INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Transformadores são equipamentos utilizados na transformação de


valores de tensão e corrente, além de serem usados na modificação
de impedâncias em circuitos elétricos.

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CONDIÇÕES FÍSICAS DE UM
TRANSFORMADOR
Um transformador ideal, deve respeitar as seguintes premissas:
1. Todo o fluxo deve estar confinado ao núcleo e enlaçar os dois
enrolamentos;
2. As resistências dos enrolamentos devem ser desprezíveis;
3. As perdas no núcleo devem ser desprezíveis;
4. A permeabilidade do núcleo deve ser tão alta que uma quantidade
desprezível de fmm é necessária para estabelecer o fluxo.

Figura 1 – Transformador Ideal

Normalmente em um transformador real os dois enrolamentos são


colocados juntos, abraçando o mesmo fluxo. Para maior clareza,
representa-se na figura acima os enrolamentos primários e
secundários separados, embora o fluxo seja o mesmo para ambos.

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FUNCIONAMENTE DOS
TRANSFORMADORES

O principio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis


de Faraday e Lenz, as leis do eletromagnetismo e da indução
eletromagnética, respectivamente.

Estes equipamentos possuem mais de um enrolamento, sendo que


estas partes são chamadas de primário e secundário em casos de
transformadores com dois enrolamentos, e em transformadores que
possuem três enrolamentos, além dos dois nomes já citados, o
terceiro enrolamento é denominado terciário.

Existem diversos tipos de transformadores: os monofásicos, que


operam no máximo em duas fases (127V -220V ); os trifásicos (ou de
potência), que funcionam em três fases (220V-380V-440V) e são
aplicados na transformação de tensão e corrente, em que eleva-se a
tensão e diminui-se a corrente, assim diminuindo a perda por Efeito
Joule (perdas por sobreaquecimento nos enrolamentos); os
autotransformadores, que tem o seu enrolamento secundário ligado
eletricamente ao enrolamento primário e os de baixa potência, que
são utilizados unicamente para diminuir impedâncias de circuitos
eletrônicos e para casar impedâncias, a utilização deste tipo de
transformador se dá a partir da acoplagem deste à entrada do
primário de outro transformador.

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RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

Dado o número de voltas da bobina 1 e o número de voltas da


bobina 2. Temos então:

Como a tensão de entrada é conhecida e o fluxo magnético é igual


nas duas bobinas:

E a razão entre as tensões depende somente da razão entre o


número de voltas das bobinas:

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Exemplo 1: Um transformador possui 1000 e 500 espiras nos


enrolamentos de alta e baixa tensão.Utilizando o transformador como
elevador de tensão pede-se determinar a tensão no
secundário quando se aplica no primário uma tensão de 220V.
N1 = 500 espiras
N2 1000 ×220
N2 = 1000 espiras V 2= V 1= =440 V
N1 500
V1 = 220 V
Logo o transformador, utilizando o enrolamento de baixa tensão
como primário, constitui umtransformador elevador de tensão.
Os transformadores só funcionam com corrente alternada.

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O fato de se colocar a carga Z no secundário fará aparecer uma


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V2
corrente I tal que: I 2=
2
Z2
Esta corrente irá produzir uma força magnetomotriz (FMM) F2 = N2 I2
no sentido mostrado na figura acima. Uma força magnetomotriz
(FMM) F1 = N1 I1 de mesmo valor mas sentido contrário à F2 deve
aparecer no enrolamento 1 para que o fluxo não varie. Desta maneira
tem-se:
I1 N2
F1= N1I1=N2I2=F2, ou seja, =
I2 N1
o que indica que as correntes no primário e secundário de um
transformador ideal estão entre si, na relação inversa do número de
espiras.
Levando-se em consideração o princípio da conservação de energia,
se desprezarmos todas as perdas podemos calcular a carga Z2 em
V2
relação ao primário do transformador sabendo que Z 2= .
I2
E a potência aparente pode ser dada por, P=VI, isto é, P1=V1I1 para o
primário e P2=V2I2 para o secundário.

Exemplo 2: Um transformador com relação de espiras de 10:1 com


valores nominais 50 kVA, 2400/240V, 60 Hz é usado para abaixar a
tensão de um sistema de distribuição. A
tensão do lado de baixa deve ser mantida constante e igual a 240 V.
Determine a carga a
ser ligada ao secundário para carregar completamente o
transformador.

Para a potência nominal teremos a corrente


máxima permitida e a carga (Z2)
correspondente.

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50000
S = 50.000 VA I 2= =208 A
240
240
Z 2= =1 , 15 Ω
208

CONCLUSÃO

O transformador é um conversor de energia eletromagnética, cuja


operação pode ser explicada em termos do comportamento de um
circuito magnético excitado por uma corrente alternada. Consiste de
duas ou mais bobinas de múltiplas espiras enroladas no mesmo

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núcleo magnético, isoladas deste. Uma tensão variável aplicada à


bobina de entrada (primário) provoca o fluxo de uma corrente
variável, criando assim um fluxo magnético variável no núcleo.
Devido a este é induzida uma tensão na bobina de saída (ou
secundário). Não existe conexão elétrica entre a entrada e a saída do
transformador.

Nos transformadores observamos enrolamentos de entrada e de


saída:
Os enrolamentos de entrada são designados por primário;
Os enrolamentos de saída são designados por secundário;
Os transformadores transformam valores de tensão e de corrente
elétrica, os transformadores podem ser elevadores de tensão e
abaixadores de corrente ou abaixadores de tensão e elevadores de
corrente elétrica.
Alimentando a bobina primária com C.A., produz um campo
magnético alternado, em que as linhas de força são conduzidas pelo
núcleo que submete a bobina secundária a acção deste campo.
O campo magnético variável induz uma corrente elétrica na bobina
secundária.
Para os transformadores elevadores possuem maior número de
espiras no secundário do que no primário;
Para os transformadores abaixadores possuem maior número de
espiras no primário do que no secundário.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 http://www.ebah.com.br/
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Faraday-Neumann-Lenz

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 Nussenzveig, H.M., Curso de Física básica – vol 3 1ª Ed

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