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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Ciências Exactas e Tecnológicas

Necessidades Educativas Especiais na Linguagem

Licenciatura em Ensino de Matemática

Trabalho de Pesquisa

Manuel Mário Njolomola

Tete

Abril, 2024
Manuel Mário Njolomola

Necessidades Educativas Especiais na Linguagem

Trabalho apresentado à Ciências Exactas e


Tecnológicas da Universidade Púnguè como um
requisito parcial de Avaliação na Cadeira de
Necessidades Educativas Especiais.

Docente: Eduardo Félix Pita Duarte

Tete

Abril, 2024
Índice
Introdução ...................................................................................................................................... 3

Objectivos do Trabalho.................................................................................................................. 3

Objectivo Geral .......................................................................................................................... 3

Objectivos Específicos ............................................................................................................... 3

Conceitos básicos relacionados à linguagem ................................................................................. 4

Aquisição de linguagem ............................................................................................................. 4

Necessidades Educativas Especiais de Linguagem ....................................................................... 5

Perturbação de linguagem .......................................................................................................... 5

Causas que originam as NEEL................................................................................................... 5

Classificação das NEEL ............................................................................................................. 7

Transtornos da linguagem.............................................................................................................. 8

Características dos distúrbios de articulação da fala .................................................................. 8

Estratégias e técnicas pedagógicas para intervenção na linguagem ............................................ 10

Adaptações curriculares para alunos com dificuldades na linguagem ........................................ 10

Tecnologias assistitivas e recursos de apoio ................................................................................ 12

Conclusão .................................................................................................................................... 15

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................... 16


3

Introdução
Neste presente trabalho, abordamos sobre as Necessidades Educativas Especiais relacionadas
com a linguagem. O trabalho tem a finalidade de descrever as necessidades educativas especiais
de linguagem dos alunos nas instituições de ensino mas também é para buscar as metodologias
que os professores podem adoptar na sala de aula para manter uma inclusão no processo de
ensino e aprendizagem.

Necessidades educativas especiais de linguagem são dificuldades de produção, recepção e


compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/insegura, tendo vergonha de se
exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser julgado negativamente.

Tecnologia Assistiva tem como principal intuito proporcionar à pessoa com necessidade
especial maior autonomia, qualidade de vida e inclusão social, por meio de um trabalho de
integração com a família, amigos e sociedade, a fim de favorecer a ampliação de sua
comunicação, controle de seu ambiente, mobilidade e habilidade de desenvolver seu
aprendizado.

Objectivos do Trabalho

Objectivo Geral
 Compreender as Necessidades Educativas Especiais relacionadas com Linguagem.

Objectivos Específicos
 Conceptualizar a linguagem e identificar os conceitos básicos relacionados à linguagem;
 Identificar os Transtornos da linguagem;
 Mencionar as Metodologias e instrumentos de avaliação e diagnóstico;
 Descrever as Estratégias e técnicas pedagógicas para intervenção na linguagem;
 Mencionar as adaptações curriculares para alunos com dificuldades na linguagem e
Tecnologias assistitivas e recursos de apoio.
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Conceitos básicos relacionados à linguagem


Linguagem pode ser definida como sendo um processo de comunicação utilizado na transmissão
de uma mensagem entre interlocutores.

A linguagem pode ser oral, escrita e digital. A língua é um dos códigos da linguagem e pode ser
culta, usada em contextos formais, ou popular, válida em contextos informais.

Segundo Bustamante (2024), a linguagem é o conjunto de meios estruturados que permitem a


combinação eficaz de palavras com o intuito de comunicar com as pessoas que nos rodeiam.

A linguagem denotativa é caracterizada pela objectividade e clareza e se opõe à linguagem


conotativa, plurissignificativa. Também é importante ressaltar que a linguagem apresenta
algumas funções, tais como: emotiva ou expressiva, poética, referencial ou denotativa, fática ou
de contacto, metalinguística, e conativa ou apelativa, (Souza, 2024).

Aquisição de linguagem
Um elemento crucial do estudo da linguagem é como ela é adquirida. Particularmente, Chomsky
propõe que o genoma humano tem uma certa homogeneidade que descreve como é o
desenvolvimento linguístico das crianças através da mera exposição, (Sinalo & Farija, 2010).

Além da teoria de Chomsky, parece que há uma série de etapas que ocorrem durante o
desenvolvimento vital da infância e que descrevem a aquisição da linguagem.

 Etapa pré-natal (próximo ao segundo semestre). Responde a vozes humanas. Balbucio,


envolve diferentes fonemas vocálicos e consonantais
 1 – 3 anos o Expressões de uma palavra o Primeiras vocalizações de duas palavras
o Linguagem telegráfica (frases com poucas palavras)
 3 – 4 anos o Frases simples que reflectem a expansão do vocabulário; Compreensão da
sintaxe, embora ocorram alguns erros mínimos
 4 anos ou mais o Estruturação de sentenças “adultas”. As estruturas linguísticas tornam-
se mais complexas até a adolescência
5

Necessidades Educativas Especiais de Linguagem


Necessidades educativas especiais de linguagem são dificuldades de produção, recepção e
compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/insegura, tendo vergonha de se
exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser julgado negativamente.

Perturbação de linguagem
Perturbação da linguagem é uma aquisição não normal, a nível da compreensão ou expressão da
linguagem oral e da escrita.

Perturbação poderá envolver algumas componentes do sistema linguístico, nomeadamente a


componente fonológica, morfológica, semântica, sintáctica ou a componente pragmática. Este
défice pode acontecer tanto a nível da linguagem compreensiva como na linguagem expressiva
ou na conjunção de ambas, (Sinalo & Farija, 2010).

Causas que originam as NEEL


Para avaliar os problemas enfrentados e vividos por portadores de distúrbios da aprendizagem,
tem que primeiro entender os problemas que essa criança enfrenta, pois o problema pode ter
origem ambiental ou biológica, depende também de como ela vive no meio e como ela age,
(Correia,1999).

Factores ambientais

Os factores ambientais são importantes para o desenvolvimento mútuo e completo da linguagem


oral e escrita da criança.

A criança constrói o conhecimento com base na experiência com o mundo físico, isto é, a fonte
do conhecimento está na acção sobre o ambiente.

Portanto, o meio influencia desde cedo nos efeitos da fala da criança, como por exemplo, o
modo de falar dos pais e dos irmãos que favorecem bastante para a aprendizagem da linguagem
oral do bebé, pois o ambiente fornece o clima emocional e os modelos verbais para a formação
infantil. E Pode ser interrompido pelo acidente ou traumas.
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Factores biológicos

Os factores biológicos afectam bastante no processo de aquisição da linguagem, a


hereditariedade dão maior ou menor potência na aprendizagem de regras e vocabulários de sua
língua materna.

O estado de saúde da criança é importante no período de aprendizagem, pois doenças e


distúrbios aparecem nessa época e são um transtorno na aquisição da linguagem.

Pode ser que a criança nasceu doente e essa doença lhe afectar negativamente na aprendizagem.

Factores Progenitores

Durante o processo de parto, a mãe quando fica cansada e com dor, pode acidentalmente apertar
a cabeça da criança prejudicando deste modo o desenvolvimento na articulação das palavras da
criança. Pode também os problemas na criança estar associadas ao consumo de bebidas
alcoólicas, tabaco em excesso.

Características das NEEL

Recorrência de processos fonológicos, vocabulário abaixo do esperado para a idade e pouca


iniciativa comunicativa.

Esta perturbação dificulta a comunicação, pois, tipicamente, estas crianças apresentam muitas
dificuldades na aquisição de novos conceitos, na expressão de desejos, sentimentos e opiniões
que vão influenciar todos os processos comunicativos em que participa, (Bustamante, 2024).

Sinais de alerta das NEEL

1º Ano de vida: falta de reacção ao som e à voz humana;

2 Anos: não identifica partes do corpo, pessoas familiares e objectos; não cumpre ordens
verbais; não junta duas palavras.

3 Anos: omite ou troca sílabas, não faz frases simples, não faz perguntas, não cumpre ordens
verbais na íntegra, não tem interesse pelo outro e não interage.
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5 Anos: Defeitos na articulação das palavras, faz frases com estrutura gramatical alterada, não
descreve histórias ou actividades do dia-a-dia, foge ao tópico da conversa, dificuldades de
evocação/nomeação, em qualquer idade, regressão das competências da linguagem previamente
adquiridas.

Classificação das NEEL


De um modo geral, segundo Jaime (2001:29), “podemos identificar dois grandes
enquadramentos a que diferentes autores recorrem para classificar as necessidades educativas
especiais de linguagem”:

Pendor Linguístico, que, com base nas diversas componentes da linguagem fonológica,
morfológica, sintáctica, semântica, pragmática e na análise dos respectivos processos de
aquisição desenvolvimento e suas perturbações.

De feição clinica e neurológica, que procura caracterizar os indivíduos com base na sua
sintomatologia clinica, ou seja, classificando as dificuldades de fala e da linguagem das crianças
em função das suas condições clinicas (por exemplo deficiência mental).

É neste sentido que surge a classificação apresentada por Bernstein (2002:20) e que a autora
materializa tomando por base estas duas perspectivas de enquadramento.

A perspectiva descritiva do desenvolvimento, que assenta mais na descrição, oferecendo


cinco tipos de perturbações da linguagem:

 Dificuldade na forma (componente fonológica, sintáctica e morfológica);


 Dificuldade no conteúdo (semântico);
 Dificuldade no uso (pragmática);
 Dificuldades na integração na forma, do conteúdo e de uso;
 Atraso geral no desenvolvimento da linguagem;

A perspectiva etiológica categoria, que, partindo da identificação das respectivas causas,


classifica as perturbações da comunicação e da linguagem em cinco categorias etiológicas:

 Associadas a perturbações motoras;


 Associadas a défice sensoriais;
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 Associadas a lesões do sistema nervoso central;


 Associada a disfunção sócio emocional;
 Associados a perturbação cognitivas.

Alterações linguagem

Pouca memória para uma sequência de sons, por isso tendem a falar em um primeiro momento
basicamente monossílabos;

 Dificuldade no planeamento motor da produção dos fonemas;


 Frases desestruturadas e/ou construídas na ordem inversa;
 Vocabulário reduzido;
 Trocas na fala;
 Dificuldades na compreensão (ou não).

Transtornos da linguagem
Distúrbios de articulação Verbal

A perturbação da articulação verbal é caracterizada por uma incapacidade de empregar as


vocalizações adequadas à sua idade e ao seu idioma. Por exemplo, os erros de uso, na produção,
na representação ou na organização dos sons (como é o caso das substituições de umas
consoantes por outras e das omissões), (Bernstein, 2002:20).

Características dos distúrbios de articulação da fala


Dislalia

É caracterizada pela dificuldade em articular palavras, ou seja, é a má pronunciação das


palavras, omitindo ou acrescentando fonemas onde não deve.

Disfemia

Disfemias são perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações
dos órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é
a gagueira.
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Distúrbios da leitura

Crianças com distúrbios de leitura apresentam algumas características como memória fraca; não
tem noção de espaço e tempo, direito e esquerdo; não conseguem identificar as partes de seu
corpo; não conseguem definir o tempo;

Dislexia

É caracterizado pela dificuldade na aprendizagem de decodificação das palavras no texto, ou


seja, é a troca de letras e sons por outros e inversão das palavras.

A dislexia é um problema visual, que envolve o processamento da escrita e leitura no cérebro,


pois a pessoa disléxica apresenta dificuldade na identificação dos símbolos gráficos, o que
ocasiona o fracasso na leitura.

O processo da escrita e seus distúrbios

Disgrafia

É uma disfunção que afecta a forma de escrever, caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que
são ilegíveis. A criança não consegue captar no plano motor o que idealizou no plano visual.

Disortografia

É a incapacidade de transcrever correctamente a linguagem oral, trocando letras e invertendo a


ordem das palavras.

Dificuldades mais Frequentes na Escrita

As principais características:

Escrita

 Trocas de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca.


 Confusão de sílabas: cortaram/cortarão.
 Adição e omissão de sílabas: cachoeira/caichoeira
 Junções: Eu machuquei opé.
 Inversões: pipoca/picoca.
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 Fragmentações: es curecer.

Leitura

 Dificuldades na decodificação das palavras escritas;


 Dificuldades na compreensão do que foi lido;
 Lentidão na escrita;
 Letra ilegível;

Estratégias e técnicas pedagógicas para intervenção na linguagem


 O professor tem um papel importante, junto com a família, para identificar o problema e
ajudar na reeducação das crianças.
 Reforçar o aluno de forma positiva sempre que ele conseguir realizar uma actividade;
 Dar maior ênfase à expressão oral ou escrita, na avaliação;
 O professor deve evitar relatar as dificuldades do aluno frente a toda sala de aula, para
que os colegas não o intimidem; não deve corrigir o aluno com frequência para não o
expor ao ridículo; não deve interromper a criança para que não tenha medo de falar.
 O professor tem a obrigação de tratar o aluno como os outros, não deve demonstrar
inferioridade para a mesma não ficar traumatizada, deve ajudá-la a enfrentar seu
problema sem expor aos seus colegas.

Adaptações curriculares para alunos com dificuldades na linguagem


Todos os alunos, em determinado momento de sua vida escolar, podem apresentar necessidades
educacionais, e seus professores, em geral, conhecem diferentes estratégias para dar respostas a
elas. No entanto, existem necessidades educacionais que requerem, da escola, uma série de
recursos e apoios de carácter mais especializado, que proporcionem ao aluno meios para acesso
ao currículo. Essas são as chamadas necessidades educacionais especiais. Como se vê, trata-se
de um conceito amplo: em vez de focalizar a deficiência da pessoa, enfatiza o ensino e a escola,
bem como as formas e condições de aprendizagem; em vez de procurar, no aluno, a origem de
um problema, define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e apoios que a escola deve
proporcionar-lhe para que obtenha sucesso escolar; por fim, em vez de pressupor que o aluno
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deva ajustar-se a padrões de “normalidade” para aprender, aponta para a escola o desafio de
ajustar-se para atender à diversidade de seus alunos (Brasil, 2001, p.14-15).

Correia (1999) aborda o termo adaptações curriculares como sendo modificações, alterações ou
transformações que os docentes e a escola fazem nas propostas curriculares, com o intuito de
atender às necessidades de seus estudantes. Essas mudanças podem ocorrer nos elementos
básicos do currículo, nos elementos que tornam possível o acesso a ele.

Segundo o que consta na Declaração de Salamanca (Brasil, 1994), todo educando deve ter a
oportunidade de alcançar e manter o nível de aprendizagem de modo adequado. Além disso,
preceitua que os sistemas educacionais precisam levar em conta a diversidade de características
e das necessidades de seus estudantes.

Para Oliveira e Leite (2000, p. 13), a “Escola para Todos”, lema da declaração de Salamanca,
necessita se fortalecer numa proposta educacional que

garanta e favoreça condições de aprendizagem a todos num só contexto,


proporcionando uma educação diferenciada e dando respostas educativas ao
aluno durante todo o processo de escolarização, se isto se fizer necessário, ou
seja, oferecer uma educação permanente que atenda às peculiaridades de cada um
(Oliveira; Leite, 2000, p. 13).

A inclusão educacional necessita sempre fazer parte de um movimento mais amplo, de


repercussão mundial, denominado de Inclusão Social. Assim, é possível garantir a equiparação
das oportunidades para os indivíduos, inclusive para os que, devido às condições económicas,
raciais, culturais, intelectuais ou físicas, acabam sendo excluídos ou colocados à margem da
sociedade.

De acordo com Mantoan (2001), compete à escola comum se rearranjar para atender a essa
multiplicidade populacional.

Todo o processo educacional necessita ser orientado por recursos metodológicos e estratégias de
desenvolvimento que possam atender aos objectivos propostos. Quando um discente fica
impossibilitado de frequentar a escola e ter acesso de modo regular aos conteúdos e às
actividades propostas ou tem possibilidade de frequentar as aulas, mas requer acompanhamento
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específico por conta de peculiaridades relacionadas à saúde física, mental, dentre outras, esses
recursos e estratégias se tornam ainda mais fundamentais.

Nérice (1987, p. 284) defende que devemos compreender a metodologia de ensino como um
“conjunto de procedimentos didácticos, representados por seus métodos e técnicas de ensino”.
Assim, o foco é o alcance dos objectivos de ensino e aprendizagem que se têm para os alunos,
visando maximizar a eficácia, intensificando a obtenção de um rendimento qualitativo e
possível, sempre buscando desenvolver o protagonismo no educando com o trabalho
envolvendo metodologias activas, por exemplo.

A abordagem da diversidade humana e as diferentes possibilidades de realizar o processo de


ensino-aprendizagem nas situações e circunstâncias consideradas não convencionais devem
fazer parte do processo de capacitação para o trabalho educacional com alunos que apresentam
especificidades.

As adaptações curriculares consistem no planeamento e proposição de actividades e


procedimentos didáctico-pedagógicos como práticas alternativas necessárias ao processo ensino
aprendizagem dos alunos, com a previsão de disponibilidade para o trabalho individualizado,
mas não isolado. Cabe ressaltar que os encontros entre professores consistem em uma
oportunidade importante para trocas de experiências, discussões, estudos e reflexões de suas
práticas apoiados nas literaturas e nas produções científicas mais recentes a respeito das
adaptações curriculares possíveis ao atendimento educacional domiciliar (Brandão, 2011, p.
5.265-5.266).

É fundamental que os professores tenham como objectivo o favorecimento da autonomia do


estudante, incentivando a sua curiosidade, além de estimular as atitudes em tomadas de decisões
colectivas ou individuais, sempre considerando a realidade dos discentes. O trabalho do
educador precisa ter um papel relevante na práxis pedagógica, pois a mediação do conhecimento
contribui com a aprendizagem crítica do aluno.

Tecnologias assistitivas e recursos de apoio


A TA é um termo usado para identificar o arsenal de recursos e ferramentas que contribuem
para proporcionar ou aprimorar as habilidades funcionais dos indivíduos com necessidades
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especiais e consequentemente promover a inclusão e autonomia destes sujeitos. A TA está


associada à ideia, quase que exclusiva, de uso equipamentos ou dispositivos materiais para a
execução de alguma actividade, a fim de que tais ferramentas auxiliem o educando na execução
da então tarefa, contribuindo assim com para uma aprendizagem satisfatória (Maciel; Barbato,
2010).

A definição de Tecnologia Assistiva (TA) vem sendo esclarecido e reformulado nos últimos
anos devido a sua grande dimensão e importância, uma vez que vem auxiliar a garantir à pessoa
com necessidades especiais, sua inclusão. Nessa perspectiva, a Tecnologia Assistiva é um novo
termo que se refere a um conceito ainda em desenvolvimento de construção e sistematização
(Manzine, 2015).

A Tecnologia Assistiva tem como principal intuito proporcionar à pessoa com necessidade
especial maior autonomia, qualidade de vida e inclusão social, por meio de um trabalho de
integração com a família, amigos e sociedade, a fim de favorecer a ampliação de sua
comunicação, controle de seu ambiente, mobilidade e habilidade de desenvolver seu
aprendizado (Damasceno, 2013).

A implantação de recursos didácticos na geração tecnológica marcha em passos lentos frente à


inclusão, pois as mudanças são mais propagadas teoricamente do que praticadas no ambiente
escolar. A formação dos educadores é uma realidade que não pode ser ignorada, pois muitos são
os desafios encontrados nas suas práticas pedagógicas.

De acordo com Souza e Silva (2011), sobre formação de professores, a cada dia se faz mais
urgente a qualificação profissional para se trabalhar na perspectiva da inclusão social. Este fato
vem ganhando espaço em vários debates sobre questões práticas e teóricas para que os
professores sejam capazes de corresponder às expectativas de tarefas que decorrem do processo
de inclusão.

A ressalva que Mittler (2013 p. 181) faz, destaca que os professores já possuem conhecimento
necessário e habilidades suficientes para realizar tal tarefa, porém “o que lhes falta, muitas
vezes, é a confiança em sua própria habilidade”.
14

De acordo com Bereohff (1991, apud Gurgel, 2014), educar uma criança autista trata-se de uma
prática que induz o professor a revisar e questionar suas concepções sobre educação de
qualidade e habilidade profissional. Portanto, torna-se um desafio para o profissional
desenvolver meio e estratégias capazes de favorecer o desenvolvimento destas crianças tão
desconhecidas e na maioria das vezes, até imprevisíveis.
15

Conclusão
Linguagem é o conjunto de meios estruturados que permitem a combinação eficaz de palavras
com o intuito de comunicar com as pessoas que nos rodeiam.

Necessidades educativas especiais de linguagem são dificuldades de produção, recepção e


compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/insegura, tendo vergonha de se
exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser julgado negativamente.

Perturbação da linguagem é uma aquisição não normal, a nível da compreensão ou expressão da


linguagem oral e da escrita.

Necessidades educativas especiais de linguagem são causadas através dos Factores ambientais,
Factores biológicos e Factores Progenitores.

Correia (1999) aborda o termo adaptações curriculares como sendo modificações, alterações ou
transformações que os docentes e a escola fazem nas propostas curriculares, com o intuito de
atender às necessidades de seus estudantes. Essas mudanças podem ocorrer nos elementos
básicos do currículo, nos elementos que tornam possível o acesso a ele.

É fundamental que os professores tenham como objectivo o favorecimento da autonomia do


estudante, incentivando a sua curiosidade, além de estimular as atitudes em tomadas de decisões
colectivas ou individuais, sempre considerando a realidade dos discentes. O trabalho do
educador precisa ter um papel relevante na práxis pedagógica, pois a mediação do conhecimento
contribui com a aprendizagem crítica do aluno.

A Tecnologia Assistiva tem como principal intuito proporcionar à pessoa com necessidade
especial maior autonomia, qualidade de vida e inclusão social, por meio de um trabalho de
integração com a família, amigos e sociedade, a fim de favorecer a ampliação de sua
comunicação, controle de seu ambiente, mobilidade e habilidade de desenvolver seu
aprendizado.
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Referencias Bibliográficas
Souza, R; Silva, G. S.(2011). Desafio para o educador inclusivo. O educador frente à
diversidade e à inclusão. Revista da FACED, nº 09.

Manzini, E. J. (2015). Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados.


In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC.

Villanueva Bustamante, M.. (Março 2024). Conceito de Linguagem. Editora Conceitos. Em


https://conceitos.com/linguagem/. São Paulo, Brasil.

SOUZA, Warley. "Linguagem"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/redacao/linguagem.htm. Acesso em 13 de abril de 2024.

Damasceno, L. L. (2013). Tecnologias Assistivas na Educação Especial. Revista Presença


Pedagógica, Belo Horizonte: Dimensão.

Nunes, V. M. S. (2011). A inclusão e o ensino regular. In: Revista FACEVV. Nº 1.

Maciel, D. A; Barbato, S. (2010). Desenvolvimento humano, educação e inclusão


escolar. Brasília: editora Unb, 2010.

Antoan, M. T. E. (2001). Abrindo as escolas às diferenças. In: ______. Pensando e fazendo


educação de qualidade. São Paulo: Modern, p.109-128.

Brasil. Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de Outubro de 1969. Dispõe sobre tratamento excepcional


para os alunos portadores das afecções que indica. Brasília, 1969.

Correia, L. M. (1999). Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.
Porto: Porto.

Nérice, I. G. (1987). Didática geral dinâmica. 10ª ed. São Paulo: Atlas.

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