ENEM- funções da linguagem

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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA O ENEM

PORTUGUÊS
Funções da Linguagem O vento varria os meses

01 - (ENEM) A biosfera, que reúne todos os ambientes onde E varria os teus


se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades sorrisos… O vento varria
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma
tudo!
floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem
múltiplos mecanismos que regulam o número de E a minha vida ficava
organismos dentro dele, controlando sua reprodução,
crescimento e migrações. Cada vez mais cheia

DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das De tudo.


Letras, 1995.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José
Predomina no texto a função da linguagem Aguilar, 1967.

a.emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em Predomina no texto a função da linguagem
relação à ecologia.
a.fática, porque o autor procura testar o canal de
b.fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
comunicação.
b.metalinguística, porque há explicação do significado das
c.poética, porque o texto chama a atenção para os recursos expressões.
de linguagem,
c.conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de
d.conativa, porque o texto procura orientar uma ação.
comportamentos do leitor.
d.referencial, já que são apresentadas informações sobre
e.referencial, porque o texto trata de noções e informações acontecimentos e fatos reais.
conceituais.
e.poética, pois chama-se a atenção para a elaboração
especial e artística da estrutura do texto.

02 - (ENEM) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Canção do vento e da minha vida 03 - (ENEM)

O vento varria as folhas,

O vento varria os frutos,

O vento varria as flores...

E a minha vida ficava

Cada vez mais cheia LAERTE. Disponível em: http://blog.educacional.com.br.


Acesso em: 8 set. 2011.
De frutos, de flores, de folhas.
Que estratégia argumentativa leva o personagem do
[...]
terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?
O vento varria os sonhos
a.Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor.
E varria as amizades...
b.Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica.
O vento varria as mulheres...
c.Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um
E a minha vida ficava produto eletrônico.

Cada vez mais cheia d.Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados


anteriormente são inferiores.
De afetos e de mulheres.
e.Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios
do consumidor.
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04 - (ENEM) Lusofonia
funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram
(Brasil), meretriz. onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é
lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né...
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma
café, em frente da chávena de café, enquanto alisa os coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer...
cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete
sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga anos de casados…
não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, terei de
escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a
do café, para que a reputação da pobre rapariga que alisa língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN,
os cabelos com a mão, num café de lisboa, não fique 1998.
estragada para sempre quando este poema atravessar o
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo
pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”.
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a
Essa repetição é um(a)
moça do café, para evitar o tom demasiado continental da
rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com a.índice de baixa escolaridade do falante.
dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu
queria era escrever um poema sobre a rapariga do café. A b.estratégia típica de manutenção da interação oral.
solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um
c.marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode
sentar à mesa porque só servem café ao balcão. d.manifestação característica da fala regional nordestina.
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. e.recurso enfatizador da informação mais relevante da
narrativa.
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética.
Seu caráter metalinguístico justifica-se pela

a.discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no 06 - (ENEM) Ler não é decifrar, como num jogo de
mundo contemporâneo. adivinhações, o sentido de um texto. E, a partir do texto,
ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo
b.defesa do movimento artístico da pós-modernidade,
a todos os outros textos significativos para cada um,
típico do século XX.
reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia
c.abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou
para assuntos rotineiros. rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.

d.tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo.
construção da própria obra. São Paulo: Ática, 1993.

e.valorização do efeito de estranhamento causado no Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo
público, o que faz a obra ser reconhecida. de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem.
Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o
texto
05 - (ENEM) eu acho um fato interessante... né... foi como a.ressaltar a importância da intertextualidade.
meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que...
minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... b.propor leituras diferentes das previsíveis.
meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu
c.apresentar o ponto de vista da autora.
um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha
cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu d.discorrer sobre o ato de leitura.
padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar...
foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... e.focar a participação do leitor.
estava... com um número de funcionários cheio e ele teve
que ir para outro local e pediu transferência prum local
mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles 07 - (ENEM) Em uma famosa discussão entre profissionais
moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... das ciências biológicas, em 1959, C. P. Snow lançou uma
né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que frase definitiva: “Não sei como era a vida antes do
era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra clorofórmio”. De modo parecido, hoje podemos dizer que
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não sabemos como era a vida antes do computador.
Hoje
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não é mais possível visualizar um biólogo em atividade com


Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer
apenas um microscópio diante de si; todos trabalham com
comunicação determinam, em uma situação de
o auxílio de computadores. Lembramo-nos, obviamente,
interlocução, o predomínio de uma ou de outra função de
como era a vida sem computador pessoal. Mas não
linguagem. Nesse texto, predomina a função que se
sabemos como ela seria se ele não tivesse sido inventado.
caracteriza por
PIZA, D. Como era a vida antes do computador? OceanAir
a.tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se
em Revista, nº 1, 2007 (adaptado).
tomarem certas medidas para a elaboração de um livro.
Neste texto, a função da linguagem predominante é
b.enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta
a.emotiva, porque o texto é escrito em primeira pessoa do para sua obra seus sonhos e histórias.
plural.
c.apontar para o estabelecimento de interlocução de modo
b.referencial, porque o texto trata das ciências biológicas, superficial e automático, entre o leitor e o livro.
em que elementos como o clorofórmio e o computador
d.fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios
impulsionaram o fazer científico.
que estruturam a forma e o conteúdo de um livro.
c.metalinguística, porque há uma analogia entre dois
e.retratar as etapas do processo de produção de um livro,
mundos distintos: o das ciências biológicas e o da
as quais antecedem o contato entre leitor e obra.
tecnologia.
09 - (ENEM2aAP) Um conto de palavras que valessem mais
d.poética, porque o autor do texto tenta convencer seu
por sua modulação que por seu significado. Um conto
leitor de que o clorofórmio é tão importante para as
abstrato e concreto como uma composição tocada por um
ciências médicas quanto o computador para as exatas.
grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num
e.apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um
redator está tentando convencer o leitor de que é lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água
impossível trabalhar sem computador, atualmente. em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é
visto por ninguém e no entanto existe como algas do
oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do
08 - (ENEM) universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um
conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas
numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um
sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...].
Um conto noturno com a fulguração de um sonho que,
quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à
tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma
peça pregada cujo maior mistério é o nada.

SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In:O voo da madrugada.


São Paulo: Cia. das Letras, 2003.

Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca


definir o gênero conto pelo procedimento estético que
estabelece uma

a.confluência de cores, destacando a importância do


espaço.

b.composição de sons, valorizando a construção musical do


texto.

c.percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da


escrita.

d.cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição


de sentidos.

e.hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos


significados.
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10 - (ENEM) Desabafo
c.indicação de nomes de lugares como garantia da
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha veracidade da cena narrada.
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
d.enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A
à personagem do texto.
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária e.apresentação de elementos próprios da notícia, tais como
eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que quem, onde, quando e o quê.
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.

CARNEIRO, J.E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento)


12 - (ENEM)
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea
de várias funções da linguagem, com predomínio, TEXTO I
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas
crônica Desabafo, a função de linguagem predominante é a
obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes
emotiva ou expressiva, pois
ilustradas põem o seu ideal de perfeição porque nela é que
a.o discurso do enunciador tem como foco o próprio se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou.
código.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa.
b.a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está Rio de Janeiro: José Olympio. 1989.
sendo dito.
TEXTO II
c.o interlocutor é o foco do enunciador na construção da
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras
mensagem.
são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis,
d.o referente é o elemento que se sobressai em detrimento sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade
dos demais. real não tem para mim interesse de nenhuma espécie –
nem sequer mental ou de sonho –, transmudou-se-me o
e.o enunciador tem como objetivo principal a manutenção desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os
da comunicação. escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de
Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a
minha vida em todas as veias, fazem-me raivar
11 - (ENEM) Poema tirado de uma notícia de jornal tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou
tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao
morro da Babilônia num barracão sem número. vento, num delírio passivo de coisa movida.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense,
Bebeu 1986.

Cantou A linguagem cumpre diferentes funções no processo de


comunicação. A função que predomina nos textos I e II
Dançou
a.destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu se a seleção, combinação a sonoridade do texto.
afogado.
b.coloca o foco no “com o que" se constrói a mensagem,
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio sendo o código utilizado o seu próprio objeto.
de Janeiro: José Olympio, 1980.
c.focaliza o “quem" produz a mensagem, mostrando seu
No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de posicionamento e suas impressões pessoais.
elementos da função referencial da linguagem pela
d.orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem,
a.atribuição de título ao texto com base em uma notícia estimulando a mudança de seu comportamento.
veiculada em jornal.
e.enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada
b.utilização de frases curtas, características de textos do com palavras precisas e objetivas.
gênero jornalístico.
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13 - (ENEM) Aí pelas três da tarde


14 - (ENEM) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde
O CANTO DO GUERREIRO
invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do
mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do Aqui na floresta
mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas
que afligem o homem moderno (espécie da qual você, Dos ventos batida,
milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído),
Façanhas de
largue tudo de repente sob os olhares a sua volta,
componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os bravos
gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê
um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se Não geram escravos,
despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua
Que estimem a vida
presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa
ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia Sem guerra e lidar.
antes como era conduzida. Convém não responder aos
olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a - Ouvi-me, Guerreiros,
intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na - Ouvi meu cantar.
medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés
das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como e
retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em
Valente na guerra,
vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o
decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo Quem há, como eu sou?
tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de
comportamento. Quem vibra o tacape

NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras. Com mais valentia?
1997.
Quem golpes daria
Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias
Fatais, como eu dou?
argumentativas referem-se a
recursos linguístico-discursivos - Guerreiros, ouvi-me;
mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se
como estratégia de envolvimento a - Quem há, como eu

a.prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue sou? Gonçalves Dias.


tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”.

b.apresentação de contraposição, como em: “Mas não


MACUNAÍMA
exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”.
(Epílogo)
c.explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da
qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto Acabou-se a história e morreu a vitória.
excluído) [...]”.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na
d.descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em
mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles
dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”. campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos,
aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto...
e.construção de comparações, como em: “[...] libertando aí
Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera.
os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo
Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da
como se retirasse a importância das coisas [...]”.
tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia
saber do Herói?

Mário de Andrade.

Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se


que
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a.a função da linguagem centrada no receptor está ausente


tanto no primeiro quanto no segundo texto.

b.a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial,


enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.

c.há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos


uma palavra de origem indígena.

d.a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na


forma de organização da linguagem e, no segundo, no
relato de informações reais.

e.a função da linguagem centrada na primeira pessoa,


predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.

15 - (ENEM) Há o hipotrélico. O termo é novo, de


impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe
em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do
bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico
querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou
talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta
de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que,
tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá,
embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos,
começa ele por se negar nominalmente a própria
existência.

ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova


Fronteira, 2001 (fragmento).

Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-


se a predominância de uma das funções da linguagem,
identificada como

a.metalinguística, pois o trecho tem como propósito


essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria
língua, por isso a utilização de vários sinônimos e
definições.

b.referencial, pois o trecho tem como principal objetivo


discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou
ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.

c.fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de


estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o
emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.

d.poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas,


necessária para textos em prosa, por isso o emprego de
“hipotrélico”.

e.expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a


subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de
dúvida “talvez”.

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