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Dino Paulo Serrote

Guida Mustafa

Júnica Miguel Robene

Rito Augusto Silva

Alunos com Necessidades Educativas Especiais de Linguagem

(Licenciatura em Ensino de Química)

Universidade Rovuma

Lichinga

2024
Dino Paulo Serrote

Guida Mustafa

Júnica Miguel Robene

Rito Augusto Silva

Alunos com Necessidades Educativas Especiais de Linguagem

Trabalho de investigação científica da cadeira de


Necessidades Educativas Especiais a ser
apresentado no Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática, sob
orientação da docente:

Dra. Leonete Fernandes

Universidade Rovuma

Lichinga

2024
Índice
Conteúdo pág.

1. Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 3
1.2. Metodologia ............................................................................................................................ 3
2. Necessidades Educativas Especiais de Linguagem ......................................................................... 4
2.1. Causas das NEE de linguagem ................................................................................................ 4
2.2. Características das NEEL ........................................................................................................ 5
2.3. Sinais de alerta ........................................................................................................................ 6
2.4. Critérios de diagnóstico........................................................................................................... 6
2.5. Classificação das NEEL .......................................................................................................... 6
2.6. Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem .............................................. 7
2.6.1. Alterações de linguagem devidas as causas predominantemente orgânicas ....................... 7
2.6.2. Alterações da linguagem de natureza predominantemente funcionais ................................ 8
2.7. Classificação da disfonia em graus de intensidade ................................................................. 8
2.8. Retardo oral ........................................................................................................................... 10
2.8.1. Cuidados a ter com a voz .................................................................................................. 10
3. Conclusão ...................................................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 13
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1. Introdução
O presente trabalho vai abordar acerca das Necessidades Educativas Especiais de Linguagem
(NEEL), dentro do mesmo tema detalhar-se-á os seguintes itens: conceito, sinais de alerta,
causas e classificação das necessidades educativas especiais; alterações mais frequentes no
desenvolvimento da linguagem. Vai se abordar também sobre retardo oral: alterações da voz,
e os cuidados a ter com a voz.

Este trabalho por ser de natureza científica, está estruturado da seguinte maneira: capa, folha
de rosto, índice, introdução, a parte do desenvolvimento, a conclusão e por fim as referências
bibliográficas. É no desenvolvimento que vai se abordar assuntos relacionados com os tópicos
mencionados.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Abordar sobre as Necessidades Educativas Especiais de Linguagem.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Buscar o conceito das Necessidades Educativas Especiais de Linguagem;
 Identificar as causas das NEEL;
 Classificar as NEEL;
 Propor alguns cuidados a ter com a voz.

1.2. Metodologia
Para a concretização do trabalho, recorreu-se à pesquisa na internet onde buscou-se artigos e
livros que abordam assuntos relacionados com o tema em questão, sendo que não se pode
considerar um produto acabado e sim uma espécie de resumo.
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2. Necessidades Educativas Especiais de Linguagem


As necessidades educativas especiais de linguagem consistem nas crianças que tem
dificuldades de produção, recepção e compreensão de mensagens.

Uma perturbação da linguagem é definida como dificuldade ou desvio no desenvolvimento da


compreensão ou da produção de um sistema simbólico (falado, escrito ou outro). (Gardner:
1996).

A perturbação poderá envolver a forma de linguagem (fonologia, morfologia, sintaxe). São


crianças que tem dificuldades de produção, recepção e compreensão de mensagens. Deixa a
criança insegura, tendo vergonha de se expressar em público ou relacionar-se com os outros
com medo de ser julgado negativamente.

2.1. Causas das NEE de linguagem


Para avaliar os problemas enfrentados e vividos por portadores de distúrbios da
aprendizagem, tem que primeiro entender os problemas que essa criança enfrenta, pois o
problema pode ter origem ambiental ou biológica, depende também de como ela vive no meio
e como ela age.

De acordo com GARDNER (1995), destaca alguns factores que originam as necessidades
educativas especiais de linguagem:

Factores ambientais

 Os factores ambientais são importante para o desenvolvimento mútuo e completo da


linguagem oral e escrita da criança.
 A criança desenvolve conhecimentos com base na experiência com mundo físico, isto
é, a fonte do conhecimento está na acção sobre o ambiente.
 Portanto, o meio influencia desde cedo nos efeitos da fala da criança, como por
exemplo, o modo de falar dos pais e dos irmãos que favorecem bastante para a
aprendizagem da linguagem oral do bebé, pois o ambiente fornece o clima emocional
e os modelos verbais para a formação infantil.
 Pode ser interrompido pelo acidente ou traumas.
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Factores biológicos

 Os factores biológicos afectam bastante no processo de aquisição da linguagem, a


hereditariedade dão maior ou menor potencia na aprendizagem de regras e
vocabulários de sua língua materna.
 O estado de saúde da criança é importante no período de aprendizagem, pois doenças
e distúrbios aparecem nessa época e são um transtorno na aquisição da linguagem.
 Pode ser que a criança nasceu doente e essa doença lhe afectar negativamente na
aprendizagem.
 Pode ser que o problema afecte a criança desde a nascença

Factores progenitores

 Durante o processo de parto, a mãe quando fica cansada e com dor, pode
acidentalmente apertar a cabeça da criança prejudicando deste modo o
desenvolvimento na articulação das palavras da criança.
 Pode também os problemas na criança estar associadas ao consumo de bebidas
alcoólicas, tabaco em excesso.

Neste caso as dificuldades de linguagem podem ser originadas por uma perturbação a outro
nível:

 Deficiência mental;
 Surdez e outras deficiências auditivas;
 Anormalidades físicas (aparelho fonador);
 Lesões neurológicas de tipo neuromotor (paralisia cerebral);
 Perturbações psiquiátricas (psicoses infantis).

2.2. Características das NEEL


 Recorrência de processos fonológicos, vocabulário abaixo do esperado para a idade e
pouca iniciativa comunicativa.
 Esta perturbação dificulta a comunicação, pois, tipicamente, estas crianças apresentam
muitas dificuldades na aquisição de novos conceitos, na expressão de desejos,
sentimentos e opiniões que vão influenciar todos os processos comunicativos em que
participa.
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2.3. Sinais de alerta


Os pais são quem melhor pode detectar problemas na fala ou linguagem; mas para isso têm de
estar atentos ao sinais de alerta, que são os seguintes, (Gardner, 1995):

 Ano de vida: falta de reacção ao som e à voz humana;


 2 Anos: não identifica partes do corpo, pessoas familiares e objectos; não cumpre
ordens verbais; não junta duas palavras.
 3 Anos: omite ou troca sílabas, não faz frases simples, não faz perguntas, não cumpre
ordens verbais na íntegra, não tem interesse pelo outro e não interage.
 5 Anos: defeitos na articulação das palavras, faz frases com estrutura gramatical
alterada, não descreve histórias ou actividades do dia-a-dia, foge ao tópico da
conversa, dificuldades de evocação/nomeação, em qualquer idade, regressão das
competências da linguagem previamente adquiridas.

2.4. Critérios de diagnóstico


As pessoas ou crianças com necessidades educativas especiais de linguagem são facilmente
observáveis através de:

 Conversa;
 Compreensão da linguagem;
 Brincadeiras;
 Movimentação;
 Comportamento;
 Leitura e escrita.

2.5. Classificação das NEEL


De um modo geral, segundo Jaime (2001:29), podemos identificar dois grandes
enquadramentos a que diferentes autores recorrem para classificar as necessidades educativas
especiais de linguagem:

 Pendor linguístico, que com base nas diversas componentes da linguagem fonológica,
morfológica, sintáctica, semântica, pragmática e na análise dos respectivos processos
de aquisição de desenvolvimento e suas perturbações.
 De feição clinica e neurológica, que procura caracterizar os indivíduos com base na
sua sintomatologia clínica, ou seja, classificando as dificuldades de fala e de
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linguagem das crianças em função das suas condições clínicas (por exemplo
deficiência mental).

É neste sentido que surge a classificação apresentada por BERNSTEIN (2002:20) e que a
autora materializa tomando por base estas duas perspectivas de enquadramento.

 A perspectiva descritiva do desenvolvimento, que assenta mais na descrição,


oferecendo cinco tipos de perturbações na linguagem:
 Dificuldade na forma (componente fonológica, sintáctica e morfológica);
 Dificuldade no conteúdo (semântico);
 Dificuldade no uso (pragmática);
 Dificuldades na integração na forma, do conteúdo e do uso;
 Atraso geral no desenvolvimento da linguagem.
 A perspectiva etiológica, categoria que, partindo da identificação das respectivas
causas, classifica as perturbações da comunicação e da linguagem em cinco
categorias etiológicas:
 Associadas a perturbações motoras;
 Associadas a défices sensoriais;
 Associadas a lesões do sistema nervoso central;
 Associada a disfunção sócio emocional;
 Associados a perturbações cognitivas.

2.6. Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem


De acordo com BALLONE et al (2008), podem-se dividir essas alterações em dois grupos
principais:

2.6.1. Alterações de linguagem devidas as causas predominantemente orgânicas:

Dislalia

Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando


um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras pode ainda
ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da dislalia consiste em
omissão, substituição ou deformação dos fonemas.
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Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode
ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode
afectar também a escrita. Ele troca o som da letra R pelo da letra L.

Afasia

Uma lesão cerebral de extensão limitada no hemisfério esquerdo de uma pessoa dextra poderá
fazê-la perder a capacidade de utilizar a linguagem como meio de comunicação e como meio
de representação simbólica: o indivíduo não poderá se exprimir oralmente ou por escrito de
uma forma inteligível; ele não mais decifra as mensagens que recebe sob a forma de
linguagem falada ou escrita.

2.6.2. Alterações da linguagem de natureza predominantemente funcionais:

Disfonia

É o principal sintoma de distúrbio da comunicação oral, no qual a voz produzida apresenta


dificuldades ou limitações em cumprir seu papel básico de transmissão da mensagem verbal e
emocional (CANTONI: sd).

Na óptica do mesmo autor, uma disfonia representa toda e qualquer dificuldade ou alteração
na emissão natural da voz. Portanto, toda disfonia é uma limitação vocal, podendo ser
classificada em um dos quatro graus de intensidade.

2.7. Classificação da disfonia em graus de intensidade


a) Grau leve

É uma disfonia eventual ou quase imperceptível, onde o trabalhador consegue desempenhar


suas actividades vocais habituais com mínima dificuldade.

b) Grau moderado

É uma disfonia percebida continuamente, a voz é audível, com oscilações, e o trabalhador


consegue desempenhar suas actividades vocais habituais, com percepção (por si próprio ou
por ouvintes) de esforço, falhas, fadiga eventual a frequente e necessidade de interrupções.
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c) Grau intenso

A disfonia é constante, a voz torna-se pouco audível, e o trabalhador não consegue


desempenhar suas actividades, ou faz com grande esforço, intensa fadiga e com grandes
interrupções.

d) Grau extremo ou afonia

É a quase a ausência da voz ou total ausência da voz, a voz torna-se inaudível, exigindo
escrita ou mímica para que a pessoa se faça entender e o trabalhador não consegue
desempenhar suas actividades.

Não se trata, propriamente, de alteração da linguagem, mas de defeitos da voz consequentes a


perturbações orgânicas ou funcionais das cordas vocais ou, ainda, como consequência de uma
respiração defeituosa. Seria então, a Disfonia, um distúrbio da voz, como rouquidão,
soprosidade ou aspereza.

A Disfonia é subdividida em:

a) Disfonia Funcional: Alteração da voz resultante de abuso vocal ou mal uso. Não apresenta
qualquer causa física ou estrutural.

b) Disfonia Orgânica: Alteração da voz, causada ou relacionada a algum tipo de condição


laringiana ou doença.

Ecolalia

Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do paciente.
Em condições patológicas, observa-se nos catatónicos. O fenómeno tem muita semelhança
com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os enfermos repetem como
um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como partes de uma frase que escutam ao
acaso.

Esquizofasia

É uma expressão criada por Kraepelin para designar uma profunda alteração da expressão
verbal, observada em alguns esquizofrénicos paranóides, em resultado da qual a linguagem se
torna confusa e incoerente, sem que existam alterações graves do pensamento.
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Em sua forma bem acentuada, a linguagem se apresenta como uma salada de palavras, em que
o enfermo emprega neologismos e palavras conhecidas com sentido desfigurado, tornando o
discurso inteiramente incompreensível.

2.8. Retardo oral


O retardo oral refere-se a um atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem em relação ao
que é esperado para a idade de uma criança. Esse atraso pode manifestar-se na dificuldade de
pronunciar palavras, formar frases ou compreender e usar a linguagem adequadamente.

O retardo oral não tem para todos a mesma origem, a mesma evolução. Retardo oral ou atraso
de linguagem misturam-se problemas diversos em sua expressão, origem e gravidade
(Airmard, 1998). Crianças com atraso de linguagem, não apresentam necessariamente o
mesmo problema ou as mesmas dificuldades. Algumas não irão precisar de atendimento
terapêutico específico e apenas com orientações aos pais, poderão superar o atraso. Outras
necessitarão de atendimento terapêutico para superarem suas dificuldades e por outro lado,
outras, mesmo com atendimento, não conseguirão superar totalmente as dificuldades que
poderão persistir até a idade adulta.

Um outro aspecto, que também na linguagem poderão apresentar futuramente dificuldades


académicas, por isso, o diagnóstico é conhecido por muitos pais e até por profissionais da
área, é que a linguagem oral está directamente relacionada à aprendizagem. Crianças que
apresentaram problemas ou dificuldades o tratamento precoce são fundamentais.

2.8.1. Cuidados a ter com a voz


De acordo com o site (dica de saúde) no seu artigo sobre cuidados com a voz:

A voz é produzida na laringe através da vibração das pregas vocais (popularmente conhecidas
como cordas vocais), que realizam seu movimento graças ao fluxo de ar que vem dos pulmões
na expiração e a acção dos músculos da laringe. Este som vai se modificando na faringe,
cavidade bucal, nasal e seios da face. Por fim, é articulado transformando-se em fala.

Existem vários cuidados que nos ajudam a manter a voz saudável tais como:

 Hidratação: Beba bastante água ao longo do dia. A hidratação mante as cordas


vocais lubrificadas, facilitando a produção de som.
 Evite esforço vocal: não grite ou fale alto por longos períodos. Isso pode causar
fadiga vocal e lesões nas cordas vocais.
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 Aquecimento vocal: antes de usar a voz por longos períodos (como em


apresentações ou discursos), faça exercícios de aquecimento para preparar as cordas
vocais.
 Ambiente saudável: evite ambientes com ar muito ceco ou poluído. Humidificadores
podem ajudar a manter o ar adequado para a voz.
 Não fumar: o fumo é extremamente prejudicial para a voz, irritando as cordas vocais
e aumentando o risco de problemas graves, como nódulos e câncer.
 Descanso vocal: assim como qualquer músculo, as cordas vocais precisam de
descanso. Evite falar excessivamente, especialmente se sentir desconforto.
 Postura adequada: manter uma boa postura facilita a respiração diafragmática,
essencial para uma projecção vocal saudável.
 Evite alimentos irritantes: alimentos muito picantes, bebidas alcoólicas e café em
excesso podem irritar a garganta e prejudicar a voz.
 Evite falar em ambientes ruidosos: em lugar muito barulhentos, como festas ou
restaurantes, evite falar muito alto para ser ouvido.

Esses cuidados ajudam a preservar a saúde da voz e a prevenir problemas que podem
comprometer a fala ou até mesmo a comunicação no dia-a-dia.
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3. Conclusão
Chegado a este ponto conclui-se que, as necessidades educativas especiais de linguagem, são
dificuldades de produção, recepção e compreensão de mensagens que as pessoas apresentam
durante a fala, escrita, leitura. Para avaliar os problemas enfrentados e vividos por portadores
de distúrbios da aprendizagem, tem que primeiro entender os problemas que essa criança
enfrenta, pois o problema pode ter origem ambiental ou biológica, depende também de como
ela vive no meio e como ela age.

Destacou-se alguns factores que originam as necessidades educativas especiais de linguagem:


factores ambientais, biológicos e factores progenitores. As pessoas ou crianças com
necessidades educativas especiais de linguagem são facilmente observáveis através de:
conversa; compreensão da linguagem; brincadeiras; Movimentação; comportamento; leitura e
escrita.

Abordou-se também a cerca do retardo oral que, refere-se a um atraso no desenvolvimento da


fala e da linguagem em relação ao que é esperado para a idade de uma criança. Esse atraso
pode manifestar-se na dificuldade de pronunciar palavras, formar frases ou compreender e
usara linguagem adequadamente.
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4. Referências Bibliográficas
Ballone, G. J, Moura, E. C. (2008). Alterações da linguagem . in PsiqWeb, Internet,
disponível em http://www.psiqweb.med.br/. Acesso a 18.09.2024

Gardner, H. (1995). Estrutura da mente: teoria de inteligência múltipla. Porto alegre. Arte
médica.

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