero de direção ou de apoio. Ocorre quando o líder se aproxima
demais do liderado, controlando tudo e deixando-o em uma situação sufocante.
• Distanciamento – falta de direção ou de apoio. Ocorre quando o líder se afasta do
liderado, esperando que encontre sozinho as respostas, sem oferecer orientação ou
direção.
• Superprodução – excesso de direção ou de apoio. Ocorre quando o líder protege o liderado
de passar por riscos, impedindo o seu desenvolvimento, prejudicando sua evolução.
30
Mas existe um estilo de liderança ideal? Se você analisar e refletir cada um dos estilos
apresentados, perceberá que não é comum um líder apresentar um único estilo de
liderança, assim como não existe um único estilo de liderança que é o ideal a ser adotado
pelo líder.
ATENÇÃO
Falhas na liderança. Entre as principais falhas de um líder, está na atitude
de ser centralizador, evitando delegar tarefas, e o desenvolvimento da
equipe.
Outro aspecto é não motivar ou estimular seus subordinados, se
acomodando à situação.
Falta de feedbacks, é outro problema, escutar o que sua equipe tem
para falar.
O egoísmo é outro problema, não compartilhar as vitórias, apenas os
fracassos com sua equipe.
Vê o treinamento apenas como custo, não desenvolvendo a sua equipe
para futuras sucessões.
A falta de continuar a se desenvolver, também é um problema, evita
novos treinamentos ou desenvolver novas competências, acomodando-
se (ESCORSIN; WALGER, 2017, p. 28).
31
Essa escolha pode variar de um gestor para outro e tende a ser flexível e pode
ser adotada de forma conjunta. Que tal conhecer algumas delas? Vamos conferir?
Por isso o impacto dessa escolha pela liderança é grande, pois suas
consequências são vitais para os resultados e o futuro da organização. Veja no Quadro
“Instrumentos de Gestão” quais são os principais:
32
QUADRO 11 – INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Instrumento Função
Tradicionais
Custeio padrão Instrumento que aprimora o planejamento, o controle e a
avaliação de desempenho.
33
Notou a diferença? Segundo Gonçalves, Moura e Januário (2020), nas últimas
três décadas, os instrumentos gerenciais tradicionais estão se tornando obsoletos
por não serem mais considerados adequados em alguns processos organizacionais.
No entanto, o uso dos instrumentos gerenciais contemporâneos vem crescendo, com
melhor adaptação ao ambiente de negócios competitivo do século XXI, mais eficazes
em elevar a capacidade da organização de atender aos seus objetivos estratégicos,
proporcionando uma competição mercadológica em nível internacional. (GONÇALVES;
MOURA; JANUÁRIO (2020).
DICA
KPI: Instrumento de desempenho. Indicadores de Performance de
Processos (em inglês, KPI – Key Perfomance Indicator) é um dos
instrumentos de gestão mais adotados pelo mundo, aplicados pelos
líderes e gestores para melhorar o desempenho de sua equipe,
identificando os gargalos de produção e falhas em processos,
monitorando o desempenho do departamento ou de toda a empresa. O
KPI permite ao gestor mensurar se os objetivos esperados pela aplicação
de uma estratégia estão sendo alcançados. Os KPIs mais utilizados pela
gestão são: indicadores de capacidade, valor, qualidade, lucratividade,
competitividade e rentabilidade. Para saber mais, leia o artigo: “Mentoria
para Líderes e Seus Impactos nos KPIs”, acessando o link: https://www.
cloudcoaching.com.br/mentoria-para-lideres-e-seus-impactos-nos-kpis/.
Boa leitura!
Agora que você conheceu os principais instrumentos de gestão, que tal entender como
a liderança causa impacto nesses instrumentos? Vejamos.
Até que ponto você se sentiu influenciado pelo seu líder? Como isso impactou
no desempenho da equipe? E em relação aos instrumentos de gestão? Para responder
a essas questões, vamos analisar os principais aspectos que envolvem o assunto.
34
Note que existe uma diferença entre exigir e estimular a aplicação desses
instrumentos. Pela posição hierárquica, a autoridade dada pelo cargo, permite exigir,
cobrar a realização das atividades, das responsabilidades, assim como dos instrumentos
que deseja adotar em sua gestão.
Se você quiser seguir outro caminho, pode criar o mesmo impacto ou até
superior, se optar por uma liderança em que prefere angariar apoio em vez de dar
ordens, que prefere conquistar o compromisso em vez de impor obediência, ou seja,
manter a credibilidade em decorrência de suas ações ao desafiar, inspirar, permitir, guiar
e encorajar (PAES et al., 2021).
Veja que além desses fatores existem outros que causam impactos na escolha
dos instrumentos de gestão. Esses impactos são resultados de ações como: (PAES
et al., 2021, p. 116-117).
• Dar direção e significado para a equipe, cada membro subordinado deve saber e
entender para onde está se caminhando e qual a sua contribuição produtiva para o
alcance da meta definida.
• Passar confiança criando um ambiente favorável e fortalecendo o comprometimento
de respeito entre líder e liderados com o melhor aproveitamento de suas habilidades.
• Gerar otimismo, enfrentando as dificuldades, encarando os obstáculos como
perfeitamente superáveis, permitindo alcançar metas que uma pessoa pessimista
não conseguiria atingir, ou seja, um líder otimista sabe criar uma cultura de trabalho
positiva.
• Buscar resultados através de iniciativas e estimulando aos liderados, contribuindo
para a organização ser um ambiente sempre produtivo.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
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AUTOATIVIDADE
1 Blake e Mouton criaram uma grade gerencial, o GRID Gerencial, para mostrar que
a preocupação com a produção e a preocupação com as pessoas são aspectos
complementares e não mutuamente excludentes, no qual os líderes devem unir
essas duas preocupações, a fim de conseguir resultados eficazes das pessoas.
FONTE: http://repositorio.unitau.br/jspui/
bitstream/20.500.11874/197/1/lourenco_robson_de_
moraes_rocha_medeiros_freitas.pdf. Acesso em: 17 jan.
2023.
2 A liderança sempre despertou interesse, seja no meio das organizações pelas questões
de busca por mais eficiência nas atividades, ou no meio acadêmico, pelos aspectos
complexos que compõem a formação de um líder. A teorização dos estilos de liderança
gerou muitas pesquisas, a evolução da abordagem das teorias da liderança pode ser
percebida por três principais modelos.
FONTE: adaptado de https://www.aedb.br/seget/arquivos/
artigos17/18925184.pdf. Acesso em: 17 jan. 2023.
37
3 O poder é tido como universal e fundamental, pois segue a cultura que institui o
sentido, uma vez que possui um caráter semelhante ao produzido pela cultura. Tanto
o poder quanto a cultura estão ligados à política e à cultura no aspecto da dimensão
histórica, e estão presentes nos mais diversos espaços.
FONTE: https://repositorio.ifpb.edu.br/xmlui/bitstream/
handle/177683/731/As%20bases%20de%20poder%20
um%20estudo%20da%20percep%C3%A7%C3%A3o%20
do%20liderado%20na%20cagepa%20localizada%20no%20
munic%C3%ADpio%20de%20Guarabira%20PB%20Elton%20
John%20de%20Assis.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso
em: 17 jan. 2023.
38
5 Ser um líder de sucesso nunca foi tarefa fácil. Gerenciar pessoas, definir metas,
delegar tarefas, manter-se atualizado e inspirar seus liderados são apenas alguns dos
desafios enfrentados diariamente por quem ocupa essa posição. E, em um cenário
cada vez mais dinâmico, em que ferramentas, tecnologias, planos e diretrizes mudam
rapidamente, a pressão para desempenhar todas essas funções com excelência
também aumentou.
FONTE: https://exame.com/invest/academy/cinco-
principais-erros-lideres/. Acesso em: 17 jan. 2023.
Disserte sobre os principais erros no uso dos estilos de gestão adotados nas organizações.
39
40
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
TOMADA DE DECISÃO E ADMINISTRAÇÃO
DE CONFLITOS
1 INTRODUÇÃO
Ao final deste tema, você terá desenvolvido novas soft e hard skills, apresentando
novas habilidades e competências que um profissional deve apresentar para ingressar
ou evoluir em sua carreira. Observe, analise e reflita sobre cada um deste assuntos!
Para finalizar este tema, você realizará a leitura do texto: “O uso do feedback
e do feedforward como ferramentas complementares para a gestão de conflitos
intergeracionais”, que proporcionará a análise e reflexão sobre o conflito entre as diversas
gerações presentes no ambiente organizacional e como a aplicação do feedback e do
feedforward podem ser úteis na administração de conflitos.
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes
ao longo desta unidade, ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver novas
competências pessoais e profissionais. Pronto para começar mais este conteúdo?
41
INTERESSANTE
Você sabia que tomamos decisões com base em fatores como
em nossos conhecimentos, mas também em nossas experiências
vivenciadas, intuições, percepções? Isso mesmo, a Dra. Camila
Magalhães Silveira, relata no programa “Saúde Mental e Bem-
estar”, como a experiência ao longo da vida, intuição e habilidades
pessoais são itens levados em consideração por uma pessoa
que decidirá sobre algo importante. Assista ao vídeo “Processo
de Tomada de Decisão” da Jovem Pan News, e entenda como ele
ocorre em nosso cérebro. Acesse o link: https://www.youtube.
com/watch?v=mdqVRosNh2k. Se você prefere fazer uma leitura,
acesse o link: https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/
comentaristas/camila-magalhaes/o-que-esta-por-tras-de-uma-
tomada-de-decisao-saiba-como-funciona-seu-cerebro-na-hora-
de-fazer-escolhas.html e leia a matéria completa. Boa leitura!
2 TOMADA DE DECISÃO
Então, você já tomou decisões erradas das quais se arrependeu depois? Ou percebeu
que poderia ter tomado uma decisão melhor? Isso é mais comum do que parece. As
pessoas tomam decisões equivocadas ou erradas todos os dias, desde escolhas simples
como o café da manhã, o filme a que vai assistir, a escolhas mais complexas como
escolher o bairro em que vai morar, a casa que vai comprar, se deve procurar outro
emprego ou se quer se casar.
Como você sabe, errar e acertar faz parte da vida. O que você pode fazer é
aplicar estratégias que ajudam a tomar as decisões mais adequadas para cada situação
ou momento. Você concorda? Vamos conferir?
IMPORTANTE
“A tomada de decisão é o processo de identificar os problemas e
as oportunidades e em seguida solucioná-los. A tomada de decisão
envolve esforços antes e depois da escolha real” (DAFT, 2010, p. 196).
Assim, quando você toma uma decisão, está assumindo uma responsabilidade pelo
caminho que encontrou para decidir sobre alguma situação. Essa sua decisão é tomada
com base em alguns aspectos, que levaram a analisar, julgar e decidir o que fazer.
Um desses aspectos é a percepção que você tem em relação à situação.
42
2.1.1 A Percepção como estratégia na tomada de decisão
Aliás, o que é a percepção? A percepção pode ser entendida como o processo pelo
qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a finalidade
de dar sentido ao seu ambiente (ROBBINS et al., 2010). Em outras palavras, depende de
como você vê, interpreta, entende ou sente a situação em questão.
Você sabe por que isso ocorre? Porque cada pessoa tem uma maneira diferente
de perceber a realidade, o que pode afetar o se comportamento, já que este é resultado
da sua percepção. Mas, você sabe que fatores são esses que influenciam suas decisões?
Esses fatores podem sem encontrados no observador, assim como no alvo da situação
em questão ou no ambiente ou quadro que ocorre a percepção. Percebeu como esses
fatores podem influenciar em uma decisão? No entanto, você deve ter percebido que
não é tão simples assim, observar, analisar e julgar para tomar uma decisão, baseada em
percepções. Isso ocorre porque nem sempre temos a percepção correta, ela pode estar
distorcida, resultando em má decisão.
Distorção Interpretação
Percepção Seletiva Quando uma pessoa, um evento ou um objeto se sobressai em
relação aos demais.
Efeito Halo Quando se analisa e julga alguém, a partir de uma característica
especifica, criando um estereótipo.
Efeitos de Contraste Quando se analisa e julga alguém ou algo, com base na
comparação por similar.
Projeção Quando se atribui a alguém, suas próprias características
pessoais.
Estereotipagem Quando se analisa e julga alguém com base no meio, no grupo
em que convive.
43
Então, entendeu como essas distorções podem afetar nossas decisões? Por
isso o cuidado de tomar decisões de maneira neutra, sem distorções que prejudique
uma análise e julgamento honesto e adequado.
Já se sentiu excluído ou tratado de forma diferenciada, devido a sua etnia, religião, opção
sexual, regionalidade, cultura ou qualquer fator que foi prejudicado em uma tomada de
decisão de seu superior? Em alguns casos, além de ser considerado crime, é antiético,
podendo resultar em danos para o empregado, para a equipe e para a empresa.
44
2.2 O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Agora que você já conheceu os principais fatores que influenciam na tomada de decisão,
chegou a hora de aprender como as decisões são tomadas, ou seja, o processo de
tomada de decisão. Mas você sabe como isso ocorre? Para isso é necessário identificar
que tipo de decisão está sendo tomada e quais as suas características, e, então, escolher
as estratégias que ajudam a tomar as decisões mais apropriadas a cada situação. Veja
como isso ocorre.
45
Para que você tome as melhores decisões, separamos aqui as etapas que deve seguir
para aumentar as suas chances de acertar na decisão. As etapas, segundo (ROBBINS
et al. 2010, p. 111), são:
• Definição do problema;
• Identificação dos critérios para a decisão;
• Atribuição de pesos específicos a cada um desses critérios;
• Desenvolvimento de alternativas;
• Avaliação das alternativas; e
• Escolha da melhor alternativa.
ATENÇÂO
“O modelo racional é baseado em um conjunto de premissas que determinam
como uma decisão deve ser tomada em vez de descrever como uma decisão é
tomada” (BAZERMAN, 2004, p. 6).
Um bom profissional deve ter a habilidade de gerar novas ideias, e que estas
sejam úteis ao contexto. Não se esqueça de considerar como a sua percepção pode
influenciar este processo, por isso, haja de forma honesta e ética, conforme você pode
ver na figura “Tomada de decisão e a Ética”.
46
FIGURA 5 – TOMADA DE DECISÃO E A ÉTICA
FONTE: https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-de-etica-empresarial_10883222.htm#page=4&-
query=tomada%20de%20decis%C3%A3o&position=4&from_view=search&track=ais. Acesso em: 17 jan.
2023.
Mas, como posso ser criativo no processo decisório? Existe alguma estratégia para
trabalhar essa habilidade? Sim, é possível. Para desenvolver seu potencial criativo,
Robbins et al. (2010) propõe três elementos essenciais, são eles: Pericia, pensamento
criativo e motivação pela tarefa.
Entendeu como se tornar mais criativo? Quanto maior seu conhecimento, sua
expertise sobre o assunto, sua forma de enxergar a relação e coerência presente na
situação e principalmente, estar motivado, apaixonado pelo que faz, maior será a sua
habilidade criativa sobre o seu trabalho.
INTERESSANTE
Você já ouviu falar do Modelo Teal nos processos decisórios?
Ele possui como pilar central a gestão descentralizada, que,
diferentemente dos modelos tradicionais de tomada de decisão –
top-down, consenso e maioria –, traz um processo mais autônomo.
Ou seja, o princípio é de que qualquer pessoa pode tomar decisões,
até mesmo em relação ao dinheiro gasto pela organização com
investimentos pontuais ou contratações, porém, antes de qualquer
ação, existe um processo de aconselhamento, em que o empregado
colhe a opinião daqueles que serão impactados pela decisão e de
funcionários experientes que vivenciaram situações parecidas.
Para saber mais sobre esse assunto, leia o artigo completo “Modelo
Teal pode ser a chave para acelerar as tomadas de decisão”,
acessando o link: https://rhpravoce.com.br/colab/modelo-teal-pode-
ser-a-chave-para-acelerar-as-tomadas-de-decisao/. Boa leitura!
47
2.2.3 Estratégias para a tomada de decisões com foco
comportamental
Nem sempre é possível tomar decisões de maneira racional, você concorda? Em algumas situações
as emoções, os sentimentos, acabam prevalecendo, e a intuição atua como fator decisivo para
a decisão, conhecida no ambiente organizacional por: feeling. O feeling se baseia em vivências,
experiências anteriores, intuições e pressentimentos a respeito de qual decisão tomar.
É possível a tomada de decisão com base apenas na intuição ter a mesma garantia
que a racional? Não existe conhecimento científico suficiente garantindo que certas
metodologias melhorem efetivamente a tomada de decisão, baseadas ou inspiradas na
intuição. É necessário se apoiar a outras estratégias racionais. Entenda que a intuição
ou feeling é indicado principalmente em situações em que as informações possam estar
incompletas, equivocadas ou imprecisas, atuando como como suporte ou apoio, que
somados (racional + comportamental), proporcionem melhores resultados (SILVA, 2020).
ATENÇÂO
Tomada de Decisão Consciente (racional) é um processo de escolha de
uma ou mais opções entre algumas possíveis, raciocinando de forma
consciente e intencional.
Tomada de Decisão Não Consciente (intuitiva) é um processo rápido, com base
em experiência anterior, sem racionarmos de forma consciente e intencional
(SILVA, 2020).
Entendeu como esses estilos demonstram o perfil que quem toma a decisão?
Isso mesmo, segundo Robbins et al. (2010), de maneira geral:
• Se você se enquadra no estilo diretivo, então têm baixa tolerância à ambiguidade
e busca a racionalidade, sendo eficiente e lógico, mas para isso, toma decisões com
48
base em um mínimo de informações e poucas alternativas avaliadas, toma decisões
rápidas e voltadas para o curto prazo.
• Mas se você for do estilo analítico, tem alta tolerância à ambiguidade, levando ao
desejo de mais informações e de alternativas, é cuidadoso e capaz de se adaptar ou
de enfrentar novas situações.
• O estilo conceitual apresenta visão ampla das coisas, utilizando dados de várias
fontes e considera um grande número de alternativas, com enfoque no longo prazo
e são ótimos para encontrar soluções criativas para os problemas.
• Se você for do estilo comportamental, é do tipo que se preocupa com as pessoas
da organização e com desenvolvimento de seu pessoal, com as realizações de seus
subordinados, além de ser receptivo a sugestões dos outros e focados no curto prazo,
desprezando o uso de dados para a tomada de decisões, e é do tipo que procura
evitar conflitos e busca a aceitação.
Então? Qual é o seu estilo de tomada de decisão? Tem um estilo que seria o melhor? Pode
adotar mais de um estilo? O estilo que você adota é dominante de acordo com as suas
características, seu perfil, mas pode ser adotada de acordo com a situação, momento,
variando sendo flexíveis. Reflita a respeito desses estilos e analise as situações sendo
flexível sempre que possível. Além disso, as organizações podem adotar ferramentas
que auxiliem na análise das informações e consequentemente, na tomada de decisão,
é o caso do SIG (Sistema de Informação Gerencial).
INTERESSANTE
Sistema de Informação Gerencial (SIG). Promove agilidade e organiza as informações essenciais para
a tomada de decisão em um determinado momento ou situação específica, com a possibilidade de
ser criado de forma personalizada, com a capacidade de coletar dados de diferentes setores da
organização e gerar relatórios com maior precisão, facilitando a escolha entre alternativas possíveis.
São indispensáveis para gerar informações com maior precisão, dando suporte na tomada
de decisão, além de ser o resultado da interação colaborativa entre pessoas,
tecnologia e procedimentos, que auxiliam na melhoria contínua.
Proporcionam informações para os gerentes, por meio da geração dos relatórios.
Os principais tipos de relatórios gerencias são: os periódicos programados,
os de exceção, os de informes e que fornecem respostas por solicitação e
os relatórios em pilha. Fornece informações através de resumos, filtragens e
indicadores, que servem para monitorar e analisar os dados, com a finalidade
de orientar a tomada de decisão (POMPEU et al., 2022).
Então? Conseguiu entender como as decisões são tomadas antes de serem aplicadas?
Todos os fatores e circunstâncias envolvidos no processo decisório? O que influencia
essa escolha? Reflita sobre o assunto e tome a suas decisões, mas antes, convém
lembrar que nem sempre as decisões tomadas são apoiadas ou aceitas por todos, muitas
vezes, essa escolha, resulta em divergências, conflitos, que devem ser administrados.
Veja a seguir, como você pode agir.
49
3 ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS
Antes de iniciarmos este tópico, convém entender que a administração de conflitos
consiste em aceitar e gerir a diferença existente entre as partes envolvidas. Veja que
administrar um conflito reflete em conduzir uma situação de desavença, de atrito, de
desacordo em relação a si mesmo ou a outras pessoas ou a outros grupos.
DICA
Numa época de constantes cancelamentos, faz-se necessário distinguir
os conceitos de "conflito" e "confronto". Como podem os membros da
sociedade adereçar de forma construtiva suas diferenças? Para responder
a essa questão, Mario Sergio Cortella relata no “Canal do Cortella”, como
essa situação é tratada, para isso, assista ao vídeo “Conflito X Confronto”.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=JmiAsA3pIeo.
Se você prefere fazer uma leitura, leia o artigo “Conflitos organizacionais”, de
Paulo Delgado, coordenador do SESC/SP, sobre a Psicologia Organizacional
no Trabalho compreender, explorar e analisar as relações interpessoais
nas organizações, elaborando estratégias para promover e estabelecer
a qualidade de vida e bem-estar dos empregados da Instituição. Para
isso, acesse o link: https://eamagazine.com.br/ea-comunidade/a-pratica-
da-psicologia-diante-dos-conflitos-organizacionais/, e leia a matéria
completa. Boa leitura!
3.1 O CONFLITO
Nesse primeiro passo, vamos entender o significado de conflito. O que é considerado um
conflito? Como ele acontece? Então, para que ele aconteça, o conflito deve ser percebido
pelas partes envolvidas, portanto, a palavra-chave aqui é percepção. Sem a percepção de
que existe um conflito, ele se torna inexistente. Você concorda? Vamos conferir?
50
3.1.1 Conflito pessoal e laboral
INTERESSANTE
Trabalhando os conflitos internos. Você já ouviu falar na teoria da Dissonância Cognitiva de
Leon Festinger? Ela sustenta que uma pessoa fica em conflito quando tem uma opinião ou
adota um comportamento incoerente com sua opinião, ocorrendo uma divergência. Ocorre
quando você tem um conflito interno e existem duas alternativas para tomar uma decisão.
Um bom exemplo e bastante fácil de entender é se uma pessoa casa ou
fica solteira. Enquanto não decide, há um conflito íntimo e em que se
esforça para estabelecer uma condição de acordo consigo mesma ou
com o contexto que a envolve: é como se fossem duas forças opostas
bombardeando-a ora em uma, ora em outra direção, e essa indecisão
gera o desconforto ou o conflito interno.
Como trabalhar esses conflitos internos?
• O autoconhecimento, autodesenvolvimento e aceitar as
diferenças, são fundamentais.
• Substituir ou rever crenças, valores, conceitos, comportamentos
e atitudes envolvidos nesse conflito.
• Buscar novas informações que irão aumentar esse
entendimento, ou seja, justificativas para a opção escolhida.
• Tentar desqualificar, esquecer ou reduzir a importância dada
ao fator que mantém esse conflito (PASSADORI, 2014, p. 29).
51
• Incompatibilidade de interesses e preocupações – veja que
nesse caso, o conflito pode ser percebido como um desacordo
em relação a interesses ou ideias, no qual uma das partes
percebe que os seus interesses são opostos ou negativamente
afetados pela outra parte.
• Incompatibilidade nas metas e valores – aqui o conflito é visto
como uma interação das partes interdependentes que criam
uma oposição de objetivos, metas e valores, onde a outra parte é
vista como potencial influenciador.
• Incompatibilidade na interação – nessa situação, ocorre a
interação humana no ambiente de trabalho, onde a execução de
determinadas tarefas por uma das partes depende das escolhas,
decisões e comportamentos da outra.
• Incompatibilidade na relação – note que nesta situação, a
interdependência dos indivíduos numa organização prevê um
elevado nível de cooperação entre as partes, no entanto, surgem
desentendimentos pessoais e os conflitos ocorrem (SOBRAL;
CAPUCHO, 2019, p. 4).
Portanto, entenda que o conflito sempre estará presente quando ocorre uma
divergência de opiniões, crenças, desejos ou interesses em situações em que as partes
tenham objetivos incompatíveis, impedindo que obtenham sucesso simultaneamente.
52
QUADRO 12 – DISTORÇÕES NO PROCESSO DECISÓRIO
53
Você conseguiu diferenciar os diversos tipos de conflito? Dessa forma, o conflito pode
ser relacionado à tarefa, divergências no trabalho, ou ao relacionamento, divergências
nas relações interpessoais. Veja que a amplitude desse assunto abrange os mais
variados temas de conflitos como os de âmbito nacional ou internacional, os referentes
ao ambiente escolar ou de trabalho, os relacionados a questões políticas ou esportivas,
culturais ou religiosas, entre outras muitas áreas de conflito.
NOTA
Bullying é um fenômeno que compreende condutas agressivas,
propositadas e repetidas, caracterizada por atitudes de humilhação e a
intimidação, adotadas por uma ou mais pessoas, que podem ser vistas
também como um desejo consciente e propositado de maltratar alguém.
O bullying pode ser classificado de duas formas, podendo ser de maneira
direta ou indireta.
São considerados bullying direto: - Agressões físicas - Ameaças - Roubos
- Ofensas verbais ou expressões e gestos que geram mal-estar nos alvos.
São considerados bullying indireto: - Atitudes de indiferença - Isolamento
- Difamação - Negação de desejos (SANTOS, 2019, p. 12).
Assim, você pode notar que as atitudes de bullying levam a conflitos. Esses
conflitos se não forem administrados em tempo e de forma correta, podem
resultar em atos de violência. Com o avanço das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs), a fácil e rápida acessibilidade permitiu que esses conflitos e a
violência aumentassem em uma escala digital, tanto na vida pessoal quanto na vida
profissional, é o caso de cyberbullying.
54
Perceba que com a internet, os movimentos de agressão e violência ganham
uma cobertura muito maior, podendo atingir o mercado de trabalho, o chamado
bullying laboral.
FONTE: https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-cyber-bullying_8851845.htm#query=cyber-
bullyng%20no%20trabalho&position=5&from_view=search&track=ais. Acesso em: 17 jun. 2023.
Perceba que existe uma dificuldade na prevenção dos conflitos e a frequência deles se
tornam muito altas quando feitos por redes sociais. Os conflitos nas redes permitem
situações de anonimato, sendo que o atacante pode se esconder em perfis falsos. Além
disso, existem fenômenos exclusivos, que podem afetar o processo nas redes sociais,
pois a agressão pode ficar armazenada podendo ser reutilizada ou revivida por outros
usuários. Muitas situações são de pessoas relacionadas à vítima por terem uma conexão
na plataforma facilitando seu alcance (GONÇALVES, 2021).
55
NOTA
O cyberbullying consiste em utilizar tecnologias de informação e
comunicação, como a internet ou telemóvel, para hostilizar, e desrespeitar
pessoas, com o intuito de magoar e fazer com que outros vejam a ofensa.
“É um fenômeno mais complexo do que o bullying tradicional, devido
as suas especificidades, ou seja, nele o agressor não demostra medo
de ser apanhado e por não observar as reações imediatas das vítimas,
faz com que o agressor seja ainda mais agressivo online do que seria
pessoalmente” (SANTOS, 2019, p. 13).
Bullying laboral é entendido como uma forma de assédio laboral, em que ocorrem
condutas de comportamentos abusivos, palavras, atos, gestos e outras formas
de denegrir ou atacar partes físicas e psíquicas de uma pessoa impondo poder e
superioridade (GONÇALVES, 2021).
ATENÇÃO
Com Pandemia do Covid-19, diversos hábitos, costumes e rotinas
passaram a ser permanentes na vida de muitas pessoas. O trabalho e o
ensino remoto são exemplos que persistem na prática adotada por uma
parcela significativa da humanidade. Esse aumento no tempo de acesso
on-line, elevou também o número de conexões, a facilidade das TICs,
somados ao estresse, frustrações, depressão, saúde mental, além dos
casos de dificuldades financeiras e alta taxa de desemprego, são fatores
que colaboram para o aumento de situações de conflito.
Nesse sentido, principalmente, os conflitos virtuais e bullying virtual,
muitas vezes, consequência de conteúdo com informações contraditórias,
encontradas nas redes sociais, facilitando o aumento das situações de
conflitos ou bullying virtuais.
Note que existe uma relação de uma cultura de superioridade por líderes e gestores,
que ocupam vagas altas na hierarquia empresarial e desmotivam empregados com a
possibilidade de ameaçar seu cargo. Bullying laboral pode ocorrer de diversas maneiras
e níveis no ambiente de trabalho podendo ser classificado em vertical e horizontal:
56
através de chacota e boatos negativos estragando o funcionamento do ambiente de
trabalho e a saúde psicológica da vítima (GONÇALVES, 2021, p. 19).
Veja que nos dias atuais, principalmente, durante e após a pandemia do Covid-19, elevou
a frequência na utilização das TICs na nossa rotina diária que ajudam no aumento das
diversas categorias de violências, pelo fato de fornecerem uma ausência gradativa de
limites físicos e temporais (GONÇALVES, 2021).
INTERESSANTE
Você já ouviu falar em o Mobbing? Trata-se de um combinado e
ascendente, ou seja, o primeiro se dá pela união do líder e colegas de
trabalho a praticarem um bullying conjunto, já o outro é tido como o
inverso, ocorrendo com a união dos empregados para praticarem bullying
contra o líder motivando a perda de cargo superior (GONÇALVES, 2021).
Então, como é um processo de conflito? São etapas pelas quais ocorrem uma
situação de conflito. Observe essas etapas:
57
INTERESSANTE
Você já ouviu falar em Comunicação Não violenta ou CNV? Trata-se de um conceito criado pelo
psicólogo americano Marshall Rosenberg. Em um cenário de conexão interpessoal, a liderança
deve proporcionar um ambiente seguro aos seus trabalhadores. A violência não está somente
em atitudes, mas na omissão, na rejeição, na falta de cuidado com o
outro e na indiferença, ou seja, a ausência de ação também pode ser
violenta. Empresas que recorrem à CNV e cujos líderes se relacionam
melhor com seus times criam ambientes mais produtivos, estimulam
os empregados de forma positiva e, consequentemente, melhoram os
resultados junto aos clientes.
Quer se aprofundar no tema “Comunicação Não Violenta?”
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e
aprofundamento: Artigo: “A importância da Gestão de Conflitos”, acesse
o link: https://rhpravoce.com.br/colab/a-importancia-da-gestao-de-
conflitos/
Também poderá ler o artigo: “Como Desenvolver a Liderança Empática”,
acesse O Link: http://revistaopapel.org.br/noticia-anexos/1603218323_5
e8c236bc2f7c33a19f8e7610cde48e4_526243070.pdf. Boa leitura!
DICAS
Que tal algumas dicas para uma Comunicação Não Violenta, CNV, no dia a
dia empresarial? Analise e reflita sobre cada uma delas:
• Use a observação ao invés de julgamento;
• Aprenda a nomear seus sentimentos;
• Faça pedidos em vez de exigências;
• Use o modelo de resolução de conflitos;
• Nunca repita o mesmo argumento;
• Saiba contornar um “não”;
• Seja conciso em conversas difíceis; e
• Pratique a empatia (CAMARGO, 2018, 22).
58
• Evitar – esquivar ou fugir da outra parte ou ignorar o conflito existente.
• Acomodar-se – abandonar os objetivos em função dos objetivos da outra parte.
• Conceder – proporcionar o alcance parcial dos objetivos de ambas as partes
envolvidas (ROBBINS et al., 2010).
Esta, a quarta etapa, é muito importante, pois você deverá observar e analisar o
comportamento. Isso mesmo, a maneira como as partes se comportam durante o
conflito, suas ações e reações, as atitudes tomadas. Dessa forma, o foco aqui é entender
o comportamento das partes e a reação dos outros.
Então, como o conflito pode ser bom para o desempenho? Uma situação de
conflito fraco ou moderado pode ser construtivo, pois alguns conflitos exigem uma
mudança de atitude, uma reação mais rápida à situação, tornando o indivíduo mais
criativo, inovador, encaminhando-o, incentivando-o para uma tomada de decisão ou a
resolução de um problema.
Você sabia que tem algumas situações que estimulam os conflitos? Sim, isso mesmo,
existem certas atitudes, comportamentos e ações que podem provocar e iniciar um
conflito. Segundo Robbins et al. (2010), ele podem ser:
• Comunicação – utilização de mensagens ambíguas ou ameaçadoras para aumentar
os níveis de conflito.
• Inclusão de estranhos – incluir nos grupos de trabalho funcionários com históricos,
valores, atitudes ou estilos gerenciais diferentes daqueles dos seus membros.
• Reestruturação da organização – realinhamento dos grupos de trabalho, alteração
de regras e regulamentos, aumento da interdependência e outras mudanças
estruturais similares que rompam o status quo.
• Nomeação de um advogado do diabo – designação de um crítico que discuta,
propositalmente, as posições defendidas pela maioria do grupo.
Nesse sentido, esses aspectos podem gerar conflitos, por isso esteja preparado para
lidar com essas situações ou evitá-las quando for o caso. E, então? Conseguiu distinguir
cada etapa de uma situação de conflito? Muito bem! Agora que já esclarecemos esse
assunto, vamos entender as possíveis formas de administrar os conflitos? Vamos lá!
59
Os métodos mais aplicados pelas organizações na administração de conflitos
podem ser observados no quadro “Alternativas de Administração de Conflitos”.
Alternativa Procedimento
60
DICAS
Você sabe como administrar os conflitos no trabalho? Veja aqui algumas dicas:
• Pense antes de falar e avalie os impactos da sua fala a curto e médio prazos. Pergunte-
se: qual é a importância deste comentário ou informação? Vai agregar positivamente ou
pode gerar discórdia? Isso é positivo ou negativo?
• No trabalho, os interesses e valores pessoais não devem ser colocados acima dos
interesses e valores da organização, portanto, as condutas pessoais precisam estar
alinhadas a estes. Piadas, fofocas, competição desmedida, puxadas de tapete, falta de
colaboração, comunicação deficiente e falta de meritocracia estão entre as principais
causas de desgaste e conflito.
• Respeitar e valorizar a opinião dos colegas de trabalho aumenta a confiança entre as
pessoas. Se há divergência de ideias ou opiniões, procure se interessar de verdade por
entender os demais pontos de vista. Essa abertura cria disposição no outro para receber
o seu ponto de vista e assim as chances de entendimento são maiores.
• Abra-se para feedbacks e peça feedbacks, isso pode ajudar a alinhar as expectativas e
clarear aspectos que poderiam vir a ser foco de conflito. O trabalho em equipe demanda
colaboração entre as pessoas e neste sentido, o que pensam sobre o seu trabalho ou
comportamento deve ser considerado por você.
• Se cometeu um erro, admita e aprenda com ele para corrigir. E
se não concordar com algo, argumente de forma assertiva e
respeitosa.
• Agir movido apenas pelas emoções pode gerar problemas, então
é importante que você se equilibre antes de reagir a uma situação
que te incomodou ou antes de ter uma conversa difícil. Acalme-se,
dê uma volta, tome uma água, converse com alguém, respire!
• Antes de pensar em levar o conflito para o seu líder, converse
diretamente com a pessoa, sempre no particular – procure falar
de forma clara e objetiva sobre o problema, mostrando que está
disposto a encontrar um entendimento para a questão.
• Se você é líder, invista em uma boa comunicação, valorize e
reconheça os acertos, comemore as realizações e incentive os
feedbacks diretos.
DICAS
Quer se aprofundar no tema “Administração de Conflitos no Trabalho?”
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta aprofundamento:
Artigo: “Como evitar e lidar com conflitos no trabalho”, acessando o link:
https://rhpravoce.com.br/colunistas/como-evitar-e-lidar-com-conflitos-
no-trabalho/. Boa leitura!
61
ATENÇÃO
Além da Administração de Conflitos tradicionalmente aplicada pelas
organizações em situações mais simples, existem outras formas de
administrar os conflitos vistos como litígios. Nesses casos de litígios,
convém a intervenção de terceiros imparciais. Dessa forma, podemos
considerar como alternativas na resolução extrajudicial de conflitos:
Negociação, os conflitos são tratados sem a necessidade de envolver
uma terceira pessoa para alcançar um acordo entre as partes. Nada
impede a inclusão de um negociador no processo.
Conciliação, os conflitos são tratados de forma pacífica, no qual as
partes envolvidas confiam a uma terceira pessoa, o conciliador, alguém
neutro, que irá estimular e sugerir alternativas para alcançar um acordo
de vontades entre as partes.
Mediação, os conflitos são tratados de forma pacifica, no qual as partes
envolvidas confiam a uma terceira pessoa, o mediador, alguém neutro,
que apenas interage com ambas as partes, sem sugerir alternativas ou soluções, apenas
facilitando o diálogo entre as partes.
Arbitragem, os conflitos são tratados com a presença de uma terceira pessoa, o árbitro,
alguém neutro que detém o poder de decisão com validade de sentença e versa sobre
direitos patrimoniais disponíveis, assim, dispõe o art. 1º da Lei de Arbitragem nº 9.307, de
23 de setembro de 1996, e cada parte é acompanhada de seus representantes legais. Caso
o litígio não se resolva pacificamente, o conflito passará de um processo extrajudicial para
um processo judicial, no qual um terceiro, neutro, como um tribunal ou um juiz, irá julgar e
resolver o conflito.
Para encerrarmos este assunto, é importante que você tenha em mente ter ou
desenvolver as principais habilidades desejadas na resolução de conflitos. Considere
entre elas a ter uma escuta ativa, ter empatia, ser facilitador, considerar o viés de ação,
ser mediador, capacidade de solucionar problemas e ter responsabilidade.
NOTA
Negociação 7.0. Consiste em um método que engloba três fases:
Preparação – Inclui a preparação propriamente dita e o gerenciamento
do tempo.
Execução – Contempla a preliminar, abertura, exploração, proposta,
gerenciamento de objeções e encerramento.
Controle – É a fase de avaliações, feedbacks e controle das condições.
Com ênfase no objeto e nos objetivos, nos interesses subjacentes, na
compreensão do campo de negociação e nos argumentos, pode acelerar
os pulos de gato e a felicidade. Boa sorte!
Para saber mais sobre esse assunto, leia o artigo completo: “7 passos
para uma negociação eficaz”, acesse o link: https://www.revistahsm.com.
br/post/7-passos-para-a-negociacao-eficaz. Boa leitura!
62
Além disso, você precisa ser uma pessoa resiliente, ser capaz de enfrentar as
adversidades que ocorrem tanto na vida pessoal quanto na profissional. Outra habilidade
importante é a capacidade de dar e receber feedbacks, melhorando a comunicação, e
identificando as causas dos problemas e os aspectos que devem ser melhorados a fim
de evitar futuros conflitos.
Antes de encerrarmos este tema, que tal assistir a um vídeo descontraído para
refletir sobre os assuntos abordados? Afinal, dizem que uma imagem vale mais que mil
palavras... será?
DICAS
Esclarecer os conflitos intrapessoais e interpessoais, fornecer ferramentas
para administrar os conflitos e todos os aspectos do relacionamento
humano são alguns dos pontos abordados neste vídeo. Acesse: https://
www.youtube.com/watch?v=wg1DHNuBELQ.
Gostou do que vimos até aqui? Esperamos que cada tema trabalhado, tenha sido
de grande utilidade e que tenha aperfeiçoado seu entendimento a respeito da influência
dos líderes e dos gestores para as organizações. Lembre-se de que o contexto de cada
situação deve ser analisado, considerando a assertividade apresentada na comunicação
entre a liderança e liderados, quanto as pessoas estão motivadas e engajadas com o
seu trabalho e como a liderança conduz sua equipe! Aliás, esses assuntos fazem parte
da nossa próxima unidade. Antes, vamos recapitular o que foi aprendido. Vamos lá!
63
LEITURA
COMPLEMENTAR
O USO DO FEEDBACK E DO FEEDFORWARD COMO FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES PARA A GESTÃO DE CONFLITOS INTERGERACIONAIS
De acordo com Missel (2012), é tão ruim não dar feedback quanto dá-lo de
maneira equivocada. Nos dois casos, os efeitos podem ser devastadores, e é frequente
a perda de talentos nas organizações por práticas como essas, o que acaba levando a
uma percepção negativa do feedback, quando é realizado de forma desqualificada,
desencadeando reações como desconforto, constrangimento e embaraço. Se aplicado
da maneira correta, o feedback pode ter resultados muito positivos e melhorar o processo
da comunicação interpessoal entre os empregados e gestores. É possível informar, avaliar
e corrigir resultados sem nenhum julgamento pessoal, dar ao empregado uma visão de
seu desempenho e uma perspectiva do esperado. Isso faz com que o empregado consiga
entender melhores suas funções e como pode melhorar seu desempenho profissional.
64
Como conclusão de seus estudos, Missel (2012, p. 244) diz que, “a ferramenta
de gestão mais potente para impulsionar as equipes a duradouras mudanças de
comportamento e compatíveis com a velocidade exigida pelo mercado é a aplicação
adequada das técnicas de feedback”. Segundo Reis (2003) um feedback estruturado,
claro e cuidadoso pode ser um instrumento efetivo de aprendizagem e desenvolvimento
de atributos de liderança. O feedback pode ser aplicado de diferentes formas e de acordo
com o ambiente e o que se espera como resultado. Pode ser usado como ferramenta
de avaliação, análise de informações, correção, reconhecimento, ou como estimulador
motivacional.
Missel (2012, p. 146) afirma, sobre o feedback, “concluí que a arte de dar e receber
retorno sobre as atitudes e as atividades realizadas, tanto nas relações pessoais como
profissionais, é indiscutivelmente o método mais eficaz para alcançar dois requisitos
fundamentais exigidos pelo atual mercado de trabalho: resultado e sucesso”. Ainda de
acordo com a autora, o bom resultado do feedback está muito ligado à capacidade e a
conhecimento do gestor para saber aplicar corretamente a ferramenta, a fim de que o
empregado seja mobilizado a entender e aceitar a mudança de comportamento.
65
selecionados aleatoriamente, através de diálogos, onde um grupo ou pessoa pede e o
outro é convidado a fornecer feedforward.
Cabe a quem vai fornecer o feedforward dar ao menos duas sugestões positivas,
visando ajudar a outra pessoa, não utilizando de crítica ou julgamento pessoal. Nesse
formato o exercício tem característica horizontal onde independente de faixa etária,
nível educacional ou cargo, qualquer empregado participante pode pedir ou fornecer
sugestão, sem que necessariamente se conheçam, o que muitas vezes é necessário no
feedback.
66
CARACTERIZAÇÃO DAS GERAÇÕES
De acordo com Missel (2012, p. 1934), “A mescla dessas gerações nas organizações pode
gerar aprendizagem ou rejeição. Empresas inteligentes misturam as diferentes gerações
nos projetos e nas equipes para obter melhores resultados. Respeitadas as habilidades
de cada uma, todas as gerações têm o seu espaço”. Neste sentido serão apresentadas
noções das características de cada geração de forma geral e consensual entre alguns
autores, com ênfase em conflitos que os comportamentos e características podem
trazer, de forma estimada, na socialização intergeracional dentro das organizações.
Oliveira (2012, p. 26) apresenta as gerações:
[...] A pesquisa confirma a literatura que aborda esses conflitos e conclui que
é importante compreender as diferenças de comportamento e atitudes das diferentes
gerações que atuam em um mesmo ambiente de trabalho, e que é necessário
desenvolver ferramentas que possibilitem aproveitar melhor o potencial de cada uma.
“Estabelece-se, assim, o desafio de criar mecanismos que aproveitem o melhor do
potencial de cada um, [...] e proporcionem um crescimento mútuo entre os funcionários,
melhorem o ambiente em que estão inseridos, aprimorem suas competências”.
67
“As novas gerações querem compartilhar, discutir e envolver o maior número de
pessoas. As antigas ainda valorizam a confidencialidade e se preocupam com a opinião
do outro. Cada profissional deve buscar desenvolver a empatia com os demais” (KEDOUK,
2017, p. 13). A empatia referida pode ser explicada como a capacidade de saber conviver
com as diferenças e estar aberto ao aprendizado, ou seja, a capacidade de desenvolver
competências essenciais para a carreira e para a vida. Assim, tem-se o intuito de
evidenciar para as organizações e estudiosos a possibilidade da aplicação conjunta das
técnicas do feedback e do feedforward, na gestão dos conflitos intergeracionais.
68
conflitos intergeracionais pode melhorar a qualidade da comunicação, auxiliar na
valorização das potencialidades e fortalecer o que pode ser melhorado em relação
às competências e habilidades profissionais e comportamentais. Assim, a aplicação
adequada das ferramentas pode proporcionar um ambiente organizacional mais
dinâmico, aberto, flexível e capaz de atrair, reter, desenvolver e manter talentos,
contribuindo significativamente na construção de organizações mais inovadoras e com
qualidade devida.
69
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
• A administração de conflitos poder ser realizada por diversas alternativas que podem
eliminar ou amenizar o conflito.
70
• Os conflitos são classificados de acordo com as partes envolvidas e podem ser
intrapessoais e interpessoais.
• A administração de conflitos poder ser realizada por diversas alternativas que podem
eliminar ou amenizar o conflito.
71
AUTOATIVIDADE
1 As percepções e os comportamentos humanos não são objetivamente previsíveis, isso
quer dizer que em um mesmo contexto organizacional a solicitação da atenção e a
focalização podem ser vistas de diversas formas, uma vez que pessoas diferem umas
das outras, podendo assim, tomar ações e julgamentos contraditórios num mesmo
contexto.
FONTE: https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/
view/1324/706. Acesso em: 17 jan. 2023.
a) ( ) A percepção seletiva ocorre quando se analisa e julga alguém com base no meio, no
grupo em que convive.
b) ( ) A estereotipagem ocorre quando uma pessoa, um evento ou um objeto se sobressai
em relação aos demais.
c) ( ) O efeito Halo ocorre quando se analisa e julga alguém, a partir de uma característica
específica, criando um estereótipo.
d) ( ) A projeção ocorre quando se analisa e julga alguém ou algo, com base na comparação
por similar.
2 O processo de tomada de decisão é uma atividade passível de erros, pois ela será
afetada pelas características pessoais e percepção do tomador de decisões. Na
tentativa de minimizar esses erros e chegar a um melhor resultado, deve-se efetuar
um processo organizado e sistemático. A tomada de decisão ocorre em reação a um
problema, quando se verifica uma discrepância entre o estado atual das coisas e seu
estado desejável.
FONTE: http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/
arquivos_destaque/QjxDDqGcS5r3dHL_2013-5-3-12-8-34.
pdf. Acesso em: 17 jan. 2023.
Com base no processo decisório, fazem parte das etapas deste processo. Para isso,
analise as sentenças a seguir:
I- Definição do problema.
II- Desenvolvimento de alternativas.
III- Escolha da melhor alternativa.
72
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença I está correta.
c ) ( ) Somente a sentença II está correta.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Para lidar com uma situação de conflito e suas causas, o gestor deve se preparar
para fazer com que os sistemas organizacionais trabalhem de forma integrada,
visando à eficiência do processo. A estrutura, o pessoal, o estilo pessoal, o sistema
de recompensa e a liderança devem contribuir para que os executivos tenham
a possibilidade de perceber as posturas conflitantes, adaptem as pessoas aos
processos de cooperação, tomem decisões e atraiam, na cultura organizacional, o
senso moral.
FONTE: https://revistapreven.org/07/2020/home-noticias/
noticias/gestao-e-conflitos-de-pessoas-dentro-das-
organizacoes/. Acesso em: 17 jan. 2023.
73
4 As atividades do cotidiano da empresa, em alguns momentos, são propícias para o
desencadeamento de conflitos, tanto produtivos quanto improdutivos. A identificação
da causa e do tipo de conflito é o primeiro passo para o gestor iniciar o processo de
administração, o segundo é escolher a melhor técnica e abordagem para gerenciá-lo.
FONTE: https://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/
view/369/270. Acesso em: 17 jan. 20123.
FONTE: https://seer.ufs.br/index.php/edapeci/article/
view/17850/12975. Acesso em: 17 jan. 2023.
74
REFERÊNCIAS
ABI RACHED, C.; DO NASCIMENTO SANTOS, J.; FERREIRA, V. C. G. Bases teóricas
dos estilos de liderança: uma breve revisão. International Journal of Health
Management Review, v. 6, n. 2, 2020. Disponível em: https://ijhmreview.org/
ijhmreview/article/view/229/162. Acesso em: 17 jan. 2023.
DELLA GIUSTINA, K.; GASPARETTO, V.; LUNKES, R. Efeito dos estilos de liderança nos
sistemas de controle gerencial e no desempenho organizacional. Capital Científico,
v. 18, n. 1, 2020. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/288229341.pdf.
Acesso em: 17 jan. 2023.
75
HORZ, V. et al. Reflexos da orientação empreendedora no desempenho das
cooperativas de crédito do mercado brasileiro. Innovar, v. 32, n. 85, p. 67-82, 2022.
Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/inno/v32n85/0121-5051-inno-32-85-67.
pdf. Acesso em: 17 jan. 2023.
76
PAIVA, K. C. M de. Gestão de recursos humanos: teorias e reflexões (On-line
Plataforma Pearson). Curitiba: InterSaberes, 2019.
PASSADORI, R. Quem não comunica não lidera. 2. ed. Editora Atlas: São Paulo, 2014.
SANTOS, G. A. dos. Uma reflexão sobre a gestão de conflitos nas empresas. Tese
de Doutorado. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2019. Disponível em: https://
bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/7458/3/DM_Graziella%20dos%20Santos.pdf. Acesso
em: 12 jan. 2023.
THIAGO, F.; KUBO, E. K. M. Escala de estilo de gestão para produtores rurais. Revista
de Administração IMED, v. 10, n. 2, p. 95-113. Passo Fundo, 2020. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7884380. Acesso em: 17 jan. 2023.
77
VALLADARES, A.; FILHO, J. Gestão contemporânea de negócios: dimensões
para análise das práticas gerenciais à luz da aprendizagem e da participação
organizacionais. Revista da FAE, v. 6, n. 2, 2003. Disponível em: https://revistafae.fae.
edu/revistafae/article/view/466. Acesso em: 17 jan. 2023.
78
UNIDADE 2 —
DESENVOLVIMENTO E
GESTÃO DE EQUIPE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tema de aprendizagem desta unidade, você encontrará autoatividades com o
objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
79
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
QR Code abaixo:
80
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, seja bem-vindo à Unidade 2 da disciplina “Desenvolvimento
Gerencial e Liderança”. Depois de você compreender os fundamentos da Gestão de
Capital Humano das Organizações, na Unidade 1, conhecerá no decorrer desta unidade,
os principais aspectos em relação à comunicação positiva, equilibrada e saudável, os
caminhos para se transformar um grupo em uma equipe de alta performance, assim
como a importância da motivação no engajamento e desempenho dos membros de sua
equipe.
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes
ao longo desta unidade, ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver novas
competências pessoais e profissionais. Pronto para começar mais este tema? Mas...
antes de iniciarmos os principais conceitos deste assunto, que tal assistir a alguns
vídeos para a abertura deste Tema de Aprendizagem?
81
DICAS
Você sabia que a comunicação não verbal é tão importante quanto a verbal? Uma complementa
a outra e ajuda a compreender melhor a mensagem que está sendo transmitida, auxiliando
a entender melhor as pessoas. Nos vídeos a seguir, João Abrantes, do Instituto Kleos, vai
mostrar exemplos e aplicações da linguagem corporal/não verbal que vão ajudar bastante a
decifrar o que as outras pessoas realmente estão pensando. Para entender esse conceito,
assista os vídeos “7 Gestos de linguagem corporal, que você precisa conhecer para desvendar
as pessoas” e entenda como interpretar melhor as pessoas e ter uma
comunicação mais eficiente. Acesse os links: https://www.youtube.com/
watch?v=AxBDTcaHNTE – Parte I.
https://www.youtube.com/watch?v=eVowcinwDOg&t=6s – Parte II.
https://www.youtube.com/watch?v=XNfaUFI8d-w&t=8s – Parte III.
Você ainda pode aprender mais sobre este assunto, de uma maneira
divertida e descontraída, assistindo a uma série de sete temporadas que
foi muito famosa por tratar deste assunto “The Mentalist” (O Mentalista),
em que o protagonista “Patrick Jane”, desvenda crimes por meio da
linguagem verbal e não verbal. Curta essa pequena maratona na TV!
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal aprender sobre a
comunicação organizacional e as mudanças digitais? Leia a matéria
completa no artigo “A força da transformação digital na comunicação
corporativa”, acessando o link: https://rhpravoce.com.br/colab/a-forca-
da-transformacao-digital-na-comunicacao-corporativa/. Boa leitura!
82
funções básicas dentro de um grupo ou de uma organização:
• Controle – agindo no controle do comportamento das pessoas de várias formas.
• Motivação – facilitando a motivação por esclarecer aos funcionários o que deve ser
feito, qual a qualidade do seu desempenho e o que fazer para melhorá-lo.
• Expressão emocional – fornecendo o meio para a expressão emocional de
sentimentos e para a satisfação de necessidades sociais.
• Informação – proporcionando as informações de que as pessoas e os grupos
precisam para tomar decisões ao transmitir dados para que se identifiquem e avaliem
alternativas.
Notou como essas funções são essenciais na comunicação? Dessa forma, você
pode utilizar uma comunicação assertiva para dar comandos ou ordens de trabalho, ou
para motivá-las, elogiando, orientando, estimulando a realizarem suas tarefas, ou para
expressar os sentimentos e emoções, auxiliando no entendimento do comportamento
das pessoas, além de transmitir dados e informações que servem para nos orientar e
tomar decisões.
83
faciais, ao lado das entonações de voz, que podem mostrar arrogância, agressividade,
medo, timidez e outras características que nunca seriam comunicadas se você
apenas lesse uma transcrição do que foi dito. Daqui a pouco, iremos aprofundar esta
forma de comunicação no próximo tópico “Linguagem Corporal” (ROBBINS; JUDGE;
SOBRAL, 2010).
Não é difícil, não acha? Note que todos esses meios são importantes e eficientes,
a combinação entre eles, fortalece a comunicação, tornando-a mais assertiva. Agora
que você já entendeu os princípios básicos de uma comunicação interpessoal positiva,
equilibrada e saudável, que tal estudar a comunicação inclusiva, diversificada e
multicultural? Vamos conferir?
84
• A comunicação “politicamente correta”
Então como proceder nessas situações para evitar uma falha na comunicação?
O que fazer para agir politicamente correto? Como perguntar o pronome de alguém?
Uma alternativa é observar em como ela se refere a si mesma, mas se errar o uso
dos pronomes de alguém, peça desculpas e corrija imediatamente, exemplo: “ele,
digo, ela, desculpa...” e continua o assunto. Ou apenas pergunte “Como eu devo chamar
você?”, ou “Quais pronomes você usa?” Perguntar é sempre a melhor escolha! Não se
esqueça, trate e respeite os outros da mesma forma que deseja ser tratado e
respeitado!
Mas... é tão ruim assim usar termos errados? Quais as consequências de uma
comunicação politicamente incorreta? São diversos os resultados negativos, desde a
perda de um cliente, a demissão de um funcionário, responder por uma ação judicial,
uma reclamação por assédio moral ou sexual, ser “cancelado nas redes sociais”, entre
outros, mas, principalmente, tende a refletir seu caráter, sua ética e moral em não tratar
o próximo, de forma respeitosa!
Note que até o nosso vocabulário foi alterado para ser politicamente correto, um
exemplo, é que o fato da eliminação, do próprio vocabulário, de palavras como aleijado,
cego ou velho e as trocando por pessoa com deficiência física, pessoa com deficiência
visual e idoso, respectivamente.
85
IMPORTANTE
Problemas na substituição de palavras. Ao eliminamos palavras que
podem ser consideradas ofensivas, reduzimos nossas alternativas
para uma transmissão de mensagens mais claras e acuradas.
Quanto maior o vocabulário utilizado pelo emissor e pelo receptor,
maior será a precisão na transmissão das mensagens. No entanto,
ao eliminarmos algumas palavras de nosso vocabulário, dificultamos
a transmissão acurada das mensagens e quando substituirmos
essas palavras por termos com significado menos claro, reduzimos
a probabilidade de que nossas mensagens cheguem ao receptor da
maneira como havíamos previsto. Por isso é muito importante tomar
cuidado com a escolha de nossas palavras para não ofendermos
ninguém, mas também termos cuidado para não mutilarmos
nosso vocabulário a ponto de prejudicar a clareza da comunicação
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/diversos-amigos-segurando-baloes-de-fa-
la_2894881.htm#query=comunica%C3%A7%C3%A3o%20e%20diversidade%20cultu-
ral&position=6&from_view=search&track=ais. Acesso em: 6 abr. 2023
86
Entenda que uma comunicação assertiva não é fácil, deve respeitas as diferenças,
as diversidades, e mesmo seguindo todas as orientações a respeito do processo de
comunicação, exige atenção e cuidados. Apesar da forte contribuição positiva e
benefícios da multiculturalidade, os fatores multiculturais colaboram para aumentar os
problemas de comunicação, como um simples gesto aceitável e corriqueiro em uma
cultura pode se tornar sem sentido ou até ofensivo em outra cultura (ROBBINS; JUDGE;
SOBRAL, 2010).
Incrível essa diferença cultural, não concorda? Agora que você conheceu essas
barreiras culturais existentes na comunicação, também precisa conhecer a importância
do contexto cultural na comunicação. Vamos aprender o que isso significa e como
ocorre? Veja a seguir!
87
Contexto cultural
Um guia cultural
É comum cometermos erros na comunicação com pessoas de culturas diferentes. Mas...
podemos de alguma maneira evitar esses erros de interpretação, de percepção e
de avaliação? Sim, é possível, para isso devemos analisar o contexto cultural. Para
Robbins, Judge e Sobral (2010), quanto mais semelhante for o contexto delas com o
seu, menores serão as dificuldades na comunicação. Além disso, o autor cita quatro
regras que podem te auxiliar:
88
• Suponha que haja diferenças até que a similaridade seja comprovada. A
maioria de nós pressupõe que as outras pessoas são mais parecidas conosco do
que são realmefnte, mas na verdade, pessoas de outras nações geralmente são
muito diferentes de nós. Portanto, é melhor evitar os enganos considerando de
início, que elas são diferentes, e não o contrário
• Foque nos aspectos descritivos, em vez de interpretações ou avaliações. A
interpretação ou a avaliação do que alguém acabou de dizer tem mais a ver com a
cultura e o histórico do observador do que com a situação observada. Portanto, é
conveniente que adie seu julgamento até que tenha tempo suficiente para observar
e interpretar a situação sob as diferentes perspectivas das culturas envolvidas
• Busque a empatia. Antes de enviar uma mensagem, procure se colocar no lugar
do receptor, compreendendo quais são seus valores, experiências e quadros de
referência. Busque saber sobre sua educação, criação e história de vida que auxilie
nessa compreensão, portanto, faça o possível para ver o outro, como de fato ele
realmente é.
• Trate suas interpretações como uma hipótese de trabalho. Em circunstâncias
as quais você conseguiu uma explicação para uma situação nova ou que criou
empatia com alguém de outra cultura, trate essa interpretação como uma hipótese
que precisa de mais testes para ser comprovada. É importante que você analise
cuidadosamente a reação dos receptores para ver se ela confirma sua hipótese inicial.
Portanto, se o teor da comunicação for importante, você deve buscar informações
com outras pessoas que conheçam a cultura em questão para se assegurar de que
suas interpretações estão corretas.
DICAS
Você sabia que existem formas politicamente corretas de se comunicar?
Respeitar princípios éticos, requer uma comunicação multicultural e
inclusiva. Nos vídeos a seguir, você vai perceber a importância desse assunto
e algumas dicas práticas. Para entender melhor esse conceito, assista
aos vídeos “Comunicação Multicultural Animaker” e “Como implementar
processos de Comunicação Inclusiva: da estratégia ao operacional”, e
entenda a melhor maneira de se comunicar com as pessoas corretamente.
Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=VQsm410_f-E e
https://www.youtube.com/watch?v=T4yR1dYx1t4.
89
Mas, como podemos tornar a comunicação mais assertiva na empresa?
A comunicação organizacional é uma das grandes preocupações dos gestores, e
as alternativas para torná-la mais eficaz, vem sendo desenvolvida, geralmente, por
programas elaborados pela área de Gestão de Pessoas (GP). Primeiramente, deve
ficar claro, que tanto líderes quanto liderados, devem agir sem julgamento nas palavras,
sem preconceitos entre as partes. Uma comunicação positiva, equilibrada e saudável,
deve fazer parte dos programas de bem-estar e melhoria do clima organizacional,
elaborados pela área de GP.
90
Perceba que entre os vários benefícios dessa forma de comunicação, está a
economia de papelada física como os memorandos e as cartas, contribuindo também,
para o mio ambiente, além das contas de telefone, em que a comunicação com
fornecedores, com clientes e outros grupos externos de interesse, geravam um custo
muito maior do que atualmente (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
Para entender melhor cada uma das formas de comunicação eletrônica pela
internet, vamos analisar as principais ferramentas de comunicação, começando pelo
e-mail no quadro “O uso do correio eletrônico ou e-mail”, a seguir.
91
mensagens instantâneas fazem parte do cenário organizacional, como uma ferramenta
básica na comunicação no trabalho, pois se trata de uma maneira rápida e barata de os
executivos estarem em contato com seus funcionários e de os empregados estarem em
contato entre si (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
ATENÇÃO
Comunicação eletrônica. A mudança de concepção e de atuação, já
prevista nas próprias características da mídia digital e da web, faz com
que o computador, o celular e a TV cada vez mais se distanciem de uma
máquina de reprodução e se aproximem de máquinas de produção
colaborativa: é o que faz a diferença entre o e-mail e os chats, mas
principalmente entre o Word/Office e o GoogleDocs, o Powerpoint e o
Prezi, o Orkut (em sua concepção inicial) e o Facebook, o blog (em sua
concepção inicial) e o Twitter ou p Tumblr. Todas essas ferramentas mais
recentes permitem (e exigem, para serem mais interessantes), mais que
a simples interação, a colaboração (ROJO; MOURA, 2012).
92
Outra ferramenta de comunicação no ambiente organizacional, refere-se às redes
intranet e extranet internet, vamos analisar essa ferramenta de comunicação, no
quadro “O uso de redes intranet e extranet internet”, a seguir.
Intranet e Extranet
Portanto, note que tanto a extranet quanto a intranet necessitam de acesso via
internet, permitindo seu acesso remoto ao sistema da empresa, em qualquer localização
em que você esteja. A extranet proporciona uma comunicação mais eficiente entre
a organização e seus stakeholders, além contribuir para gerar um “arquivo digital”
reunindo informações e conhecimento que podem ser compartilhados facilmente entre
os funcionários para aumentar a inovação, criatividade e tomada de decisões. Ambas as
formas, mantem as pessoas conectadas, independentemente da localização, conforme
mostra a figura “Pessoas Conectadas”.
93
Figura 2 – Pessoas Conectadas
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/botao-de-mao-botao-multimidia_1150272.htm#query=pesso-
as%20conectadas%20pelo%20mundo&position=8&from_view=search&track=ais. Acesso em: 15 fev.
2023.
INTERESANTE
Workflow. O uso da intranet e da extranet pode e deve ser potencializado
devido a sua importância no que diz respeito à conexão das pessoas
em uma única rede, servindo, dessa forma, de base para automação de
processos e divulgação de informações que podem agregar valor. Com
essa rede pode-se trabalhar com o conceito de workflow, onde através
da rede, os funcionários podem acessar dados de um processo, atualizá-
los (desde que autorizados) e liberá-los para que outro funcionário ou
departamento faça a sua parte. Esta interação agrega valor e permite
uma agilidade em vários dos processos atuais, pois cada funcionário
pode interagir com um processo, independentemente do local de onde
estiver; bastando apenas de um microcomputador com acesso à rede
(SOUZA et al. 2009).
94
IMPORTANTE
Workflow. O uso da intranet e da extranet pode e deve ser potencializado
devido a sua importância no que diz respeito à conexão das pessoas
em uma única rede, servindo, dessa forma, de base para automação de
processos e divulgação de informações que podem agregar valor. Com
essa rede pode-se trabalhar com o conceito de workflow, onde através
da rede, os funcionários podem acessar dados de um processo, atualizá-
los (desde que autorizados) e liberá-los para que outro funcionário ou
departamento faça a sua parte. Esta interação agrega valor e permite
uma agilidade em vários dos processos atuais, pois cada funcionário
pode interagir com um processo, independentemente do local de onde
estiver; bastando apenas de um microcomputador com acesso à rede
(SOUZA et al. 2009).
IMPORTANTE
Intranet. Os empregados querem e necessitam de informações melhores
e mais rápidas, e a intranet oferece esta solução. Como na Internet, o Web
Browser (Navegador Web) é a interface universal para a Intranet. Nunca
antes uma companhia teve a habilidade de instalar uma rede em que
todas as operações pudessem ser executadas com uma única interface
que pode ser executada nas mais variadas plataformas de hardware e
software (SOUZA et al 2009).
IMPORTANTE
Extranet. Ela se caracteriza por ser uma rede semelhante a uma intranet,
que usa recurso de telecomunicações para permitir acesso remoto,
usando os protocolos da Internet. O objetivo da extranet é compartilhar
com segurança informações de negócio de uma empresa entre seus
funcionários, parceiros e fornecedores, em outras palavras, os stakeholders
(SOUZA et al, 2009).
95
Você já participou de uma entrevista de emprego por videoconferência?
Já praticada há anos pelas empresas, ganhou largo espaço durante a pandemia do
Covid-19, passando a ser muito adotada ainda nos dias de hoje por diversas organizações.
A videoconferência também é uma ferramenta da comunicação eletrônica utilizada
pelas organizações, sendo uma extensão dos sistemas de intranet e extranet. Ela
proporciona aos funcionários, a realização de reuniões com pessoas em lugares
diferentes do local da empresa, ou seja, comunicação em tempo real entre pessoas que
estão em localidades diferentes. Veja na figura “Reunião por videoconferência”.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/colegas-em-videoconferencia-durante-a-pandemia-de-coronavi-
rus_19138481.htm#page=5&query=video%20conferencia&position=0&from_view=search&track=ais.
Acesso em: 15 fev. 2023.
96
Quadro 4 – O uso de videoconferência
Videoconferência
Vantagens A tendência é cada vez maior de se tornar uma alternativa usada no lugar das
viagens, caras e demoradas, como redução de custos organizacionais.
Desvantagens Diminui o contato presencial, face a face, o que impossibilita maior percepção
dos sentimentos, emoções, reações e comportamentos das outras pessoas.
97
• Linguagem – se refere aos diferentes significados dados às palavras por diferentes
pessoas, com variáveis que influenciam a linguagem usada e as definições que
ela dá às palavras, destacam-se a idade, a educação e o histórico cultural. A
presença de diversidade e multiculturalismo nas organizações, contribuem para
padrões diversos de linguagem, principalmente em grandes organizações, e nas
multinacionais, em que os funcionários costumam ficar geograficamente dispersos,
às vezes até em diferentes países, utilizando termos e frases específicos do local
onde se encontram. Outro fato importante, é o agrupamento de funcionários em
departamentos, criando especialistas que desenvolvem seu próprio jargão ou
linguagem técnica (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
• Medo da comunicação – se refere ao medo ou ansiedade da comunicação. Note
que a maioria das pessoas odeiam falar em público, e isso é um problema sério,
pois afeta a comunicação. Normalmente, as pessoas que sofrem desse problema
sentem tensão ou ansiedade, sem motivo aparente, em relação à comunicação
oral, optando pelo meio escrito, como um e-mail ou mensagem instantânea, para
transmitir suas mensagens quando um simples telefonema seria o mais adequado
em determinadas situações (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
ATENÇÃO
O que acontece quando as pessoas têm mais informações do que
conseguem organizar e utilizar? Hoje em dia, com as demandas
para atender a e-mails, telefones, reuniões e leituras profissionais,
aumentou o potencial da sobrecarga de informações entre executivos
e profissionais de alta qualificação. Como consequência, tende a
selecionar, ignorar ou esquecer informações, ou elas podem deixar de
processar informações adicionais até que a sobrecarga seja superada.
Seja como for, o resultado é a perda de informações e uma comunicação
menos positiva, pouco equilibrada e nada saudável (ROBBINS; JUDGE;
SOBRAL, 2010).
Mas... você sabe a hora que deve ficar quieto? Às vezes, “boca fechada” pode
ser a melhor opção! Perceba que outro aspecto importante na comunicação é o silêncio.
Ele é definido pela ausência de palavras ou de ruídos, não é necessariamente uma
inatividade, ao contrário do que muitos pensam, é uma falha na comunicação. Ele é uma
forma poderosa de comunicação, pois pode significar que uma pessoa está pensando
ou contemplando sobre a resposta para uma questão, pode significar que a pessoa
está ansiosa ou com medo de falar, pode também ser um sinal de concordância, de
divergência, de frustração ou de raiva (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
98
apontar a insatisfação ou o descontentamento, evitando ou ignorando a outra parte
envolvida, ou seja, poder ser o início de um conflito que pode piorar e passar a utilizar
de má forma a linguagem não-verbal, a verbal, chegando até ao atrito físico. Percebeu
a importância de a liderança identificar e analisar as situações de silencio em suas
equipes de trabalho? Uma intervenção deve ser realizada o quanto antes, nem que seja
um simples bate-papo para “sentir o clima”, afinal, prevenir é a melhor opção, sempre!
3 LINGUAGEM CORPORAL
Você é do tipo que gesticula muito quando fala? Não consegue falar se mexer os
braços? Tem algum tique nervoso? Então saiba que a tua postura, os teus gestos podem
falar muito sobre você. Isso é um fato! É possível analisar as pessoas pela sua linguagem,
ou seja, pela sua forma de escrita e de leitura, por meio da neurolinguística, você sabia
disso? E tem mais... se você aplicar princípios da Programação Neurolinguística (PNL),
pode analisar as pessoas, além da linguagem falada e escrita, mas também da linguagem
corporal, pela sua postura, seus gestos, tonalidade da voz, expressões da face, postura
do corpo, entre outras formas. É incrível, não acha? Vamos, então, por partes...
99
IMPORTANTE
Programação Neurolinguística (PNL). A PNL é “uma das mais sofisticadas
e eficazes metodologias atualmente disponíveis para ajudar a promover
uma comunicação eficaz, centrando-se essencialmente em
comunicação e mudança”, é voltada a identificar como pensar
e comunicar de forma mais eficaz conosco e com os outros, ela
define um modelo de percepção, em que a realidade externa,
ou seja, tudo aquilo que nos rodeia e tudo o que acontece à
nossa volta é apreendido pelo nosso cérebro seguindo certas
etapas. É formada uma representação da realidade por meio
da utilização dos sentidos, particularmente, a visão, a audição, o
olfato, o tato e o paladar.
O Rapport, ou Espelhamento, é uma das principais técnicas de
PNL, refere-se a tentar gerar uma semelhança com a pessoa(s)
envolvida(s) na comunicação, procurando criar uma relação
de empatia com a(s) outra(s) parte(s). Pode ocorrer de forma
natural ou criado através da técnica de espelhamento, imitando
postura e gestos um do outro. Existem outras técnicas de PNL
além do Rapport, como Sistema Representacional, Acessos
Oculares, Ancoragem, entre outras (HENRIQUES, 2020).
100
IMPORTANTE
Aplicação da Linguagem Corporal. Atualmente, vários departamentos do
governo americano, incluindo a própria CIA e o FBI, realizam pesquisas
a fim de conhecer os políticos a fundo. Para isso, utilizam as mais
diversas ferramentas com o objetivo de compreender melhor os líderes
mundiais e prever suas ações. Observando o modo como alguém se
movimenta, ou não, é único, pois se refere a uma assinatura específica.
Como exemplo, basta lembrar o andar característico de John Wayne
e Gregory Peck, o rebolado de Elvis Presley e os trejeitos de Carmen
Miranda. São numerosos os líderes que realizam gestos específicos que
os tornam singulares, configurando-se como uma espécie de marca
registrada, como é o caso da mão estendida de Barack Obama ou os
braços abertos com os cotovelos perto do corpo de Steve Jobs, que são
exemplos clássicos (CAMARGO, 2018).
INTERESSANTE
Gestos e linguística. As dimensões continentais do Brasil permitem
grandes variações e as mais diversas nuances no que se refere à
linguagem corporal. Além das diferenças linguísticas, alguns gestos
diferem bastante de uma região para outra. Pensemos, por exemplo, no
beijo no rosto. Em São Paulo, dá-se apenas um; no Rio de Janeiro, dois;
no Rio Grande do Sul, três!
Muitos gestos nascem, vivem e “morrem” em apenas determinada região,
enquanto outros, surgem com determinado sentido e aos poucos se
transformam. Um exemplo é o famoso V da vitória feito por Winston
Churchill em 1945, que na década de 1960, o gesto voltou a ser utilizado
pelos hippies para representar paz e amor (CAMARGO, 2018).
101
3.1.2 Empatia e linguagem corporal
Você é uma pessoa que tem empatia pelos outros? Sabe quanto isso é
importante no ambiente de trabalho? Principalmente no papel do líder? A empatia é
essencial em qualquer posição da organização, principalmente na liderança, e uma
das formas de medir a empatia de um líder é por meio da maneira que dialoga com
sua equipe. Liderança requer empatia na comunicação, em analisar se os sentimentos
de seus funcionários podem causar algum dano ao bem-estar a ao desempenho da
equipe, afetando seus resultados.
INTERESSANTE
Empatia na história dos líderes. São vários os exemplos, como é o caso
de Martin Luther King, líder do movimento contra a segregação racial
nos EUA, que em 1963, discursou em Washington para cerca de 250
mil pessoas, sobre seu maior sonho, o de um mundo em que negros e
brancos fossem iguais. Dessa forma, as palavras do ativista se tornaram
um verdadeiro símbolo da luta por direitos utilizando vias não violentas e
até hoje, King é visto como um líder tolerante e cheio de empatia.
Ao contrário, Donald Trump, em sua campanha presidencial de 2016,
expressou ameaças a diversas minorais, como latinos, imigrantes e
trabalhadores ilegais, e encorajou o ódio aos árabes e incentivou o porte
de armas. Além disso, fez piadas de mau gosto com mulheres e gays
(CAMARGO, 2018).
Entenda que tanto a empatia como a compaixão, não são emoções, elas são
reações às emoções provenientes de outras pessoas. Além disso, existem três tipos de
empatia, que podem ocorrer de forma separada uma da outra ou em conjunto, conforme
citado por Camargo (2018):
102
• Empatia cognitiva – trata-se da capacidade ou habilidade de identificar o que outro
sente. Um líder proativo identifica com perfeição aquilo que o outro sente, observa
a fundo as necessidades do grupo que lidera, ainda que não necessariamente sinta
a mesma coisa.
• Empatia emocional ou afetiva – permite-nos compreender o que o outro está
sentindo, como estar diante de alguém que está triste pela perda de um ente
querido, enquanto nós nos solidarizamos com sua dor. Entretanto, o líder deve
tomar muito cuidado para não se contaminar pelos sentimentos dos outros, pois,
em muitos casos, a empatia emocional amplifica-os, e quando estes são negativos
pode-se perder a noção do que se faz.
• Empatia compassiva ou comportamental – Trata-se da necessidade de auxiliar
o outro depois de reconhecida sua emoção e inclui comportamentos verbais/não
verbais. É possível consolar o outro com palavras ou atitudes não verbais, como
oferecer um “ombro amigo”, tanto no sentido real como metafórico, reconhecendo o
problema de alguém e ajudá-lo.
ATENÇÂO
Empatia e Altruísmo. Altruísmo é ajudar outra pessoa sem expectativa
de qualquer compensação, além do bom sentimento resultante. Pessoas
empáticas e altruístas, contribuem na redução do conflito social, satisfação
conjugal, redução de problemas emocionais etc., entretanto, pessoas sem
empatia, além de enfrentar inúmeros prejuízos na convivência social, em
casos extremos vivem à margem da sociedade. Algumas das deficiências
na empatia estão associadas a distorções na percepção, assim como
problemas de regulação e autocontrole emocional, que, nesse caso,
favorecem o comportamento agressivo. A falta de empatia é identificada
em muitos transtornos de personalidade, tais como personalidade
antissocial, paranoide, narcisista etc. (CAMARGO, 2018).
Assim, é possível que o líder use a empatia para conquistar o coração de seus
liderados? Sim, isso mesmo! Como você acabou de ver, uma pessoa empática tem maior
capacidade de uma comunicação positiva, equilibrada e saudável, maior aceitação
como parte do grupo, e no caso do líder, é essencial para que ele seja aceito como líder,
despertando o respeito e cooperação. Mas além da maneira como você se comporta,
a sua apresentação também expressa quem você é. Suas vestimentas, parte da sua
comunicação não-verbal. Vamos conferir?
103
3.2 APRESENTAÇÃO PESSOAL COMO FORMA DE
COMUNICAÇÃO
Já percebeu quanto sua apresentação fala por você? Sim, a maneira como nos
vestimos representa nossa comunicação não verbal, ela transmite várias informações
aos demais. Apesar das idiossincrasias e diferenças entre a cultura das organizações e
fatores os mais diversos, como o clima, por exemplo, vestir-se bem é essencial para a
posição do líder.
104
conceito etc. Quanto mais comprometido o líder estiver com determinada atitude e
menos contraditório for em suas posições, mais credibilidade terá (CAMARGO, 2018).
Mas... quem não tem, pode desenvolver uma postura mais adequada à liderança?
Sim, é possível! A postura do líder é de grande importância, pois é uma mensagem
corporal que ele transmite aos demais. Sendo assim, é essencial treinar as pessoas para
que utilizem a postura corporal a fim de desenvolver e aprimorar sua maneira de liderar.
Alguns nascem com postura de líder, mas a liderança pode ser aprendida e treinada,
fazendo a linguagem corporal parte desse processo (CAMARGO, 2018).
INTERESSANTE
Gestos no mundo. Após um gesto ser realizado, o interlocutor o
interpretará de acordo com suas crenças, seu conhecimento, sua intuição
etc. Veja como exemplo, o dedo indicador unido ao polegar significa
moeda no Japão, zero na Rússia, ok nos Estados Unidos e algo deveras
ofensivo no Brasil. Quando a NBA, liga de basquete americano, realizou
jogos no Brasil, instruiu os jogadores a não realizar tal gesto, muito usado
quando fazem a cesta de três pontos (CAMARGO, 2018).
105
INTERESSANTE
Gestos de poder dos líderes dominantes. As mãos na cintura referem-se
a um gesto típico de expansão, na mesma linha do boneco assassino,
seu principal significado é “afaste-se de mim”, e tem caráter universal
e antissocial. Ao nos dirigirmos dessa forma ao outro, mostramos que
estamos em desacordo com suas atitudes e ainda se o peito estiver
estufado, significa: “Sou mais poderoso que você”. Em países como Malásia
e Filipinas, o significado é de raiva intensa, e no Brasil, principalmente entre
as mulheres, indica aborrecimento e desconforto" (CAMARGO, 2018).
Quais seriam os principais gestos que um líder deve conhecer? Existem vários
gestos essenciais na liderança eficaz, mas você pode conhecer os significados dos
gestos mais comuns adotados pelos líderes no quadro “O significado dos gestos na
liderança”. Veja a seguir.
Gesto Significado
106
Gesto Significado
107
3.2.4 O uso da voz e o das palavras
Você acabou de entender a importância dos gestos e da postura na linguagem
corporal, mas além deles, o tom de voz e as palavras, aplicados juntamente com a
linguagem corporal, pode dar outro significado à comunicação. As informações visuais
podem representar praticamente metade da compreensão de uma mensagem, sendo
complementadas pelo tom de voz e pelas palavras utilizadas. Um líder eficaz deve saber
como se comunicar complementando de maneira adequada esses três elementos, ou
seja, visual + voz + palavras.
108
Veja que, por outro lado, existem algumas palavras que devem ser evitadas na
comunicação da liderança, entre elas estão: criticar, impossível, incompetente, horrível,
péssimo, jamais, apelidos que apontam defeitos, vocabulário ofensivo, pessimismo etc.
Perceba que todas essas palavras devem ser evitadas e algumas nunca citadas,
também é recomendável que não: fofoque, não julgue antes de avaliar os fatos, não
opine sem uma finalidade, não condene tão rapidamente, não seja negativo e não minta.
DICA
Para explicar a ciência que estuda a elaboração cerebral da
linguagem e analisa as expressões corporais do ser humano, Gilberto
Cury, Presidente da SBPNL (Sociedade Brasileira de Programação
Neurolinguística), fala sobre PNL em entrevista no programa da Record
News. Mesmo sem saber, os movimentos do seu corpo 'emitem'
mensagens. Piscar de olhos, bochechas coradas podem esconder
'segundas intenções'. Assista a entrevista “Programa Link da Record
News entrevista Gilberto Cury sobre PNL”, acessando o link: https://
www.youtube.com/watch?v=Dz4v_tgO3Ug.
A SBPNL é a introdutora da PNL no Brasil. Durante todos estes anos,
consolidou-se como o maior centro de excelência em PNL da América
Latina, gerador e formador de novas ideias, estudos e pesquisas na área.
Gostou do que vimos até aqui? Não existem fórmulas mágicas na comunicação!
Lembre-se de que toda forma de comunicação é influenciada pelos envolvidos, e na
comunicação organizacional, os líderes devem conduzir a comunicação de acordo com
o perfil de suas equipes de trabalho, da coesão e motivação existente os seus membros.
Reflita sobre isso. Aliás, grupos e equipes fazem parte do nosso próximo assunto. Antes,
vamos recapitular o que foi aprendido neste Tema de Aprendizagem? Vamos lá!
109
RESUMO DO TÓPICO 1
110
AUTOATIVIDADE
1 A comunicação assertiva é fundamentada em uma comunicação positiva, equilibrada
e saudável. Ela promove uma comunicação mais verdadeira, porém de maneira
respeitosa, agindo de forma justa e empática. Ao mesmo tempo, ela deve atender às
funções da comunicação, ou seja, na transferência e na compreensão do significado.
As funções da comunicação se resumem em quatro, quais são elas? Assinale a
alternativa CORRETA:
111
( ) As mensagens instantâneas atuam como uma forma de Tecnologia da Informação
e Comunicação para uso pessoal e profissional.
( ) O e-mail e as mensagens instantâneas agem exatamente da mesma forma, sendo
considerados idênticos, pois ambos utilizam a internet.
( ) As videoconferências fazem parte da comunicação eletrônica das organizações,
permitindo a visualização da imagem dos participantes.
112
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
O PAPEL DO LÍDER NA FORMAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DAS EQUIPES DE
ALTA PERFORMANCE
1 INTRODUÇÃO
No Tema de Aprendizagem anterior, entendemos a importância de uma
comunicação assertiva nas organizações, uma comunicação multicultural e inclusiva,
adaptada ao trabalho remoto, home office, como a aplicação da TIC, favorecendo a
comunicação virtual entre as equipes, principalmente com seu grande crescimento
após a pandemia do Covid-19 e grande uso ainda no cenário econômico atual. Uma
comunicação assertiva depende do meio em que ocorre, dos envolvidos, ou seja, da
eficiência na orientação e preparo dos grupos e de seu líder. Mas, como fazer isso? É o que
veremos neste tema.
Mas antes de iniciarmos os principais conceitos desse assunto, que tal assistir a
alguns vídeos para a abertura deste Tema?
113
DICA
Você sabe a diferença entre grupos e equipes? É possível transformar um grupo em
uma equipe de alta performance? Para responder a essas questões, vamos começar
entendendo melhor as diferenças existentes e como atuam nas organizações, assistindo
aos vídeos “Grupos x equipes: saiba diferenciar. Conceitos e exemplos” e “Grupos x equipes:
saiba como diferenciar? Definição, objetivos, tarefas e aprenda as
diferenças”, “Liderança de alta performance, por Bernardinho”,
entendendo mais sobre eles, acessando os seguintes links: https://
www.youtube.com/watch?v=yholSMbac40 e https://www.youtube.
com/watch?v=5188i23VeuU
https://www.youtube.com/watch?v=Yu19eb6e2qg.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal saber mais sobre
equipes de alta performance? Leia a matéria completa nos artigos
“Alta performance e humanização” e “A dica de ouro para desenvolver
equipes de alta performance”, acessando os links: https://rhpravoce.
com.br/colab/alta-performance-e-humanizacao/ e https://rhpravoce.
com.br/colab/a-dica-de-ouro-para-desenvolver-equipes-de-alta-
performance/ respectivamente. Boa leitura!
2 LIDERANDO EQUIPES
Você, provavelmente, já deve ter ouvido as palavras equipe e grupo, em seu
ambiente de trabalho, na escola, nas redes sociais, mas, você sabe o real sentido
dessas palavras? O que as diferenciam? Como aplicá-las no ambiente de trabalho?
Para entender melhor o uso delas, primeiramente, vamos entender os sentidos. Vamos
conferir?
114
O grupo refere-se ao conjunto de pessoas em interação, que atuam de forma
interdependente e se reúnem em busca de um objetivo, ou seja, é mais do que um
aglomerado de pessoas. Assim, para que um conjunto de pessoas ser chamado de grupo,
deve apresentar quatro critérios: conjunto de pessoas; interação; interdependentes; e
objetivo comum. Um grupo de trabalho interage para compartilhar informações e tomar
decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na sua área de responsabilidade,
dessa forma, o desempenho do grupo é o somatório das contribuições individuais
(ESCORSIN; WALGER, 2017).
INTERESSANTE
Força tarefa. Esses grupos formais são criados com a finalidade de
coexistirem para atuarem em determinada tarefa, mantendo o grupo
unido enquanto a tarefa estiver em andamento. Ocorre principalmente
na área de projetos, fiscal, construção, obras, segurança, entre outras.
Você pode encontrar um exemplo no artigo “Seplan e CREA-SP anunciam
força-tarefa para fiscalização de obras em Prudente”, acessando o link:
http://www.presidenteprudente.sp.gov.br/site/noticia/67819. Boa leitura!
115
pode participar apenas de um grupo como pode participar de vários grupos ao mesmo
tempo. Como exemplo, imagine você participando do grupo de trabalho em uma
empresa, ao mesmo tempo que participa de um time de futebol amador, que por sinal,
é formado por um grupo de amigos. E assim por diante, a participação em grupos é
ilimitada, só depende de como você vai gerenciar seu tempo para participar de forma
passiva ou ativa em cada um deles.
Motivo Beneficio
Segurança Reduz as inseguranças de “se sentirem sós”, se sentem mais fortes, têm
menos dúvidas e se tornam mais resistentes a ameaças.
Status A inclusão em um grupo que é visto como importante pelos outros
proporciona reconhecimento e status para seus membros.
Autoestima Dá sensação de amor próprio, ou seja, além de demonstrar status para
os outros, a filiação a um grupo também faz com que seus membros se
valorizem ante os próprios olhos.
Associação As pessoas apreciam a constante interação interpessoal dentro do
grupo. Para muitos, essas interações no trabalho são a principal fonte de
atendimento de suas necessidades de associação.
Poder As coisas que não podem ser obtidas de forma individual geralmente se
tornam possíveis pela ação grupal, já que há poder no agrupamento.
Alcance de metas Há ocasiões em que é preciso mais de uma pessoa para realizar uma
determinada tarefa, gerando a necessidade de diferentes conhecimentos,
talentos, ou poderes para que uma meta seja alcançada.
Desenvolvimento do Grupo
Fonte: adaptado de Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 103)
116
aumentando a coesão, existindo um forte sentido de identidade grupal e de
camaradagem entre os membros. Esta etapa encerra com quando a estrutura do
grupo se solidifica, assim um conjunto de expectativas que define qual deve ser o
comportamento correto dos membros é assimilado pelo grupo.
• Execução – etapa em que a estrutura do grupo é totalmente funcional e aceita, a
energia do grupo fica voltada ao desempenho da tarefa que deve ser realizada. Essa
etapa é a última para os grupos permanentes de trabalho.
• Dissolução – etapa apenas para os grupos temporários, os quais devem se
preparar para a sua dissolução. Assim, o alto desempenho deixa de ser prioridade e
as atenções voltam-se para a conclusão das atividades.
ATENÇÃO
Ampliando a coesão do grupo. Você sabe o que um gestor pode fazer para
promover a coesão de um grupo? Ele deve reduzir o tamanho; estimular
a concordância sobre os objetivos do grupo; aumentar o tempo que os
membros passam juntos; aumentar o status e a dificuldade percebida
para a admissão nele; estimular a competição com outros grupos;
dar recompensas ao grupo, em vez de recompensar seus membros
individualmente; e isolar fisicamente o grupo de outros grupos (ESCORSIN;
WALGER, 2017).
117
importante para o grupo, um jogador artilheiro de um time de futebol tem mais
prestígio que os demais.
• Suas características pessoais – quanto suas características pessoais são
valorizadas especificamente por esse grupo, como a inteligência, simpatia, beleza,
tornando-se “popular”, quanto maior essa característica, maior será o seu status.
• Então... nos grupos, as pessoas agem em conjunto, analisando e avaliando as
situações de forma conjunta. Somente após essa ação conjunta, as decisões são
tomadas também em grupo.
• A tomada de decisão grupal apresenta algumas características, para Soares (2015):
• As informações e os conhecimentos são mais completos, pois a união de diversas
ideias, proporcionam um número maior de alternativas a serem analisas na tomada
de decisão.
• Há mais diversidade de ponto de vista, pois a heterogeneidade cria um maior número
de abordagens e opções a considerar.
• Decisões de qualidade mais elevada, já que o desempenho quase sempre supera o
individual.
• Ampla aceitação de uma solução, pois os componentes que participam da tomada
de decisão estimulam os demais a aceitá-la.
Para Robbins (2010), uma equipe de trabalho deve gerar sinergia positiva
por meio do de um empenho organizado, permitindo às organizações elevarem seus
resultados. Equipes não são agrupamentos permanentes e elas têm a capacidade
para se estruturar, iniciar seu trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamente
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
118
classifica em quatro, veja a seguir:
• Equipes de soluções de problemas – em média são de cinco a doze trabalhadores,
do mesmo departamento, que se reúnem algumas horas por semana para discutir
melhorias na qualidade/eficiência no trabalho. Trocam ideias ou oferecem
sugestões sobre os pontos que podem ser melhorados, no entanto, dificilmente
possuem autoridade para a implementação de sugestões.
• Equipes de trabalho autogerenciadas – as equipes de soluções de problemas
alcançam resultados, mas não envolvem os funcionários nas decisões e processos
do trabalho. Como consequência, as organizações desenvolveram equipes
autônomas, com a capacidade de solucionar problemas, implementar soluções e
assumir responsabilidade pelos resultados, ou seja, tornando-se autogerenciadas.
São formadas por uma média de dez a quinze funcionários que compartilham as
tarefas, apresentam atitudes individuais que repercutem positivamente na equipe
e ainda assumem responsabilidades como planejamento, cronograma de trabalho,
delegação de tarefas e avaliação de desempenho uns dos outros, antes realizadas
pelos seus supervisores, que agora, se tornam dispensáveis.
• Equipes multifuncionais – formadas por funcionários do mesmo nível hierárquico,
mas de diferentes funções e setores da empresa, que se juntam para realizar uma
tarefa. Uma forma eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma
empresa, ou até de diferentes empresas, possam trocar informações, desenvolver
novas ideias e solucionar problemas. Geralmente ocorre como uma força-tarefa,
sendo utilizado temporariamente pelas empresas em projetos específicos e
complexos. Leva tempo até que as pessoas aprendam a lidar com a diversidade
e a complexidade, e a confiar nos outros, para gerar um espírito de equipe. Como
exemplo, são as orquestras e conjuntos musicais, em que os membros tem
habilidades diferentes que se complementam frente a um objetivo comum.
• Equipes virtuais – formada por membros que atuam de forma virtual usando a
tecnologia para se reunir. Permite aos membros viverem e localidades diferentes,
pois o importante é estarem conectados por meio das TICs (Tecnologias da
Informação e da Comunicação), como videoconferência, mensagens virtuais, e-mail
entre outros meios que permite compartilharem informações, tomar decisões,
realizar tarefas, tudo remotamente. Podem participar membros da mesma empresa
ou de outras empresas além de clientes e fornecedores, pode durar alguns dias,
enquanto solucionam algum problema, alguns meses ou ser permanente.
Percebeu que nem sempre formar uma equipe pode ser a solução? Note que
ESTUDOS FUTUROS
Aprofundaremos este assunto na Unidade 3. Até lá!
119
o trabalho em equipe envolve mais recursos que o individual, tem que realmente ser
compensador para a empresa, formar equipes de trabalho. Segundo Soares (2015),
você deve analisar três aspectos para identificar se a situação pede trabalho coletivo
ou individual:
• A tarefa é complexa o suficiente para ser mais bem cumprida por mais de uma
pessoa?
• Há um objetivo comum maior do que a soma das metas individuais?
• Os integrantes têm atitudes individuais em prol do coletivo?
Se as respostas forem não, perceberá que não há necessidade de formar uma equipe
de trabalho, e a melhor alternativa para alcançar o objetivo, seja, nesse caso, o trabalho
individual.
E o que é preciso para formar uma equipe focada em resultados? Para Soares
(2015), a sugestão é:
• Você deve escolher as melhores pessoas possíveis, não as melhores pessoas
disponíveis.
• Você deve gerir a diversidade do seu time.
• Você precisa manter as suas ideias em movimento, evitando obtê-las de forma
apressada e impensada.
• Você precisa entender que as organizações não devem ter medo de dividir suas
ideias.
• Você deve considerar todos os detalhes do contexto devem ser avaliados.
120
duas ou mais pessoas que em conjunto, buscam atender aos mesmos objetivos, onde
cada membro tem uma função, um papel a exercer, porém, o fato de cada um trabalhar
apenas por si mesmo, os resultados nem sempre são os melhores, pois agem de
forma independente e apresentam responsabilidades individuais.
Segundo Soares (2015), é comum nos grupos, nem sempre terem membros
com as habilidades necessárias e não há sinergia, uma união positiva que gere
melhor desempenho e produtividade. Note que os membros trabalham de maneira
individualista, com atitudes reativas e passivas.
121
ATENÇÃO
É grupo ou equipe? Uma equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma
equipe. Isso acontece porque o grupo é a junção de mais de uma pessoa
para realizar um objetivo em comum, o que também é uma característica
da equipe. Já na equipe as coisas são diferentes. Além dessa especialidade,
elas possuem uma série de fatores positivos que as distinguem do grupo e
garantem ótimos resultados com muita sinergia e criatividade.
Como exemplo de equipe que alcançou o objetivo, imagine um time
de futebol que vence mais um jogo, compartilhando habilidades, pelo
comprometimento, comunicação e visando ao trabalho coletivo ao invés
do individual, levando a equipe a alcançar o objetivo (SOARES, 2015).
DICA
Hard e Soft Skills. Os conhecimentos e as habilidades são essenciais em nossa
evolução de carreira. Mas existem alguns que estão em alta no atual cenário
empresarial. Para conferir, quais são as principais competências exigidas
pelo mercado de trabalho, leia o artigo “10 melhores Soft skills: Saiba para
que serve e como desenvolver”, acessando o link: https://hpg.com.br/10-
melhores-soft-skills-saiba-para-que-serve-e-como-desenvolver.html.
122
Segundo Escorsin e Walger (2017), o treinamento refere-se a adquirir ou
aperfeiçoar suas capacidades, seus conhecimentos, relacionados aos assuntos
técnicos, com a finalidade de proporcionar melhor desempenho em determinada função
atual, no presente. No caso do desenvolvimento, ele á mais profundo, ele leva ao
crescimento pessoal e profissional, pois tem como finalidade desenvolver competências
necessárias para evoluir em sua carreira, assumindo novas funções futuras.
Note que formar uma equipe requer estratégias para treinar e desenvolver seus
membros, proporcionando sua evolução. Segundo Chiavenato (2010), o processo de
desenvolvimento das pessoas, ocorre em cinco etapas:
123
Então, antes de você sair por aí formando equipes para atender a qualquer
objetivo, é necessário considerar alguns os objetivos específicos, segundo Soares
(2015):
• Dar oportunidade para que cada funcionário seja individualmente capaz de
causar efeitos positivos no coletivo, proporcionando o autoconhecimento de suas
características individuais e a melhoria do relacionamento em conjunto.
• Criar condição para que os funcionários recebam e enviem feedback uns aos outros,
focando na satisfação pessoal e no aumento da produtividade.
• Melhorar a qualidade de vida dos funcionários, analisando as atuais condições de
trabalho e levantando de propostas de melhorias.
• Envolver a direção/trabalhadores/acionistas/fornecedores em um projeto
construtivo.
• Analisar as necessidades dos clientes e usuários, preparando-se para satisfazê-las.
Uma equipe estruturada deve assumir o compromisso de que todos os participantes
precisam estar dispostos a melhorar, implementar seu trabalho, sempre que houver
necessidade.
Percebeu quanto é importante que o líder reflita bem antes de criar uma equipe
de trabalho? Caso contrário, os membros podem ficar frustrados, os objetivos não serem
alcançados, entre outras consequências negativas. Segundo Soares (2015), é por isso que
o líder tem o papel de motivar, estimular, e incentivar posturas e práticas individuais
que reflitam no trabalho cooperativo e também na disponibilidade para respeitar e ouvir
o outro. Dessa forma, os trabalhadores precisam ser informados a respeito das metas e
objetivos da equipe para que desenvolverem suas tarefas nessa direção.
Entenda que para ocorrer a evolução da equipe, o líder deve promover: Vivências
que possibilitem o desenvolvimento de autoavaliação e autopercepção:
• Experiências que possibilitem a avaliação do outro e a oferta de feedback construtivo,
capaz de criar confiança entre os membros e para que as questões possam ser
tratadas com extrema clareza, sem armadilhas.
• Valorização do trabalho individual e conjunto, da união e das habilidades, afastando
o estrelismo isolado, o “melhor que os outros” e os especialistas.
124
Questionamento das verdades absolutas, das certezas, do caminho único
(SOARES, 2015).
125
• Liderança e estrutura – os membros da equipe devem concordar quanto à divisão
das tarefas e garantir que todos colaborem igualmente no desenvolvimento das
tarefas.
• Treinamento e Desenvolvimento – por meio de treinamentos, como exercícios e
atividades, é possível desenvolver novos hábitos e valores adequados ao trabalho
em equipe, além de habilidades interpessoais, de comunicação, de negociação, de
administração de conflitos e de gestão.
• Recursos adequados – deve haver apoio e o fornecimento de recursos suficientes
para sua sustentação da equipe como a obtenção de informações no tempo
certo, tecnologia disponível, pessoal adequado para apoio, estímulos e assistência
administrativa.
• Clima de confiança – deve haver confiança entre as partes, pois isso facilita a
cooperação, diminui a necessidade de monitoramento e une as pessoas. A confiança
é essencial pois gera aceitação do líder pela equipe e comprometimento com os
objetivos organizacionais.
• Avaliação de desempenho e recompensas – avaliar e recompensar, serve
para estimular os esforços em conjunto em vez da competição, como no caso de
promoções em que o aumento de salário e outras formas de reconhecimento devem
ser dadas aos membros da equipe por sua eficácia na cooperação da melhoria da
equipe. Note que é necessário haver um equilíbrio entre as contribuições individuais
e os benefícios realizados a favor da equipe.
126
Figura 4 – Equipe de alta performance
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-trabalho-em-equipe-de-lider-de-li-
deranca-isometrica-3d-plana_11796889.htm#page=2&query=tomada%20de%20decis%-
C3%A3o&position=5&from_view=search&track=ais. Acesso em: 15 fev. 2023.
127
Mas, o que é uma equipe de alta performance? Como se tornar uma equipe de
alta performance? Antes que um grupo de pessoas se transforme em uma equipe de
alta performance, esse grupo deve se transformar em uma equipe. Para isso, devem
apresentar
Note que essa evolução pode ocorrer em quatro etapas, desde o desenvolvimento
dos membros da equipe, sua e evolução e transformação em uma equipe de alta
performance. Veja a seguir, essas etapas, segundo Mandelli e Loriggio (2021):
• Incauto motivado – etapa inicial, caracterizada por não estar preparado, pois não
está pronto e acha que vai ser moleza. Sua atitude é elevada, animada, motivada,
confiante, otimista e esforçada. O funcionário está disposto, quer aprender rápido,
acha vai arrasar, ansioso, cheio de adrenalina, inexperiente no assunto, não está
preparado e ainda não se dá conta disso. Para evoluir deve: ter expectativas claras,
ser especifico, ter metas definidas, fazer um planejamento detalhado da tarefa,
receber treinamento on the job, receber acompanhamento e controle frequentes.
• Limitado frustrado – etapa dois, caracterizada por uma evolução, mas ainda
não preparado o suficiente, sente que ainda não está pronto. Sua atitude é de
128
desmotivado, decepcionado, sem vontade e com medo, é o choque de realidade. O
funcionário se sente desaminado, distante, dá justificativas para tudo, desengajado,
desiste fácil e negativo. Para evoluir deve: ser ouvido, maior engajamento, receber
aconselhamento, feedback, apoio na solução de problemas, planejamento e decisão
após ser ouvido, mostrar o caminho, ser elogiado quando acertar, e ter espaço para
tentar acertar.
• Capaz inseguro – etapa três, caracterizada por uma evolução significante e
aumento das competências, conhece o necessário para a execução do trabalho.
Sua atitude é de um pouco de insegurança e instabilidade, agindo com cautela. O
funcionário se sente preocupado com o resultado, muitas vezes, inseguro, já sabe
a maior parte do que precisa, tem receio em se comprometer, não assume riscos e
se preocupa com a sua credibilidade. Para evoluir deve: remover alguns obstáculos,
ser ouvido em relação às suas preocupações, ser encorajado a assumir riscos
maiores, ser apoiado nas principais decisões, perceber que é digno de confiança e
competente em seu trabalho e elogiado pelo seu desempenho.
• Realizador independente – etapa quatro, final, caracterizada pelo alto potencial
do indivíduo, ele está pronto. Sua atitude é consistente, se sente seguro, motivado
e positivo. Porém, é essencial que a liderança continue estimulando para que
não decaia e retorne a etapa dois ou três. O funcionário é consistente, proativo,
autoconfiante, proficiente, habilidoso, está pronto para ensinar e treinar outros
colegas, assume riscos, possui alta credibilidade social. Para evoluir deve: receber
espaço para empreender, ter oportunidades e desafios, e ser notado pela organização.
129
• Etapa um – Estilo Comandante, o líder estabelece e dirige, com um acompanhamento
próximo e justo, treinamentos intensos, básicos, no passo a passo e on the job. O
feedback é frequente, e é o líder quem toma as decisões. Maior dificuldade: requer
muita paciência do líder. O Lema é “Faça assim”.
• Etapa dois – Estilo Treinador, o líder ouve e depois estabelece a direção ensinando
o porquê, com um acompanhamento em que dá um pouco de espaço, mas continua
próximo, treinamentos ainda intensos, mas exige respostas. Elogios, encorajamento,
e feedbacks frequentes, e o líder pergunta, ouve e depois decide, ensinando a
decidir. Maior dificuldade: dar diretividade e ao mesmo tempo dar apoio irrestrito. O
Lema é “Vamos juntos”
• Etapa três – Estilo Orientador, o líder estabelece objetivos mais consensuais, com
um acompanhamento definido em conjunto, treinamentos não são tão necessários
para esta tarefa. Tende a auxiliar resolver problemas emocionais e a tomada de
decisão é conjunta. Maior dificuldade: Ter coragem para soltar o funcionário e lhe
dar autonomia. O Lema é “Pode ir que estou aqui”.
• Etapa quatro – Estilo Desafiador, o líder permite que o funcionário assuma mais
definições em relação aos objetivos, com um acompanhamento eventual ou apenas
quando necessários, sem a necessidade de continuar com os treinamentos para
esta tarefa. A tomada de decisão é na maioria das vezes, realizada pelo funcionário.
Maior dificuldade: Desapegar, para assumir novos desafios. O lema é “Vai sozinho”,
portanto, enquanto uma equipe é o conjunto ou grupo de pessoas que se aplicam a
realização de uma mesma tarefa ou trabalho, uma equipe de alta performance pode
ser entendida como um grupo de coordenadores que trabalham juntos, buscando
um objetivo único e claro. Para Souza (2012), uma equipe de alta performance
apresenta cinco características:
• Objetivo claro – Todos devem estar cientes e envolvidos com o objetivo a ser
atingido.
• Empowerment – Compartilhamento de experiências e habilidades entre os
membros.
• Diversidade – Equipe composta por pessoas de diversas áreas e habilidades.
• Relacionamento e feedback – Não há necessidade de amizade, mas sim de
compartilhamento de ideias e respeito da visão de cada um da equipe.
• Interdependência – Entender que juntos é mais fácil atingir um objetivo.
130
Dessa forma, você terá membros que apresentem, principalmente:
• Habilidades – os conhecimentos técnicos necessários, as habilidades de resolução
de problemas e tomada de decisões, capazes de identificar problemas, gerar
alternativas, avaliá-las e fazer escolhas competentes e atitudes para que saibam
ouvir, dar feedback, solucionar conflitos, entre outras habilidades interpessoais
(SOARES, 2015).
• Personalidade – a personalidade influencia tanto o trabalho individual e quanto
o da equipe, por exemplo, pessoas extrovertidas, com boa vontade, consciência
e estabilidade emocional apresentam maior desempenho. A variação das
características de personalidade pode ser mais importante que apenas uma
característica, ou seja, os membros da equipe precisam ter características diferentes
e complementares (SOARES, 2015).
• Diversidade – quanto maior a diversidade de habilidades e de informação, a
tendencia é serem mais eficazes, porém existe sempre a possibilidade de apresentar
mais conflitos entre os membros (SOARES, 2015).
• Alocação de papéis – cada membro da equipe tem suas habilidades, preferências e
experiências, por isso apresentam um papel específico dentro da equipe (SOARES,
2015).
• Tamanho das equipes – o número ideal é de no máximo dez membros, mais que
isso, dificulta o gerenciamento da equipe assim como o desempenho dos membros.
Caso a equipe cresça e apresente mais que dez membros, divida-a em equipes
menores. Um exemplo é dividir uma equipe de 36 pessoas, em quatro equipes de
nove pessoas, com líderes informais indicados pelo gestor. Isso também contribui
para a identificação e o desenvolvimento de novos líderes (SOARES, 2015).
• Flexibilidade – é muito positivo ter uma equipe com membros flexíveis, pois eles
podem completar as tarefas uns dos outros, não há dependência de um único
membro para realizar determinada tarefa e há maior adaptação (SOARES, 2015).
• Preferências – como nem sempre são todos os membros que realizam bem o
seu trabalho, deve-se optar por escolher aqueles que apresentam preferências
individuais que são consideradas essenciais para não comprometer a eficácia do
trabalho (SOARES, 2015).
Em resumo, o que o líder não deve fazer, para que a equipe continue evoluindo?
Segundo Escorsin e Walger (2017), a resposta é: ser inflexível e não transparente na
comunicação; não alinhar o objetivo; comprometimento zero; falta de planejamento e
de respeito a prazos; criticar um participante na ausência dele; desvalorizar o trabalho
do outro; não assumir erros; ignorar as regras estabelecidas pela equipe; desequilíbrio
emocional; e não aceitar as diferenças.
131
de seus funcionários, assim como da organização. Ela promove novos conhecimentos
específicos necessários para os cargos existentes na organização, depois transforma
esses conhecimentos em ações, modificando as atitudes nas relações consigo mesmo,
com as pessoas, com a equipe, com as atividades que realiza, com a organização e com
o ambiente em que está inserido (ESCORSIN; WALGER, 2017).
Veja que existem outros fatores que afetam a evolução dos membros da
organização, entre eles: Falta de apoio da alta direção; Falta de comprometimento dos
líderes em participar dos treinamentos; e Falta compromisso da área de GP.
INTERESSANTE
Universidade do Hambúrguer. Você já ouviu falar da Universidade do
Hamburguer? Ela é uma Universidade Corporativa da rede Mc Donald's. Mas
será que lá, só se aprende a fazer hambúrgueres? Vai muito além disso, isso
mesmo! Que tal conhecer o que se aprende por lá? Para conhecê-la, assista
ao vídeo “Você conhece a Universidade do Hambúrguer?”, acessando o link:
https://www.youtube.com/shorts/F6EUmnmlKh0.
Mas... como você pode reconhecer se uma equipe se tornou de “alta performance”?
Para isso, você deve analisar se ela apresenta as características que a definem como
equipe corporativa de alta performance. Segundo Mandelli e Loriggio (2021) são essas
as características:
• Alta confiança mútua e compromisso com os objetivos da área;
• Baixa dependência, liberando o tempo para questões principais;
• Destaque natural, pois, aqueles que sabem mais tem mais autonomia;
• Pensa como um gestor e como membro de sua equipe;
• Dá apoio e discorda, sem envolvimento pessoal;
• Dedica tempo à autoavaliação.
132
• Liderança – o líder precisa conhecer sua carreira, pois ao assumir um cargo de
gestão, ele deixa de ser apenas técnico e passa também a desempenhar outros
papéis e a ter outras responsabilidades.
E como você pode realizar este diagnóstico? Entre as diversas maneiras, pode
ser realizado por meio de entrevistas, questionários, observação, discussão em grupos,
avaliação de desempenho, pesquisa de clima organizacional, ou na entrevista de
desligamento. A área de GP juntamente com os superiores do indivíduo, devem analisar
os resultados obtidos e traçar um plano de ação de melhoria, de desenvolvimento, ou
seja, de evolução para o crescimento do indivíduo.
133
Note que qualquer que seja o programa a ser aplicado, este deve ser estabelecido
em conjunto, pela área de GP e os gestores, ou, como falamos agora há pouco, pela
Universidade Corporativa, que é especializada em gerir programas de treinamento
e desenvolvimento. Entre as alternativas de programas de desenvolvimento
oferecidas pelas organizações, estão: (ESCORSIN; WALGER, 2017).
• Participação em cursos, seminários externos, e workshops, realizados
externamente, podendo ocorrer de forma presencial ou remota, através da
aprendizagem a distância.
• Centro de desenvolvimento interno, em inglês, in-house ou development center,
em razão de serem realizados internamente.
• Aprendizagem em ação, no qual os líderes são desafiados a solucionar problemas
e desafios das mais diversas áreas corporativas, exercícios de simulação, estudo de
caso, dinâmicas de grupo, jogos empresarias, preparando-se para gerir questões
estratégicas e desenvolver ferramentas para a tomada de decisão, além de
aprenderem a trabalhar em equipe e resolver conflitos de maneira cooperativa.
• Treinamento outdoor, denomina-se outdoor porque os conteúdos são trabalhados
de forma vivencial, fora do cotidiano da organização, em alguns casos, ocorre com
atividades em meio à natureza e costuma ter uma carga horária extensa abordando
diversos conteúdos. O foco principal é habilitar os líderes a trabalhar em conjunto e
como equipe, por meio de jogos empresariais como management games (jogos de
gerenciamento) ou business games (jogos de negócios).
• Coaching, aplicado principalmente no desenvolvimento do perfil de liderança,
refletindo questões pessoais e profissionais, suas competências, seus objetivos,
em como elevar seu desempenho, proporcionando o desenvolvimento pessoal e
profissional, além de promover a aprendizagem e a consciência para adotar posturas
profissionais em sintonia com as estratégias e os valores organizacionais.
• Mentoring, visa à orientação profissional, no qual um profissional com grande
experiência, amparada por técnicas e práticas consistentes, auxilia outro profissional
com menor experiência. Envolve aspectos gerais e específicos da profissão, da
organização e do mercado, com a finalidade de seu desenvolvimento do profissional.
134
DICA
Agora que você já aprendeu como transformar um grupo em uma equipe de alta performance,
que tal aprofundar mais esse assunto, assistindo ao vídeo “Como transformar
grupos de trabalho em times de alta performance”. Acesse o link: https://www.
youtube.com/watch?v=t4-IzprDnrU.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal saber mais sobre esse assunto,
lendo os seguintes artigos “O papel do líder para desenvolver uma equipe de alta
performance”, “Equipe desmotivada: como o empowerment ajuda a reverter essa
situação?” e “5 principais desafios com treinamentos de equipes”, acessando os
links: https://www.rchunitau.com.br/index.php/rch/article/view/703/414
https://rhpravoce.com.br/canal/como-o-empowerment-ajuda-a-reverter-essa-
situacao/
https://rhpravoce.com.br/?cs=equipe+&type=todos. Boa leitura!
Gostou do que vimos até aqui? Não existem fórmulas mágicas na liderança de grupos!
Lembre-se de que todo grupo pode se tornar uma equipe e toda equipe pode se
transformar em uma equipe de alta performance, desde que os líderes saibam estimular,
motivar seus liderados para que todos de se desenvolvam e evoluam. Reflita sobre
isso. Aliás, motivação e trabalho fazem parte do nosso próximo assunto. Antes, vamos
recapitular o que foi aprendido neste Tema de Aprendizagem? Vamos lá!
135
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
• Os grupos podem ser informais, como em redes sociais e ou formais, com uma
estrutura formal, como em uma organização.
• A equipe de trabalho apresenta uma sinergia positiva, seus membros aplicam esforços
e habilidades para obter melhor desempenho maior produtividade, atendendo às
necessidades do grupo. O desempenho dos membros é um problema grupal, todos
devem cooperar e se comprometer, permanecendo ligados pela tarefa a ser realizada.
• Para a evolução das equipes, o líder deve motivar, estimular, e incentivar posturas e
práticas individuais que reflitam no trabalho cooperativo e também na disponibilidade
para respeitar e ouvir o outro.
• A evolução para uma equipe de alta performance ocorre em quatro etapas: do incauto
motivado, limitado frustrado, capaz inseguro e realizador independente.
137
( ) No estilo Comandante, o líder tende a estabelecer e dirigir, com um acompanhamento
próximo e justo, treinamentos intensos, básicos, o feedback é frequente, e é o líder
quem toma as decisões.
( ) No estilo Treinador, o líder tende a ouvir e depois estabelece a direção ensinando
o porquê, faz elogios e feedbacks são frequentes, o líder pergunta, ouve e depois
decide, ensinando a decidir.
( ) No estilo Orientador, o líder tende a permitir que o funcionário assuma mais definições
em relação aos objetivos, com um acompanhamento eventual ou apenas quando
necessários, sem a necessidade de continuar com os treinamentos para esta tarefa.
138
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
No Tema de Aprendizagem anterior, aprendemos que é possível transformar
grupos em equipes de alta performance, do papel do líder nesse processo, e entendemos
como é o processo de desenvolvimento de evolução das equipes e de seus líderes. A
liderança tem papel fundamental em estimular e motivar sua equipe para que todos
continuem se desenvolvendo e evoluindo em suas funções. Mas, como fazer isso? É o
que veremos neste tema.
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes,
ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver novas competências pessoais e
profissionais. Pronto para começar mais este Tema?
Mas... antes de iniciarmos os principais conceitos desse assunto, que tal assistir
a um vídeo para a abertura deste Tema?
DICA
Para que você entenda quanto a motivação está diretamente ligada ao engajamento e ao
desempenho dos membros de sua equipe, que tal conhecer esses assuntos assistindo a alguns
vídeos? Nos vídeos a seguir, Mario Sergio Cortella, comenta como as organizações podem
aumentar o engajamento das equipes, motivando os funcionários a produzirem mais resultados.
Assista aos vídeos “O bom líder inspira”, “Cortella, como engajar pessoas nas empresas?” e
entenda como interpretar melhor as pessoas e ter uma comunicação mais eficiente. Acesse os
links: https://www.youtube.com/watch?v=U9vi0acPujE
https://www.youtube.com/watch?v=817P4xu-5N8.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal aprender a relação existente
entre motivação, engajamento e desempenho, lendo sobre esses assuntos
nos artigos “O que te motiva a viver?”, “E a automotivação nas organizações?”,
O engajamento como fator preponderante no sucesso da gestão”, acessando
os links: https://rhpravoce.com.br/colunistas/o-que-te-motiva-a-viver/
https://rhpravoce.com.br/colab/e-a-auto-motivacao-nas-organizacoes/
https://rhpravoce.com.br/colab/o-engajamento-como-fator-preponderante-no-
sucesso-da-gestao/.
Boa leitura.
139
2 MOTIVAÇÃO E TRABALHO
O que as pessoas querem? Querem dinheiro, lógico! É essencial o dinheiro para
comprar comida, roupas, calçados, eletrodomésticos, comprar ou alugar uma casa. E
mesmo quem já tem algum dinheiro, quer sempre mais. No seu caso, quer melhorar de
vida? Você quer cada vez mais coisas que satisfaçam a sua família? Trocar seu carro
ou sua casa por um modelo melhor ou maior, ter seus filhos estudando nas melhores
escolas, estar amparado pelos mais completos planos de saúde, fazer a viagem de seus
sonhos! Isso mesmo! É natural ter desejos, sonhos, mas é necessário dinheiro para
realizar a maioria deles.
140
No entanto, após todos os seus esforços, a única forma de estímulo ou motivação
de seu gestor é “Vamos lá, estamos juntos” ou “Todos vestimos a camisa da empresa”
ou “Estamos todos juntos”, apesar dele, na maioria das vezes, chegar ao trabalho mais
tarde e chegar mais cedo, ter vaga marcada coberta e próxima à entrada da empresa,
enquanto você chega de transporte coletivo municipal, molhando-se todo nos dias se
chuva, pois a entrada de funcionários que não são do nível gerencial, é distante da
entrada da empresa e nem a capa de chuva ajuda!
Nesse caso, como em outros similares, tentar estimular com falsas frases de
efeito, pode até despertar a frustração ou a raiva. Então... não se deve utilizar frases
motivacionais com os funcionários? Não é bem assim, tudo depende do que está sendo
dito e do contexto. É importante que o gestor aja como um modelo para sua equipe,
dando o exemplo, por deve pensar bem nas palavras usadas e no comportamento que
reflete aos seus funcionários. Sabendo usar, pode sim, ser uma aliada no momento
certo!
Você, como gestor, para minimizar a situação, pode participar junto à equipe,
demonstrando empatia pela situação, enfrentando as mesmas situações, abrindo
mão do fim de semana igual a todos os demais. Isso é um exemplo de atuar com empatia
e dando o exemplo aos demais funcionários. Essa atitude é muito recomendada ao
Gestor de Pessoas também, afinal, foi quem analisou e contratou a instituição para
ministrar o curso, além de agir com empatia e como exemplo, também terá oportunidade
de avaliar a qualidade do curso, os pros e contras, assim como acompanhar a eficiência
da aprendizagem dos funcionários.
141
• Aos funcionários com perfil de sociabilidade, a motivação é valorizar, apreciar,
elogiar, principalmente se for em público.
• Aos funcionários com perfil de pensador, a motivação é o conhecimento, propiciando
seu desenvolvimento.
142
Vinculando à prática: o reconhecimento pode ser de várias formas, como
cumprimentar um subordinado em particular pelo seu bom desempenho, enviar
um bilhete ou uma mensagem por e-mail com um elogio para algo positivo que o
funcionário tenha feito. Para os funcionários com forte necessidade de aceitação social,
o elogio pode ser feito em público. Pode-se fazer uma festa para comemorar o sucesso
da equipe. Eficaz em áreas em que os fatores de desempenho são objetivos, como
vendas, entretanto, em outras funções, os critérios para definir o desempenho não são
tão evidentes, o que dá margem para que os executivos manipulem o programa para
beneficiar seus funcionários favoritos. A má utilização de programas de reconhecimento
pode corroer o seu valor e até comprometer o moral dos funcionários.
143
Gestão participativa: os subordinados realmente compartilham um grau
relevante de poder decisório com seus chefes imediatos. Para funcionar, os assuntos
envolvidos têm de ser do interesse dos funcionários, estes precisam ter competência,
conhecimentos técnicos, capacidade de comunicação para participar, devendo haver
confiança entre as partes envolvidas.
144
empresas Hewlett-Packard, General Electric, Texas Instruments, Xerox, Eastman Kodak,
Polaroid, Procter & Gamble, Ford, IBM, Motorola e American Airlines etc. Os planos de
participação acionária são aplicados por grandes e conhecidas organizações, mas
a maioria é formada por pequenas empresas com controle restrito dos proprietários
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
145
Exemplos de como enriquecer o trabalho de um funcionário: combinação de
tarefas; criação de unidades naturais de trabalho; expansão vertical de tarefas; abertura
de canais de feedback; e estabelecimento de relações com o cliente. De modo geral,
essa prática reduz os custos de absenteísmo e da rotatividade, além de aumentar a
satisfação (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
146
uma dada posição. Do ponto de vista do funcionário, o compartilhamento de tarefas
aumenta a flexibilidade, aumentando a motivação e a satisfação daqueles que não
têm oito horas diárias ou 40-44 horas semanais para se dedicar ao trabalho. Imagine
um funcionário trabalha às segundas e terças-feiras enquanto o outro às quintas e
sextas, e na quarta-feira, trabalhavam em conjunto. Por outro lado, do ponto de vista
do empregador, a principal desvantagem é a dificuldade de encontrar uma dupla de
funcionários compatíveis, capazes de coordenar com sucesso todos os detalhes de um
cargo (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
147
fatores intrínsecos do trabalho, como a realização, a responsabilidade e o crescimento,
os funcionários também se sentem mais satisfeitos e motivados com seu trabalho
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
DICA
Home office. Com o aumento de trabalho no regime remoto, principalmente
após a pandemia do Covid-19, é importante acompanhar a legislação que
dita como as empresas devem conduzir essa modalidade de trabalho. E
você? Sabe o que a legislação diz respeito? Para se aprofundar nesse
assunto, leia o artigo “O que é Home Office segundo a legislação?”,
acessando o link: https://canaltech.com.br/carreira/o-que-e-home-office-
segundo-a-legislacao-239528/
E quanto as vantagens e desvantagens dessa maneira de trabalhar,
sabe quais são? Então leia o artigo “Home office: quais são as vantagens
e desvantagens de trabalhar remotamente”, acessando o link: https://
maisminas.org/oportunidades/home-office-quais-sao-as-vantagens-e-
desvantagens-de-trabalhar-remotamente/.
148
Figura 5 – Animais abandonados
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/sofa-abandonado-em-manila_18929198.htm#-
query=caes%20abandonados&position=8&from_view=search&track=ais. Acesso em: 15 fev.
2023
DICA
O trabalho das ONGS na Causa Animal. Lutar por uma boa causa, além de ser gratificante, é
um trabalho que depende de amor, paciência, colaboração e contribuição. Você já pensou em
se engajar numa causa nobre como esta? Se você não pode sair pelas ruas
pessoalmente, resgatando animais feridos, abandonados, vítimas de maus
tratos, perdidos, pode contribuir com algum valor financeiro para a compra
de ração, medicamentos, cirurgias, tratamentos vitais para esses animais.
Qualquer valor conta, a sua contribuição pode salvar vidas! Reflita sobre isso
e faça a diferença.
Para se aprofundar mais nesse assunto e talvez se tornar uma pessoa
engajada nessa causa nobre, assista ao vídeo “Conheça o trabalho da ONG
que acolhe animais abandonados pelos donos”, acessando o link: https://
www.youtube.com/watch?v=qmhpqCFhTvI, ou leia o artigo “ONG de animais:
conheça as maiores Ongs do Brasil”, acessando o link: https://love.doghero.
com.br/dicas/ong-de-animais/ e leia a matéria completa.
Você pode encontrar uma ONG de resgate de animais como essas, aí na sua
cidade, basta buscar pelas redes sociais, Facebook, Instagram, e encontrara
uma pertinho de você! Isso mesmo, FAÇA A DIFERENÇA E PARTICIPE DESSE
ENGAJAMENTO VOCÊ TAMBEM. Boa leitura!
149
3.1 RELAÇÃO ENTRE MOTIVAÇÃO E ENGAJAMENTO NO
TRABALHO
No atual cenário empresarial, a cobrança por maior produtividade, melhor
desempenho, maior rentabilidade e competitividade entre pessoas e entre organizações
está crescendo ano após ano. Esse fato exige que as organizações foquem seus
esforços em ter uma força de trabalho engajada, motivada, cooperando para com os
objetivos organizacionais. Vejamos a seguir, como as empresas agem em relação a esse
assunto. Vamos conferir!
150
O engajamento no ambiente de trabalho promove a elevação do nível de
energia e um reconhecimento saudável com o próprio trabalho, além de contribuir
para as situações voltadas ao apoio social, desempenho, recursos pessoais, como
autoeficácia e autoestima), capital psicológico positivo, crenças; tipo de enfrentamento
utilizado, otimismo; recursos e demandas organizacionais, satisfação dos clientes, e
resiliência (CAVALCANTE, 2013 et al. Além disso, o engajamento deve primeiramente
proporcionar benefícios em nível individual e apenas após estes, proporcionar resultados
para a organização, caso contrário, pode ser desestimulado e deixar de existir.
151
Note que há relação entre a personalidade proativa do líder e o
engajamento dos funcionários, fazendo com que o líder deva agir com ética e justiça
na mediação dos conflitos que surgem nas equipes, apoiando, elevando o moral e
engajamento de todos, como consequência, om membros da equipe se tornam mais
felizes e saudáveis.
152
para compreender os conceitos complexos e habilidades de pensamento de ordem
superior, além da atenção consciente e assimilação, enfatizando a importância
da atividade, o tempo e o ambiente ao redor do indivíduo (MIRI, 2020). Portanto, o
engajamento do trabalhador refere-se àqueles
DICA
Agora que você já entendeu a relação entre motivação, engajamento e desempenho,
que tal aprofundar mais esse assunto, assistindo ao vídeo “A velocidade
da confiança – engajamento”. Acesse o link: https://www.youtube.com/
watch?v=BxM94phNsXU.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal saber mais sobre esse assunto,
lendo os seguintes artigos “Sim, é possível melhorar o engajamento no
trabalho”, “Equipe desmotivada: como o Empowerment ajuda a reverter essa
situação?” e “5 principais desafios com treinamentos de equipes”, “Como
manter o engajamento em novos modelos de trabalho?”, “Benefícios trazem
engajamento do colaborador”, acessando os links: https://rhpravoce.com.br/
colab/sim-e-possivel-melhorar-o-engajamento-no-trabalho/;
https://rhpravoce.com.br/colab/como-manter-o-engajamento-em-novos-
modelos-de-trabalho/;
https://rhpravoce.com.br/colab/beneficios-trazem-engajamento-do-
colaborador/.
Boa leitura.
Gostou do que vimos até aqui? Não existem fórmulas mágicas na motivação
das pessoas! Lembre-se de que estimular alguém no trabalho, requer que a liderança
seja honesta, justa, respeite as diferenças, a diversidade, proporcione o bem-estar e
um ambiente motivador que suas equipes, presenciais ou virtuais, se sintam seguras e
possam confiar em seu líder. Reflita sobre isso. Aliás, bem-estar, diversidade e equipes
virtuais fazem parte da nossa próxima unidade.
153
LEITURA
COMPLEMENTAR
10 dicas de linguagem corporal para identificar um mentiroso
Revista Exame
Veja 10 gestos, expressões e posturas que entregam uma pessoa que está
mentindo, segundo especialista em linguagem corporal.
Você pode ser uma pessoa muito atenta e perspicaz, mas as suas chances de
pegar um mentiroso no flagra são relativamente baixas. É o que diz o especialista em
comportamento Paulo Sergio de Camargo, autor do livro “Não minta para mim: psicologia
da mentira e linguagem corporal” (Summus Editorial, 2018). Segundo ele, um leigo em
linguagem corporal costuma acertar apenas 50% das vezes em que tenta identificar
um mentiroso pela sua postura. Mas nem os especialistas mais tarimbados acertam
sempre: suas chances de sucesso costumam girar em torno de 65% ou um pouco mais.
154
Tapar a boca
Um gesto típico de quem não está falando a verdade é tocar a própria boca. Afagar
o queixo, limpar os lábios com os dedos, colocar um lápis ou outro objeto diante da
boca são sinais bastante comuns. De acordo com Camargo, a preocupação com a boca
reflete a vontade de impedir que os demais escutem a mentira que será proferida, ou até
o desejo inconsciente de reprimir suas próprias palavras, por elas serem falsas
Não olhar diretamente nos olhos do outro não significa necessariamente falta de
sinceridade: pode se tratar simplesmente de insegurança ou timidez. Ainda assim, é
comum que o mentiroso baixe os olhos para evitar que a falsidade das suas afirmações
seja percebida. No entanto, esse detalhe pode ser traiçoeiro. “Muitos mentirosos,
sabendo disso, fazem exatamente o contrário quando mentem: olham diretamente nos
olhos da vítima na tentativa de fazer suas afirmações mais críveis”, escreve Camargo.
155
Comprimir os lábios
156
Restringir os movimentos de mãos e braços
É comum que as pessoas que faltem com a verdade diminuam muito sua gesticulação. “As
mãos ficam grudadas às pernas, nos bolsos, colocadas para trás”, escreve o especialista.
“Os movimentos são escassos e controlados". O motivo para essa paralisia é inconsciente:
sem saber, a pessoa acredita que, quanto mais imóvel estiver, mais facilmente passará
despercebida do olhar atento do seu interlocutor. Ela também tenta reduzir sua linguagem
corporal para não deixar que seus gestos acabem por contradizer sua fala.
157
Encolher a cabeça
158
Encolher apenas um dos ombros
Este é um dos sinais mais clássicos da mentira, de acordo com o psicólogo norte-
americano Paul Ekman, considerado um dos maiores especialistas do mundo em
expressões faciais e corporais. A postura do indivíduo que falta com a verdade é
assimétrica: um dos seus ombros se levanta ou se projeta levemente para a frente.
Com o gesto, ele tenta transmitir descaso e pouca preocupação pelo que está dizendo.
Muitas vezes, esse tom de desdém dissimulado também aparece na voz do mentiroso.
Camargo diz que uma das técnicas mais usadas por especialistas para desmascarar um
mentiroso é se aproximar o máximo possível dele durante uma pergunta delicada. Essa
tática pode deixá-lo mais ansioso e propenso a se entregar. Isso porque, quanto mais
afastado puder ficar do outro, mais seguro ele vai se sentir. A tentativa de manter uma
distância confortável aparece tanto física quanto verbalmente: ele também procurará
se manter longe dos detalhes mais espinhosos de sua história. Ainda assim, é preciso
tomar cuidado com esse sinal. “Certos mentirosos se aproximam intensamente de
suas vítimas”, escreve o especialista.
Fonte: https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_microrrugas_
ingram_publishing.jpg?quality=70&strip=info&w=920 Acesso em: 29 jan. 2023.
159
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
160
AUTOATIVIDADE
1 Estímulo e reconhecimento demostram que a organização se importa e aprecia os
esforços de seus funcionários. Mas não basta falar, é preciso demonstrar para
elevar o moral dos funcionários, aumentando o engajamento com os membros da
equipe assim como o seu desempenho. Para alcançar esses objetivos, as empresas
desenvolvem diversos programas de envolvimento dos funcionários com as teorias
sobre motivação. Assinale a alternativa CORRETA:
161
( ) Para funcionários com perfil de executor, a motivação tem a ver com a oportunidade
de comandar algo, ganhar mais autoridade e mais responsabilidade.
( ) Para funcionários com perfil de pensador a motivação tem a ver em proporcionar
tarefas com maior interação com pessoas poderosas, influentes e interessantes.
( ) Para funcionários com perfil de criatividade, a motivação tem a ver com proporcionar
tarefas com maior interação com pessoas poderosas, influentes e interessantes.
162
REFERÊNCIAS
CAMARGO, P. S. de. Liderança e linguagem corporal: técnicas para identificar e
aperfeiçoar líderes. (On-line Plataforma Pearson): São Paulo: Summus Editorial, 2018.
ROBBINS, H; FINLEY, M. O líder acidental: o que fazer quando você se torna o chefe.
Prentice Hall: São Paulo, 2005.
163
bitstream/handle/123456789/201703/101_00154.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Acesso em: 2 fev. 2023.
ROJO, R.; MOURA, E. (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
164
UNIDADE 3 —
GESTÃO DA
DIVERSIDADE NAS
ORGANIZAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar
o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
165
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
QR Code abaixo:
166
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
O PAPEL DA LIDERANÇA NA SAÚDE E
BEM-ESTAR DOS FUNCIONÁRIOS
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo à Unidade 3 da disciplina “Desenvolvimento
Gerencial e Liderança”. Depois de compreender os fundamentos do Desenvolvimento e
Gestão de Equipe na Unidade 2, você conhecerá, no decorrer desta unidade, os principais
aspectos em relação à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), bem-estar dos trabalhadores,
captação e retenção de talentos, gestão da diversidade e de equipes virtuais.
Então? Gostou dos assuntos que serão abordados? Todo o conteúdo é elaborado
para que você desenvolva novas habilidades, novos conhecimentos e novas atitudes ao
longo deste tema de aprendizagem, ou seja, melhorando sua performance ao desenvolver
novas competências pessoais e profissionais.
Mas... antes de iniciarmos os principais conceitos desse assunto, que tal assistir a
alguns vídeos para a abertura dos assuntos deste Tema de Aprendizagem?
DICA
Já ouviu falar da aplicação da neurociência nas organizações? Saiba que a neurociência
traz importantes contribuições para os gestores, nos processos de liderança nas
organizações. Para entender mais sobre esse assunto, o consultor Eduardo Ferraz, autor
do livro Seja a pessoa certa no lugar certo, fala sobre isso, no vídeo: Como a neurociência
pode contribuir na gestão de pessoas?, comentando como algumas
descobertas da neurociência podem ser bastante úteis para quem comanda
equipes. Assista ao vídeo do Portal Exame, acessando o link: https://www.
youtube.com/watch?v=71-5QXswRMU.
Mas se você prefere ler, que tal fazer uma leitura sobre como equilibrar a sua
vida pessoal da vida profissional, na busca pelo bem-estar e QVT. Ser líder é
saber equilibrar as coisas, mas nem sempre é possível e as consequências
podem ser desastrosas. Buscar um caminho que concilie ambas é o ideal.
Mas, é possível conciliar a vida e pessoal com a profissional? Reflita sobre
isso. Para conhecer mais sobre o assunto, leia o artigo Equilíbrio entre
carreira e vida pessoal, acessando o Portal RH PRA VOCÊ: https://rhpravoce.
com.br/colab/equilibrio-entre-carreira-e-vida-pessoal/.
167
2 LIDERANÇA E A QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR DOS
FUNCIONÁRIOS
É muito bom sentir-se bem em casa e no trabalho, conciliando a vida profissional
da vida pessoal. Quando conseguimos melhorar o modo que vivemos, tornando-o mais
agradável e saudável, menos estressante, podemos dizer que estamos tendo uma melhor
qualidade de vida. Note que um líder que promove um ambiente de trabalho saudável,
está gerando impacto diretamente na produtividade, satisfação e engajamento dos
trabalhadores, pois a qualidade de vida tem grande importância no bem-estar e em
seu desempenho, você não acha? Vamos conferir!
ATENÇÃO
O conceito do enfoque biopsicossocial originou-se na Medicina Psicossomática
e propõe uma visão integrada do ser humano, segundo a qual cada pessoa
pode ser compreendida em três níveis. São eles: o biológico, o psicológico e
o social.
168
que formam a personalidade e o modo de perceber e se relacionar com as pessoas e
com o mundo) e no nível social (envolve os valores, as crenças e a forma de participação
do indivíduo em todos os grupos de que faz parte).
Mas... o que pode influenciar a sua QVT? São diversos fatores que agem direta
e indiretamente na sua QVT, os mais relevantes são encontrados no quadro “Fatores
que influenciam a QVT”. Observe o quadro e reflita a respeito de como cada um desses
fatores está impactando em sua vida neste momento. Vamos começar?
169
Percebeu que todos esses fatores tornam as organizações mais competitivas?
Isso mesmo! Eles melhoram o bem-estar dos funcionários e estimulam a cooperação e
a colaboração entre os membros. Note que em organizações que o líder constitui seu
quadro de trabalhadores por profissionais que combinam pessoa com trabalho, não
só́ resultam em um desempenho superior, como também tendem a aumentar o bem-
estar do funcionário (MACSHANE, 2013).
Esses programas de QVT são essenciais para que a liderança consiga uma
mudança de comportamento e desempenho dos trabalhadores de sua equipe. Segundo
Ferreira (2017), quando um funcionário está́ satisfeito com o trabalho, ele tende a ser
mais comprometido e dedicado, assim como quanto ele está insatisfeito, tende a faltar, a
se atrasar, a ter baixo comprometimento, a procurar novas oportunidades de emprego, e
em alguns casos, nem se preocupa em ser demitido. Um funcionário que não está bem,
ou satisfeito com o seu trabalho, pode resultar em absenteísmo, turnover, surgimento
de doenças ocupacionais como o estresse, problemas de coração, pressão e úlceras,
consequências de um clima pesado, tenso, da pressão do ambiente de trabalho.
Um exemplo é a ginástica laboral, uma das práticas que fazem parte da maioria
dos programas de QVT, aplicado através de atividades físicas que auxiliam a cuidar do
170
corpo. Veja na figura “Ginástica laboral no ambiente de trabalho”. “A Ginástica Laboral
consiste no conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho,
com a finalidade de exercitar e colocar previamente cada pessoa e todos da equipe ou
grupo de trabalho para o exercício do labor diário” (MOTA et al., 2020, p. 4). Elas auxiliam
na diminuição da intensidade e frequência da dor; mudança do hábito postural durante o
trabalho; diminuição do afeto negativo no trabalho; melhora a qualidade de vida; aumenta
a disposição para o trabalho; melhora a saúde física e emocional; entre outros.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/empregados-de-escritorio-se-exercitam-no-trabalho-esticado-
-na-mesa_34477925.htm#query=ginastica%20laboral%20trabalho&position=16&from_view=search&-
track=ais#position=16&query=ginastica%20laboral%20trabalho. Acesso em: 28 fev. 2023.
Veja que o programa, segundo Ferreira (2017), pode atuar em três focos principais:
• Sistemas de qualidade: estabelecimento de políticas e programas de qualidade
total, como a certificação ISO 9000.
• Potencial humano: enfoque na capacitação, motivação e desenvolvimento dos
trabalhadores, entre outros.
• Saúde e segurança: ênfase nas condições e no ambiente de trabalho e na ausência
ou minimização de riscos ocupacionais, entre outros.
Esses três focos proporcionam uma melhor QVT em um âmbito total. Isso
acontece por meio da Gestão da QVT, que vai aplicar programas de QVT desenvolvidos
com enfoque em práticas ligadas à saúde e bem-estar do trabalhador, entre
elas: lazer, saúde física e mental, segurança, atendimento clínico e educação para a
saúde, assistência psicológica, produtividade, redução de acidentes, absenteísmo e
preservação do meio ambiente.
171
Perceba que o compromisso afetivo é mais alto nas empresas que cumprem
suas obrigações junto aos funcionários e seguem valores humanitários como justiça,
cortesia, perdão e integridade moral. Assim, empresas que possuem líderes que apoiam
o bem-estar dos funcionários tendem a cultivar níveis superiores de lealdade de seus
funcionários para com a equipe, e consequentemente, para a organização.
Mas veja que a Gestão da QVT apresenta três enfoques, de acordo com Ferreira (2017):
• Estratégico: quando a preocupação com a QVT é declarada na missão e na política
da empresa, com associação à imagem corporativa.
• Gerencial: quando a responsabilidade pela gestão da QVT é atribuída aos líderes da
organização e existe associação a objetivos, metas e produtividade.
• Operacional: quando existem ações especificas visando ao bem-estar, mas sem
alinhamento aos propósitos de competitividade, produtividade e desempenho.
ATENÇÃO
As empresas que investem em seus funcionários, promovendo melhorias físicas no espaço
apresentam melhor relação trabalho e família, mas é preciso contar também com outras
estratégias, como criar uma cultura de respeito mútuo, promover atividades colaborativas,
promover melhorias no espaço, estimular a prática de atividades físicas, adotar
a flexibilidade e atenção à saúde mental (ANAMT, 2019).
Veja que as consequências dos conflitos entre trabalho e família
também devem ser consideradas na elaboração de um programa de
QVT. Mas... quais são essas consequências do conflito entre trabalho e
família? Segundo Oliveira, Cavazotte e Paciello (2013), são classificadas
em três grupos: aspectos físicos e psicológicos (estresse, depressão,
hipertensão, ansiedade, transtornos de humor e abuso de substâncias); os
efeitos sobre as atitudes e comportamentos do trabalhador (satisfação
no trabalho, comprometimento e a vontade de deixar a empresa); e os
resultados sobre a satisfação com a família.
172
O líder terá maior dificuldade em gerir sua equipe, quando seus membros passam
por problemas pessoais, familiares, pois acabam refletindo no ambiente de trabalho.
Mas, além de todos esses fatores discutidos aqui, ainda existem diversos outros que
influenciam na QVT, entre eles, se destaca o estresse laboral. Agora que você viu o que
contribui para a QVT do trabalhador, que tal entender como o estresse laboral influencia
a vida do trabalhador? Vamos conferir?
IMPORTANTE
O estresse refere-se a qualquer tipo de aflição ou cansaço do corpo e da mente, é uma reação
do indivíduo a uma adaptação, gerando sintomas físicos, psicológicos e comportamentais.
Perceba que não é considerável um problema até ocorrer em excesso, atacando
as defesas do organismo e afetando a saúde. Para identificar uma situação de
estresse, é necessário perceber a existência de três itens: O estímulo, a resposta
e a interação da pessoa com o ambiente. Nem toda situação de estresse é ruim.
O eutress (bom) é a tensão com equilíbrio entre esforço, tempo, realização e
resultados, é uma força que acrescenta excitação e desafio à vida, contribuindo
para a felicidade, a saúde e a longevidade.
O distress (ruim), ao contrário do eutress, tem relação com a tensão e o
rompimento do equilíbrio, é quando existe uma tensão não aliviada que conduz
à destruição, à doença e em casos mais graves, à morte (FERREIRA, 2017).
Então podemos dizer que o estresse não é “frescura”, como alguns dizem? Isso
mesmo, o estresse é coisa séria e os líderes devem reconhecer esse comportamento
em seus liderados, além disso cada um vivencia o estresse de maneira diferente.
Segundo Macshane (2013), cada indivíduo vivencia uma situação de estresse de
maneira diferente quando expostas ao mesmo estressor. Veja que entre os aspectos
que influenciam como você reage a situações estressantes, está a sua saúde e a sua
personalidade.
173
Existe uma fórmula mágica para a eliminação do estresse no trabalho?
Infelizmente, não! O que existe são alternativas que podem reduzir e às vezes, até
eliminar o estresse, como identificar e reduzir/excluir o agente estressor, e algumas
práticas como: massagem expressa; sala de descompressão; reflexologia; workshops,
palestras e vivências; atendimento psicológico em rede credenciada; yoga, shiatsu; curso
sobre gerenciamento do estresse; massagem antiestresse; exercícios de relaxamento e
massagem bioenergética.
DICA
Um trabalhador que se tornou workaholic tem dificuldades de se desligar do
trabalho, dificilmente tem lazer ou período para o descanso, deixando de lado
sua vida pessoal, sua família, seus filhos e seus amigos, resumindo seu círculo
social àqueles que convivem no ambiente de trabalho. Você é um workaholic?
Mesmo com os riscos será que compensa ser workaholic pelas vantagens que
oferece à sua carreira? Reflita sobre isso. Para conhecer mais sobre o assunto,
leia o artigo Por que ainda valorizamos os workaholics? Acesse: https://www.
revistahsm.com.br/post/por-que-ainda-valorizamos-os-workaholics.
174
A liderança deve estar atenta em todas as condições que podem influenciar as
situações de estresse como o clima/cultura organizacional, as relações interpessoais/
intrapessoais, o tipo de trabalho realizado, o conteúdo das funções, se estas são
repetitivas, significantes, entre outros.
INTERESSANTE
Excesso de trabalho. Uma quantidade de trabalho excessiva afeta negativamente
a criatividade, impedindo o surgimento de novas ideias devido ao estresse
gerado na empresa e à centralização de trabalho em determinado funcionário,
assim como muita pressão na realização dessas tarefas, gerando estresse nas
equipes e inibindo a habilidade criativa de ideias e soluções (BRILLO, 2019).
IMPORTANTE
Burnout é considerada uma síndrome causada pelo estresse crônico com sua
origem no ambiente de trabalho.
Depressão é considerada uma doença psiquiátrica crônica, que aflige pessoas
em qualquer idade.
Estresse é considerado uma reação fisiológica automática do corpo em relação
à um estado que exige ajustes comportamentais.
Estafa é considerada cansaço extremo, falta de energia e motivação para
executar tarefas da rotina diária como estudar, se relacionar com pessoas e
trabalhar. Também é normal a falha de memória, insônia, azia, má digestão e
palpitações (ANAMT, 2022).
Mas... como é possível que a área de GP auxilie nesse assunto? Como acabamos
de estudar, com a aplicação de programas de QVT é possível analisar o nível de
satisfação do trabalhador, avaliando questões sobre o balanceamento da jornada
de trabalho, estabilidade e a flexibilidade de horários, trabalho presencial e remoto,
engajamento entre os membros e entre a equipe e a liderança, mudanças geográficas
que podem impactar a disponibilidade de tempo para o lazer e a família, entre outros
aspectos (MACSHANE, 2013).
175
E como a liderança deve agir no combate ao estresse de seus liderados?
Oferecendo suporte, apoio, sendo empático. Segundo Macshane (2013), um fator
que contribui é receber apoio social, ou seja, quando a liderança, os colegas, gestores,
familiares, amigos e outros oferecem apoio emocional e/ou informacional para amortecer
a experiência de estresse do indivíduo. Trabalhadores que são tratados com empatia
pelos gestores, tendem a apresentar menor nível de estresse. O apoio social pode
melhorar o otimismo e a autoconfiança do indivíduo, pois o apoio faz as pessoas se
sentirem valorizadas e dignas, pois ele fornece informações que ajudam a interpretar,
compreender e possivelmente remover o estressor.
176
Com a correria do dia a dia, muitas vezes, nos desviamos de quem somos, com
tantas distrações e adversidades. Entretanto, para se manter uma qualidade de vida,
é importante realizar algumas autoavaliações, buscando assim, um sentimento de
felicidade. E para que isso ocorra também no ambiente de trabalho, é necessário a forte
atuação do líder. Mas isso é possível? É sim, então, vamos por partes! Venha conferir!
INTERESSANTE
Bem-estar no trabalho. Os trabalhadores começaram a ter maior atenção na
década de 1960, quando, principalmente, nos EUA, houve maior preocupação
com os impactos do emprego na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. Com
o passar dos anos, aumentou a procura pela melhoria das condições de vida do
trabalhador no ambiente de trabalho, auxiliando na criação de leis e órgãos que
buscam, até́ os dias de hoje, melhorar a QVT (FERREIRA, 2017).
DICA
Felicidade no trabalho. Este assunto ganhou destaque nas organizações
incentivando algumas empresas a criar uma função especificamente dedicada
a essa responsabilidade como o Diretor de felicidade ou Chief Happiness
Officer (CHO). E você? É feliz no trabalho? Está satisfeito com seu emprego? Para
conhecer mais sobre o assunto, leia o artigo O peso da felicidade no trabalho,
no Portal Você RH, acessando o link: https://vocerh.abril.com.br/saude-mental/o-
peso-da-felicidade-no-trabalho/.
177
Mas... é possível gerar um ambiente de bem-estar coletivo? Para Johann
(2013), a organização precisa proporcionar um estado de felicidade coletiva estimulando
as pessoas aumentarem a produtividade, por meio da liderança e de programas da área
de GP. Um exemplo é a implantação de horários de trabalho flexíveis ou possibilidade
de realizar algumas tarefas em home office, proporcionando a felicidade do trabalhador
pela melhora em sua qualidade de vida.
DICA
Para se aprofundar neste assunto de maneira prática, assista a uma entrevista
no programa do apresentador Dárcio Arruda, "Programa SHOW+" da TV, no
qual foram discutidos os benefícios organizacionais promovendo a alegria no
trabalho. Tema do Programa: "A ARTE DE SORRIR". Acesse os links: https://
www.youtube.com/watch?v=2SWVDe1M0UQ e https://www.youtube.com/
watch?v=S6Hj7b23Fr0.
Mas... estar feliz e estar alegre são sinônimos? Não, elas não são iguais! A
felicidade e a alegria não necessariamente caminham juntas, pois, é possível você
estar feliz e não estar alegre ao mesmo tempo e vice-versa. Veja no quadro
“Comparação entre felicidade e alegria”.
FELICIDADE ALEGRIA
Estado de espírito constante construído por Sentimento momentâneo de
atitudes. contentamento.
Estado intrínseco, em geral associado ao bem- Transbordamento da felicidade, está em
estar. geral ligada a um fato ou ação positivos.
É um reflexo de contentamento, satisfação e É uma força que acima de tudo conecta e
dever cumprido por parte dos integrantes do nos puxa para o presente momento.
grupo
178
Não seria interessante que o gestor tivesse maior percepção a essas diversas
as emoções básicas no comportamento de seus funcionários? Isso contribuiria para que
o líder entendesse melhor o estado emocional, as reações, as atitudes de seus liderados.
O líder deve estar atento para ambas emoções, pois uma estimula enquanto a outra
prejudica o desempenho, sendo necessário em certas situações, seu auxílio e apoio
moral.
Você sabia que é possível medir o nível de felicidade dos trabalhadores? Por
meio do índice de felicidade no trabalho, que é composto por 70% da percepção
dos funcionários, uma porcentagem obtida após a aplicação de questionário aos
funcionários, e 30% das políticas e práticas desenvolvidas pela área de GP. Esse índice
alcançado pela aplicação do questionário da empresa e pelo Caderno de Evidências
produzido por meio da visita e da avaliação de um comitê̂ formado pela organização
com esse objetivo. Esse instrumento é um excelente guia para orientar o líder no
processo decisório, em assuntos relacionados a sua equipe (JOAHANN, 2013).
179
como expressão do seu ser, proporcionando-lhe felicidade e reconhecimento das
pessoas próximas, maior será sua felicidade tanto no pessoal como no profissional.
Percebeu a influência do líder na felicidade de seu liderado?
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/equipe-de-negocios-multirracial-alegre-no-trabalho-em-escri-
torio-moderno_3299886.htm#query=gera%C3%A7%C3%A3o%20no%20trabalho&position=20&from_
view=search&track=ais. Acesso em: 9 fev. 2023.
Como você deve saber, não é fácil agradar a todos, mas é necessário que a
liderança se adapte às novas gerações e crie uma integração entre as variadas gerações
existentes na organização. Segundo Urco et al. (2019), as organizações podem criar
condições que auxiliem aos seus funcionários a alcançar a felicidade, promovendo
o bem-estar, desenvolvendo programas focados na geração do Millennials, por
exemplo, que possam atender as suas expectativas de trabalho e de carreira, seus
desejos, seu estilo de vida e de comportamento, mantendo-os motivados, estimulados
180
a serem inovadores, criativos e produtivos. Dessa forma, os líderes estão cada vez
mais preocupados em gerar um ambiente que proporcione felicidade a todos seus
funcionários, incluindo a adaptação para envolver e satisfazer a geração do Millennials.
ATENÇÃO
Millennials. Conhecida como Geração do Milênio, a geração Y, nascidos
entre 1980/1994 (aproximadamente), trouxeram mudanças no modo de
viver, no estilo de vida e de comportamento individualista, marcado pela
facilidade de acesso à tecnologia e informação, assim como a utilização em
massa dos celulares, acessando aplicativos, e as diversas mídias sociais,
além das características de serem multitarefas. Além disso, são mais
tolerantes em relação a orientação sexual, diversidade cultural, religião,
geração a qual pertence, capacidades físicas e mentais, características
etnicorraciais, classe social, gênero, a maneira de pensar sobre as coisas.
181
E você compreende o significado do autoconhecimento? Johann (2013)
descreve o autoconhecimento emocional como uma forma do indivíduo reconhecer
as próprias emoções, identificar seus sentimentos quando estes ocorrem.
O autoconhecimento consiste na autopercepção, autoaceitação, autocrítica, na
capacidade de o indivíduo conseguir gerenciar seus sentimentos e as suas emoções, em
desenvolver certo nível de autocontrole. Percebeu a importância de entender e praticar
o autoconhecimento? O resultado é que, melhorando seu relacionamento intrapessoal,
consigo mesmo, será possível identificar os aspectos positivos e os negativos, que
devem ser trabalhados para se sentir bem, se sentir feliz.
HABILIDADES EXEMPLOS
Veja que essas habilidades sociais são essenciais nas relações interpessoais,
promovendo melhoria nas relações no ambiente de trabalho e no familiar. Segundo
Torres (2020), essas habilidades sociais promovem o autoconhecimento individual e
grupal, melhorando a dialogarem, a forma de se respeitarem, em praticarem uma boa
comunicação, em desenvolverem um bom relacionamento entre os membros da equipe
e a liderança, tornando-os mais responsáveis por suas ações etc. Perceba que esses
aspectos criam relações apoiadoras, compartilhando sentimentos, e como resultado,
tornam-se uma equipe mais resiliente, ou seja, tornam as relações de trabalho mais
fortes em superar as adversidades que surgem no ambiente de trabalho, é o que
chamamos de resiliência laboral.
182
Assim, quanto maior a dedicação da liderança em proporcionar melhorias no
relacionamento interpessoal em sua equipe, melhor será a convivência nesse ambiente.
De acordo com Brondani (2010), a liderança tem papel fundamental no gerenciamento
das relações interpessoais, incentivando a equipe e tornando o clima mais saudável,
de maior satisfação e evitando conflitos, resultando em maior produtividade e QVT.
ATENÇÃO
Coaching. Aplicado por um coach executivo, voltado às questões de desempenho, desafios e
mudanças específicas, com foco na ação, nos resultados, agindo em relação à situação presente
e ao futuro, abordando em como o indivíduo age em razão de resultados a serem alcançados.
Realizado em forma de sessões que podem ser de forma individual
ou por equipes, sendo que independente do público o profissional
utilizará ferramentas, técnicas, metodologias cientificamente validadas,
normalmente, convertidas em forma de perguntas que estimulem o cliente
a encontrar os caminhos para alcançar o objetivo desejado. O processo de
coaching refere-se à trajetória entre a situação atual em que se encontra, e
o estado desejado, onde estão os projetos de vida, as metas, o sucesso, a
realização plena, orientado pelo Coach que é quem dará os estímulos que
despertarão e apoiarão o coachee (quem recebe coaching) para chegar
lá. O líder que utiliza técnicas do coaching, é chamado de Líder Coach
(SARTOR; BATTI, 2017).
183
e performance do trabalhador. Além disso, é necessário que os gestores mudem sua
forma de gestão, se adaptem ao novo cenário organizacional, desenvolvendo novas
competências como maior percepção e compreensão do comportamento dos membros
de sua equipe. E sabe como isso é possível? Aplicando mecanismos da neurociência,
como a neurogestão, neuroliderança e neurocoaching, na gestão de seus funcionários.
Você já ouviu falar delas? São os assuntos ne nosso próximo tópico. Vamos conferir!
3.1 NEUROMANAGEMENT
Veja que a neuromanagement surgiu com uma recente interpretação da
neurociência, relacionada ao estudo do cérebro humano e o comportamento dos
funcionários, como reagem aos estímulos promovidos no ambiente organizacional, em
como a área de Gestão de Pessoas (GP) pode entender essa influência nas questões de
performance e desempenho dos funcionários, assim como em relação ao estilo de
gestão e de liderança adotados.
Note que quando os gestores não valorizam seus talentos, tendem a perdê-
los para outras empresas. Trabalhadores competentes comparam e sempre que surge
uma oportunidade, trocam de emprego. Apesar da alta taxa de desemprego, existe um
número pequeno de vagas em aberto em relação à quantidade de candidatos, mas
184
alguém será escolhido, e a vaga será preenchida, e o talento não reconhecido por um
líder, pode ser reconhecido por outro.
ATENÇÃO
A neurociência compreende o estudo do sistema nervoso e suas ligações
com toda a fisiologia do organismo, incluindo a relação entre cérebro e
comportamento. O controle neural das funções vegetativas, das funções
sensoriais e motoras, da locomoção, reprodução, alimentação e ingestão
de água, os mecanismos da atenção e memória, aprendizagem, emoção,
linguagem e comunicação, são temas de estudo da neurociência (VENTURA,
2010, p. 123
185
ATENÇÃO
Neurociência e GP. A neurociência é o resultado de um vínculo entre as capacidades
emocionais e cognitivas, nesse sentido, o intuito desta área científica é suprimir reações
de medo, inquietação, receio e tensão antes de tomar qualquer
decisão ou até eventualmente antes de proceder à resolução de um
problema. Assim, todos os sentimentos derrotistas e negativos serão
abolidos tornando o funcionário mais confiante e confortável perante
estas situações.
A gestão deve criar a estratégia empresarial estudando os gostos,
necessidades e desejos das pessoas para que seja possível ir de encontro a
essas mesmas necessidades. É uma ciência que estuda os recursos que são
utilizados pelos indivíduos para controlar e gerir os seus comportamentos
em contexto social (DIAS, 2021).
Portanto, cada vez mais surgem novas técnicas, novos instrumentos vão
renovando as práticas da área de GP, e com o as contribuições da neurociência se torna
possível conhecer cada vez melhor das pessoas, compreendendo seus comportamentos,
sentimentos e emoções, e em como são influenciadas por estímulos, motivações no
ambiente de trabalho, auxiliando os gestores a gerir suas equipes de trabalho. Você
concorda? Reflita sobre isso!
186
nos fundamentos da neurociência, exercendo uma liderança que compreende o
comportamento humano, suas emoções e sentimentos, suas reações aos estímulos,
proporcionando maior desempenho dos membros de sua equipe.
De acordo com Silva (2020, p. 10), “...a Neurogestão analisa os processos cerebrais
que estão conduzindo os processos de gerenciamento em uma organização. Isso
vale tanto para o indivíduo quanto para o grupo, e ajuda a definir os processos que
definem o sucesso de vários métodos”. Ou seja, na neurogestão, o neurogestor
aplica a neurociência para a gestão e gerenciamento de organizações, focada nos
processos neurológicos ligados à liderança, tomada de decisão, no desenvolvimento
da inteligência do indivíduo, e no planejamento e gestão de pessoas, como seleção,
treinamento, interação grupal e liderança (SILVA, 2020).
187
tomam decisões em ambiente social; como regulam suas emoções; como as pessoas
colaboram e influenciam os outros; e como facilitam pessoas.
ATENÇÃO
Neuromanagement. Consiste em explorar processos neurofisiológicos envolvidos
na tomada de decisões, em desenvolver inteligências múltiplas em nível pessoal e
profissional, promover nos executivos a capacidade de visão de negócios e desenvolver
as habilidades dos profissionais. A Neuromanagement aplica os
princípios da neurociência, como desenvolver e adaptar o cérebro
humano, promovendo melhor qualidade do trabalho, e os princípios
da neuroética nas organizações, pois a ética empresarial influencia
a tomada de decisão, a cultura organizacional assim como as
estratégias organizacionais. Quando aplicada pela área de Gestão de
Pessoas, promove maior estímulos aos trabalhadores resultando em
melhor desempenho. Esta ciência pode ainda auxiliar um gestor a
entender a complexidade de manter os seus funcionários motivados
e satisfeitos (DIAS, 2021).
188
Como você acabou de ver, a neurociência tem a capacidade de aperfeiçoar
a liderança, possibilitando maior controle e percepção do comportamento
humano, proporcionando maior assertividade e eficácia no processo decisório.
Segundo Dias (2021), para que a Gestão alcance uma melhor performance, os gestores
devem estar conscientes dos seus comportamentos e capazes de controlá-los.
Observe que as organizações alcançam com maior facilidade os seus objetivos quando
os seus funcionários estão satisfeitos na realização das suas tarefas. Além disso,
os líderes devem ser profissionais flexíveis e de fácil adaptação. Ou seja, por meio
da neurociência, o líder tem a capacidade de controlar as suas ondas cerebrais e
consequentemente contribuir para uma melhor performance organizacional.
189
Figura 3 – MEG como instrumento de neuroimagem
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-paciente-com-dispositivo-de-varredura-de-cabeca-e-ati-
vidade-cerebral-e-vista-na-tela-equipamento-para-diagnostico-de-neurologia_21614351.htm#page=2&-
query=neuroci%C3%AAncias&position=21&from_view=search&track=sph. Acesso em: 28 fev. 2023.
INTERESSANTE
Zona cerebral e processo decisório. Hoje em dia é possível detectar
a zona do cérebro que é acionada quando tomamos decisões. É
comum a análise nos lobos frontais em indivíduos com cargos de
administração e gestão, onde o hemisfério direito é relacionado
com as emoções, processamento de imagem, enquanto que o
hemisfério esquerdo é relacionado com o lado mais racional
e lógico. Os gestores devem se informar com as sensações e
valorizá-las no processo decisório. Em um nível interno, consiste
em promover espaços de trabalho agradáveis, mais minimalistas,
que aumentem o bem-estar físico e psicológico do trabalhador,
enquanto a nível externo, ser mais empáticos com os clientes
e partes interessadas, e promover as sensações de textura e
essência nos produtos, por exemplo (DIAS, 2021).
190
O hiperscanning é outro instrumento da neurociência na compreensão do
comportamento humano, analisando a atividade cerebral quando os indivíduos se
encontram numa interação social. Hyperscanning é uma técnica de investigação que
está sendo desenvolvida no âmbito da neurociência, na qual dois indivíduos interagem
por uma rede de computadores e têm seus padrões de atividade cerebral registrados
simultaneamente em máquinas de ressonância magnética funcional (HAASE et al.,
2009, p. 5). Já pensou ser analisado enquanto trabalha home office? Ou durante a troca
de mensagens eletrônicas e na interação em redes sociais? Qual seria o resultado dessa
análise, hein? Ficou curioso? Então reflita sobre isso, para entender se essa interação
influencia sua performance no trabalho. Pense nisso!
INTERESSANTE
Aplicação do hiperscanning. Como foi possível analisar a atividade cerebral na interação
social entre liderado e líder, em uma situação que foi também proposto aos líderes
que comunicassem através de dois estilos diferentes. Um mais
autoritário e o outro com características mais calmas, passivas.
Por meio do hiperscanning foi possível perceber que quando
os liderados tinham algum tipo de interação social com um
líder autoritário surgia algum desconforto e as respostas dadas
pelo liderado não eram tão genuínas e verdadeiras. No caso do
líder mais passivo, foi possível concluir que os liderados tinham
um diálogo mais genuíno e conseguiam mais facilmente ser
influenciados para promoverem um desempenho organizacional
melhor e mais eficaz. No diálogo entre o liderado e o líder passivo
foi possível concluir que este conseguia envolver de forma mais
eficaz o liderado e desta forma conseguir movê-lo para uma
mudança positiva e assim promover um melhor desempenho
organizacional (HAASE, 2009).
191
Mas também existem alguns instrumentos alternativos da neurociência,
que podem ser facilmente implantados pela área de GP, por meio de programas de bem-
estar dos funcionários. Quer saber quais são eles? Então... vamos conhecê-los!
Então... como a PNL pode ser útil na gestão de equipes? A PNL pode interpretar
emoções e atividades que cada indivíduo prefere executar, dessa forma, através da PNL
é possível identificar a função que mais se adéqua para o funcionário, assim como a
preferência e o gosto do mesmo pelas diferentes atividades (DIAS, 2021). Dessa forma,
quando os diversos instrumentos da neurociência são aplicados da maneira adequada
nas organizações, é possível alcançar um melhor desempenho organizacional. Você
concorda? Reflita a respeito!
192
Viu como o coaching está diretamente ligado à neurociência e deve ser
aplicado pelas lideranças? Por ele ser um instrumento que atua na mente do indivíduo,
através dos pensamentos, percepções e emoções. Dessa forma, juntamente com
a neurociência, estudo científico do sistema nervoso, possibilitando entender como
é possível modificar nossa forma de aprendizagem, assim como entender como são
gerados os pensamentos e emoções. Note que a neurociência fornece respostas para
diversas dúvidas! Sim, isso mesmo! Como é possível mudar o nosso comportamento?
De que forma é possível sustentar nossas mudanças? Como é possível aprender e não
esquecer? (SARTOR; BATTI, 2017).
DICA
E para refletir sobre as diversas revoluções pelas quais já
passamos, o instrutor internacional da Nortus, Steven Poelmans,
compartilha algumas dicas sobre como os/as líderes podem trazer
o futuro que se anuncia para o presente, em seu dia a dia, assista
ao vídeo Neuroliderança: o futuro da liderança nas organizações,
acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=8lbjBMeqz8g
193
E qual o papel do líder neurocoach em relação à aplicação do neurocoaching?
São vários, mas os principais são, segundo Silva (2020): liberar o potencial de
cada indivíduo; incentivar a pessoas para o autodesenvolvimento; compartilhar
responsabilidades; orientar as pessoas sempre que necessário e saber reter os talentos.
Entenda que com o neurocoaching, o gestor aplica os instrumentos da neurociência,
estimulando o autogerenciamento, incentivando que as equipes se tornem mais
autônomas e empreendedoras, focando no treinamento e no desenvolvimento
dos trabalhadores assim como das equipes.
DICA
Você quer se aprofundar mais nos processos de neuroliderança nas organizações?
Então assista ao vídeo: Neuroliderança: como usar o cérebro a nosso favor!, abordando
a questão do líder que explora de maneira eficiente a interconexão cerebral e seu
funcionamento e como a neurociência tem proporcionado o desenvolvimento das
pessoas, principalmente, na solução de problemas e gerenciamento de mudanças.
Assista ao vídeo da TV CRECI, acessando o link: https://www.
youtube.com/watch?v=g2McXKLghJM.
E para você que quer entender mais sobre o que é o neurocoaching,
assista à reportagem da Jovem Pan News, o vídeo Neurocoaching
é nova ferramenta para o desenvolvimento, em que é explicado
como o neurocoaching pode ajudar as pessoas. Para dar alguns
exemplos de como o neurocoaching pode ajudar as pessoas com
as mais variadas dificuldades, Luciana Ferreira recebe nos estúdios
da Jovem Pan Online Adriana Fellipelli, psicóloga e diretora geral
da Fellipelli Instrumentos de Diagnóstico e Desenvolvimento
Organizacional.
Acesse os links:
https://www.youtube.com/watch?v=sSUjRdYpGe0 Parte I;
https://www.youtube.com/watch?v=GWcBXLVeK14 Parte II;
https://www.youtube.com/watch?v=tDmBH7ZJKWE Parte III.
Gostou do que vimos até aqui? Não existem fórmulas mágicas na liderança
de equipes, mas existem instrumentos que contribuem para melhores resultados!
Lembre-se de que toda forma de gestão deve considerar o contexto da liderança, como
o nível de QVT e bem-estar proporcionado aos seus trabalhadores, como a gestão atua
em relação à inclusão social e diversidade cultural em suas equipes de trabalho, se
aperfeiçoou sua forma de gestão aplicando instrumentos da neurociência, na liderança
de suas equipes de trabalho. Todos esses fatores influenciam no sucesso da liderança
em captar, desenvolver e reter seus talentos. Reflita sobre isso. Aliás, captação e
retenção de talentos fazem parte do nosso próximo Tema de Aprendizagem. Antes,
vamos recapitular o que foi aprendido neste primeiro tema da Unidade 3? Vamos lá!
194
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• A QVT se refere ao conjunto de ações que a empresa realiza para implantar melhorias
e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho.
• Os programas de QVT são essenciais para que a liderança consiga uma mudança de
comportamento e desempenho dos trabalhadores de sua equipe.
• A felicidade pode ser medida por meio dos índices: autoatualização; uso reduzido de
substâncias; felicidade e estabilidade emocional.
195
• A neurociência auxilia em identificar o que influencia os comportamentos, os
pensamentos e as emoções do ser humano.
196
AUTOATIVIDADE
1 A implementação de programas de QVT diminui os índices de absenteísmo (faltas no
trabalho), turnover (rotatividade de pessoal), diminui os índices de acidentes no trabalho,
os custos com assistência médica, além de gerar uma melhor imagem da organização no
mercado devido a sua cultura de QVT como diferencial competitivo, melhora o ambiente
de trabalho, fazendo com que os trabalhadores ajam mais integrados e motivados.
Fonte: adaptado de https://administradores.com.br/artigos/
entrevista-qualidade-de-vida-no-trabalho. Acesso em: 28
fev. 2023.
Nesse contexto, o programa de QVT deve atuar em três focos principais. Assinale a
alternativa CORRETA:
2 Em geral, as profissões de maior impacto de estresse são as que lidam com o ser humano,
nas quais a inter-relação pessoal é permanente. Médicos, professores, jornalistas
são exemplos de gente que não pode falhar. Recentemente, os policiais passaram a
engrossar esse grupo, assim como as pessoas que trabalham em bolsas de valores e em
bancos por causa da instabilidade do sistema financeiro. Também deve ser considerado
o trabalho das donas de casa, ao gerir uma casa com orçamento minguado e múltiplas
responsabilidades as tornam sujeitas a cargas maciças de estresse.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/
estresse-entrevista/. Acesso em: 13 abr. 2023.
Nesse contexto, o estresse ocupacional considera três aspectos. Analise as sentenças a seguir:
197
3 O objetivo da neurociência é aproveitar todos os conhecimentos científicos relacionados
à mente para melhorar as funções dos gestores. Eles são os responsáveis por conduzir e
preparar equipes inteiras dentro das empresas, então nada mais justo que elas sejam as
ferramentas desse aprendizado. A neurociência traz inúmeros benefícios para a carreira,
principalmente se vinculada a práticas focadas em formação e desenvolvimento de
competências.
Fonte: adaptado de https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/
neurolideranca-mudando-os-rumos-da-gestao/. Acesso em:
13 abr. 2023.
Nesse contexto, a neuroliderança proporciona que o líder atue como neurolíder ente outros
aspectos. Classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
“No trabalho, podemos ter mais momentos de gentileza, começando reuniões com
elogios, descontração, diversão e engajamento”, destaca Renata Rivetti, especialista em
felicidade corporativa e liderança positiva e diretora da Reconnect Happiness at Work.
Fonte: adaptado de https://www.istoedinheiro.com.br/
carreira-como-ter-mais-felicidade-e-bem-estar-no-
trabalho/. Acesso em: 28 fev. 2023.
198
5 Para entender como funciona o neurocoaching e seus benefícios, o primeiro passo
é entender o que é neurociência, a base de todo esse processo. Ela diz respeito ao
estudo sobre o sistema nervoso central, bem como sua estrutura, a forma como ele
se desenvolve, seus aspectos fisiológicos, falhas e alterações que ocorrem ao longo
da vida do ser humano. Além disso, a neurociência estuda o nosso cérebro, nossa
capacidade cognitiva, memória, aprendizado, emoções, comportamentos, reações
quanto aos estímulos internos e externos, nossas vivências e experiências, entre
muitos outros aspectos.
Fonte: https://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-
e-psicologia/o-que-e-neurocoaching/. Acesso em: 28 fev.
2023.
199
200
UNIDADE 3 TÓPICO 2 - O
PAPEL DA LIDERANÇA EM PROCESSOS DE
ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS
1 INTRODUÇÃO
No Tema de Aprendizagem anterior, entendemos a necessidade de uma
liderança promover uma boa QVT, em se preocupar com o bem-estar e relações sociais
de sua equipe, assim como a importância de gerir equipes aplicando instrumentos da
neurociência para promover maior satisfação e melhor desempenho, assim como
estimular o autoconhecimento, resultando em diminuição do estresse, felicidade e alegria
no trabalho. Outro aspecto a ser considerado, é como a liderança influência a captação e
retenção de seus talentos. Mas, como fazer isso? É o que veremos neste tema.
201
DICA
Neste vídeo, você verá qual é o papel do líder na retenção de talentos. Sabia que uma
liderança ineficaz é um dos principais motivos que leva funcionários a se desligarem das
empresas? Aqui, no vídeo, você encontra três dicas de como tornar a liderança assertiva
para reter os talentos que a sua organização precisa. Para saber mais, assista ao vídeo
Papel do líder na retenção de talentos, acessando o seguinte link: https://www.youtube.
com/watch?v=iJKIX5bA8Tw.
E por que os líderes não conseguem reter seus talentos? As
pessoas saem das empresas por falta de perspectiva, segundo
explica Rafael Souto, presidente da Produtive. Diante desse dado,
promover diálogos de carreira apresenta-se solução de retenção,
segundo explica o especialista em seu vídeo Como reter talentos,
acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=HkcP_IRMA-
4.
Mas se você prefere fazer uma leitura sobre esse cenário
desafiador, no qual lideranças e especialistas mostram como as
maiores empresas do país estão gerindo pessoas, leia a matéria
completa no artigo Líderes apontam os novos caminhos para
atrair e reter talentos, acessando o link: https://forbes.com.
br/carreira/2022/09/grandes-empresas-apontam-os-novos-
caminhos-na-gestao-de-pessoas/. Boa leitura!
E você? Está pronto para se adaptar ao novo mercado de trabalho? Pronto para
as mudanças? E como captar e reter talentos? Venha conferir!
202
2.1 CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS NO PÓS PANDEMIA
DO COVID-19
Você mudou seu modelo de trabalho após a pandemia do Covid-19? Está
optando por trabalhos que oferecem a opção de atuar home office? Você não é o único!
Muitas pessoas mudaram seu modelo de trabalho, buscando maior QVT e bem-estar.
Mas... você gosta de mudanças? Se for para melhor, são sempre bem-vindas!
Para White (2016), a mudança é constante, é inevitável, rápida e pode afetar a todos, por
isso é necessário que você esteja pronto para qualquer situação de mudança profissional,
pois, quanto mais preparado, maiores serão as chances de conseguir um emprego.
Se você é um líder, deve aprender a lidar com as mudanças e iniciar as suas próprias
mudanças pessoais e profissionais, sejam elas impostas ou iniciadas por você mesmo,
de qualquer maneira, aliás, você deve aceitar a mudança como uma oportunidade. Você
concorda? Reflita a respeito!
Além, disso, de acordo com Chiavenato (2010, p. 146), destaca que o líder
precisa estar preparado para identificar no processo seletivo:
• O aspecto mais importante da pessoa que precisa admitir;
• Como o cargo foi desempenhado no passado;
• O motivo pelo qual o cargo está vago;
• Como o cargo é descrito, quais são suas maiores responsabilidades e seus
objetivos;
• As projeções da organização para a área nos próximos cinco anos;
203
• As necessidades desse cargo para que a área alcance essas projeções;
• As maiores forças e fraquezas da área;
• Se há planos para novos serviços ou produtos em sua área e qual é a
participação desse cargo nos novos serviços ou produtos;
• Se ele mesmo pode falar sobre as pessoas de sua equipe;
• Como ele mesmo define sua filosofia de administração;
• Como ele mesmo visualiza a pessoa que pretende contratar para o cargo; e
• As competências que o candidato deve apresentar.
Perceba que somente após o gestor analisar esses itens, ele estará mais
preparado, pronto para conduzir o processo de seleção e terá mais facilidade para
escolher o candidato mais adequado a ser contratado para realizar as atividades do
cargo a ser ocupado.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-integracao_10946458.htm#-
query=integra%C3%A7%C3%A3o&position=1&from_view=search&track=sph. Acesso em: 28 fev. 2023.
204
Você sabe o que é um programa de onboarding? Traduzido do inglês “embarcar,
a bordo”, refere-se ao processo de socialização organizacional destinado aos novos
funcionários, ou seja, é a recepção do novo funcionário assim que ele é admitido na
empresa, integrando, adaptando, capacitando, possibilitando conhecer a empresa, seus
procedimentos, suas dependências físicas, seus processos e a sua cultura organizacional,
assim como seus colegas de trabalho, departamentos ou equipes que vão formar sua
rede de trabalho, aplicando técnicas e ferramentas de ambientação, socialização
e capacitação para que sejam mais rapidamente integrados e proporcionando maior
permanência na empresa, proporcionando a redução de turnover, redução dos
índices de acidentes no trabalho e dos custos com assistência médica e a
intensificação do desempenho dessas pessoas (BANOV, 2010).
Mas... você sabe qual é a diferença entre Integração e onboarding? Fique tranquilo
que é bem simples! Enquanto os programas de onboarding tem uma duração média de
três meses – durante o período de experiência do funcionário – o programa de integração
deve ser frequente, constante, no início e durante a permanência do funcionário na
organização, sempre que houver necessidade. Atualmente, esses programas podem ser
presenciais ou remotos, ocorrendo de maneira virtual, por meios digitais.
INTERESSANTE
Onboarding digital. Ocorre 100% digital, aplicado por algumas
empresas como na Bayer, que envia para a casa do novo
funcionário uma caixa de boas-vindas com vídeo, aplicativos de
realidade aumentada, além de usar o e-learning e o microlearning
para aprendizagem e presencialmente, o novo funcionário tem
apenas um padrinho para tirar dúvidas básicas (BANOV, 2010).
205
2.1.2 Aplicação do storyteller pela liderança
Note que entre as práticas adotadas pela liderança para reter talentos, está
o storyteller. Você já ouviu falar dessa prática de gestão? Ela tem como principal
característica uma legítima vontade de transmitir aos demais ideias que emocionam.
Se você é um líder com essa característica, você se torna influente e possui histórias
inspiradoras para alimentar a motivação de uma equipe ou passar a visão de uma área
ou empreendimento. Ela consiste no fato de vender de ideias, mas como um vendedor
que parou de vender para o cérebro e começou a vender para a alma. Para que isso
ocorra, é necessário autoconhecimento e conhecimento das pessoas ao seu redor
(MUNIZ et al., 2020). O storytelling envolve a história, inspiração, marketing, criatividade,
conclusão e feedback, conforme a figura “Processo de storytelling”.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/projeto-de-modelo-de-infografico-para-contar-historias-
-com-ilustracao-vetorial-de-icones-conceito-de-narrativa_20016051.htm#page=2&query=Storytellin-
g&position=38&from_view=search&track=sph. Acesso em: 10 fev. 2023.
206
INTERESSANTE
Storytelling: uma ferramenta de gestão. Ela consiste na capacidade de contar histórias,
é uma ferramenta tradicional e poderosa de comunicação entre as pessoas, apontando
que os líderes podem usar a narrativa para diversas finalidades, como compartilhar
conhecimento e experiências, vivenciadas ou imaginadas, para estimular a colaboração,
motivar a equipe, gerenciar mudanças, as narrativas de casos podem ser aplicadas para
comunicar valores, lições aprendidas, ideias complexas, conceitos e relações causais.
Este método é normalmente utilizado para reforçar a segurança e bem-estar de uma
organização, diminuindo riscos e potenciando a motivação dos funcionários.
Através de uma história um líder consegue persuadir e inspirar os seus liderados,
envolvendo-os assim nos objetivos que pretende alcançar. O storytelling e altamente
focado nos funcionários das organizações, em seu bem-estar, motivação, envolvimento
na empresa e nos seus objetivos, aprendizagem, bem como uma forte relação
emocional com o seu líder e missão organizacional, além disso o storytelling possibilita
a transformação de números ou informação seca e abstrata, em imagens atraentes dos
objetivos do líder.
A rápida e clara compreensão nas mensagens realizadas pelo
líder aos seus liderados, contribui no alcance dos objetivos,
devido a três motivos básicos: as histórias transmitem
emoções de uma maneira mais persuasiva, inspirando a agir;
pelo fato das histórias serem concretas e nos transportarem
para um lugar no tempo no qual, através da nossa imaginação,
é possível construir graficamente na nossa mente, tornando-
as inesquecíveis; e porque as histórias seduzem os ouvintes a
participarem ativamente na conversa, diferentemente de uma
discussão com basicamente apresentação de fatos.
“Qualquer líder pode identificar, criar e contar histórias de
sucesso memoráveis,
interessantes, estratégicas, verdadeiras, únicas, curtas e
orientadas para o que se quer
ensinar, que podem ser partilhadas de forma natural e sem se
gabar a um conjunto
vasto de stakeholders” (ABECASIS, 2016, p. 50).
207
2.2 CAPTAR E RETER TALENTOS: DESAFIOS NA LIDERANÇA
Você já trabalhou para algum gestor que não percebia o que ocorria dentro de
suas equipes? Não sentia os conflitos, quem produzia e quem não produzia, os que
“enrolavam o trabalho”? Provavelmente é um entre vários que já passaram por essa
infeliz situação.
Então... como o líder deve agir? Entenda que ao iniciar a gestão de uma equipe,
o líder tem o papel de estruturá-la, de acordo com suas necessidades e moldá-la
para atingir suas metas, independentemente de assumir uma área totalmente
nova, iniciando do zero, ou que tenha de gerenciar uma equipe já constituída, formada
anteriormente por outro gestor.
Mas... na prática, gerir uma equipe do zero ou já formada, é a mesma coisa para
o gestor? Na maioria das vezes, é bem diferente, pois, quando se inicia uma equipe do
zero, você como gestor da área, será a pessoa que vai escolher todos os membros da
equipe, participando do processo de captação e seleção de cada novo integrante de sua
nova equipe.
208
Mas... se o gestor pretende reter os talentos existentes, por onde ele deve
iniciar, ao assumir essa equipe já formada? Segundo Escorsin e Walger (2017), o gestor
pode inicialmente realizar ações como, por exemplo:
• Conhecer melhor cada um dos funcionários por meio de reuniões individuais;
• Fazer reuniões com toda a equipe;
• Definir novas metas e estratégias para área;
• Envolver os funcionários nessas definições;
• Comunicar claramente à equipe as novas estratégias;
• Conhecer fluxos e processos de trabalho;
• Identificar a adequação das atividades de cada funcionário com o cargo e o salário;
• Analisar as competências das pessoas e compatibilizá-las com os cargos;
• Reorganizar as pessoas às atividades conforme as competências identificadas;
• Definir se irá precisar de todos os cargos ou profissionais presentes;
• Analisar se o número de funcionários por cargo está adequado às demandas de
atividades;
• Definir se todos permanecem na equipe; e
• Identificar as necessidades de capacitação para os funcionários.
Deu para entender quantas ações são necessárias para captar novos talentos
e reter os já existentes em sua equipe de trabalho? Essas são algumas alternativas
que contribuem para que o gestor continue desenvolvendo e retendo equipes de alta
performance na organização.
209
DICA
Para entendermos melhor como as práticas da área de GP estão
contribuindo para os gestores reterem seus talentos, leia o artigo
RH estratégico: um passo importante para a atração e retenção
de talentos, da HSM Mangement. Acesse o línk: https://www.
revistahsm.com.br/post/rh-estrategico-um-passo-importante-
para-a-atracao-e-retencao-de-talentos.
ATENÇÃO
Para entendermos melhor como as práticas da área de GP estão
contribuindo para os gestores reterem seus talentos, leia o artigo
RH estratégico: um passo importante para a atração e retenção
de talentos, da HSM Mangement. Acesse o línk: https://www.
revistahsm.com.br/post/rh-estrategico-um-passo-importante-
para-a-atracao-e-retencao-de-talentos.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-do-grupo-de-pessoas-diversas-multietnicas-
-em-pe_34174590.htm#query=inclus%C3%A3o%20social&position=9&from_view=search&track=ais.
Acesso em: 9 fev. 2023.
210
DICA
Qual é o papel do líder inclusivo? Neste vídeo você vai ver dicas
de como ser um líder inclusivo, e conseguir o respeito dos seus
liderados, transformar equipes, dar o exemplo, valorizar a
diversidade e a inclusão e desenvolver a empatia. Assista ao vídeo
O papel do líder inclusivo, acessando o link: https://www.youtube.
com/watch?v=nbSyoxwsfnA.
INTERESSANTE
Diversidade e evolução. Um comentário feito a um colega do sexo oposto, que há 20
anos seria tomado como um chamego, por exemplo, um homem dizendo a uma colega
que o calçado que ela está usando é sexy, nos dias de hoje pode se tornar o fim de uma
carreira. Por esse motivo, as empresas estão investindo em treinamento para remodelar
as atitudes de seus funcionários.
Nos EUA, a maioria dos grandes empregadores e uma grande parte dos pequenos e
médios mantém algum tipo de treinamento para a diversidade.
Alguns exemplos: os policiais de Escondido, California, recebem 36 horas por ano
de treinamento sobre diversidade. A Agência Federal de Aviação dos EUA patrocina
um seminário obrigatório sobre diversidade, com oito horas de duração, para seus
funcionários na região da costa do Pacífico. A rede de restaurantes Denny colocou todos
os seus gerentes em um programa de treinamento sobre diversidade de dois dias, com
um programa diário de sete a nove horas.
Como são esses programas sobre diversidade e como buscam a mudança de atitudes?
Quase todos eles incluem uma fase de autoavaliação. As pessoas são induzidas a fazer
um autoexame e a encarar os seus possíveis.
Depois de pagar indenizações de mais de 50 milhões de dólares por conta de processos
de discriminação racial contra clientes negros, a rede norte-americana de restaurantes
Denny’s passou a treinar todos seus funcionários para ajudá-los a melhorar sua atitude
em relação à diversidade étnica e cultural. Hoje, a Denny’s está na lista da revista Fortune
das “melhores empresas norte-americanas para as minorias”. Estereótipos étnicos e
culturais. Depois, elas costumam participar de discussões de grupo ou painéis com
representantes dos diversos grupos.
Dessa forma, um vietnamita pode descrever sua vida familiar no
sudeste da Ásia e explicar por que veio morar na Califórnia; ou uma
lésbica pode contar como foi a descoberta de sua identidade sexual e
qual a reação da família e dos amigos quando ela resolveu se assumir.
Outras atividades adicionais planejadas para mudar atitudes incluem
o trabalho voluntário em centros de serviços sociais/comunitários
para que os participantes possam conviver com representantes de
diversas minorias, e exercícios para fazer com que eles sintam como é
a experiência de ser diferente.
Por exemplo, quando assistem ao filme Eye of the Beholder, cuja
história fala de pessoas discriminadas e estereotipadas em função da
cor de seus olhos, os participantes podem sentir o que é ser julgado
por uma característica a qual não se tem qualquer controle. Depois dos
atentados de 11 de setembro, muitas empresas incluíram treinamentos
para a diversidade focados na convivência com os colegas naturais do
Oriente Médio/muçulmanos (ROBBINS, 2010, p. 87-88).
211
3.1 LIDERANÇA E INCLUSÃO SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Você é um líder que usa suas habilidades para impactar a sociedade? Então
você tem um estilo de liderança com tendências humanitárias, pois considera “...tão
importante quanto o resultado financeiro, o comprometimento com a transparência, as
responsabilidades social e ambiental e o desenvolvimento de um ambiente de trabalho
que promova a equidade, a inclusão e a diversidade” (MUNIZ et al., 2020, s.p.).
DICA
Para entendermos melhor estes conceitos na prática, leia a respeito
da inclusão social no mercado de trabalho, no artigo A inclusão social
aumenta a diversidade da empresa e gera benefícios para todos,
acessando o link: https://www.neoenergia.com/pt-br/te-interessa/
compromisso-social/Paginas/inclusao-social.aspx e no artigo Como
praticar inclusão social nas empresas, acessando o link: https://
institutoreacao.org.br/como-praticar-inclusao-social-nas-empresas/.
212
DICA
Reatech. Já ouviu falar da Reatech? É uma Feira Internacional de Tecnologia em
Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que há mais de uma década oferece vários
produtos, serviços e atrações às pessoas com deficiência, incluindo
a participação de várias empresas recrutando profissionais.
É considerada a principal feira do setor na América Latina.
A cada edição, reúne cerca de 300 marcas expositoras dos
segmentos de agências de emprego voltadas para pessoas
com deficiência e mobilidade reduzida, instituições financeiras,
fabricantes de cadeiras de rodas, departamentos de recursos
humanos, indústrias farmacêuticas, indústrias dos segmentos de
animais treinados, veículos adaptados, fabricantes de aparelhos
auditivos, equipamentos especiais, materiais hospitalares, higiene
pessoal, próteses e órteses, terapias alternativas, turismo e lazer.
Para saber mais, acesse o site oficial da feira: https://reatechbrasil.
com.br/16/.
213
A importância de discutir questões relacionadas ao envelhecimento
e longevidade foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas
(ONU) no final de 2020, ao declarar a década 2021-2030 a Década do
Envelhecimento Saudável. Em 1991, na Assembleia Geral das Nações
Unidas, a ONU publicou a Carta de Princípios para Pessoas Idosas,
definindo quatro princípios de orientação quanto a independência,
participação, cuidados especiais e dignidade, garantindo ao idoso
a possibilidade de trabalhar ou de ter acesso a outras fontes de
rendimento, e ter oportunidades com vista ao pleno desenvolvimento
de seu potencial (LIMA, 2022, p. 23).
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/pessoas-que-trabalham-em-equipe_19534503.htm#page=2&-
query=diferentes%20gera%C3%A7%C3%B5es%20mercado%20de%20trabalho&position=15&from_
view=search&track=ais. Acesso em: fev. 2023.
214
DICA
Conheça a iniciativa desenvolvida na Renault que possibilitou gestores de diferentes
áreas terem uma visão de 360 graus sobre o envelhecimento da mão de obra e como
promover ambientes inclusivos a trabalhadores mais velhos. Viviane Gariba, analista
do Centro de Inovação em Longevidade e Produtividade, onde foi
criado o projeto Gestão para a Longevidade, explica os objetivos e
dá outros detalhes sobre a metodologia. Gestores da Renault, como
Paulo Zétola, gerente geral de Saúde e Condições de Trabalho,
relatam a importância do líder para conduzir o processo de transição
demográfica no mercado de trabalho. Já a coordenadora do Centro
de Inovação em Longevidade e Produtividade, Noélly Mercer, traz
alguns desafios dessas mudanças, como lidar com quatro gerações
trabalhando juntas e adequação de postos de trabalho.
Assista ao vídeo Qual o papel do líder na inclusão de trabalhadores
longevos em suas equipes?, acessando o link: https://www.youtube.
com/watch?v=EUkP3tedUoM.
215
3.1.2 Liderança e ambiente politicamente correto
Se você ocupa uma posição de liderança, também precisa estar alinhado com
as questões éticas e a legislação da pessoa com deficiência (PCD). Como um líder
deve acompanhar as mudanças em relação a esse assunto, para que possa promover
um ambiente politicamente correto, inclusive, foi criada, pelo governo, uma lei de
apoio à contratação de pessoas que se enquadram no perfil PCD, a Lei nº 8.213/1991,
complementada pelas leis nº 13.146/2015 e nº 10.098/2000 (BRASIL, 1991), em que
empresas que apresentem 100 ou mais funcionários devem cumprir regras de
isonomia e adaptação dos espaços físicos para a integração dessas pessoas.
IMPORTANTE
Infelizmente, muitas empresas não incentivam essas contratações.
Além disso, provocam a exclusão de PCDs, como contratação por
atividades isoladas em setores específicos, sem possibilidade de
crescimento, ou ainda, essas pessoas executam trabalhos no
interior de instituições filantrópicas, como oficinas protegidas ou no
próprio domicílio, o que pode ser considerado como segregação.
216
De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, os gestores devem
seguir e aplicar a legislação, gerindo equipes de trabalho que respeitem:
• Discriminação quanto à idade, quanto ao estado civil, quanto à cor da pele. Quanto
à orientação sexual, no Art. 7º, inciso XXX.
• Discriminação quanto a ter alguma deficiência, no Art. 7º, inciso XXXI.
• Discriminação quanto ao gênero, no Art. 5º, inciso I e art. 7º, inciso XXX.
• Discriminação quanto à origem, no Caput do art. 5º.
• Discriminação quanto a ter ou não filhos, no Art. 5º, inciso X.
• Discriminação quanto à etnia, no Art. 3º, inciso IV.
• Discriminação quanto à religião, no Art. 5º, inciso VIII.
• Discriminação quanto a ser sindicalizado, no Art. 5º, incisos XIII, XVII, XX e XLI.
IMPORTANTE
E se você se sentir discriminado, o que fazer? Qualquer crime que a
organização cometa como ato de discriminação ou preconceito deve
ser denunciado aos órgãos competentes, como a Gerência Regional
do Trabalho e Emprego ou no Ministério Público do Trabalho. Você
pode encontrar a unidade mais próxima a sua moradia pelo Portal
GOV.BR https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/
unidades-descentralizadas/superintendencias-regionais-do-trabalho
217
3.2 LIDERANÇA E DIVERSIDADE CULTURAL NAS
ORGANIZAÇÕES
Você sabe quais as vantagens de ser um líder que estimula a diversidade
cultural na formação de suas equipes? Os benefícios são diversos! Vejamos alguns
deles.
DICA
Para entendermos melhor estes conceitos na prática, vamos assistir
ao vídeo Marie Claire: diversidade, cultura e mentoria relevante, da
série “Office Hours”, em que a empresária e terapeuta Bea Arthur
apresenta a revista “Marie Claire”, sob a ótica da diversidade, da
cultura, da mentoria relevante e do empoderamento feminino.
Acesse o línk: https://www.youtube.com/watch?v=1A3iuvwD7Tk.
218
3.2.1 O papel do gestor na diversidade cultural
Mas... o que é considerado diversidade? Segundo Silva (2020), o conceito de
diversidade está ligado à maneira como as pessoas se diferem entre si, apresentando
características visíveis/não visíveis, como a geração a qual pertence, capacidades
físicas e mentais, orientação sexual, religião, características etnicorraciais,
classe social, gênero etc. Veja que a legislação apoia a igualdade e a diversidade,
no artigo 5º da Constituição Brasileira ela afirma que os indivíduos têm o direito de
igualdade, sem diferenciação, independentemente da natureza (BRASIL, 1988). O
Decreto nº 7.037/09 tem como seu quinto objetivo estratégico reduzir a violência
motivada por diferenças e situação de vulnerabilidade (BRASIL, 2009).
219
Entenda que no multiculturalismo, todas as culturas devem ser reconhecidas
a partir de suas diferenças, de maneira que nenhuma force seus princípios, valores e
crenças às outras, para que nenhuma seja oprimida ou extinta, respeitando a identidade
cultural. A identidade cultural é a identificação de pertencer a um grupo específico,
baseado em categorias culturais, como nacionalidade, etnicidade, gênero e religião.
Ela se perpetua pelo compartilhamento de conhecimentos de âmbito mais geral, como
tradições, heranças culturais, linguagem, normas e costumes etc (SCARANO et al., 2018).
É importante que cada gestor saiba como lidar com sua equipe, promovendo
a integração, o engajamento de todos os membros. Afinal, a diversidade decorre da
integração de diferentes vivências culturais em um mesmo sistema social. Mas existe
certa discrepância sobre a definição de diversidade que, de modo geral, é conceituada
pelas diferenças individuais ou pelas suas características referentes à cor da pele,
gênero, idade, etnia, tempo de empresa, formação escolar, grupos minoritários e força
de trabalho total nas organizações.
220
Dessa forma, quando a organização assume o compromisso de incluir a
diversidade na cultura da empresa, geralmente, a área de GP é responsável por
implementar programas de captação e retenção de talentos diversos, e de
promover ações de inclusão e apoio no crescimento e desenvolvimento desses
profissionais (SILVA, 2020).
Além de ser politicamente correta, você sabia que a diversidade contribui para
a criatividade? Sim, isso mesmo! A diversidade cultural no ambiente de trabalho
aumenta a criatividade e a inovação da equipe, gerando vantagem competitiva
a partir de melhores tomadas de decisões. Ao contrário, organizações que não têm
uma equipe de trabalho diversificada podem ter desvantagem competitiva (NÓBREGA;
SANTOS; DE JESUS, 2014). Líderes que incluem a diversidade na formação de suas
equipes, conseguem maior contribuição de seus membros em relação a ter uma equipe
com novas perspectivas sobre como criar, inovar e resolver problemas, considerando
uma variedade de experiências e outros pontos de análise, apresentação crítica de
alternativas etc.
INTERESSANTE
Multiculturalismo nas organizações. A diversidade das organizações é classificada em:
Monolíticas: aquelas em que a quantidade de integração estrutural é mínima, tornando
a organização homogênea.
Plurais: com quadro de funcionários mais heterogêneo que a monolítica, estabelecem
ações para incluir pessoas de culturas diferentes do grupo dominante. Favorecem a
integração de membros de grupos minoritários na rede informal,
reduzem a discriminação e apresentam o gerenciamento da
diversidade.
Multiculturais: valorizam a diversidade no quadro de funcionários,
caracterizadas pelo pluralismo, completa integração das redes
informais e estrutural, ausência de preconceito e discriminação,
baixos níveis de conflitos intergrupais e ausência de lacunas na
identificação da organização baseada na identidade cultural do
grupo.
Em relação ao tipo de diversidade, ela pode ocorrer em relação à:
Diversidade demográfica: idade, gênero, etnia etc.
Diversidade psicológica: crenças, conhecimentos, valores etc.
Diversidade organizacional: nível hierárquico, tempo de empresa,
cargo ocupado, nível hierárquico etc. (NÓBREGA; SANTOS; DE
JESUS, 2014).
221
Entenda que o gerenciamento da diversidade beneficia a responsabilidade
social das organizações, assim como a vantagem competitiva, relacionada a custos,
marketing, criatividade, resolução de problemas etc., portanto, a responsabilidade
social empresarial é considerada qualquer ação, empenho e compromisso que uma
organização assume perante a sociedade nas práticas sociais, incluindo a maneira de
pensar e agir de forma ética.
DICA
Antes de encerrarmos este Tema de Aprendizagem, assista aos vídeos a seguir,
conhecendo mais sobre esses assuntos. A agenda de diversidade e inclusão nas
empresas nunca esteve tão em alta quanto nesses últimos anos. Muito porque se
provou ser uma necessidade e uma urgência incluir pessoas diversas nas empresas.
Entretanto, por sermos um dos países mais desiguais do mundo, precisamos que toda
mobilização e prática empresarial continue sendo desenvolvida e aprimorada porque
ainda vemos pouca representatividade dessa diversidade nos espaços de tomada de
decisão. O objetivo deste vídeo é justamente dialogar sobre os avanços, os desafios e
oportunidades na agenda de diversidade e inclusão nos últimos tempos, estabelecendo
um olhar transversal nas diversidades presentes em nossa sociedade.
Para maior compreensão assista o vídeo Diversidade e inclusão: um olhar transversal,
acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=qY0hagw5r6A e o vídeo Selo de
igualdade racial: Desafios e oportunidades na agenda racial e as empresas, acessando o
link: https://www.youtube.com/watch?v=q6y7u8g7pWA, do Festival +DH 21 do Instituto
ETHOS.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal saber mais sobre esse
assunto, lendo o seguinte artigo publicado pela ONU Maior progresso
na diversidade e inclusão é essencial para reconstruir locais de trabalho
produtivos e resilientes, acessando o link: https://www.ilo.org/brasilia/
noticias/WCMS_841484/lang--pt/index.htm.
É abordado sobre os elevados níveis de diversidade e inclusão no local
de trabalho estão associados a maior produtividade, inovação e bem-
estar da força de trabalho, mas muito pouco está sendo feito para
promovê-los, particularmente entre grupos minoritários, o que significa
que empresas, trabalhadores(as) e sociedades estão perdendo um
potencial considerável benefícios.
Gostou do que vimos até aqui? Respeito, dignidade e ética é a base de tudo,
inclusive dos princípios de uma gestão politicamente correta. Lembre-se que as pessoas
são diferentes, cada qual tem seu talento, seu diferencial, cabe ao líder identificar esses
talentos e promover um ambiente diversificado e inclusivo, que permita a integração e
o engajamento de todos os trabalhadores. Respeito e valorização são essenciais, sejam
presenciais, ou remotos, ou seja, estejam trabalhando presencialmente ao seu lado
ou de forma virtual, de um outro país, ou de uma outra cultura, o respeito deve ser o
mesmo, não concorda? Reflita sobre isso. Aliás, equipes virtuais e e-liderança fazem
parte do nosso próximo assunto. Mas antes, vamos recapitular o que foi aprendido neste
Tema? Vamos lá!
222
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tema de aprendizagem, você estudou:
• O gestor sabe se a captação foi eficiente nos primeiros 90 dias de trabalho, período
de experiência, conhecendo o comportamento do novo funcionário, além de
proporcionar condições de se adaptar ao ambiente da empresa.
• A diversidade cultural é considerada por sua pluralidade e tem sua origem na vinda
dos portugueses associada à presença dos povos originários e das pessoas negras
que foram escravizadas em terras brasileiras.
223
AUTOATIVIDADE
1 O gestor precisa estar alinhado com as questões éticas e a legislação da pessoa com
deficiência (PCD). Deve acompanhar as mudanças em relação a esse assunto, para
que possa promover um ambiente politicamente correto. Inclusive, foi criada, pelo
governo, uma lei de apoio à contratação de pessoas que se enquadram no perfil PCD,
a Lei nº 8.213/1991, complementada pelas leis nº 13.146/2015 e nº 10.098/2000 da CF
de 1991. Nesse contexto, assinale a alternativa CORRETA:
Nesse contexto, quando o gestor pretende reter os talentos existentes, ele deve iniciar
por meio de algumas ações ao assumir essa equipe já formada. Analise as sentenças a
seguir:
I- Confiar nas escolhas realizadas pelo gestor anterior e manter todos os integrantes,
sem necessidade de análises.
II- Conhecer melhor cada um dos funcionários por meio de reuniões individuais.
III- Demitir a todos integrantes da equipe a fim de iniciar a mesma do zero, escolhendo
cada novo trabalhador.
224
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 O gestor deve atuar como um verdadeiro líder, escolher corretamente aqueles que
farão parte de sua equipe, delegar atribuições aos seus liderados, acompanhar e
orientar o desempenho dessas pessoas, aplicar a estrutura de carreiras da organização
em sua área, e ficar atento, ser mais perceptível a tudo que ocorre com os membros
de sua equipe. Apesar da área de GP estruturar ferramentas de apoio, treinar e
acompanhar os líderes para a adequada utilização destas ferramentas, são os líderes
que devem orientar os membros da equipe para que os resultados organizacionais
sejam alcançados.
( ) O líder deve escolher e contratar as pessoas que foram selecionadas pelo RH, sem
necessidade de avaliá-las.
( ) O líder tem o papel de estruturar sua equipe, de acordo com suas necessidades.
( ) O líder deve moldar a sua equipe para atingir suas metas, independente de assumir
uma área totalmente nova, ou que tenha de gerenciar uma equipe já constituída por
outro gestor.
Nesse contexto, como o gestor sabe se o candidato captado é a pessoa certa para o
cargo? Disserte sobre este assunto.
225
5 Apesar da responsabilidade ser de ambos, da área de Gestão de Pessoas e do líder, em
identificar quais as técnicas que são mais úteis para o processo de seleção da vaga,
de acordo com os critérios de seleção, ou seja, perfil da vaga, para que o candidato
realize de maneira eficaz suas atividades, é o Gestor quem toma a decisão na escolha
do candidato, ou seja, de quem irá integrar a sua equipe de trabalho. Neste contexto,
disserte sobre quais os principais pontos que o líder deve identificar em um processo
seletivo.
226
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
O LÍDER NA ERA DIGITAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tema, dedicamos atenção à maneira que o gestor lidera sua equipe
virtual, quais suas ações e cuidados e liderar pessoas que trabalham remotamente, qual
seu comportamento, suas competências, o que é preciso desenvolver ou saber para ser
um e-líder.
227
DICA
Para que você conheça o que será abordado neste Tema de Aprendizagem, assista aos
vídeos a seguir, analisando como as e-lideranças atuam em relação as suas equipes
remotas. Assista ao vídeo Gestão de equipes remotas: o que realmente faz a diferença?,
acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=y9L-U_QgZy4 e ao vídeo Liderança
de equipes remotas: ideias práticas e engajamento na TI, acessando o link: https://www.
youtube.com/watch?v=JOVcg8zlUHw.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal analisar o que dizem os especialista no
assunto sobre o papel do e-líder e a liderança de equipes remotas, lendo sobre esses
assuntos nos artigos Os desafios de liderar a distância, acessando os link: https://www.
crasp.gov.br/admpro//site/materias-em-destaque/os-desafios-de-
liderar-a-distancia, ou o artigo Os desafios da liderança remota,
acessando o link: https://www.revistalide.com.br/revista-lide/
artigos/artigo-os-desafios-da-lideranca-remota ou o lendo o artigo
Liderando equipes remotas: o desafio do home office, acessando
o link: https://exame.com/negocios/liderando-equipes-remotas-
o-desafio-do-home-office/. Passada a turbulência da pandemia e
também a empolgação com as novas formas de trabalho, surge uma
questão muito importante: como liderar equipes remotamente?
2 E-LIDERANÇA
Mas... antes de iniciarmos, você precisa saber que home office e trabalho
remoto não são a mesma coisa. O trabalho remoto refere-se a trabalhar remotamente,
onde você quiser, não importa o tipo de espaço físico, se é na sua casa, um
coworking, em uma biblioteca, em uma cafeteria ou em um espaço físico remoto,
que pertence à empresa. Entenda que o trabalho remoto não é o local onde você
trabalha, mas a mentalidade que você usa para trabalhar com uma equipe que não
está fisicamente com você, a flexibilidade, mobilidade e bem-estar. Enquanto trabalhar
home office, é estar obrigatoriamente trabalhando em casa. Algumas empresas até
fornecem ajuda de custo pagando internet ou fornecendo computador ou tablet, por
exemplo.
228
2.1 RELAÇÕES HUMANAS E INTERAÇÕES INFORMATIZADAS
NA ERA DIGITAL
Você já deve ter notado, as relações interpessoais se tornaram mais valorizadas
no cenário tecnológico das organizações, principalmente, após a pandemia do Covid-19,
com diversas empresas que, devido ao setor ao qual pertencem, continuaram mantendo
seus funcionários em regime híbrido ou remoto, aumentando home office, além de
provocar mudanças nas interações informatizadas. Vamos conferir?
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/empresario-de-sucesso-inteligente-realiza-brainstorming-
-investidor-de-acoes-do-chefe-da-empresa-conversando-com-grupo-de-pessoas-multirraciais-por-vi-
deoconferencia-discutem-investimentos-no-mercado-de-acoesriscos_33749611.htm#query=reuni%-
C3%A3o%20por%20video%20conferencia&position=47&from_view=search&track=ais. Acesso em: 28
fev. 2023.
229
Nesse novo cenário, os líderes se tornaram e-líderes, gerenciando suas
equipes a distância, equipes remotas, utilizando o canal mais adequado ao tipo de
comunicação desejada, como você pode observar no quadro “Canais eletrônicos nas
relações interpessoais”.
Com a intensa interação digital, essas mudanças ocorreram tanto nas relações
familiares quanto nas de trabalho, alterando a forma de socialização entre as pessoas,
permitindo que as pessoas se mantenham conectadas, mesmo que a distância.
DICA
Registrar as mensagens pode ser um importante aliada, nas
situações de dúvidas ou de conflitos. Nada como confirmar o que foi
registrado para garantir o conteúdo da informação. Não é mesmo?
Para entender mais sobre esse assunto, assista o vídeo “Por isso
você deve se comunicar por texto com a equipe remota”, acessando
o link: https://www.youtube.com/watch?v=TmSYRESx758.
E você é do tipo que está sempre conectado? Está sempre on-line? Veja que
pode ser útil, mas também pode ser prejudicial, pois a falta de atenção e de foco
criada pelas mídias, a dificuldade de o indivíduo ficar off-line, pode gerar alguns aspectos
negativos.
230
negativos, como a queda de desempenho no trabalho, acidentes de trânsito, término
de relacionamentos, queda de aprendizado, como consequências às vezes irreparáveis,
pelo uso em momentos inapropriados. O líder deve estar atento e saber como lidar com
esta situação, usando esses meios ao seu favor, e não contra (BRONDANI, 2010).
Entenda que não é tão simples liderar pessoas a distância! Requer ao líder
desenvolver habilidades relacionadas a uma comunicação assertiva, e em manter
o engajamento entre os membros da equipe e fazer com que todos se sintam presentes
e únicos (MUNIZ et al., 2020).
DICA
Desenvolver habilidades de acordo com as novas necessidades é
essencial em cargos de liderança. Equipes virtuais são diferentes
das presenciais, por isso requerem habilidades diferenciadas. Para
entender mais sobre esse assunto, assista ao vídeo As principais
habilidades que todo líder remoto precisa ter, acessando o link:
https://www.youtube.com/watch?v=Z4HXTh5Pl_8.
E quais seriam as estratégias para essas equipes virtuais terem sucesso? Essas
equipes virtuais podem estar fisicamente em qualquer parte do mundo, desde que elas
se apoiem e tenham algumas atividades em horários anteriormente combinados.
Observe que ao enviar uma mensagem eletrônica, do e-líder aos seus liderados,
ele deve considerar detalhes que podem gerar diferentes interpretações, como o fato
de escrever uma mensagem só em letras maiúsculas é o equivalente a um discurso
em gritos. O impacto pode ser diferente do que seria pessoalmente, veja na figura
“Advertência por mensagem eletrônica”. Se você precipitadamente enviar uma mensagem
com frases curtas escritas em letras maiúsculas, provavelmente receberá um
231
retorno bem diferente, se a mesma mensagem fosse elaborada com mais cuidado de
forma comum, com maiúsculas e minúsculas e frase completas (ROBBINS, 2010).
Figura 9 – Advertência por mensagem eletrônica
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-morena-de-cabelos-curtos-chocada-com-penteado-ca-
sual-levantando-emocionalmente-a-palma-da-mao-e-olhando-para-seu-laptop-com-olhos-arregalados-e-
-boca-aberta-isolado-no-branco_11878948.htm#page=2&query=mensagem%20eletronica%20indigna-
da%20frustrada&position=24&from_view=search&track=ais. Acesso em: 28 fev. 2023.
Por isso é importante pensar, refletir a respeito do tom e das emoções que deseja
transmitir, você concorda? Assim como decidir antes de enviar se a mensagem tem
caráter formal ou informal? Ela combina com o seu estilo verbal? Ela expressa o grau
correspondente de importância ou de urgência? Ser líder requer certas competências,
enquanto ser um e-líder, requer outras mais, gerir uma equipe presencial aplicando a
comunicação oral, é diferente de gerir uma equipe virtual aplicando a comunicação
não verbal.
232
Entendeu a importância do e-líder desenvolver novas competências para
liderar suas equipes virtuais? O e-líder deve ser capaz de interpretar os componentes
emocionais das mensagens. Dessa forma, qualquer discussão sobre liderança virtual
deve considerar a possibilidade de que a era digital pode transformar não líderes em
líderes (ROBBINS, 2010). Ou seja, se você não tinha competência para ser um líder
presencial, talvez possa ter as necessárias para ser um líder virtual. Por isso analise a
sua capacidade de se comunicar na forma escrita e de ler nas entrelinhas. Esse pode
ser o seu diferencial!
Entenda que essas circunstâncias exigem que o líder seja criativo em aplicar
algumas estratégias voltadas ao trabalho em equipe. Muniz et al. (2020, s.p.), descreve
como exemplo que, “...para realizar esse tipo de atividade com especialistas em Londres,
Paris, São Paulo e Sorocaba, uma forma que muitos líderes veem para resolver esse
problema é destacar uma pessoa (sempre alternando entre todos da equipe, para
desenvolver o senso de participação) como responsável por facilitar a reunião”. Dessa
maneira, o facilitador guia e idealiza o local onde está para a equipe, criando um espaço
virtual que simula uma sala presencial com os outros integrantes. Essas estratégias
envolvem o uso de algumas ferramentas de gestão, que possibilitam melhores
resultados e maior engajamento entre as pessoas da equipe.
233
Quadro 5 – Ferramentas na gestão de equipes virtuais
Ferramenta Características
Google Docs É uma das mais utilizadas para compartilhar conteúdo com as equipes
virtuais, além de ser de uso gratuito.
Na ferramenta podemos utilizar o drive do Google para realizar upload
dos documentos da organização e compartilhar com os participantes
desejados, limitando o acesso e garantindo a confiabilidade do
documento.
Além de criar uma estrutura de pastas com os arquivos desejados,
podemos utilizar as próprias ferramentas de edição de texto, planilha,
entre outras, para atualizar os documentos sem a necessidade de
ter nenhum produto instalado em nosso computador. É necessário
apenas o navegador Google Chrome.
234
Microsoft Office 365 Se a sua empresa utiliza o pacote do Office 365, ele é uma boa escolha.
As contas do Office têm direito ao OneDrive, que serve para armazenar
arquivos, documentos e informações on-line, com a facilidade da
integração por aplicativos e desktop.
Outro benefício é a utilização da suíte de aplicações para escritórios
mais famosa do mundo, o Office, contendo Outlook, Word, Excel
e PowerPoint diretamente on-line, com isso seus dados na nuvem
podem ser atualizados pelo próprio navegador.
E não é só isso que o pacote oferece: com a ferramenta Microsoft
Teams é possível ter um chat on-line com todos os funcionários da
organização, sendo utilizado de modo privado ou criando um grupo
para os participantes da equipe. O sistema ainda suporta reuniões de
vídeo e áudio individualmente ou em grupos. Por ser uma ferramenta
Microsoft, podemos criar reuniões através do Outlook e enviar o link
da reunião para os participantes.
Ainda dentro do Teams, é possível consultar os calendários da equipe
e os próximos eventos que estão para acontecer. Uma funcionalidade
importante é a integração com o OneDrive, que disponibiliza no
próprio Teams os documentos do projeto, facilitando o envio e a troca
de dados.
Também é possível integrar com o Microsoft Planner, uma ferramenta
que utiliza a mesma metodologia do quadro de Kanban, permitindo
que a equipe cadastre tarefas e defina os processos, compartilhando
tudo com os integrantes da equipe.
235
DICA
Ainda existem outras ferramentas aplicadas pelos e-líderes,
entenda o papel delas em uma equipe remota, e como escolher
quais utilizar no escritório digital da sua equipe. Para isso assista ao
vídeo Ferramentas essenciais para equipes remotas, acessando o
link: https://www.youtube.com/watch?v=22sSugqGuzw.
Mas... existe alguma estratégia para que o e-líder possa liderar, inspirar e
engajar sua equipe virtual? Muniz et al. (2020), descreve cinco processos a serem
seguidos pela liderança:
• Criar regras de comunicação – como a equipe sempre se encontra virtualmente,
é necessário definir as regras e deixá-las bem enraizadas em todos, assim o líder
consegue monitorar a saúde da comunicação da equipe.
• Acompanhar o processo de trabalho individualmente – observar o que
funciona ou não é essencial, bons líderes sabem a importância de guiar o trabalho
em direção dos resultados, de acordo com as características de cada funcionário,
além disso, falar e ouvir são essenciais nesse processo.
• Promover reunião – fazer reuniões por chamadas em vídeo é um dos meios de
manter a equipe afiada e o andamento de um projeto em um bom ritmo, além de
possibilitar trocar figurinhas sobre o que cada um está fazendo, para que exista
transparência no processo.
• Autogerenciamento – todos sabem o que precisa ser feito e o fazem de forma a
não atrasar o trabalho dos colegas, dessa forma, se mantem uma hierarquia mínima
para atribuir responsabilidade a algumas atividades estratégicas da empresa, com
lideranças que agem como porta-vozes das áreas.
• Medir, mudar e lançar – coisas inesperadas acontecem, e quando acontecem, é
necessário mudar a estratégia e ver quais engrenagens mudar e quais não. Ser um
e-líder eficaz significa estar disposto a fazer o necessário no momento certo, e isso
leva à mudança.
DICA
O engajamento de uma equipe remota passa por diversos fatores,
cabe ao e-líder saber como agir para obter melhores resultados.
Para isso assista ao vídeo Dessa forma você tem uma equipe
remota engajada, acessando o link: https://www.youtube.com/
watch?v=qPc8fv8qEac.
236
2.3 E-LÍDERANÇA E A LEGISLAÇÃO DO TRABALHO REMOTO
Você sabia que a CLT passou por mudanças em relação a essa modalidade
de trabalho? Sim, isso mesmo! Observe que, com o aumento do trabalho remoto nos
últimos anos, veio também a reforma trabalhista, com alterações na CLT. Dessa forma, o
e-líder deve acompanhar e cumprir essas mudanças que agora constam na CLT.
Venha conferir essas principais mudanças!
DICA
Quer saber mais sobre o que mudou na CLT e relação a contratação no regime remoto?
Leia na íntegra essas mudanças diretamente na “MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.108, DE 25
DE MARÇO DE 2022”, acessando o link: https://in.gov.br/web/dou/-/
medida-provisoria-n-1.108-de-25-de-marco-de-2022-388651514.
Afinal, o controle de jornada se torna obrigatório no teletrabalho,
a não ser para quem é remunerado por produção ou tarefa ou se
houver acordo com sindicatos. Leia a matéria Nova lei regulamenta
o trabalho remoto. Veja o que muda”, acessando o link: https://
vocerh.abril.com.br/politicasepraticas/nova-lei-do-home-office/.
237
3 EQUIPES VIRTUAIS
Mas... você sabe como atuam as equipes virtuais? Elas trabalham com seus
membros reunidos pela tecnologia! Isso mesmo! Nesse modelo de trabalho, em
regime remoto, o trabalho virtual permite que os membros da equipe possam morar em
localidades diferentes, até em outros países, o importante é que estejam conectados.
A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), como estudamos na Unidade 2,
possibilita o trabalho remoto por meios de comunicação como videoconferência,
mensagens instantâneas, e-mail etc.
DICA
Antes iniciar esse assunto, assista ao vídeo sobre gerenciar uma
equipe remota. Como gerenciar trabalho extra, relações profissionais
e uma equipe remota. Acesse o línk: https://www.youtube.com/
watch?v=ntrfNoUzmtA.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/funcionarios-do-armazem-falando-em-videochamada-na-te-
la-do-computador-no-armazem-de-armazenamento_18196734.htm#query=reuni%C3%A3o%20traba-
lho%20videoconferencia&position=31&from_view=search&track=ais. Acesso em: 28 fev. 2023.
238
Entenda que isso só é possível graças à eficiência do gestor em liderar o trabalho
em conjunto de seus liderados usando as TICs. Dessa forma, essas equipes virtuais
compartilham informações, tomam decisões, realizam tarefas e fazem tudo o que as
outras equipes fazem. E não é somente entre os funcionários! Elas permitem a interação
tanto dos funcionários da mesma organização quanto com outras organizações, ou seja,
com todos os seus stakeholders. O líder de cada equipe virtual, pode liderar sua equipe
por tempo indeterminado, equipes permanentes, como na maioria das empresas
com regime CLT, mas também pode liderar equipes por tempo determinado, equipes
temporárias, como as equipes tarefas, atuam enquanto durarem o projeto ou tarefa que
originou essa equipe, durando alguns dias, enquanto solucionam algum problema, alguns
meses ou ser permanente. Veja que entre as dificuldades da liderança na gestão dessas
equipes, uma delas é em relação a ausência de mensagens verbais (tom e volume de voz)
ou não verbais (movimento dos olhos e expressão facial) que tornam a comunicação mais
clara, essenciais na comunicação assertiva da equipe (SOARES, 2015).
DICA
A motivação nas equipes em virtuais em relação a dedicação e
desempenho são desafios dos gestores que apostam na modalidade
de trabalho remoto. Como agir nessas situações? Para saber mais
sobre esse assunto, assista ao vídeo Trabalho remoto: como manter
seu time motivado mesmo a distância, acessando o link: https://
www.youtube.com/watch?v=KudOQSx3UkM.
239
3.3 EQUIPES VIRTUAIS: INDICAÇÃO E APLICAÇÃO
Veja que para criar equipes virtuais, é preciso que os e-líderes adotem mudanças
no processo de seleção de candidatos nessa para essa modalidade que exigem novas
soft skills (BANOV, 2010), como:
• Autodisciplina: saber a hora em que deve trabalhar e a hora de parar e descansar,
ser disciplinado, evitando o excesso, para não deixar a desejar em suas atribuições.
• Habilidade com as ferramentas da informática ou outras tecnologias necessárias à
execução de suas atividades.
• Histórico de comprometimento: ser comprometido com suas obrigações e, embora
haja controle, deverá ser capaz de trabalhar sem supervisão ou pressão hierárquica.
• Desejar trabalhar a distância.
• Ter outros tipos de relacionamentos presenciais, evitando o risco de isolamento.
• Saber gerenciar o tempo.
• Ter clareza do limite entre o pessoal e o profissional.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/empresarias-segurando-a-area-de-transferencia-lendo-o-
-curriculo-do-recrutador-discutindo-o-plano-de-contratacao-da-empresa-durante-a-nomeacao-de-tra-
balho-durante-a-conferencia-de-reuniao-de-videochamada-on-line-no-escritorio-de-inicializacao-
-chamada-de-teleconferencia_27510411.htm#page=2&query=entrevista%20de%20emprego%20
online&position=6&from_view=search&track=ais. Acesso em: 28 fev. 2023.
240
DICA
E-Recruitment e seleção remota. Após a pandemia do Covid-19,
essa prática aumentou, a área de GP e Gestores tiveram que se
adaptar. Analisar tanto os currículos quanto aos candidatos
remotamente mudou a percepção e exigiu novas habilidades
da liderança. Veja a seguir, experiências e dicas para encontrar e
selecionar profissionais remotos, assistindo ao vídeo “Contratando
profissionais remotamente”, acessando o link: https://www.youtube.
com/watch?v=HVJFsONjLAg.
Entenda que o modelo de equipe virtual iniciou como uma opção para
organizações que necessitavam de profissionais “chave” para os projetos, que em certas
ocasiões estavam muito distantes e os custos para deslocamento e hospedagem
ficavam altos para o projeto. Com o avanço tecnológico, as organizações perceberam
que os altos custos para manter o projeto não faziam sentido, quando era possível obter
o mesmo ganho utilizando profissionais alocados em diferentes lugares do mundo
(MUNIZ et al., 2020), confira na figura “Equipe virtual”.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/imagem-composta-de-jovem-empresario-em-pe-com-as-ma-
os-atras-das-costas_27980717.htm#query=videoconferencia%20pessoas%20de%20diferentes%20
locais%20do%20mundo&position=41&from_view=search&track=ais. Acesso em: 28 fev. 2023.
241
suas casas ou onde acharem mais confortável, além de gerar a economia com transporte,
alimentação, luz, água e outros custos que são dispensáveis. Considerando o atual cenário
econômico, reduzir custos desnecessários para focar no que é realmente necessário, tornou-
se uma estratégia que é aplicada por diversas organizações (MUNIZ et al., 2020).
Você sabia que na maioria das vezes é através de equipes virtuais que as
organizações iniciam seus projetos em outras localidades? Sim, isso mesmo! Quando
uma grande organização quer iniciar novos negócios em um país ou estado,
primeiro alocam profissionais para conquistar novos projetos, e à medida que os projetos
evoluem, elas avaliam se investirão em uma estrutura física no local (MUNIZ et al., 2020).
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/chamada-de-conferencia-online-para-reuniao-de-equi-
pe_13108555.htm#query=videoconferencia%20pessoas%20de%20diferentes%20locais%20do%20
mundo&position=18&from_view=search&track=ais. Acesso em: 23 fev. 2023.
242
Percebeu como as equipes virtuais são importantes no mundo organizacional?
Você concorda? Elas são cada vez mais necessárias e solicitadas pelas organizações,
em um mundo globalizado e cada vez mais conectado, equipes virtuais são essenciais
para o desenvolvimento de qualquer projeto ou negócio. O engajamento, integração e
confiança são as chaves para seu sucesso! Concorda? Reflita sobre isso! Veja na figura
“Interação nas equipes virtuais”.
DICA
Só existe socialização entre equipes se houver escritório? Como as equipes remotas
socializam é uma dúvida recorrente entre lideranças que enfrentam desafios para engajar
suas equipes. A alta demanda de trabalho individual pede cuidados, e tirar a pessoa da
bolha é o maior desafio. Como as equipes remotas socializam está muito relacionado
ao papel das lideranças e há algumas maneiras de fazer isso acontecer. Mas no remoto
as coisas não acontecem sozinhas. Interações devem ser provocadas, desenhadas
intencionalmente e incentivadas. Entender que a vida profissional não é só profissional,
e que vida e trabalho se misturam, também é importante na hora de implementar ações
para promover engajamento. Rodízio de mentores, liderança compartilhada, canais de
comunicação e rituais online ou presenciais de conexão, são algumas alternativas para
quebrar o gelo e gerar socialização. Quer aprofundar mais nesse assunto? Assista ao
vídeo Como equipes remotas socializam - Dicas para integração de equipes em home
office, acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=ks8gpvLUWM0.
Após os desafios ao combate na pandemia do COVID-19, essa empresa criou um vídeo
com algumas dicas para ajudar seus funcionários a realizarem o
trabalho remoto ou o chamado "home office" de maneira produtiva
e saudável. Confira essas dicas, elas podem ajudar você também!
Assista ao vídeo Boas práticas para a produtividade do trabalho
remoto do nosso time, acessando ao link: https://www.youtube.
com/watch?v=KoW_s8R7irw.
Mas se você prefere fazer uma leitura, que tal saber mais sobre esse
assunto, em como começar a oferecer segurança psicológica para
o sua equipe, leia o artigo Cinco decisões para o trabalho remoto
perfeito, acessando o link: https://www.revistahsm.com.br/post/
cinco-decisoes-para-o-trabalho-remoto-perfeito?gclid=Cj0KCQiAgO
efBhDgARIsAMhqXA4ztA0DX0Kwvnaac0BE3BcnI4-qEwt2yoFQe6_V_
EnFhDFDZR-IZs4aAp--EALw_wcB. Boa leitura!
243
Agora chegou o momento de recapitular o que foi aprendido neste Tema
de Aprendizagem! Aproveite para fazer uma leitura mais profunda no artigo Como
implantar o local de trabalho digital, e analise o papel do gestor e todos os aspectos de
gestão necessários para desenvolver uma equipe virtual, bem gerenciada em que seus
integrantes atuam de forma engajada. Venha conferir!
244
LEITURA
COMPLEMENTAR
COMO IMPLANTAR O LOCAL DE TRABALHO DIGITAL
245
A necessidade dessa transição é premente e o interesse em compreender
este fenômeno vem aumentando. Empresas como Accenture e Hewlett-Packard
implantaram o local de trabalho digital antes mesmo da pandemia, com o objetivo de
criar um ambiente atraente para os funcionários e assim alcançar a satisfação dos
clientes. Mas os estudos sobre o tema mostram que a mudança é complexa e que o
local de trabalho digital deve ser tratado como um ativo organizacional, que demanda
uma estratégia clara de implantação, para que gere impactos sobre o engajamento, a
produtividade e o desempenho organizacional.
DESVENDANDO O FENÔMENO
246
básicos da organização, mas de identificar pressupostos de alguns comportamentos e
atitudes que precisam ser alterados – por exemplo, o pensamento de que uma jornada
com horários fixos e rígidos garante que o trabalho seja feito pode tornar-se anacrônico.
Também nesta frente de mudança, os líderes têm papel fundamental.
247
A ESTRADA À FRENTE: ALERTAS E PONTOS DE ATENÇÃO
O local de trabalho digital não é solução mágica para a demanda das pessoas
por regimes mais flexíveis ou para a necessidade das empresas de reduzir custos. Pode
servir a esses dois propósitos se tratado por meio de um processo transformacional claro,
bem planejado e cuidadosamente executado. Para isso, é preciso evitar o fascínio pela
tecnologia e considerá-la como uma ferramenta de um processo maior de reinvenção
das relações humanas no trabalho. Vivemos um momento em que o avanço tecnológico
parece viabilizar a realização de algumas aspirações humanas. O evento extremo da
pandemia acelerou as mudanças. Cabe aos líderes de empresas e outras organizações
aproveitar os ventos favoráveis e fazer com que seus barcos avancem, sem ignorar os
desafios da travessia.
248
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• O trabalho remoto refere-se a trabalhar remotamente, onde você quiser, não importa
o tipo de espaço físico, se é na sua casa, um coworking, em uma biblioteca, em uma
cafeteria ou em um espaço físico remoto, que pertence à empresa.
• Os gerentes podem supervisionar projetos e equipes virtuais por meio das TICs
trabalhando a distância e se conectando com a empresa via internet.
• Na comunicação face a face, as palavras mais duras podem ser suavizadas por ações
não verbais, como um sorriso e um gesto de conforto, por exemplo, que podem
minimizar o choque causado por termos como desapontamento, insatisfatório,
inadequado ou abaixo das expectativas.
• É possível transmitir carisma pela palavra escrita, desde que os escolham corretamente
as palavras, a estrutura, o tom e o estilo de suas mensagens eletrônicas.
249
AUTOATIVIDADE
1 Sim, o home office tornou-se “o coringa” no jogo da sobrevivência das empresas.
Porém, esse modelo de trabalho só mostra o seu valor para os resultados da empresa
quando vem acompanhado pela tecnologia. Afinal, a distância entre os membros
de um time precisa ser “reduzida” para que os processos e projetos organizacionais
fluam com tranquilidade. Além de estimular a comunicação entre os trabalhadores,
essas ferramentas, aplicativos que gerenciam tarefas, facilitam reuniões, mensuram
a jornada de trabalho e até melhoram o foco das equipes nos serviços. Sendo assim,
as atividades do negócio não ficarão paralisadas e nem diminuirão a qualidade por
conta do distanciamento da equipe.
Fonte: adaptada de: https://www.roberthalf.com.br/blog/
tendencias/aplicativos-para-equipes-virtuais-quais-utilizar-
no-trabalho-remoto-rc. Acesso em: 28 dez. 2023.
Nesse contexto, para criar equipes virtuais, é preciso que os e-líderes adotem mudanças
no processo de seleção de candidatos para essa modalidade que exige novas soft skills.
Analise as sentenças a seguir:
250
I- Autodisciplina: saber a hora em que deve trabalhar e a hora de parar e descansar, ser
disciplinado, evitando o excesso, para não deixar a desejar em suas atribuições.
II- Habilidade com as ferramentas da informática ou outras tecnologias necessárias à
execução de suas atividades.
III- Histórico de comprometimento: ser comprometido com suas obrigações e, embora
haja controle, deverá ser capaz de trabalhar sem supervisão ou pressão hierárquica.
251
4 As redes sociais criaram novos padrões de comportamento, seja nas relações
pessoais ou profissionais, mas não quer dizer, que deixamos de ter regras, moralidade
e principalmente leis do empregador. Deve existir moderação no uso das redes
sociais, aplicado aos contratos de trabalho, visto que as publicações podem gerar
repercussões devendo ser responsabilizado por eventuais prejuízos ou ofensas a
empresa ou empregador. A quantidade de comunicações pessoais realizadas nessas
redes durante o horário de expediente de trabalho, requer atenção dos líderes.
Fonte: adaptada de https://repositorio.animaeducacao.com.
br/bitstream/ANIMA/18199/1/USO%20DAS%20REDES%20
SOCIAIS%20E%20A%20JUSTA%20CAUSA%20Limites%20
e%20possibilidades%20da%20liberdade%20de%20
express%C3%A3o%20do%20empregado.pdf. Acesso em: 28
fev.2023.
Nesse contexto, estar sempre conectado, sempre on-line, e o foco nas mídias sociais,
pode ser prejudicial em relação ao gestor e a equipe de trabalho? Disserte sobre este
assunto.
5 Atire a primeira pedra quem nunca enviou um e-mail errado ou uma mensagem
desaforada a quem não devia, por engano ou distração. É cada vez mais comum
encontrar usuários que, por pressão da falta de tempo ou por estresse, têm sido
vítimas de situações ora hilárias, ora constrangedoras. Essas situações são, em boa
parte, reflexo da má utilização dos recursos eletrônicos.
Fonte: adaptada de https://extra.globo.com/noticias/saude-
e-ciencia/especialista-ensina-como-evitar-gafes-com-
mensagens-eletronicas-669182.html. Acesso em: 28 fev.
2023.
Neste contexto, o e-líder deve considerar alguns aspectos antes de enviar suas
mensagens aos seus funcionários. Disserte sobre esse assunto.
252
REFERÊNCIAS
ABECASIS, F. M. P. Liderança e storytelling: o poder das histórias no contexto da
liderança organizacional. Tese de Doutorado. 2016. Disponível em: https://repositorio.
ucp.pt/handle/10400.14/20162. Acesso em: 28 fev. 2023.
253
BRONDANI, J. P. Relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe: uma
análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho. Porto Alegre, 2010.
Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/29873. Acesso em: 28 fev.
2023.
INSTITUTO REAÇÃO. Como praticar inclusão social nas empresas. 2022 Disponível
em: https://institutoreacao.org.br/como-praticar-inclusao-social-nas-empresas/.
Acesso em: 22 fev. 2023.
254
JOHANN, S. Comportamento organizacional. São Paulo: Saraiva, 2013.
255
PORTAL FORBES BRASIL. Office Hours – Marie Claire: diversidade, cultura e mentoria
relevante. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1A3iuvwD7Tk.
Acesso em: 28 fev. 2023.
REVISTA EXAME. Existe diferença entre felicidade e alegria? Revista eletrônica. 2020.
Disponível em: https://exame.com/colunistas/o-que-te-motiva/existe-diferenca-
entre-felicidade-e-alegria/. Acesso em: 28 fev. 2023.
REVISTA HSM. Por que ainda valorizamos os workaholics? São Paulo, 2022.
Disponível em: https://www.revistahsm.com.br/post/por-que-ainda-valorizamos-os-
workaholics. Acesso em: 28 fev. 2023.
REVISTA VOCÊ RH. Nova lei regulamenta o trabalho remoto. Veja o que muda.
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