Aula 05 - Transformadores Modelo Real

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 32

DISCIPLINA

DE
CONVERSÃO
ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA

DEE / UFC

AULA5
TRANSFORMADORES
MODELO REAL

Prof° Dr. Dalton Honório –


dalton@dee.ufc.br
Transformador sem carga
 A figura mostra esquematicamente um transformador
com o seu circuito secundário aberto.

2
Transformador sem carga

3
Transformador sem carga

4
Transformador sem carga

5
Transformador sem carga
 A f.e.m induzida e1, também chamada de força
eletromotriz, está adiantada de 90º em relação ao fluxo.
Seu valor eficaz é:

 Considerando V1 = E1:

 Verifica-se que o fluxo no núcleo é determinado pela


tensão aplicada, pela frequência e pelo nº de espiras.

6
Transformador sem carga
 Como dito anteriormente as propriedades não lineares
do ferro resultando em uma corrente de excitação
distorcida.

 Extraindo a componente fundamental dessa corrente


encontra-se o seguinte diagrama fasorial. 7
Transformador sem carga

 A componente fundamental pode ser decomposta em


duas componentes, uma em fase com a f.e.m. e a outra
atrasada de 90º em relação a f.e.m..

8
Transformador sem carga
 A componente em fase fornece a potência absorvida no
núcleo pelas perdas por histerese e correntes parasitas.
É a componentes de perdas no núcleo da corrente de
excitação.
 A corrente de magnetização é constituída de uma
componente fundamental atrasada de 90º em relação a
f.e.m., junto com todos os harmônicos da corrente.

9
Transformador sem carga

10
Transformador real
 Modelo real do transformador

O efeito do fluxo de dispersão é modelado por uma indutância de


dispersão para cada enrolamento existente no transformador;
É levado em consideração a resistência dos condutores de primário
e secundário;
O efeito da magnetização do transformador (corrente de excitação);

11
Transformador real
 Modelo real do transformador (primário)

O efeito do fluxo de dispersão é modelado por uma indutância de


dispersão para cada enrolamento existente no transformador;
É levado em consideração a resistência dos condutores de primário
e secundário;
O efeito da magnetização do transformador (corrente de excitação);

12
Transformador real
 Modelo real do transformador (primário)

13
Transformador real
 Modelo real do transformador (secundário)

O efeito do fluxo de dispersão é modelado por uma indutância de


dispersão para cada enrolamento existente no transformador;
É levado em consideração a resistência dos condutores de primário
e secundário;

14
Transformador real
 Modelo real do transformador completo

i1 N2 1
 
i2 N1 a 15
Transformador real
 Como a corrente I2 aparece?

Quando a chave S é fechada, a ação da corrente de secundário (I2)


causa um decréscimo no fluxo mútuo. Esta tendência do fluxo em
diminuir devido à ação de N2I2 provoca uma redução na tensão
induzida E1. Contudo, visto que a tensão V1 tem valor eficaz constante
o decréscimo de E1 causa um aumento na corrente I1. Assim a
corrente de primário I1 aumenta até um valor suficiente, tal que ao
passar por N1, neutralize a ação desmagnetizante da FMM do
secundário (N2I2).
16
Transformador real
 Modelo real do transformador completo

Assim, modela-se um transformador real como sendo um


transformador ideal associado com impedâncias externas

17
Transformador real
 Diagrama fasorial de um transformador em vazio:

18
Transformador real
 Diagrama fasorial de um transformador em carga (Resistiva):

19
Transformador real
 Diagrama fasorial de um transformador em carga (Resistiva):

À VAZIO

20
Transformador real
 Modelos reduzidos: Tome o circuito a seguir.

21
Transformador real
 Modelos reduzidos: Redução ao lado primário.

Multiplicando v2 por N1/N2 tem-se:

22
Transformador real
 Modelos reduzidos: Redução ao lado primário.
A redução ao primário é equivalente a substituir o enrolamento do
secundário por um enrolamento igual ao do primário. A relação de
transformação passa a ser unitária.

23
Transformador real
 Modelos reduzidos: Redução ao lado primário.
Assim, o circuito esquemático pode ser obtido seguir.

24
Transformador real
 Modelos reduzidos: Redução ao lado primário.
Assim, o circuito esquemático pode ser obtido seguir.

25
Transformador real
 Rendimento:
O rendimento de um transformador para uma dada condição de
carga é a relação, geralmente expressa em porcentagem, entre a
potência ativa saindo e a potência ativa entrando no transformador, isto é:

PSAIDA PENTRADA  PPERDAS


 x100  x100
PENTRADA PENTRADA
ou
PSAIDA PSAIDA
 x100  x100
PENTRADA PSAIDA  PPERDAS
26
Transformador real
 Regulação de Tensão:
A regulação nos transformadores mede a variação de tensão nos
terminais do enrolamento secundário deste, quando é conectado uma
carga. A variação de tensão no secundário do transformador desde a sua
operação em vazio até a plena carga é quantificada pela regulação. É
importante salientar que nesta definição a tensão no enrolamento
primário do transformador é considerada constante.

V1
V1  V2'  V2
a
Regulação  '

V2 V2
27
Transformador real
 Exemplo 3: Um transformador de distribuição de 50 kVA, 2400:240
V e 60 Hz tem uma impedância de dispersão de 0,72 + j.0,92 Ω no
enrolamento de alta tensão e 0,0070 + j.0,0090 Ω, no de baixa
tensão. Na tensão e frequência nominais, a impedância Zφ do ramo
em derivação (igual à impedância de Rc e Xm em paralelo),
responsável pela corrente de excitação, é 6,32 + j.43,7 Ω, quando
vista do lado de baixa tensão. Desenhe o circuito equivalente
referido a (a) o lado de alta tensão e (b) o lado de baixa tensão,
indicando numericamente as impedâncias no desenho.

28
Transformador real
 Exemplo 4: Se 2400V eficazes forem aplicados ao lado de alta
tensão do transformador do exemplo 3, calcule o valor da corrente
que flui na impedância de magnetização Zφ para ambos os circuitos:
referido ao lado de alta tensão e baixa tensão,sabendo que o
transformador está sem carga.

29
Transformador real
 Exemplo 5: Calcule o rendimento de um transformador de 50 kVA,
2400/120 V alimentando uma carga com fator de potência 0,8
atrasado. Considere as perdas no núcleo de 396 W e as perdas no
enrolamentos de 810 W.

30
Transformador real
 Exemplo 6: Para o mesmo transformador do exemplo anterior,
calcule a regulação de tensão na condição de tensão nominal no
lado de alta tensão. Considere uma carga Z’L=100 + j.57,8 31 Ω
referido ao lado de alta. Considere Re1 = R1 + R’2 = 1,87 Ω, Xe1 =
X1 + X’2 = j4 Ω e desconsidere o efeito da magnetização.

31
Bibliografia
 Básica:
 BIM, Edson, Máquinas Elétricas e Acionamento, Ed. Campus, 2009.
 TORO, Vicent Del. Fundamentos de Máquinas Elétricas. São Paulo:
LTC, 1999.
 OLIVEIRA, José Carlos de. Transformadores: teoria e ensaios.
Colaboração de João Roberto Cago; José Policarpo G. de Abreu. São
Paulo: Edgard Blucher, 2003.
 Complementar:
 KINDERMANN, Geraldo. Proteção de sistemas elétricos de Potência -
UFSC, 2007.
 JORDÃO, Rubens Guedes. Transformadores. São Paulo: Edgard
Blucher, 2002.
 MILASCH, Milan. Manutenção de Transformadores em Liquido Isolante.
São Paulo: Edgard Blucher,1984.
 SEN, P. C. Principles of Electric Machines_and_Power electronics. New
York: John Wiley & Sons, 1997.
 KINGSLEY E UMANS, Fitzgerald. Máquinas elétricas. 6ª ed. São
Paulo: Bookman, 2006. 32

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy