Tansformador

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Transformador

Lucínio Preza de Araújo


Índice

Transformador monofásico 3

Transformador trifásico 8

Transformador de medida 13

Autotransformador 14

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Transformador monofásico

Transformadores estáticos ou simplesmente transformadores são aparelhos


electromagnéticos, sem partes móveis, destinados a elevar ou baixar a tensão da
corrente alternada.

Simbologia

Constituição

O transformador monofásico é constituído por um circuito magnético (núcleo) e por


dois enrolamentos condutores designados por primário e secundário.

O primário está ligado à rede de corrente alternada enquanto o secundário está


ligado ao receptor.
Com o transformador podemos elevar (transformador elevador) ou baixar
(transformador abaixador ou redutor) a tensão eléctrica consoante a relação entre o
número de espiras dos dois enrolamentos.
No transporte de energia eléctrica efectuado pelas linhas aéreas são utilizados
transformadores elevadores. Na alimentação da generalidade dos receptores são
utilizados transformadores redutores.

Este tipo de máquina eléctrica é reversível. Isto é, se se obtém um valor de tensão 5V


no secundário à custa da presença de uma tensão 230V no primário, então aplicando
uma tensão 5V ao secundário obter-se-á uma tensão 230V no primário.

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Núcleo

O núcleo tem a função de conduzir as linhas de indução do campo magnético criado


pelas correntes nos dois enrolamentos. Cria-se assim uma boa ligação magnética entre
os enrolamentos.
Como o núcleo vai ser atravessado por um fluxo magnético alternado, vai ficar sujeito a
fenómenos de histerese1 e correntes de Foucault2 que originam perdas magnéticas
(designadas por perdas no ferro).
Com a finalidade de reduzir as correntes de Foucault, o núcleo é constituído por
chapas magnéticas (de aço silicioso) empilhadas e isoladas entre si.
Quanto à forma os núcleos podem ser de coluna ou normais (a) e couraçados ou
blindados (b).

Enrolamentos

Os enrolamentos são constituídos por condutor de cobre electrolítico ou de alumínio.


Os condutores são isolados com esmalte, algodão ou papel impregnado.
Os enrolamentos dão origem às designadas perdas no cobre (perdas por efeito de
Joule, devido à resistência dos condutores).

O transformador real é aquele que existe na prática, com perdas (por efeito de Joule,
por histerese e por correntes de Foucault) e, portanto com um rendimento inferior a
100%. O transformador ideal é aquele que teoricamente não tem perdas e, portanto
tem um rendimento de 100%. Dá jeito, em muitas situações, considerar que o
transformador é ideal porque facilita os cálculos, sabendo-se que os valores reais não
se afastam muito dos obtidos.

Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento do transformador é baseado num fenómeno conhecido


como indução electromagnética. Quando movimentamos um condutor dentro de um
campo magnético, aparece nos seus extremos uma DDP, que é designada por tensão
induzida. O mesmo irá acontecer se o condutor se mantiver em repouso e
movimentarmos o campo magnético. É necessário, portanto, que haja um movimento
relativo entre o campo magnético e o condutor, para que apareça nos extremos do
mesmo uma tensão induzida.
Sabe-se que, quando a corrente eléctrica passa por um condutor, se estabelece em
torno do mesmo um campo magnético, cuja intensidade depende da intensidade da
corrente eléctrica. A figura abaixo mostra um
condutor percorrido por uma corrente eléctrica e o
campo magnético em torno do mesmo,
representado pelas linhas de forças.

1
A histerese deve-se à magnetização e desmagnetização dos núcleos.
2
As correntes parasitas ou correntes de Foucault são correntes induzidas nas massas metálicas do núcleo.
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Se a intensidade da corrente que percorre o condutor variar, a intensidade do campo
magnético também varia, como o condutor está submetido ao campo magnético,
aparecerá nos seus terminais uma tensão induzida. Este é o princípio de
funcionamento do transformador. Uma tensão alternada é aplicada ao enrolamento
primário, o que fará circular pelo mesmo, uma corrente alternada. A corrente alternada
que circula pelo enrolamento primário dará origem a um campo magnético variável, que
se estabelecerá no núcleo do transformador. Como o enrolamento secundário está
enrolado em torno do núcleo, uma tensão induzida aparecerá nos seus extremos,
devido ao campo magnético variável ao qual está submetido. Observe que não existe
contacto eléctrico entre os enrolamentos primário e secundário, a ligação entre os dois
enrolamentos é apenas magnética.

Se for aplicada uma tensão contínua no enrolamento primário, não aparecerá tensão
alguma no secundário do transformador, isso acontece porque uma fonte de tensão
contínua produzirá uma corrente constante no enrolamento primário, que por sua vez
produzirá um campo magnético constante no núcleo. Isso significa que não haverá
movimento relativo entre o campo magnético e o condutor, não havendo, então, tensão
induzida.

A principal razão que faz o transformador ser elevador ou abaixador de tensão, é a


relação existente entre o número de espiras nos enrolamentos primário e secundário.
Se o número de espiras do enrolamento secundário for maior que o número de espiras
do enrolamento primário, o transformador será elevador de tensão, se for menor será
abaixador de tensão. A fórmula abaixo permite-nos calcular a tensão no enrolamento
secundário, tendo a tensão no primário e a relação de espiras.

No formulário apresentado, consideramos que o transformador é ideal.

SECUNDÁRIO .
PRIMÁRIO V1 N1 A tensão e o número de
= espiras variam de forma
V2 N2 directamente proporcional.
V1 = 50 V V1 = 100 V
50 / V2 = 600 / 1200

600 Esp V2 = 100 V


1.200 Esp

V1 I2
As tensões variam de forma inversamente proporcional com as correntes: = I
V2 1

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O quociente entre a tensão mais elevada e a menor é a relação de transformação (rt)
do transformador, pelo que rt é sempre superior a 1.

Num transformador elevador rt = U2 / U1 = N2 / N1 = I1 / I2

Num transformador redutor rt = U1 / U2 = N1 / N2 = I2 / I1

As várias grandezas (I, U, P) e o número de espiras podem referir-se ao primário ou ao secundário


Para fazer uma distinção utilizaremos as seguintes convenções:

- Índice 1 para as grandezas do primário.


- Índice 2 para as grandezas do secundário.
- Índice 0 para as grandezas do primário ou do secundário quando o transformador está em vazio.
- Índice n para as grandezas do primário ou do secundário em condições nominais.

Potência nominal Sn do transformador ideal: Sn = U1n I1n = U2n I2n


Visto que o transformador ideal não tem perdas, então a potência no primário é igual à
do secundário.

Ensaio do transformador em vazio

Em virtude da resistência interna do voltímetro ser muito alta podemos considerar que
o secundário do transformador está em vazio, isto é, não debita corrente.

I10 – Corrente no primário em vazio U1n – Tensão nominal no primário


P10 – Potência no primário em vazio U20 – Tensão no secundário em vazio.

Ensaio do transformador em curto-circuito

Em virtude da resistência interna do amperímetro ser muito baixa podemos considerar


que o secundário do transformador está em curto-circuito.

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Ensaio do transformador em carga

Um transformador está em carga quando o secundário debita corrente (I2) sobre uma
resistência de carga (ZC).

A carga Zc ligada ao enrolamento secundário é que impõe o valor da intensidade de


corrente I2 no secundário que, por sua vez, vai impor a intensidade I1 do primário,
através da relação de transformação (rt), isto é:

I2 = U2 / Zc

I1 = I2 / rt

Se o transformador alimentar uma carga variável (resistência, indutância, capacidade


variável, etc.), então a intensidade I2 também varia e, portanto, a intensidade I1.

Se Zc diminuir a intensidade I2 aumentará; se Zc aumentar a intensidade I2 diminuirá.

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Transformador trifásico

Três transformadores monofásicos (banco de transformadores)

+ +

Correspondem ao transformador trifásico

► ►

Vantagens do transformador trifásico

- Ocupa menos espaço e é mais leve que 3 monofásicos.

- É mais barato.

- Tem um maior rendimento.

Vantagens do banco de transformadores monofásicos

- Transporta-se mais facilmente, dado que é constituído por unidades


independentes.

- Exige uma reserva de potência mais económica. Com efeito, quando um


transformador avaria é necessário uma unidade de reserva com a potência S/3,
enquanto que por avaria da unidade trifásica se torna necessária uma reserva
com potência total S.

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Ligação dos enrolamentos

Os 3 enrolamentos primários e secundários podem ser ligados de diferentes modos.


Três dos processos mais usados são: em estrela (com ou sem neutro), em triângulo,
e em zig-zag.

A associação num mesmo transformador das duas ligações de enrolamentos (no


primário e no secundário) constitui uma ligação.
Por exemplo uma ligação triângulo-estrela, como a representada na figura seguinte,
quer dizer que os enrolamentos do primário estão ligados em triângulo e os do
secundário ligados em estrela.

Na placa de terminais dos


transformadores quando se
utilizam letras maiúsculas e
minúsculas, as primeiras
referem-se à tensão mais
elevada e as segundas à
tensão inferior.

Convencionou-se também designar as ligações por letras maiúsculas para a tensão


mais elevada e minúsculas para a tensão inferior, conforme o seguinte quadro:
Tensão superior Tensão inferior
Estrela Y y
Triângulo D d
Zig-zag Z z
Quando o neutro é disponível acrescenta-se a letra N ou n à letra da tensão superior ou
inferior respectivamente.

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Aplicações de cada ligação

Cada uma das ligações possíveis tem a sua aplicação dependendo da função do
transformador.

Assim, a ligação em estrela tem em relação à ligação em triângulo, a vantagem de ter


neutro acessível, podendo portanto ter-se acesso a dois níveis de tensão (230V e
400V). Esta vantagem é aproveitada principalmente em baixa tensão. Tem ainda a
vantagem de os seus enrolamentos necessitarem geralmente de um isolamento
eléctrico inferior ao dos enrolamentos em triângulo. Com efeito, enquanto numa ligação
em estrela é aplicada aos enrolamentos uma tensão simples (230V), numa ligação em
triângulo cada enrolamento está submetido à tensão composta (400V).

Notas:

Na ligação em triângulo:
Uc = Uf
IL = √3 If

Na ligação em estrela:
Uc = √3 Uf
IL = If

A ligação em triângulo é utilizada com vantagem sobre a ligação em estrela, quando as


correntes que se prevêm são elevadas, pois que deste modo a corrente no enrolamento (If) é √3
vezes inferior à corrente na linha (IL), permitindo assim espiras com enrolamento de menor
secção e portanto de mais fácil construção.

Quanto à ligação em zig-zag é utilizada quando se prevêm no circuito de carga


grandes desequilíbrios. Esta ligação é utilizada no secundário de transformadores de
distribuição onde a repartição de cargas por cada fase dificilmente é igual, provocando
assim desequilíbrios.

Grandezas nominais

O valor nominal das tensões, tanto no primário como no secundário, é a tensão


composta. Só na ligação em triângulo é que a tensão composta é igual à tensão no
enrolamento.

O valor nominal das correntes é sempre o da corrente na linha. Só na ligação em


estrela e em ziguezague é que a corrente na linha é igual à corrente no enrolamento.

A potência nominal é dada por Sn = √3 U1n I1n = √3 U20 I2n , sendo U1n e U20 tensões
compostas e I1n e I2n as intensidades das correntes nas linhas.

Potências mais comuns para os transformadores trifásicos de distribuição:


Potência nominal (KVA)
10 12,5 16 20 25 31,5 40 50 63 80 100 125
160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
A negrito os valores preferenciais

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Refrigeração dos transformadores

O rendimento dos transformadores é muito elevado (pode ultrapassar os 99%). Apesar


disso podem libertar elevadas quantidades de calor.

Empregam-se vários processos para refrigerar os transformadores conforme a sua


potência.

Nos transformadores de baixa potência (até 10 KVA) é suficiente o arrefecimento


natural pelo ar.

Os transformadores de média, elevada e muito elevada potência (superior a 10 KVA)


têm os enrolamentos e o núcleo contidos numa cuba metálica cheia de óleo mineral
ou de um líquido sintético.

Em muitos transformadores com potência acima dos 10MVA adopta-se um processo


de arrefecimento artificial por ventiladores que provocam uma corrente forçada de ar.
Para as potências mais elevadas (várias dezenas ou centenas de MVA) a circulação
forçada do óleo é acelerada por meio de bombas.

Identificação dos sistemas de arrefecimento

Refrigerante Símbolo
Óleo mineral O
Piraleno, askarel ou clofeno L
Ar A
Água W 1ª letra 2ª letra 3ª letra 4ª letra
Gás G Referentes ao Referentes ao
Isolante sólido S refrigerante que está refrigerante que está em
em contacto com os contacto com o sistema
Circulação do refrigerante Símbolo enrolamentos refrigerante exterior
Natural N Natureza Natureza Natureza Natureza
Forçada F do da do da
Forçada com distribuição dirigida D refrigerante circulação refrigerante circulação

Exemplos:

ONAN – Transformador em banho de óleo com circulação natural do óleo e do ar.


OFAF – Transformador em banho de óleo com circulação forçada e refrigerado por
meio de ventilação forçada do ar.

Há transformadores de distribuição do tipo seco para


as situações em que o risco de incêndio é elevado.
Utilizam materiais incombustíveis para que os riscos de
explosão, incêndio e a sua propagação sejam
eliminados. A refrigeração destes transformadores é
feita por circulação natural do ar (AN) ou por circulação
forçada do ar (AF).

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Constituição de um transformador trifásico

Isoladore
s AT

Isoladores BT

Chamamos de parte ativa do transformador, ao conjunto formado pelos enrolamentos,


primário, secundário e núcleo.

Os isoladores são os dispositivos que permitem a passagem dos condutores dos


enrolamentos ao meio externo. São constituídas basicamente pelo corpo isolante de
porcelana vitrificada;

O tanque principal destina-se a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente do


líquido isolante.

Os transformadores que tem o tanque principal totalmente cheio de óleo, possuem o


tanque de expansão a fim de permitir a expansão do óleo quando do seu aquecimento

Todo o calor gerado na parte ativa se propaga através do óleo e é dissipado no tanque
principal mas a área da superfície externa poderá ser insuficiente para dissipar este
calor e é então necessário aumentar a área de dissipação. Para tal usam-se
radiadores.

Nota:
S <10 KVA – Arrefecimento natural no ar.
S> 10 KVA – Arrefecimento natural no óleo.
S> 10 MVA – Arrefecimento artificial no óleo (ventilação forçada)

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Transformador de medida

A ligação directa de aparelhos de medida num circuito de alta tensão além de perigosa
obrigaria a construir estes aparelhos com enormes dimensões dada a necessidade de
elevado nível de isolamento e grandes secções para as bobinas. Assim, os aparelhos
de medida são ligados ao secundário de um transformador de medida no qual se
obtêm as grandezas a medir já reduzidas a valores convenientes e sem perigo.

Os transformadores de medida podem ser de dois tipos básicos:


Transformador de tensão (T.T.), que tem por objectivo a redução das altas tensões
presentes nas linhas e permitir o seu encaminhamento para os locais frequentados
pelos operadores e a sua leitura em voltímetros comuns (Figura a);
Transformador de corrente (T.I.), por razões essencialmente idênticas às anteriores
(Figura b).

Na figura (a) está representado o circuito eléctrico de um transformador de tensão a


alimentar um voltímetro. Dado que no primário a tensão é mais elevada, este tem mais
espiras do que o secundário. Em virtude da resistência interna do voltímetro ser
bastante elevada, a corrente no secundário, e portanto no primário, é baixa, pelo que a
secção dos condutores é reduzida. O facto da corrente ser bastante reduzida tem como
consequência que o T.T. funciona em regime próximo do ensaio em vazio.
A tensão no secundário U2 lida pelo voltímetro, depois de multiplicada pela relação de
transformação rt = N1/N2 traduz quase fielmente a tensão a medir no primário U1.

Na figura (b) está representado o circuito eléctrico de um transformador de


intensidade. O primário do transformador de intensidade é ligado em série ao circuito
cuja intensidade da corrente eléctrica se quer medir. O enrolamento secundário fecha-
se sobre o amperímetro. Sendo a resistência dos amperímetros bastante baixa (da
ordem de 1Ω ou inferior) podemos dizer que o T.I. funciona em regime próximo do
ensaio em curto-circuito.
A intensidade da corrente lida pelo amperímetro, depois de multiplicada pela relação de
transformação rt = N2/N1 traduz quase fielmente o valor da corrente que se queria
medir.
Tendo a intensidade de corrente no primário valores normalmente bastante elevados, o
enrolamento primário é constituído por poucas espiras (ou mesmo só um condutor,
caso da pinça amperimétrica) de fio de grande secção. O secundário é constituído por
um grande número de espiras de fio bastante fino, dado o valor baixo da intensidade da
corrente.

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Autotransformador

É possível construir um transformador com um único enrolamento de N1 espiras do


qual uma parte, com N2 espiras, serve de enrolamento secundário, conforme é
representado na figura (redutor de tensão)

A variação da posição do ponto “a” em relação ao enrolamento faz variar a tensão


obtida no secundário, o que permite a utilização do autotransformador para a regulação
progressiva desta tensão.

Um autotransformador variável muito


vulgar, o variac, consiste num
enrolamento sobre um núcleo de ferro
toroidal tendo uma escova de carvão,
solidária a um eixo rotativo que pode
deslizar sobre as espiras do
enrolamento.

Vantagens do autotransformador sobre o transformador:

Mais económico – o autotransformador tendo apenas um enrolamento torna-se mais


económico, porque exige menos condutor e tem um volume total inferior (para a
mesma potência).

Melhor rendimento – as perdas por efeito de Joule são inferiores visto ter apenas um
enrolamento, pelo que o rendimento é superior.

Menor queda de tensão – as quedas de tensão, resistiva e indutiva, são inferiores,


pelos motivos apontados, pelo que mantém uma tensão mais constante com as
flutuações da carga.

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Principal desvantagem do autotransformador sobre o transformador:

O primário e o secundário do autotransformador não estão isolados electricamente


entre si como acontece no transformador, o que pode originar problemas de isolamento
dos enrolamentos à massa. Observe as figuras seguintes:

No autotransformador há um ponto comum (ponto C na figura). No caso de se quebrar


a ligação no ponto C temos no secundário a tensão do primário – 10 KV.

Utilização

É principalmente devido aos problemas de isolamento entre o primário e o secundário


que o autotransformador não pode substituir o transformador na grande maioria das
aplicações. Por isso o autotransformador é geralmente utilizado ou com tensões baixas
ou quando os níveis de tensão no primário e no secundário são muito próximos.

O autotransformador trifásico é utilizado no arranque de motores assíncronos de


elevada potência. Por intermédio do autotransformador começa por se aplicar ao
motor uma tensão reduzida no arranque, de forma a reduzir a corrente de arranque;
quando o motor atingiu já uma velocidade próxima da nominal aplica-se-lhe finalmente
a tensão total.

O autotransformador pode também ser utilizado no arranque das lâmpadas de vapor


de sódio de baixa pressão. Aqui a sua função é de proporcionar no arranque uma
tensão superior à da rede, provocando a descarga no tubo.

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