Trabalho

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Universidade Aberta UnISCED


Faculdade de Ciencias Socias e Humana
Curso de Licenciatura em Administração Publica

Estudante: Ana Cristina Concelho Cardoso Codigo: 7124020860


1 Introdução

O presente trabalho tem como tema: Factores do in/sucesso na expressao oral e


escrita dos alunos nas aulas de Lingua Portuguesa. O objectivo fundamental do trabalho é
apresentar factores que contribuem para o in/sucesso na expressao oral e escrita dos alunos
nas sala de aula de lingua portuguesa. A saber, muitos alunos nesta disciplina e não só, pois é
um problema generalizado, pelo menos ao nível das escolas secundárias, onde a massificação
do ensino não é acompanhada de medidas de políticas eficazes que possam contribuir para o
sucesso educativo dos alunos. Portanto, as dificuldades na aprendizagem da Língua
Portuguesa constituem uma das causas do insucesso escolar, que tem uma grande conotação
sociolinguística e pedagógica. Trata-se de um fenómeno muito abrangente, generalizado e
preocupante.

Assim, para se compreender os factores do in/sucesso escolar é necessário que se


debruce sobre este fenómeno no seu conjunto, conhecendo, de forma profunda as suas causas
e consequências e as suas implicações no comportamento do aluno.

1.1 Objetivos

1.1 Objectivo geral

 Conceituar as características da expressão oral e escrita;


 Identificar os factores que contribuem para o insucesso e sucesso na expressão oral e
escrita dos alunos nas aulas de Língua Portuguesa;
 Descrever os factores para o insucesso e sucesso na expressão oral e escrita dos
alunos nas aulas de Língua Portuguesa.

1.2 Metodologia

Neste trabalho foi usado o método qualitativo, portanto, para a concretização dos
objectivos delineados neste trabalho, foi necessário o uso de manuais, livros, internet entre
outras fontes que ajudaram na realização do trabalho.
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2 Factores do Insucesso na Expressao Oral e Escrita dos Alunos de Lingua Portuguesa

De acordo com Medeiros (2000), para facilitar a análise e compreensão do in/sucesso


escolar começar-se-á por explicitar o conceito quanto à sua duração e ao tipo. O conceito de
in/sucesso escolar é extremamente complexo, já que, dependendo dos intervenientes
educativos, o significado que lhe é atribuído é diverso. Deste modo,

pensar em encontrar uma definição exacta e objectiva para insucesso


escolar é ilusório, pois de acordo com Pires (1987, p.11) “não existe esta
definição porque não pode existir!”, argumentando ainda “que não existe um,
mas vários in/sucessos escolares.

Segundo o Novo Dicionário Etimológico de Língua Portuguesa, este termo deriva do


latim Insucessu(m) e significa: “malogro; mau êxito; falta de sucesso que se desejava”,
enquanto o mesmo termo no dicionário de Língua Portuguesa (Costa e Melo, 1999) tem por
sinónimo: “mau resultado, mau êxito, falta de êxito, fracasso, desastre.” Para Medeiro (2000),

a representatividade do termo insucesso escolar significa “falta de


aproveitamento, incapacidade de compreender a matéria, não atingir o nível
médio do sistema educativo, reprovação, falta de interesse inadaptação ao
programa, ter negativas, tristeza, repetência, fraca aprendizagem e falta de
êxito”. O termo insucesso escolar é utilizado no âmbito do sistema do ensino
aprendizagem, geralmente, para caracterizar o fraco rendimento escolar dos
alunos por razões de várias ordens.(p.45)

Tendo em conta estas definições verifica-se que os termos se opõe pelos objectivos
“bom” e “mau” e “sucesso” e “insucesso” e implicam atributos pessoais positivos e negativos
respectivamente.

2.1 Caracteristicas da expressao oral e escrita

As modalidades oral e escrita constituem universos específicos de linguagem e, como


tal, possuem características próprias. A escrita parece caminhar para o espaço da totalidade,
do distanciamento máximo entre produtor e interlocutor, enquanto a oralidade pressupõe um
envolvimento maior entre os falantes. Entretanto, quando escrevemos, podemos impedir que
nosso leitor interfira em nosso texto. Por outro lado, na oralidade, a relação que
estabelecemos com quem falamos é direta, traduzida em um processo de dialogação, que
ainda conta com uma série de recursos extralinguísticos, como gestos, expressões faciais,
entonação, postura, que facilitarão a transmissão de ideias, emoções e possibilitarão refazer
a mensagem, caso esta não seja assimilada ou bem interpretada. (Martins, 1993, p.2)
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Em ambas as modalidades (oral e escrita), espera-se que a comunicação seja efetiva e


possa, de fato, se concretizar pelo contínuo ajustamento de linguagem que o emissor da
mensagem faz com relação ao seu destinatário.

2.2 Factores que contribuem para o in/sucesso na expressao oral e escrita dos alunos nas
aulas de Lingua Portuguesa

O insucesso escolar em Língua Portuguesa que se verifica num elevado número de


alunos nas aulas de Lingua Portuguesa, têm preocupado cada vez mais, nomeadamente
àqueles que, consciente da importância que esta disciplina constitui no desenvolvimento
formativo, cultural, social e político do aluno.

Segundo Noronha e Noronha (1991), o insucesso escolar tem como origem a


incapacidade da criança em dar um rendimento normal na vida escolar, o que pode acontecer
por vários motivos, quer seja pelas reduzidas capacidades cognitivas, sentimento de
perturbação por problemas de ordem pessoal, ou ainda porque as aprendizagens realizadas na
escola não lhe dizem nada de significativo.

Iturra (1990), afirma que o “insucesso escolar consiste nas


dificuldades que as crianças têm de apreender em completar a escolaridade no
tempo previsto, em obter notas altas ou pelo menos satisfatórias no seu
trabalho escolar, para poderem continuar os seus estudos”. Segundo Promef
(2001, apud Iturra, 1990), se os alunos não aprendem, não sabem estudar, não
se sentem motivados, sabem cada vez menos, por esse facto, são
prematuramente confrontados com grandes dificuldades e limitações no
ensino e aprendizagem da disciplina de Lingua Portuguesa.
2.3 Metodologias que auxiliam o professor e encarregados de educacao a incentivar a
expressao oral/escrita dos alunos

É obvio que o insucesso escolar não é um problema exclusivamente do aluno. O


insucesso escolar não depende única e exclusivamente de capacidades cognitivas deficitárias,
poderá ter origem também nos factores hereditários desfavoráveis, má nutrição e ambiente
familiar desajustados. O fracasso escolar as suas causas foram, na pós-guerra, atribuídas ao
indivíduo pela teoria meritocrática, sendo estes hierarquizados numa escala de valores de
acordo com o seu coeficiente de inteligência (Q.I.) (Forquin, citado Martins 1993, p.3).

Para Fernandes & Amaro (1994, p. 56) o professor deve estar atento ao nível da
maturidade, ritmo pessoal e as preferências dos alunos. Cabe ao professor adequar as
actividades da sala de aula de acordo com as características individuais dos alunos.
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Este grupo de variáveis refere-se ao próprio aluno, ou seja, às suas características


individuais, seu grau de inteligência, sua capacidade de assimilação, o seu entusiasmo ou
apatia em relação aos colegas, professores ou os materiais de ensino. Para além de tudo o
que se possa exigir dos professores, a actuação da escola, da comunidade e dos pais tem um
valor fundamental, não só no que diz respeito à motivação dos alunos para atingirem um bom
sucesso escolar, mas também para os integrar socialmente. É fundamental complementar a
acção dos professores exigindo um ensino de qualidade e uma acção supletiva correcta, para
que os alunos com dificuldades de várias ordens não deixem de ter o sucesso mínimo
indispensável ao seu bom desenvolvimento como seres humano, sociáveis e bem integrados.
Considera-se no entanto, que uma das principais tarefas do professor é procurar aperceber-se
dessas características individuais de cada aluno e respeitá-las de forma a conduzir as
actividades em prol de uma aprendizagem efectiva.

2.4 Resultados

Na disciplina da Língua Portuguesa, o problema do insucesso escolar tem sido alvo de


estudos, de inúmeras reflexões e discussões. Porém, os resultados verificados não têm sido
animadores, destacando-se frequentemente o insucesso em relação a esta disciplina. No
entanto, a sociedade pretende que as “escolas garantam que todos os estudantes tenham
domínio da Língua Portuguesa, sejam capazes de prolongar a sua aprendizagem, tenham
iguais oportunidades de aprender e se tornem cidadãos aptos a compreender as questões em
aberto numa sociedade tecnológica.

3 Conclusão

Findando a presente temática, é de salientar que, foi extremamente relevante ter


abordado, pois, deu me a compreender que o ensino da Língua Portuguesa e os factores do
(in) sucesso escolar são problemas que, pela sua dimensão social, não só constituem
preocupação da classe docente. Esta preocupação justifica-se pelo facto da Língua Portuguesa
ser a Língua oficial do país e Língua de ensino. A abordagem desta problemática vem na
sequência da inquietação constatada sobre o deficiente domínio da Língua Portuguesa pelos
alunos no ensino e o insucesso escolar dela decorrente por um lado e, por outro, também
surge como fruto da reflexão, enquanto professor e técnico do ensino que, ao longo dos
tempos, fomos fazendo acerca deste problema, sobretudo do seu impacto negativo no quadro
do processo de ensino – aprendizagem.
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4 Referências bibliográficas

Costa e Melo. (1999). Insucessu em Novo Dicionário Etimológico de Língua Portuguesa.


Porto: Porto Editora.

Fernandes, D. Borralho, A. & Amaro, G.(Coords.). (1994). Resolução de Problemas:


Processos cognitivos, concepções de professores e desenvolvimento curricular.
Lisboa: IIE.

Iturra, R. (1990). A Construção Social do Insucesso escolar – Memória e Aprendizagem em


Vila Ruiva. Lisboa: Editorial Escher.

Martins, António Maria (1993). Insucesso escolar e apoio sócio-educativo. In Cadernos de


análise sócio-organizacional da educação nº 4.

Medeiros, P. C. (2000). Auto-eficácia e os aspectos comportamentais de crianças com


dificuldades de aprendizagem. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v.13, n.3,
pp. 327-336.

Noronha, M. e Noronha, Z. (1991). Sucesso Escolar. Lisboa, Plátano Editora.

Pires, L. (1987). “Não há um, mas vários insucessos”, em Universidade do Minho. Área de
Análise Social e Organizacional da Educação. O Insucesso escolar em Questão;
Cadernos de Análise Social da Educação (pp. 11-15). Braga: Universidade do Minho.

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