Trabalho Sobre o Divórcio em Angola
Trabalho Sobre o Divórcio em Angola
Trabalho Sobre o Divórcio em Angola
CURSO DE ENFERMAGEM
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
Grupo N.º
Turma: 18 FBA
Sala: 5
Período: Noite
O Docente
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Luanda - 2019
INSTITUTO SUPERIOR INTERNACIONAL POLITÉCNICO DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
O DIVÓRCIO
Luanda - 2018
II
INTEGRANTES DO GRUPO
III
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao grandioso Deus, pelo dom da vida, por ter concedido saúde, força,
clareado as ideias e por ter colocado, pelo caminho, pessoas disponíveis, que ajudaram na
conclusão deste projecto.
Ao professor da cadeira de Sociologia por tudo que tem feito para o engrandecimento
dos nossos conhecimentos e capacidades académicas e profissional.
IV
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. IV
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6
Metodologia: ........................................................................................................................... 6
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 13
V
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, com o tema o Divócio, orientado pelo docente da cadeira de Sociologia,
procura-se desenvolver os conteúdos inerentes ao tema em estudo.
O Divócio, é um instituto jurídico regulado pela Lei nº 1/88, de 20 de Fevereiro Código
da Família.
No ordenamento jurídico angolano, o divórcio é entendido como a forma de dissolução
do casamento
Objectivos:
Para se chegar ao conhecimento universalmente válidos sobre o divórcio traçou-se os
seguintes objectivos:
Objectivo Geral:
• Saber o que é o divórcio e as formas de divórcio existentes.
Objectivo específico:
• Entender a diferença entre o divórcio e separação;
• Determinar quais as consequências do divórcio para a família no que concerne ao estado
social e psicológico dos filhos.
•
Metodologia:
O método criteriosamente acolhido na pesquisa é o da revisão bibliográfica, que
corresponde a pesquisa em livros e artigos científicos.
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O DIVÓRCIO
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CAUSAS DO DIVÓRCIO
Trata-se de uma faculdade legal que a lei deixa ao titular do direito ao divórcio a decisão
de querer ou não usar deste direito. É um direito potestativo e como tal pode ser exercido
independentemente da vontade do outro cônjuge. Basta que o titular do direito expressa a sua
vontade na competente acção jurídica e uma vez obtida a confirmação judicial de que os
fundamentos invocados existem, é proferida a sentença judicial que declara a dissolução do
casamento.
O outro cônjuge tem de suportar as consequências jurídicas que neste caso são o da
alteração, da situação jurídica familiar, extinção do vínculo matrimonial. É também um direito
pessoal assim de natureza irrenunciável.
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MODALIDADE DE DIVÓRCIO
Modalidades Segundo o art. 79º-, o divórcio pode ser pedido: - Por ambos os cônjuges
na base do mútuo acordo. - Por apenas um dos cônjuges com base no fundamento previsto na
lei.
Divórcio do mútuo acordo no art. 83º- a 96º-. Trata-se de uma resolução bilateral
tomada concertadamente por ambos os cônjuges que é invocada como fundamento do divórcio.
Nem os legisladores nem consequentemente o tribunal exigem que os cônjuges justifiquem a
sua deliberação comum invocando a sua causa, pois parte-se do princípio que se pedem divórcio
por mútuo consentimento e porque reconheceram que a sua união conjugal se encontra e
irremediável comprometida e que a melhor solução é a dissolução do casamento.
O único acordo é que exigido é o de não querer continuar casar. Esta modalidade é
aquela se revela mas benéfica no relacionamento após o divórcio pois impede a acusações
degradantes. No entanto a lei para prevenir resoluções de natureza precipitada impõem algumas
condições relativas à duração do casamento e à idade dos cônjuges, art. 83º-. O divórcio por
mútuo acordo pode ainda ser declarado para além da vida judicial, pela via administrativa
através do órgão do registo civil da área de residência de qualquer dos cônjuges, mais desde
que não haja filhos menores, ou quando existam, haja decisão com trânsito em julgado sobre a
regulação da autoridade paternal.
Divorcio litigioso art. 97º-. É aquele que é pedido apenas por um dos cônjuges com
base nos fundamentos da lei. Há uma causa genérica referido art. 78º- que é a da deterioração
completa e remediável do casamento e que é transportada pelo art. 97º-. O juiz ao apreciar a
natureza grave ou duradoura do facto invocado tem de aferir a gravidade a importância do facto
para vida dos cônjuges, deve ponderar qual é a formação cultural de ambos assim como atender
ao grau de educação e sensibilidade moral dos cônjuges e ainda que questões como a duração
do casamento, a idade dos cônjuges, estado de saúde…
Os factos invocados têm de ser posteriores ao casamento, pois os anteriores só poderão
ser invocados como causa de anulação. Os fundamentos desses factos, art. 97º-, não são mais
do que duas disposições complementares “ causa grave ou duradoura” que viole os deveres
conjugais imposto por lei. O art. 98º- Inúmera algumas causam a título exemplificativo. Os
factos invocados podem ser de natureza objectiva, ou subjectivas, e se for este o último tem de
consistir um facto ilícito violador de algum dever conjugal.
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CONDUTAS APONTADAS COMO CAUSADORA DO DIVÓRCIO
Algumas condutas que podem ser apontadas como gravem: - Adultério: consiste na
consumação de relações sexuais de um dos cônjuges com terceira pessoa de sexo diferente por
acto voluntário. É necessária a verificação de um elemento objectivo que consiste na prática do
acto carnal, e um elemento subjectivo o que é o acto ter sido cometido de forma voluntária. O
adultério constitui um ilícito civil.
- Vida e costume desonroso: refere-se no comportamento de um dos cônjuges que
envolvam a degradação e que irão reflectir-se sobre a pessoa do outro cônjuge.
- Abandono completo do lar: para sua verificação é necessário que se verifique os
seguintes elementos:
Saída livre e espontânea do lar conjugal. - Feita sem o consentimento de outro cônjuge.
- Feita com o propósito de romper a comunhão de vida. - O decurso ininterrupto do
prazo legal. O abandono do lar é diferente da ausência do lar que se caracteriza como o
desconhecimento do paradeiro do outro cônjuge, acompanhado da falta da notícia.
Ofensas graves à integridade física ou moral: tem de ser ofensa ocorridas após a
celebração do casamento e tem de ser direitas ou seja visa directamente a pessoa do cônjuge. -
Ofensas a integridade física: tem de ter dois elementos material da prática do acto e o
elemento que e o propósito de ofender.
- Ofensa à integridade moral: consiste em injúrias verbais, imputações caluniosas e
injúria reais.
- Separação de facto por três anos: art. 98º- al. a) - traduz-se na violação do dever
coabitação que denota a vontade dos cônjuges no corte da relação conjugais. A lei exige que a
separação tenha uma duração no mínimo de 3 anos, com suspensão total e completa de todas
as relações pessoais entre os cônjuges e que o tempo da separação tenha decorrido de forma
contínua e ininterrupta.
- Abandono do país por parte do outro cônjuge: art. 98 al. b), os elementos
constitutivos destes fundamentos são: que um dos cônjuges tenha abandonado o país, que o
tenha feito com propósito de não regressar e que a saída tem sido feita sem o consentimento de
outro cônjuges.
- Ausência do cônjuges art. 98º- al. c), na ausência o que sucede é que o outro cônjuge
que esta em paradeiro incerto e não se sabe noticia. Este estado de ausência tem de se prolongar
no mínimo três anos.
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- A demência do cônjuge art.98º- al. d) refere-se alteração das faculdades mentais do
outro cônjuge desde que clinicamente comprovadas e a lei impõem que a alteração psíquica
seja profunda, que dura mais de 3 anos, e que pela sua gravidade comprometa a possibilidade
de vida em comum.
A anulação não é uma forma de divórcio, mas apenas o reconhecimento, seja a nível
religioso, seja civil da falha das disposições no momento do consentimento, o que tornou o
casamento inválido; reconhecer o casamento nulo é a mesma coisa que reconhecer que nunca
tenha existido.
Num divórcio, o destino dos bens do casal fica sujeito ao regime de bens adotado na
altura do casamento, e que geralmente em todos os países são: separação de bens, bens
adquiridos, ou comunhão de adquiridos.
A Separação e o Divórcio:
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AS CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO
As consequências de uma vida conjugal arruinada vão desde o nível físico até o setor
emocional, não somente do casal, mas também dos que o cercam. O casamento está
estatisticamente relacionado a um ganho de peso, mas estudos dizem que o divórcio também
pode aumentar significativamente o peso corporal. Um estudo realizado em Chicago e contando
com a participação de 8 652 pessoas com idades entre 51 e 61 anos também detectou que os
divorciados têm 20% a mais de chances de desenvolver doenças crônicas, como o câncer, do
que aqueles que nunca se casaram.
Como decidir com quem ficam as crianças? A guarda fica com quem tiver melhores condições
de cuidar da criança. E isso não envolve somente dinheiro. Contam para a decisão do juiz:
estrutura psicológica, emocional, familiar, disponibilidade de tempo para a criança. A opinião
dos filhos só conta a partir dos 12 anos de idade. Mesmo assim, o juiz vai avaliar todos os outros
itens mencionados antes de tomar a decisão.
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CONCLUSÕES
Chegados aqui o pesquisador, estudante, tem a seu dispor conhecimentos sobre o tema
em estudo, que o pode levar a concluir com maior equidade e determinação possível.
Os objectivos deste trabalho Saber o que é o divórcio e as formas de divórcio existentes e
determinar quais as consequências do divórcio para a família no que concerne ao estado social
e psicológico dos filhos.
Entende-se ainda, que para se prevenir contra este mal, o casal deve estar sempre em
diálogo franco e aberto, pois sabe-se que no casamento civil há o divórcio, já o casamento
religioso é para toda a vida, porque a religião, teologicamente entende, que o que Deus uniu, o
homem não separa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Código Civil
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