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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


MÓDULO TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA

Fatores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa.

Judite Augusto Malandeza: 31240421

Xai-Xai, Março de 2024


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
MÓDULO TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA

Fatores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa.

Trabalho de campo do Módulo de Técnicas De


Expressão Oral E Escrita Da Língua
Portuguesa, a ser submetido na Coordenação
do curso de licenciatura em Administração
Pública na UnISCED, 1° Semestre, 1° Ano,
Lecionada Pelo:

Judite Augusto Malandeza: 31240421

Xai-Xai, Março de 2024


Índice Pag
0. Introdução ........................................................................................................................... 4

0.1. Objetivos: ........................................................................................................................ 4

0.2. Metodologia…………………………………………………………………………….. 4
1.0. Revisão da literatura ....................................................................................................... 5

1.1. Língua ............................................................................................................................. 5

1.2. Oralidade ......................................................................................................................... 5

1.3. Escrita ............................................................................................................................. 5

1.4. Sucesso ou insucesso escolar .......................................................................................... 5

1.4.1. Fatores de insucesso oral e escrito na Língua Portuguesa .......................................... 6

1.5. Comunicação Oral .......................................................................................................... 7

1.5.1. Qualidades de uma boa Comunicação Oral ..................................................................... 8

1.6. Comunicação Escrita ...................................................................................................... 8

2.0. Estratégias para o sucesso da expressão oral e escrita em língua portuguesa ................ 8

3.0. Conclusão............................................................................................................................ 9

Referência Bibliográfica .......................................................................................................... 10


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0. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito de cadeira de Técnicas De Expressão Oral E Escrita Da


Língua Portuguesa com o tema: Fatores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos
nas aulas de língua portuguesa, esta temática preocupa muito a classe docente, não só como
também preocupa a sociedade em geral. Em diversos casos, o insucesso pode levar ao
abandono escolar.
O insucesso na expressão oral e escrita em LP considera-se grave na medida em que esta é
ferramenta chave para o acesso a outros conhecimentos, se o aluno não tem domínio eficaz da
LP, dificilmente terá a capacidade para compreender as outras disciplinas.
Tendo em conta que a língua é um instrumento de comunicação composto por regras
gramaticais que facilitam com que um determinado grupo de falantes consiga comunicar se e
compreender-se.
“Sabe-se que as razões do insucesso escolar são múltiplas e se prendem com alguns fatores
não controláveis pelo professor.” Lemos (1993).

0.1.Objetivos:

Objetivo Geral:
Constatar os principais fatores que contribuem para o insucesso/ sucesso na expressão
oral e escrita de alunos nas aulas de LP.

Objetivos Específicos:

Abarcar a oralidade e a escrita como ferramentas principais para a comunicação durante


as aulas;
Propor estratégias para auxiliar o professor bem como aos encarregados de educação a
incentivar a expressão oral e escrita dos alunos.

0.2.Metodologia

Para a efetivação do presente trabalho, recorreu-se a consulta de algumas obras literárias, as


quais foram devidamente citadas ao longo do trabalho e as mesmas constam das referências
bibliográficas, recorreu-se ainda a pesquisas de alguns sites da internet.
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1.0.Revisão da literatura
1.1.Língua

SAUSSURE (1995) considera Língua como um conjunto de convenções adotadas por um


determinado grupo social com o objetivo de permitir a inter-relação entre seus membros.

1.2.Oralidade

De acordo com Gonçalves e Diniz (2004:95), a oralidade é objeto de uma aprendizagem em


que o professor se apresenta como modelo, firme na sua correção, mas consciente de que vai
ter de ajudar a distinguir o correto do incorreto, obrigatório do facultativo, aceitável do
inaceitável.

Com base no exposto acima, a oralidade é uma prática letiva que envolve o professor e o aluno
numa interação essencialmente pedagógica e didática, baseando-se sempre nos princípios
básicos da comunicação oral (espontaneidade e expressividade).

Na oralidade dá se maior primazia ao processo de Ensino e Aprendizagem onde o aluno é o


centro das atenções e o seu desenvolvimento como último objetivo. Para que as atividades da
oralidade tenham resultados desejados requer-se fundamentalmente o envolvimento constante
e ativo do aluno.

1.3.Escrita
De acordo com Garcez (2002), a escrita é uma construção social, coletiva, tanto na história
uma como na historia de cada individuo, afirma ainda que escrever diz respeito ao acto de
significar, representar ideias, dar conceitos ou sentimentos por via de símbolos gráficos.

1.4.Sucesso ou insucesso escolar


Cabral (1995), Sucesso escolar surge quando um aluno realiza uma determinada trajectória
escolar com maior ou menor dificuldade. Antigamente, o insucesso escolar era considerado
como um problema apenas do aluno ou da sua família.

“O insucesso escolar era, e ainda é, muitas vezes, visto como um problema do aluno, jamais,
ou muito raramente como um fenómeno que possa envolver a organização e as práticas
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escolares. A adequação do currículo, das metodologias, da própria estrutura organizativa às


características do aluno, raramente são discutidas ou postas em causa.” (Cabral 1995, p11).

No sector da educação, este termo (insucesso) é utilizado geralmente para caracterizar a fraca
produtividade do aluno na escola, referenciando-se a dificuldade que ele possa ter em aprender
ou compreender a matéria.

Segundo Benavente (1976), o insucesso escolar consiste nas (dificuldades de aprendizagem,


reprovações, atrasos, etc) e, na maioria dos casos, “as crianças que têm mais dificuldades
pertencem a famílias de grupos sociais desfavorecidos do ponto de vista económico e cultural”.
(p.10).
O insucesso na educação é uma “ameaça” não apenas para o aluno, como também para todo o
PEA.

1.4.1. Fatores de insucesso oral e escrito na Língua Portuguesa


Ferraz (2007), “por vezes, a língua da casa colide com a língua da escola”. (p.19)
Com isso Ferraz pretende fazer-nos compreender que a primeira língua da criança influência
muito para a compreensão da própria criança, esta situação torna-se agravante quando a Língua
materna da criança não coincide a língua escolar ou língua de ensino, tornando assim difícil a
comunicação.
Acrescenta ainda que se a criança nunca ouviu histórias, nem teve contacto com livros …, é
extremamente importante que ela frequente um jardim-de-infância antes mesmo de entrar na
escola, para que possa adquirir níveis de desenvolvimento linguístico e cognitivo, de forma a
reduzir as diferenças.

A maior parte dos alunos não possuem livros em suas casas, portanto, a escola tem o dever de
garantir esse contacto para que os mesmos se tornem leitores. Tendo em conta que: “a escola
é atualmente frequentada por alunos que, (…) adquiriram a língua em meios sociais e culturais
marcantes por características diversas e, por isso, têm um desenvolvimento linguístico e
cognitivo diferente dos que têm origem em meios social e culturalmente diferentes (para não
falar de alunos que, nas nossas escolas, aprendem Português como língua não materna).”
(Ferraz 2007: p.79)
Nesta era das tecnologias de comunicação e informação, estas também podem cooperar de
forma positiva e produtiva para o desenvolvimento da compreensão e da expressão oral e
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escrita, de acordo com Ferraz (2007): “elas proporcionam meios para o desenvolvimento da
compreensão e da expressão escrita, para a compreensão da variedade da forma como se
utiliza a língua. Comunicar pela Internet é praticar a escrita e a leitura. (…) Ensinar a utilizar
as novas tecnologias para colher informação é também ensinar a selecionar a informação, a
desenvolver a capacidade de síntese, a ter espírito crítico para se não deixar manipular.”
(p.86).

1.5.Comunicação Oral
Sabe-se que a comunicação oral é o primeiro estágio de assimilação do ensino e aprendizagem
de uma língua. Como já foi referenciado antes, as crianças do nosso país, quando entram na
escola já falam a sua língua materna (esta na maior parte dos casos não é a língua portuguesa).
Portanto, estas crianças já conhecem os nomes das coisas que as rodeiam, ditas na sua língua.
Elas estão habituadas a se expressarem na sua língua, falando dos problemas do dia-a-dia, a
sabedoria popular e os efeitos dos seus antepassados. Estas já têm conhecimento das coisas,
por isso, estão aptas para iniciar a comunicação em língua portuguesa. Contudo, o professor
deve desempenhar um papel importante para o desenvolvimento desta aprendizagem

Giasson (1993), “é indispensável que as crianças possam falar das suas experiências de modo
a aumentarem a sua bagagem de conceitos e o seu vocabulário. Mais tarde, esses
conhecimentos poderão ser utilizados para compreender textos.” (p.28).

“No 1.º Ciclo, a expressão oral pode ser desenvolvida através de:” Figueiredo (2002, pp. 15-
29),
a. Exposição oral – desde cedo, o aluno deve aprender a expressar-se oralmente
perante a turma;
b. Histórias para completar – o aluno realiza um final para história e comunica-o à
turma, verificando assim a diversidade de situações;
c. Histórias de pernas-para-o-ar cada aluno terá de contar uma pequena história a partir
do fim e encadeando os episódios até chegar ao princípio.
d. Teatro de fantoches e marionetas;
e. Jogo de palavras;
f. Recitação de cantilenas, lengalengas, trava-línguas;
g. Emissão radiofónica;
h. Expressão dramática.
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1.5.1. Qualidades de uma boa Comunicação Oral


GOMES et al (1991:81), a oralidade deve incorporar qualidades para uma boa comunicação e
entre as outras destacam-se as seguintes qualidades:

a) Clareza; e) Linguagem adaptada ao destinatário e a


situação
b) Naturalidade dos gestos;
f) A atenção
c) Pronúncia correta;
g) Existência de um plano, mesmo sumário.
d) Voz agradável e boa dicção;

1.6.Comunicação Escrita
O aluno pode desenvolver a comunicação escrita, praticando as atividades descritas abaixo:
 Leitura e interpretação de textos narrativos e poéticos.
 Relacionar a sinonímia e a antonímia de modo a aprofundar a compreensão do texto.
 Descobrir, num contexto, o sentido de palavras desconhecidas.
 Sequenciar os acontecimentos.
 Fazer a localização da ação no espaço e no tempo.
 Praticar a leitura dialogada, diferenciando as intervenções das personagens.

2.0.Estratégias para o sucesso da expressão oral e escrita em língua portuguesa


1- Expressar-se oralmente de forma livre e clara em função de objetivos diversificados;
2– Comunicar-se oralmente sempre que tiver oportunidade e dependendo da situação;
3– Utilizar a Língua como ferramenta principal para aprendizagem e planificação de atividades
(discussões, debates, leituras, notas, resumos, esquemas);
5– Praticar exercícios individuais ou em grupo para proporcionar o prazer da escrita;
6– Utilizar a escrita como um meio de desenvolvimento da compreensão na leitura;
7– Promover a divulgação dos textos escritos como meio de os enriquecer e de encontrar
sentidos para a sua produção;
8– Produzir textos escritos com intuito de diversificar a comunicação;
9– Utilizar de técnicas de autoavaliação para aprimorar a aptidão da escrita;
10– Utilizar a leitura para finalidades diversificadas (prazer e divertimento, fonte de
informação, de aprendizagem e de desenvolvimento da Língua).
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3.0. Conclusão
As pessoas adquirem com rapidez e espontaneamente a língua inata da comunidade em que
estão inseridos e a usam com criatividade, eles, tem necessidade de comunicar-se de forma
direta e à distância.
A Escola tem como dever complementar o conhecimento verbal que a criança possui, esta
atividade deve ser feita e acompanhada pelo professor, ele deve garantir que a criança
desenvolva a sua oralidade e escrita, pois quando a criança entra na escola traz de casa poucas
habilidades e a compreensão da oralidade depende da diversidade do seu vocabulário, se a sua
compreensão for fraca, contribuirá para a perda de algumas informações.
O professor deve ainda ensinar a criança a saber ouvir, prestar atenção no que é dito, fazer uma
interpretação e dar sua opinião, isso poderá ajuda-lo na compreensão da matéria e auxiliar no
desenvolvimento da oralidade.
Deve ainda ajudar o aluno a produzir textos escritos e posteriormente ajuda-lo com a
interpretação.
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Referência Bibliográfica
Cabral, R. F. (1995). Escola: citadela ou fórum? Comunicação no Colóquio da Cereja. Fundão.
(Edição Policopiada)
Ferraz, M. (2007). Ensino da Língua Materna. Lisboa: Caminho.
Lemos, V. (1993). O critério do sucesso. Lisboa: Texto Editora.
Fonseca, V. (1999). Insucesso escolar – abordagem psicopedagógica das dificuldades de
aprendizagem. Lisboa: Editora Âncora.
Giasson,J.(1993). A compreensão na leitura. Porto: Edições Asa.

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