Projecto João Alfredo 23-01-2024

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DEPARTAMENTO DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO EM

CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO PRIMÁRIO

JOÃO ALFREDO SALUNGO

PROPOSTAS MÉTODOLOGICAS PARA AJUDAR OS ALUNOS DA 5ª


CLASSE COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA
DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO AOS ALUNOS DA
ESCOLA PRIMÁRIA Nº 4 MISSÃO EVANGÉLICA DO CHILUME NO
MUNICÍPIO DO BAILUNDO

BAILUNDO - 2024
JOÃO ALFREDO SALUNGO

PROPOSTAS MÉTODOLOGICAS PARA AJUDAR OS ALUNOS DA 5ª


CLASSE COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA
DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO AOS ALUNOS DA
ESCOLA PRIMÁRIA Nº 4 MISSÃO EVANGÉLICA DO CHILUME NO
MUNICÍPIO DO BAILUNDO

Projecto do Fim do Curso apresentado ao


Departamento de Ensino Investigação e produção em
Ensino Primário do Instituto Superior Politécnico
Caála, como requisito para obtenção do Grau de
Licenciatura em Ensino Primário.
Orientador: Laurindo Hilário Canganjo, Lic

BAILUNDO - 2024
Dedico o presente trabalho aos meus filhos que
são a fonte de inspiração da luta na estrada da
vida. Sem eles não encontraria forças para vencer
os grandes desafios.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de endereçar os meus mais sinceros agradecimentos à Deus
por tudo que tem feito por mim; Ao Professor, orientador Laurindo Hilário Canganjo, Lic. que de
forma muito dedicada prestou o seu valioso e sábio contributo na transmissão de conhecimentos
para a elaboração do presente trabalho.

Agradecimento especial a todos os docentes da Instituição do Instituto Superior


Politécnico da Caála- Polo Universitário do Bailundo, bem como colegas do curso de
Licenciatura em Ensino Primário, pelo acompanhamento, disponibilidade e dedicação na
realização de diversos trabalhos em grupo.

À Direcção da escola Primária Nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do


Bailundo, que autorizaram a recolha de dados que tornaram possível a realização deste trabalho.
A todos que directa ou indirectamente prestaram apoio, amor, amizade, paciência, sacrifício e
encorajamento, perante várias dificuldades que enfrentei durante a Licenciatura.

Que Deus vos abençoe!


EPÍGRAFE

“Os pais podem ajudar os filhos nas tarefas escolares,


interessar-se por elas, comunicarem através dos
trabalhos e da actividade escolar, mas sem assumirem a
função de professor particular.”

Muñiz (1982, p.66)


RESUMO
O presente trabalho tem como desiderato principal a apresentação de Propostas Metodológicas
que visam mitigar as várias dificuldades de aprendizagem, que os alunos da 5ª classe da Escola
Primaria nº 4 Missão Evangélica de Chilume apresentam em Língua Portuguesa. Pretende-se com
o mesmo galvanizar o sucesso no processo de Ensino-Aprendizagem, disponibilizando aos
professores técnicas e ferramentas sistematizadas que permitirão tornar o ensino da Língua
Portuguesa o mais eficiente possível, incidindo na formação do homem capaz de dar resposta aos
desafios socias do amanhã. O estuo foi descritivo, onde segui-se a abordagem Quali-quantitativa.
Na elaboração da presente pesquisa, considerou-se dois métodos: métodos de níveis teóricos e
empíricos. Na presente pesquisa participaram os professores, os alunos da 5ª classe
concretamente na escola primária nº 4 da Missão Evangélica do Chilume no município do
Bailundo e pela direção da mesma escola. A população foi constituída por 157 e teve uma
amostra representativa constituída por 55 inquiridos extraídos na determinada população e
utilizou-se um questionário com perguntas de múltiplas escolhas, abertas e fechadas. As
dificuldades de aprendizagem podem ter as seguintes causas: desigualdades sociais na escola, o
contexto social; O fraco acompanhamento pedagógico e a Falta de capacitação dos professores
tendo em conta a realidade dos alunos o que tem gerado as seguintes consequências: desinteresse
com a escola, Problemas de aprendizagem da Língua Portuguesa, Pobreza das famílias e o
Abandono escolar. No entanto, a interacção da família no processo educacional dos filhos tem-se
mostrado cada vez mais fundamental para seu desempenho escolar. Se a união entre família e
instituição de ensino for estabelecida desde o início da vida escolar da criança, todos irão ganhar.
Se a criança estiver bem vai melhorar e se precisar de ajuda para resolver seus problemas,
receberá apoio tanto da escola quanto dos pais para solucioná-los.
Palavras-chave: Metodologias; Dificuldades de aprendizagem; Alunos.
ABSTRACT
The main objective of this work is to present Methodological Proposals that aim to mitigate the
various learning difficulties that students in the 5th class of Escola Primaria nº 4 Missão
Evangélica de Chilume present in Portuguese. The aim is to galvanize success in the Teaching-
Learning process, providing teachers with systematized techniques and tools that will make
teaching the Portuguese language as efficient as possible, focusing on the training of people
capable of responding to the social challenges of tomorrow. . The study was descriptive, where
the Quali-quantitative approach was followed. In preparing this research, two methods were
considered: methods at theoretical and empirical levels. Teachers and 5th grade students
specifically at primary school No. 4 of Missão Evangélica do Chilume in the municipality of
Bailundo and the management of the same school participated in this research. The population
consisted of 157 and had a representative sample consisting of 55 respondents extracted from the
given population and a questionnaire with multiple choice, open and closed questions was used.
Learning difficulties can have the following causes: social inequalities at school, the social
context; The weak pedagogical support and the lack of teacher training taking into account the
students' reality, which has generated the following consequences: lack of interest in school,
problems learning the Portuguese language, family poverty and school dropout. However, family
interaction in the children's educational process has proven increasingly fundamental to their
academic performance. If the union between family and educational institution is established
from the beginning of the child's school life, everyone will win. If the child is well, they will
improve and if they need help to solve their problems, they will receive support from both the
school and their parents to solve them.
Keywords: Methodologies; Learning difficulties; Students.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Caracterização do número de alunos na Missão do Chilume

Tabela 2: Se a direcção da escola tem convocado reuniões com encarregados de educação

Tabela 3: Percepção dos professores se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na


disciplina de Língua Portuguesa

Tabela 4: Sobre a relação do professor com os alunos com dificuldades de aprendizagem na


disciplina de Língua Portuguesa

Tabela 5: Percepção dos alunos se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na


disciplina de Língua Portuguesa

Tabela 6: Se os pais têm ajudado com as tarefas escolares

Tabela 7: Sobre o que deve ser feito para reduzir as dificuldades de aprendizagem em Língua
portuguesa
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Percepção da direção se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na
disciplina de Língua Portuguesa

Gráfico 2: Se escola tem registrado alguns problemas de integração com os alunos com
dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa

Gráfico 3: Sobre a principal dificuldade de aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina


de Língua Portuguesa

Gráfico 4: Sobre como tem sido o desenvolvimento académico dos alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa

Gráfico 5: Sobre a principal dificuldade de aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina


de Língua Portuguesa
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................12

1.1 Descrição da Situação Problemática.....................................................................................14

1.2 Objectivos.............................................................................................................................14

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................................14

1.3 Contribuições do trabalho.....................................................................................................15

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................16

2.1 Dificuldades de aprendizagem..............................................................................................16

2.2 Causas da dificuldade de aprendizagem...............................................................................18

2.3 Estratégias para alunos com dificuldade de aprendizagem..................................................21

2.4 A influência dos pais na qualidade do processo de ensino- aprendizagem..........................23

2.5 Métodos de ensino para ultrapassar as dificuldades de aprendizagem.................................24

2.5.1 Método Sintético......................................................................................................24

2.5.2 O Método Jean-Qui-Rit (método corporal e gestual)...............................................25

2.5.3 O Método das 28 palavras........................................................................................25

2.5.4 O Método Analítico ou Global.................................................................................26

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................................29

3.1 Tipo de estudo.......................................................................................................................29

3.2 Métodos teóricos...................................................................................................................29

3.3 Métodos Empíricos...............................................................................................................30

3.4 Participantes..........................................................................................................................30

3.5 População e Amostra............................................................................................................30

3.6 Critérios de inclusão e de exclusão.......................................................................................30

3.7 Instrumentos de recolha de dados.........................................................................................30

3.8 Análises de dados..................................................................................................................31


3.9 Aspecto éticos da pesquisa...................................................................................................31

4. DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...........................................................32

4.1 Processamento dos dados obtidos pela direcção da escola...................................................32

4.2 Processamento dos dados obtidos pelos professores............................................................35

4.3 Processamento dos dados obtidos pelos alunos....................................................................38

5. PROPOSTAS DE SOLUÇÃO................................................................................................41

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................43

APÊNDICES..................................................................................................................................45

ANEXOS........................................................................................................................................52
12

1. INTRODUÇÃO
A aprendizagem da Língua Portuguesa em Angola e em particular para os alunos da
Escola Primária nº4 Missão Evangélica do Chilume, tem exponente importância pois, actua como
meio de comunicação em todo território nacional. Esta tem o estatuto de Língua Oficial, sendo
ela a língua da administração, trabalho e ensino.

Os problemas de leitura e escrita são os mais frequentes. Há que preocupar-se com tais
males e que todos intervenientes no Processo de Ensino-Aprendizagem em suas abordagens
didáctico-pedagógico devem prestar um olhar atento a esta problemática que compromete o
desenvolvimento das comunidades em todos os aspectos (BOTELHO, 2018).

O insucesso na aprendizagem da Língua Portuguesa compromete a carreira de formação


de todos os alunos, pois sendo uma língua de ensino a absorção de conteúdos de todas as
disciplinas está diretamente ligada a ela, na proporção de que a nível do perfil de saida do aluno
do ensino primário são indispensáveis as noções básicas sobre a mesma relactivamente ao saber
fazer (ALVES, 2010).

A busca pela aprendizagem, fundamental para formar um indivíduo atuante na sociedade,


não é uma atividade simples, pois envolve o indivíduo, sua história de vida e o contexto social e
escolar em que está inserido. O domínio e aprendizagem linguísticos é um importante meio para
que o indivíduo se comunique e aja dentro do que lhe for proposto pela sociedade; por isso
aprender corretamente uma língua é imprescindível (ALTET, 2020).

O ser humano realiza várias aprendizagens ao longo da vida. Devido a isso, é preciso
enxergá-la não como um item sistematizado e que proporcione um diploma, mas como um meio
para formar o indivíduo, torná-lo melhor e capaz de buscar a verdade e de refletir sobre os mais
diversos assuntos, principalmente sobre seu papel na sociedade e de como desempenhá-lo
corretamente. A busca pelo aprendizado perpassa, sobretudo, pelas questões de ensino e
aprendizagem. Aprender não é uma tarefa fácil, mas não se pode partir do princípio de que seja
algo inatingível; ao contrário, é possível, assim como outras atividades, desde que se tenham bons
instrumentos de trabalho e disposição para aprender. E tanto no ato de aprender quanto no de
realizar outras tarefas, aperfeiçoa-se com a prática (CORREIA, 2017).
13

Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um atraso, desordem, ou atraso no


desenvolvimento de um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita, aritmética, ou
outras áreas escolares, resultantes de uma desvantagem causada por uma possível disfunção
cerebral e/ou distúrbios emocionais e comportamentais. Não é o resultado de deficiência mental,
privação sensorial ou fatores culturais e institucionais (FONSECA, 2019).

Um aluno, ao optar pelo estudo na sala de aula (é conveniente ressaltar que a sala de aula
não é o único meio para instruir – se), contará com a ajuda de um professor, mas é bom salientar
que haverá, na sala, outros alunos e não somente um, e isso exigirá maiores cuidados por parte da
escola para que todos aprendam (ALTET, 2020).

A partir dessa necessidade do aprendizado coletivo que há nas escolas, é que surgem
problemas tão complexos, cujas soluções são tão almejadas: começa a serem questionados os
fatores das dificuldades que alguns alunos têm em compreender determinados conteúdos, como a
Língua Portuguesa, qual a forma mais eficaz para que todos aprendam de forma mais igualitária,
o que lhes é transmitido e o que a escola pode fazer para ajudar nas dificuldades dos alunos e
mais outras questões que surgem (SENA e FERNANDES, 2014).

Considerando apenas o contexto Língua Portuguesa, é possível notar várias dificuldades.


Mas estas não deveriam ocorrer com tanta frequência, uma vez que os alunos são falantes dessa
língua. É claro que não se pode negar a complexidade da língua portuguesa e a grande variedade
linguística encontrada no país, mas as dificuldades vistas, hoje, deixam a entender que aprender
Português é praticamente impossível, o que na realidade não é. Não há a necessidade de por o
aprendizado de Português como a atividade mais complicada do mundo, pois isso não é verdade.
O que se vê, hoje, no cenário do ensino de Português, é uma enorme dificuldade na fala, na
escrita e na leitura, podendo ser em um ou mais de um desses itens simultaneamente.

As dificuldades na fala e na escrita não são no âmbito informal, pois com este o aluno tem
contato diariamente. A fala e a escrita, no cotidiano, não são tão restritas a regras, em função
disso não geram tantas dificuldades, pois o objetivo é uma comunicação que permita o ouvinte
entender o que lhe é proposto e, se o entendimento é alcançado por meio da fala e/ ou da escrita
informal, o enunciador não vê o porquê de falar e/ou escrever segundo a norma padrão. Já no
caso da leitura, não há como dizer que o aluno lê textos informais, mas não lê os formais, uma
vez não são realizadas leituras diferentes para cada tipo de texto; ou o aluno consegue ler ou não
14

consegue. E esse é um ponto preocupante, pois boa parte dos alunos não leem corretamente, não
saindo, assim, do analfabetismo funcional (ALVES, 2010).

1.1 Descrição da Situação Problemática

Na atualidade a escola da Missão do Chilume têm se verificado muitos problemas que tem
uma interferência direta no processo ensino aprendizagem tendo em conta as seguintes causas:
desigualdades sociais na escola, o contexto social; O fraco acompanhamento pedagógico e a Falta
de capacitação dos professores tendo em conta a realidade dos alunos o que tem gerado as
seguintes consequências: desinteresse com a escola, Problemas de aprendizagem da Língua
Portuguesa, Pobreza das famílias e o Abandono escolar.

Para solucionar os problemas em causa ter-se-á as seguintes propostas: Propor o uso das
metodologias criadas para ajudar os alunos da 5ª classe na Escola Primária nº 4 Missão
Evangélica do Chilume no Município do Bailundo com dificuldades de aprendizagem; Promover
seminários de capacitação para os professores de Língua Portuguesa, e sensibilizar a comunidade
académica e não só a terem um olhar mais atento as famílias.

1.2 Objectivos

Num pensamento amplo, objectivos são aspectos que fazem com que o indivíduo move
para tomar alguma decisão afim de correr atrás das suas aspirações, independentemente do
pensamento concreto e existente (GIL, 2010).

1.2.1 Objetivo geral

 Propor aos professores o uso das metodologias criadas para ajudar os alunos da 5ª classe
com dificuldades na disciplina de língua portuguesa na Escola Primária nº 4 Missão
Evangélica do Chilume no Município do Bailundo.
1.2.2 Objetivos específicos
1) Descrever as metodologias as criadas para ajudar os alunos da 5ª classe com dificuldades
na disciplina de língua portuguesa na Escola Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume
no Município do Bailundo.
2) Enumerar as metodologias criadas para ajudar os alunos da 5ª classe com dificuldades na
disciplina de língua portuguesa na Escola Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no
Município do Bailundo.
15

3) Criar metodologias para solucionar as dificuldades na disciplina de língua portuguesa na


Escola Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do Bailundo.

1.3 Contribuições do trabalho

Este trabalho ira ajudar a despertar e alertar sobre a existência de um problema que deve
ser levado em conta para não se comprometer a vida das futuraras gerações porque a leitura é a
chave que permite o acesso a outros saberes, visto que o conhecimento científico é obtido da
leitura.

Pretende-se ainda encorajar a classe docente a ter um olhar pedagógico na resolução da


problemática da leitura e escrita, perspetivando a utilização de metodologias inovadoras
adequadas para a adaptação das necessidades contextuais dos alunos permitindo o alcance da
equidade pedagógica em Língua Portuguesa na sala de aula. Todas estas ações aplicadas no
ambiente de ensino poderão contribuir significativamente para enaltecer a figura do aluno
acionando assim para um acompanhamento diferenciado ao longo das aulas. Ao nível académico,
o presente estudo servirá como forma de pesquisa para aqueles que desejarem trabalhar no
mesmo tema. Quanto ao nível social, o presente estudo vai ajudar a resolver os problemas sobre a
dificuldade de aprendizagem em língua portuguesa e não só também implementar métodos que
podem auxiliar a minimizar o problema em estudo.
16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Primeiramente, é preciso ressaltar que aprender não é memorizar, mas confrontar os
conteúdos com a realidade vivida, sendo capaz de associar sua definição à sua função ou
assimilá-lo às situações necessárias. Em Língua Portuguesa, no processo de alfabetização, as
dificuldades de aprendizagem se relacionam à fonética e a falta de conhecimentos dos professores
a respeito da fonologia.

Independentemente do ano de estudos em que estejamos, se perguntarmos aos alunos qual


é a disciplina onde têm mais dúvidas e dificuldades, ouviremos muitas vezes dizer que é
português. Com as diferentes regras da gramática, a leitura e interpretação de textos e as técnicas
e regras de redação e escrita, existem várias componentes que podem ser um entrave à
aprendizagem dos alunos e causar muitas questões. Além disso, também existem variados fatores
internos e externos que podem causar dificuldades ou exacerbar as que já são existentes até que
se tornem um problema.

As dificuldades de aprendizagem têm sido uma área de interesse e de estudo por parte de
muitos professores e investigadores ao longo dos últimos anos. Inicialmente era algo que era
estudado na área da medicina, uma vez que se pensava erradamente que as dificuldades de
aprendizagem tinham que ser consequência de uma disfunção neurológica. No entanto, eram
identificados diversos alunos com problemas e dificuldades de aprendizagem que não tinham
origem em nenhum desequilíbrio neurológico. Isto levou a que problema fosse analisado de outra
perspetiva e foram consultados professores e psicólogos, que já trabalhavam diretamente com os
alunos para conseguir encontrar soluções para os problemas que eram revelados (CARVALHO,
2014).

2.1 Dificuldades de aprendizagem

As dificuldades de aprendizagem podem ser causadas por fatores internos ou externos à


escola. Desse modo, ao investigar defasagem na aprendizagem é preciso analisar o contexto
familiar escolar, fatores cognitivos, didáticos, entre outros, pois diversas questões afetam o
discente. Assim a aprendizagem pode ser vista como um processo activo e construtivo através do
qual o aluno manipula estrategicamente os recursos cognitivos disponíveis de maneira a criar
novos conhecimentos ao extrair informações do meio e ao integrá-las na estrutura informativa já
presente na sua memória.
17

A aprendizagem é um processo de apropriação pessoal do sujeito, um processo


significativo que constrói um sentido e um processo de mudança, mas também considera-a como
pedagogias situadas numa lógica da aprendizagem, centradas na relação aluno-saber. Assim, a
aprendizagem escolar é um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de
acção física e mental, organizados e orientados no processo de ensino (FONSECA, 2019).

É visível que o autor considera a aprendizagem como um processo. Na verdade, qualquer


aprendizagem leva consigo um período de tempo. Se existirem dificuldades de aprendizagem é
necessário implementar ações pedagógicas adequadas para que a criança aprenda.

Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo


heterogéneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso das
capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas. Estas desordens são
intrínsecas ao indivíduo e são devidas, presumivelmente, a uma disfunção do sistema nervoso
central. Embora as dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras
condições de incapacidade (por exemplo, privação sensorial, deficiência mental, perturbação
emocional ou social) ou influências ambientais (FRIAS, 2014).

Para Fonseca (2019), a criança com dificuldades de aprendizagem é normal em termos


intelectuais, porém o seu sistema nervoso não recebe, não organiza, não armazena e não transmite
informação visual e auditiva da mesma maneira que uma criança normal. Mas isso não significa
que essa criança não possua capacidade de aprendizagem, tudo depende da adequação às
necessidades do aluno.

Durante as aulas de português, os alunos podem manifestar diversas dificuldades de


aprendizagem, ao nível da leitura, da expressão oral e da escrita, que normalmente estão
interligadas. As competências a nível da escrita e da leitura são adquiridas nos primeiros anos de
escolaridade e é nessa fase que se detetam as dificuldades de aprendizagem nas crianças. E ainda
que nem todos os alunos exibam dificuldades, existem algumas questões que são mais comuns e
que surgem com mais regularidade. Além disso, também há falta de material didático adequado,
o que causa mais dificuldades de compreensão das componentes da gramática e da leitura e
interpretação (SENA e FERNANDES, 2014).
18

Segundo esses autores, existem alguns exemplos das áreas ou componentes onde os
alunos sentem mais dificuldades:

a) Quando o som do fonema que é reproduzido não corresponde à letra escrita: fucar (focar);
cotidiano (quotidiano); cunhecer (conhecer);
b) Quando os fonemas são omitidos: intimo (íntimo); istória (história); onesto (honesto);
c) Quando se deve manter ou retirar a consoante muda no interior das palavras: actividade
(atividade); acção (ação); contato (contacto); facto (fato);
d) Quando o som é exato mas a grafia usada não é correta: vizita (visita); espressiva
(expressiva); serto (certo); centimento (sentimento); cempre (sempre); espressão
(expressão); sentral (central).
e) Quando as palavras são unidas e separadas arbitrariamente: a cerca (acerca); secalhar (se
calhar);
f) Quando é necessário fazer acentuação e nasalação: tenhem (têm); tambem (também);
voce (você); analise (análise); lingua (língua); pára (para);
g) Quando é necessário utilizar homónimos, homófonos e parónimos: à (há); vês (vez); heis
(eis); crus (cruz); concelho (conselho); traz (trás); pais (país).

É importante que os professores estejam preparados para ajudar com as dificuldades dos
alunos, utilizando estratégias e métodos adequados às necessidades e interesses das crianças, de
forma a despertar a sua atenção durante as aulas de português e evitar a acumulação de dúvidas.

Com estes exemplos denota-se claramente uma grande falta de conhecimento da


ortografia correta das palavras. Regra geral estas dificuldades são resultado da má formação em
classes e aulas precedentes, onde os conteúdos não foram bem explicados ou bem compreendidos
por parte dos alunos e, consequentemente, não foram assimilados. Isto cria uma ciclo vicioso que
aumenta exponencialmente a falta de compreensão dos restantes conteúdos do percurso escolar
(SENA e FERNANDES, 2014).

2.2 Causas da dificuldade de aprendizagem

Vários estudos foram e são realizados na tentativa de identificar as principais causas das
diversas dificuldades de aprendizagem, os efeitos das mesmas na vida dos estudantes e medidas
eficazes para solucionar o problema. E o melhor caminho é esse. Somente por meio de estudos é
19

possível identificar e solucionar os problemas da aprendizagem em geral e não só desta, mas,


principalmente, os problemas de aprendizagem da Língua Portuguesa.

É fundamental considerar, primeiro, que, ao analisar o ambiente escolar, é possível notar


que ele não se encontra isolado, inerente às influências do mundo. É preciso observar que os
indivíduos que compõem a escola são seres humanos, que vivem em sociedade e que recebem
influência do meio em que vivem e dos componentes desse meio. Sendo assim, para amenizar as
dificuldades de aprendizagem, é preciso analisar a escola e o aluno juntamente com o meio no
qual estão inseridos, e não como partes isoladas e independentes (LIMA, 2019).

As causas das falhas na aprendizagem são diversas, podendo perpassar fatores


psicológicos, familiares, intelectuais e financeiros. Primeiramente, faz-se necessário analisar o
aluno, tanto nos aspectos escolares/intelectuais quanto nos de sua vida pessoal, além do seu
processo de desenvolvimento. Após analisar tais aspectos, é preciso analisar o ambiente escolar e
os aspectos desse ambiente que afetam a aprendizagem (LIMA, 2019).

As causas familiares são apontadas como fator preponderante para a formação do aluno.
Muito se é ensinado que a família é a célula mãe da sociedade. Bem antes disso, quando os
alunos ingressam na escola, lhes é ensinado que os pais são os primeiros mestres. De fato, isso é
verdade, os primeiros mestres são os pais. São estes que devem primeiro estimular os filhos a
aprenderem.

Para Fonseca, (2019), os pais são os primeiros professores das crianças e durante os
primeiros quatro ou cinco anos, em geral os únicos de máxima importância. Os pais não são
apenas os primeiros professores; são de longe os mais importantes”. Então, se os pais são os
primeiros mestres, é preciso que eles saibam educar e estimular os filhos para que eles busquem o
saber e, ao frequentarem a escola, saibam respeitar os demais.

Além disso, os filhos precisam ser orientados pelos pais, precisam ser conduzidos ao
saber, primeiramente pelos pais. Uma criança em fase inicial de desenvolvimento que não é
estimulada pelos pais a aprender e a se interessar pela língua materna receberá esse estímulo de
outros, mas muitas vezes não responderá adequadamente a esses estímulos, pois não se sente
motivado dentro de sua casa, que é o lugar que, na infância, ela passa mais tempo e passa a não se
interessar pelo estudo da língua (FONSECA, 2019).
20

A dificuldade em aprender a Língua Portuguesa pode estar relacionada com fatores


psicológicos e/ou orgânicos. E isso engloba tanto crianças quanto adolescentes. O aluno pode
apresentar disfunções como déficit de atenção, hiperatividade e autismo. É importante, ao
analisar cada caso, considerar a saúde mental e física de cada aluno. Os fatores psicológicos e os
orgânicos como fatores da falta de aprendizagem (SILVA, 2020).

É preciso considerar, ainda, o fator financeiro, que pode prejudicar o aluno no processo da
aprendizagem, pois, se um aluno está preocupado se vai perder sua moradia ou se faltará o básico
como alimentação e vestuário ou se ele já passa por necessidade, certamente não conseguirá se
concentrar nas atividades escolares. Nesse sentido, uma criança mal alimentada, com frio, doente
ou com mau ambiente familiar não tem condições para dar um bom rendimento. É importante
observar tal fator quando se for averiguar as causas da dificuldade de um aluno em Língua
Portuguesa (SILVA, 2020).

Quanto os fatores diretamente relacionados ao ambiente escolar como a disciplina da sala


no geral, a forma como é ensinada a matéria e a afinidade com o professor; a disciplina da sala é
um fator de grande relevância para um bom rendimento escolar. Se não há ordem na sala, não há
como nem ouvir o que o professor explica e, tampouco, se concentrar no que é possível ouvir. Há
outro fator preponderante que pode atrapalhar a qualidade do ensino: a forma como a matéria é
ensinada. Conteúdos complexos, como as regras gramaticais, não podem ser ensinados de
qualquer maneira, pois não são tão fáceis de aprender. É importante que sejam transmitidos de
forma compreensível e atrativa para os alunos (LIMA, 2019).

Ainda existem as causas relacionadas à escola, como as salas de aulas superlotadas de


alunos a ponto de o professor passar mais tempo gerenciando a sala do que realmente ensinando,
isso pode contribuir para que os alunos comecem a apresentar dificuldades de aprendizagem. A
outra é a falta de habilidade do professor: Se o professor é inexperiente ou não atua na sua
profissão com amor, a criança pode sentir dificuldade em desenvolver a compreensão da
atividade que está sendo desenvolvida. O autoritarismo do professor pode contribuir para que o
aluno não ponha as suas habilidades em práticas. O professor desempenha um papel importante
no desempenho dos alunos e pode ser responsável pelas dificuldades (SHIMAZAKI, 2016).

No entanto, a afinidade com o professor é importante também. Se a presença do professor


traz um incômodo para o aluno ou se por algum motivo a convivência entre ambos não é boa,
21

certamente o aluno pouco se importará com o conteúdo ou não desejará estudá-lo para evitar a
presença do professor. Não se pode estabelecer um único fator que prejudica a qualidade da
aprendizagem, é preciso que se analise cada caso. As dificuldades de aprendizagem não sanadas
ou não amenizadas podem deixar marcas negativas nos alunos, tais como a insegurança e a baixa
autoestima, além do próprio atraso no aprendizado. Por isso, é necessário que se realize um
acompanhamento adequado.

2.3 Estratégias para alunos com dificuldade de aprendizagem

Algumas estratégias que o educador deverá utilizar para a promoção da leitura e da escrita
em crianças Fernandes, (2016) são:

a) Envolver as crianças em conversas sobre atividades de leitura e escrita.


b) Encorajar atividades de leitura e escrita na sala de atividades;
c) Proporcionar oportunidades para as crianças explorarem e identificarem relações som-
grafia em contextos significativos;
d) Ajudar as crianças a segmentar palavras e isolar sons, recombinando-os em novas
palavras (escrevendo pausadamente à medida que articulam os sons isoladamente);
e) Ler frequentemente histórias com conteúdos interessantes e ricos em conceitos (livros
sobre vida animal, profissões, sentimentos e relações humanas, etc.);
f) Assegurar tempos para a escrita nas atividades diárias (registos de grupo, oportunidades
para ensaiar a escrita associada ao desenho);
g) Ajudar as crianças a criarem um vocabulário de palavras lidas globalmente (palavras que
reconhecem de imediato);
h) Criar oportunidades para as crianças se envolverem livremente em tarefas de leitura e
escrita (espaços determinados e tempos na rotina diária);
i) Permitir o envolvimento da criança em atividades que implicam leitura (FERNANDES,
2016).

A escola funciona como um local em que a leitura é um dos principais mecanismos para
inserir-se na sociedade letrada, por isso, um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é
o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente. Isto é lógico, pois a aquisição da
leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca uma
desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem. A criança
22

desenvolve um conjunto de conceitos básicos e inicia o seu envolvimento e experiência em


tarefas de leitura e escrita. A seguir mencionamos algumas estratégias que podem também ajudar
a minimizar o problema em questão de acordo os estudos de (CANUTO, 2016).

1) Utilizar material concreto: Conteúdos que são abstratos podem ser compreendidos
melhores quando podem ser visualizados. Sempre que possível podemos utilizar
maquetes, dioramas, modelos e representações que podem facilitar o processo. Muitos
alunos são mais visuais e quando veem e podem pegar o conhecimento fica mais
palpável;
2) Desenvolver pequenos projetos: É uma estratégia para despertar a curiosidade dos
alunos por algum tema ou assunto. Assim, é solicitado ao aluno que pesquise sobre
determinado assunto. E posteriormente o resultado dessa pesquisa seja a elaboração de um
produto. Como por exemplo, um painel, uma dramatização (jornal, teatro, música, etc),
um jogo;
3) Jogos e atividades lúdicas: Jogos e atividades lúdicas são capazes de, ao mesmo tempo,
despertar o interesse do aluno e favorecer que construa conhecimentos. As atividades
lúdicas podem ainda desenvolver a criatividade e favorecer que o aluno estabeleça
vínculos positivos com o ambiente e os conteúdos escolares. E podem ser utilizados tanto
para iniciar um tema, quanto para desenvolvê-lo (FERNANDES e OLIVEIRA, 2020);
4) Tornar o material didático mais acessível: Algumas pequenas modificações no material
didático podem tornar os textos mais atraentes. E também mais fáceis de serem
compreendidos pelos alunos com dificuldades. Ou ainda ensinar o aluno a localizar e
sublinhar as palavras que indicam as ações pedidas nas atividades;
5) Diversificar as estratégias: Apresentar o mesmo conteúdo de formas diferentes favorece
que alunos com dificuldade possam compreender melhor. Assim, se o aluno não
compreender da primeira vez, apresente novamente mudando a forma de falar. Por isso
também, é importante diversificar as estratégias e metodologias em sala de aula. Ou seja,
utilizar vídeos, resolução de problemas, e outros recursos que possibilitem a participação
ativa dos alunos (CANUTO, 2016).
23

2.4 A influência dos pais na qualidade do processo de ensino- aprendizagem

A exigência da participação dos pais na organização e gestão da escola corresponde a


novas formas de relações entre escola e sociedade. De facto, a escola não pode ser mais uma
instituição isolada e separada da realidade circundante, mas integrada numa comunidade que
interage com a vida social mais ampla com vista a melhoria da qualidade do processo de ensino-
aprendizagem.

A presença da comunidade na escola, especialmente dos pais, joga um papel importante


na preparação do projecto pedagógico e curricular pois ajuda a melhorar a qualidade dos serviços
prestados. A participação dos pais e da comunidade nos assuntos escolares é vista sobretudo
como uma condição que facilita o desempenho da escola como instituição (SILVA, 2013).

A gestão escolar é vista como desempenhando um papel importante na qualidade do


processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Para que as mudanças afectem emocionalmente os
gestores escolares. Embora existam poucas pesquisas sobre a gestão das escolas, alguns estudos e
avaliações realizados sobre diferentes domínios do sistema educativo sustentam a pertinência de
alguns factores que asseguram e promovem a melhoria da qualidade da oferta da educação tais
como:

a) A forma como a liderança da escola e os professores se relacionam;


b) O ambiente escolar;
c) A maneira como o currículo é gerido;
d) Metodologia de ensino utilizada;
e) A disponibilidade de materiais didácticos;
f) A participação dos pais nas actividades escolares e no acompanhamento junto com os
professores do desempenho do aluno.

O sucesso destes factores, na melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, passa pela


instauração de processos participativos que envolvam toda a comunidade (SILVA, 2020).

Correia, (2017), coloca família e escola como "instituições parceiras". Segundo ele, ambas
carregam a função de socialização. A relação entre escola e família tem-se resumido à
comunicação de notas e frequência escolar e resultados de aprendizagem com a solicitação de
ajuda para resolver problemas disciplinares e financeiros, relação esta que normalmente não
24

inclui o respeito e reconhecimento dos pais como educadores responsáveis por seus filhos. O
autor ressalta ainda que a concepção de comunidade escolar inclui todos os seus profissionais,
alunos e respectivas famílias em busca de um mesmo objetivo que é a formação do cidadão.

A interacção da família no processo educacional dos filhos tem-se mostrado cada vez
mais fundamental para seu desempenho escolar. Se a união entre família e instituição de ensino
for estabelecida desde o início da vida escolar da criança, todos irão ganhar. Se a criança estiver
bem vai melhorar e se precisar de ajuda para resolver seus problemas, receberá apoio tanto da
escola quanto dos pais para solucioná-los.

2.5 Métodos de ensino para ultrapassar as dificuldades de aprendizagem

Recorrer a um método durante o ensino formal e direto da leitura é essencial para


estruturar e sistematizar o processo de aquisição desta competência. Assim, abordar os diferentes
métodos de ensino da leitura e da escrita implica não só debruçarmo-nos sobre os métodos
propriamente ditos (procedimentos, estratégias, materiais, etc…), mas também sobre o papel do
professor neste processo de iniciação à leitura e à escrita (BELLENGER, 2018).

2.5.1 Método Sintético

É o método mais antigo. Este tem vindo a ser utilizado desde a antiguidade clássica e
consiste no ensino partindo da letra (abstrato), passando para as sílabas, palavras isoladas,
seguindo para a frase (concreto) e terminando nos textos. Este é seguido por um processo de
decifração no qual os alunos, após o reconhecimento das correspondências grafema/fonema, são
capazes de fazer o encadeamento das letras para formar sílabas, das sílabas para formar palavras
e dessas palavras formar frases (CRISTINE, 2016).

O método sintético pode ser dividido em três tipos: o alfabético, o fónico e o silábico.

1) No alfabético, o aluno conhece e aprende as letras, depois forma as sílabas juntando as


consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
2) No fónico, ou também conhecido por fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o
som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada.
3) Já no silábico, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras. É neste
método que são utilizadas as cartilhas para orientar os alunos e professores durante a
25

aprendizagem, apresentando um fonema e seu grafema correspondente, evitando


confusões auditivas e visuais (CRISTINE, 2016).

2.5.2 O Método Jean-Qui-Rit (método corporal e gestual)

É um método que utiliza os gestos e o movimento ritmado do corpo para ajudar a


desenvolver a pronúncia e a memorização das letras e para tornar a leitura de uma frase viva mais
dinâmica, respetivamente. O mesmo faz parte do processo dos Métodos Sintéticos. Este método
surgiu por volta do final do séc. XIX e foi introduzido por Pape-Carpentier. Este método é
considerado como um método corporal e gestual pois “é concebido para o aprendizado como
normal da leitura. O ritmo, o gesto e a palavra constituem os seus princípios. Ele recorre aos
sentidos visuais, auditivos e tácteis e articula-se em dois tempos” (GOODMAN, 2020).

Posto isto, é necessário mencionar que este método é explorado a partir de quatro
elementos:

1) A formação do gosto e do ritmo: através do gesto e do canto, investe-se na


psicomotricidade, permitindo desenvolver a maturação do campo sensorial da criança, o
domínio do movimento e a harmonização do gesto;
2) Fonomímica: para a aprendizagem da leitura, recorre-se à utilização do gesto até à
aquisição das letras e, gradualmente, é abandonado;
3) Ditado: as crianças, após ouvirem a palavra ditada pelo professor, fazem o gesto
correspondente à letra (ou letras) formando assim a palavra;
4) Escrita: para a aprendizagem da forma e da inter-relação entre as letras de qualquer sílaba,
são chamados os gestos, ritmo e canto. Estes irão contribuir para esta aprendizagem
(GOMES, 2017).

2.5.3 O Método das 28 palavras

É considerado um método analítico, na sua aplicação vai partir da palavra, como um todo,
sem analisar previamente os seus elementos. Neste método são apresentadas 28 palavras, que
seguem uma ordem lógica, e vão sendo lidas e escritas pelos alunos e, mais tarde, analisadas
apenas até à sílaba. Posteriormente, a palavra é dividida em sílabas, e a etapa seguinte será a
reordenação das sílabas, realizada pelos alunos, de modo a que as palavras voltem a ficar na sua
26

forma original. Quando os alunos estão familiarizados com as três primeiras palavras, cabe ao
professor decompô-las de forma a chegar às vogais (BELLENGER, 2018).

2.5.4 O Método Analítico ou Global

É um método que parte da palavra, frase ou conto, sendo estes considerados como
unidade, que será dividida em elementos mais básicos. Importa referir que o método global
utiliza uma pedagogia ativa, ou seja, a criança é o principal agente da sua aprendizagem. Este
método pode ser dividido em palavração, sentenciação ou global.

Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra, o primeiro contacto é com
os vocábulos, numa sequência que engloba todos os sons da língua. Na sentenciação, a unidade
inicial da aprendizagem é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os
elementos mais simples: as sílabas. Já no global, o método é composto por várias unidades de
leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo
de interesse da criança (BELLENGER, 2018).

De igual modo, segundo Correia, (2017) o professor deverá partir do concreto para o
abstrato, pois os alunos precisam de se familiarizar com a informação ou material essencial sobre
uma determinada área de estudo antes de poderem analisar com sucesso as suas implicações,
significados ou interligações. Assim, a necessidade de os alunos desenvolverem a sua autonomia
costuma recair numa das 4 etapas:

1) Construção de capacidades: quando os alunos necessitam de desenvolver a capacidade de


fazer escolhas simples, desenvolver tarefas a curto prazo e usar indicações de forma
adequada;
2) Autonomia estruturada: quando os alunos fazem escolhas a partir de opções pensados
pelos professores, seguem delimitações de tempo designadas e utilizam a autoavaliação
segundo critérios pré-estabelecidos para concluir tarefas a mais longo prazo e mais
complexas;
3) Autonomia partilhada: quando os alunos criam problemas que devem ser resolvidos,
planificam tarefas, estabelecem delimitações de tempo e critérios de avaliação;
27

4) Autonomia autorregulada: quando os alunos planificam, executam e avaliam os seus


próprios trabalhos e pedem ajuda ao feedback apenas quando necessário (TOMLINSON,
2018).

Abordando agora as competências de literacia, tão valorizadas em contexto escolar, pode


dizer-se que, apesar da multiplicidade de processos e de métodos que permitem a aprendizagem
da leitura, existem apenas duas formas distintas de abordagem desta competência: o Processo
Sintático ou Fonético e Processo Analítico ou Global, e os modelos que englobam ambos os
métodos (SANTANA, 2020).

Estes são alguns exemplos de estratégias que podem ser adotadas em aulas. Contudo, o
professor pode adotar ou até criar muitas outras tendo em conta o seu método de ensino e o perfil
dos seus alunos. Por outro lado, focando-nos no Professor, podemos planear aulas diferenciadas
baseadas ao nível da preparação, partindo do básico ao mais complicado, pois quando uma ideia é
nova para alguns alunos, ou diz respeito a uma área na qual não são muitos fortes, estes, por
vezes, necessitam de informação adicional clara e apresentada de forma simples.

Por esse motivo, o material e as tarefas deverão ser básicas, ou seja, simples e
apresentadas de forma que ajude os alunos a construir uma base de entendimento sólida. Quando
algo já está suficientemente claro ou trata-se de uma área na qual estão a vontade, devem avançar
rapidamente.

Existem quatro estações de aprendizagem segundo Botelho e Teixeira, (2018):

Estação 1 – Leitura e compreensão do oral: Os alunos podem realizar leituras de textos


com complexidades diferentes e responder a perguntas com diferentes graus de dificuldade.
Devem colocar-se perguntas literais, inferenciais, de reorganização e de avaliação critica, sempre
que possível. Pode utilizar-se os mesmos textos, sendo que as perguntas deverão ser de níveis de
dificuldade diferente, umas mais fáceis e outras mais difíceis. Esta estação prende-se com a
compreensão do oral, uma vez que um dos alunos pode realizar a leitura e os outros deverão
compreender o que ouvem (BOTELHO e TEIXEIRA, 2018).

Estação 2 – Laboratório gramatical: A segunda estação, o laboratório gramatical, deve


conter propostas de trabalho que implicam a resolução de um problema, ou seja, os alunos têm de
responder a uma questão que é colocado inicialmente. De forma a conseguirem responder a essa
28

questão, têm de realizar conjuntos de exercícios que os encaminham para essa mesma resposta.
Os exercícios apresentam graus progressivos de dificuldade, que contribuem para que sejam
descobertas regularidades e consequentemente cheguem à regra. Os laboratórios segundo Botelho
e Teixeira (2018) possibilitam “i) a identificação das necessidades dos alunos; ii) a possibilidade
de construir mais exercícios de um mesmo nível de dificuldade; iii) a promoção de autonomia dos
alunos.”

Estação 3 – Jogos: Na terceira estação, incluem-se jogos referentes a vários conteúdos da


Língua Portuguesa.

Estação 4 – Balanço do trabalho (estação obrigatória): Esta estação, requer a


passagem dos alunos pela estação do balanço do trabalho, que se torna uma obrigatoriedade. Esta
estação deve conter matérias como mapa de registos de tarefas por grupo, fichas com as
dificuldades, registos de opiniões e o contributo de cada elemento do grupo para o trabalho
realizado e ainda uma ficha de comunicação à turma, que serve de apresentação final à turma de
forma a revelarem o que aprenderam e o que cada um fez (BOTELHO e TEIXEIRA, 2018).

Ao nível da Língua Portuguesa, a aprendizagem em colaboração, decorre através do


trabalho em grupo, estimulando o desenvolvimento da responsabilidade, da autonomia, da
autodisciplina e do espírito critico. Para isso, é indispensável a organização do espaço de sala de
aula de forma a viabilizar a diferenciação do trabalho pedagógico. Uma vez que as tarefas
diferenciadas são realizadas em simultâneo pelos grupos. O professor é sempre o principal
responsável pelo encaminhamento dos grupos por estas estações. Os alunos passam por estas
estações de aprendizagem após a realização das tarefas realizadas em simultâneo, ou quando é
necessário trabalhar individualmente com um grupo específico, nomeadamente na introdução de
novos conteúdos, sendo que os restantes grupos rodam pelas estações de aprendizagem
(BOTELHO e TEIXEIRA, 2018).
29

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Sendo metodologia o conjunto de estratégias a serem utilizadas para se atingir um
objetivo, nesta pesquisa utilizar-se-á um procedimento de pesquisa-acção (OLIVEIRA, 2011).

3.1 Tipo de estudo

O estuo foi descritivo, onde segui-se a abordagem Quali-quantitativa. Que segundo Gil,
(2010) é aquela que tem por finalidade descrever as características de determinadas populações
ou fenómenos.

Segundo Oliveira, (2011), de forma geral, a pesquisa Quali-quantitativa se divide em duas


partes. Na primeira parte, se faz a análise quantitativa dos dados. Depois, passa-se a uma análise
mais subjetiva dos dados, que é qualitativa. Usar-se esse método com o objetivo de analisar os
dados sobre Propostas metodológicas para ajudar os alunos da 5ª classe com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa: um estudo de caso aos alunos da Escola
Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do Bailundo

Na elaboração da presente pesquisa, considerou-se dois métodos: métodos de níveis


teóricos e empíricos.

3.2 Métodos teóricos

Análise bibliográfica: permitiu efetuar a busca bibliográfica na consulta artigos tais


como, Artigos científicos, monografias, teses, dissertações, artigos periódicos, entre outros para
poder selecionar o essencial que responde diretamente o objeto da investigação.

Método estatístico: auxiliou a pesquisa no momento do levantamento, análise,


interpretação e síntese dos dados a serem obtidos por meio do inquérito por questionário que será
realizado.
30

3.3 Métodos Empíricos

Observação: ajudou a observar no intuito de identificar o problema. observação tem


como objetivo observar e registar da forma mais objetiva possível, de modo a possibilitar a
recolha de dados e a sua consequente interpretação.
Inquérito por questionário: é um instrumento que foi usado para a colecta dos dados.
Um inquérito, é um processo de recolha de informação rigoroso em que existe intencionalidade
em obter respostas de forma sistemática, podendo ser por entrevista ou por questionário. O
inquérito por entrevista é realizado em interação presencial enquanto que no inquérito por
questionário, o investigador pode ou não estar presente e, quando o está não interfere, apenas
analisa as respostas dadas posteriormente.

3.4 Participantes

Na presente pesquisa participaram os professores, os alunos da 5ª classe concretamente na


escola primária nº 4 da Missão Evangélica do Chilume no município do Bailundo e pela direção
da mesma escola.

3.5 População e Amostra

A população foi constituída por 157 e teve uma amostra representativa constituída por 55
inquiridos extraídos na determinada população.

3.6 Critérios de inclusão e de exclusão

Foram inclusos todos os professores e a direção da escola primária nº 4 Missão


Evangélica do Chilume no município do Bailundo, que estejam dispostos a participar da
pesquisa; Indivíduos que estejam em condições normais de saúde. Não foram inclusos os
indivíduos que apresentam problemas mentais e aqueles que não estejam dispostos a participar da
pesquisa.

3.7 Instrumentos de recolha de dados

Nesta pesquisa, utilizou-se um questionário com perguntas de múltiplas escolhas, abertas


e fechadas. O mesmo questionário foi aplicado pelo pesquisador, onde os inquiridos tiveram a
livre vontade de responder as respectivas questões do tema.
31

3.8 Análises de dados

A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é
que serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa. Neste contexto, os dados obtidos
através do questionário foram analisados minuciosamente e foram apresentados ou manuseados
na plataforma virtual Microsoft Excel para a construção de tabelas e gráficos, onde foram
apresentadas as variáveis, frequência absoluta e a sua percentagem para a melhor compreensão
dos mesmos resultados.

3.9 Aspecto éticos da pesquisa

A pesquisa cumpriu com todos aspetos ético, comprometendo-se em cumprir com o


anonimato, sigilo, onde os dados recolhidos, serviram apenas para a materialização da pesquisa,
comprometendo-se em não divulgar, as informações fotografia obtidas com a investigação.
32

4. DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Neste capítulo apresentamos os dados colhidos durante a pesquisa. Utilizou-se para
análise e processamento dos dados, os Softwares Excel e o Microsoft Office Word. Como
instrumento de ordenação e tabulação das informações coletadas, se utilizou as médias,
percentagens, que foram apresentadas em estatística descritiva; uma vez analisados
quantitativamente, foram produzidas tabelas e gráficos para se conhecer as realidades dos
entrevistados quanto a temática e o problema levantado.

4.1 Processamento dos dados obtidos pela direcção da escola

Neste capítulo apresentamos os resultados obtidos a partir da direcção da escola, que


compõe a uma amostra de 2 inquiridos, correspondendo assim 100%.

Tabela 1: Caracterização do número de alunos na Missão do Chilume


Género %
Alunos Masculino 65 44,82
Feminino 80 55,17
Total 145 100

Fonte: (Autor, 2024)

A tabela 1 apresenta os resultados da questão que diz “Quantos alunos da 5ª classe que a
Escola Primaria nº 4 da Missão Evangélica de Chilume regista? Como podemos observar, na
tabela acima ao procurar saber da direcção, a escola está constituída por um número total de 145
alunos da 5ª classe, onde ao distribui-los por género notou-se que a escola tem 65 alunos do
género masculino que correspondem 44,82% e 80 alunos do género feminino que correspondem
a 55,17%.
33

Gráfico 1: Percepção da direção se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa

Representação gráfica se da direção se já ouviram falar sobre difi-


culdades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa

50% 50%

criado algumas estratégias para ajudar


as crianças com Necessidades Educa-
tivas Especiais

0%
Sim 1 Não 0 Algumas Vezes 1

Fonte: (Autor, 2024)

O gráfico 1 apresenta os resultados da questão que diz “Já ouviu falar sobre dificuldades
de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 2 membros
da direcção inquiridos, 1 que corresponde a 50%, respondeu que sim ou outro com a mesma
percentagem respondeu que algumas vezes.

Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um atraso, desordem, ou atraso no


desenvolvimento de um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita, aritmética, ou
outras áreas escolares, resultantes de uma desvantagem causada por uma possível disfunção
cerebral e/ou distúrbios emocionais e comportamentais. Não é o resultado de deficiência mental,
privação sensorial ou fatores culturais e institucionais (FONSECA, 2019).

Tabela 2: Se a direcção da escola tem convocado reuniões com pais e encarregados de educação

Variáveis Frequência relativa %


Sim 2 100
Não 0 0
Algumas vezes 0 0
Total 2 100
Fonte: (Autor, 2024)
34

A Tabela 2 apresenta os resultados da questão que diz “A direcção da escola tem


convocado reuniões com pais e encarregados de educação para ajudar os alunos com dificuldades
de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 2 membros
da direcção inquiridos, todos afirmam que sim. Com isso, podemos observar que é possível
concretizar um bom relacionamento entre pais e professores, entre escola e pais basta que ambas
as partes tenham coragem de dar um passo a frente. De dar ideias, de envolver-se no projeto
educativo de seus filhos. Partindo destas análises teóricas percebe-se como é importante a
participação da família na escola.

Gráfico 2: Se escola tem registrado alguns problemas de integração com os alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa

Representação gráfica se escola tem registrado alguns prob-


lemas de integração com os alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa
100% criado algumas estratégias
para ajudar as crianças com
Necessidades Educativas
Especiais

0%
0%
Sim 0 Não 0 Algumas
Vezes 2

Fonte: (Autor, 2024)

O gráfico 2 apresenta os resultados da questão que diz “A escola tem registrado alguns
problemas de integração com os alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de
Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 2 membros da direcção inquiridos, todos
afirmam que algumas vezes.

Para Fonseca (2019), a criança com dificuldades de aprendizagem é normal em termos


intelectuais, porém o seu sistema nervoso não recebe, não organiza, não armazena e não transmite
informação visual e auditiva da mesma maneira que uma criança normal. Mas isso não significa
que essa criança não possua capacidade de aprendizagem, tudo depende da adequação às
necessidades do aluno.
35

Questão nº 5: Que metodologias a escola tem adaptado para promover a inclusão dos
alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa? Segundo esta
questão a direcção da afirma que a escola tem adaptado uma metodologia de estudo em grupo,
orientação de cópias e de leitura aos alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de
língua portuguesa. Algumas estratégias que o educador deverá utilizar para a promoção da leitura
e da escrita em crianças Fernandes, (2016) são: Envolver as crianças em conversas sobre
atividades de leitura e escrita; Encorajar atividades de leitura e escrita na sala de atividades;
Proporcionar oportunidades para as crianças explorarem e identificarem relações som-grafia em
contextos significativos.

4.2 Processamento dos dados obtidos pelos professores

Neste capítulo apresentamos os resultados obtidos a partir dos professores da escola, que
compõe a uma amostra de 10 inquiridos, correspondendo assim 100%.

Tabela 3: Percepção dos professores se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa

Variáveis Frequência relativa %


Sim 9 90
Não 0 0
Algumas vezes 1 10
Total 10 100
Fonte: (Autor, 2024)

A Tabela 3 apresenta os resultados da questão que diz “Já ouviu falar sobre dificuldades
de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 10
professores inquiridos, a maioria que é 9 que correspondem a 90%, respondeu sim. Dificuldades
de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogéneo de desordens
manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala,
leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas.
36

Gráfico 3: Sobre a principal dificuldade de aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de Língua
Portuguesa

Representação gráfica sobre a principal dificuldade de


aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de
Língua Portuguesa

70% criado algumas estratégias


para ajudar as crianças com
Necessidades Educativas
Especiais
30%

0%
Leitura 3 Escrita 7 Outras 0

Fonte: (Autor, 2024)

O gráfico 3 apresenta os resultados da questão que diz “Qual é a principal dificuldade de


aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos
observar, dos 10 professores inquiridos, a maioria que é 7 que correspondem a 70%, respondeu
que é a escrita. Estas desordens são intrínsecas ao indivíduo e são devidas, presumivelmente, a
uma disfunção do sistema nervoso central. Embora as dificuldades de aprendizagem possam
ocorrer concomitantemente com outras condições de incapacidade (por exemplo, privação
sensorial, deficiência mental, perturbação emocional ou social) ou influências ambientais
(FRIAS, 2014).

Tabela 4: Sobre a relação do professor com os alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa
Variáveis Frequência relativa %
Boa 3 30
Má 0 0
Razoável 7 70
Total 10 100
Fonte: (Autor, 2024)
37

A Tabela 4 apresenta os resultados da questão que diz “Como tem sido a relação do
senhor professor com os alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa?” Como podemos observar, dos 10 professores inquiridos, a maioria que é 7 que
correspondem a 70%, respondeu que razoável.

A qualidade das relações sociais, determina o papel de cada sujeito, sendo que isso ocorre
tanto na sala de aula como em grupos sociais. O aspecto sócio afetivo é considerado, nos estudos
sobre dificuldades de aprendizagem, um dos grandes fatores que podem estar relacionados com
os bloqueios de aprendizagem. O relacionamento entre o professor e o aluno deve ser permeado
pelo afeto, solidariedade, respeito mútuo, pois é muito difícil desenvolver qualquer tipo de
habilidade em um ambiente hostil (CORREIA, 2017).

Gráfico 4: Sobre como tem sido o desenvolvimento académico dos alunos com dificuldades de aprendizagem na
disciplina de Língua Portuguesa

Representação gráfica sobre como tem sido o desen-


volvimento académico dos alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa
criado algumas estratégias
80% para ajudar as crianças com
Necessidades Educativas
Especiais

20%

0%
Bom 2 Mau 0 Normal 8

Fonte: Pesquisa própria (2024)

O gráfico 4 apresenta os resultados da questão que diz “Como tem sido o


desenvolvimento académico dos alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de
Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 10 professores inquiridos, a maioria que é 8
que correspondem a 80%, respondeu que normal. Para Fonseca (2019), a criança com
dificuldades de aprendizagem é normal em termos intelectuais, porém o seu sistema nervoso não
recebe, não organiza, não armazena e não transmite informação visual e auditiva da mesma
maneira que uma criança normal. Mas isso não significa que essa criança não possua capacidade
de aprendizagem, tudo depende da adequação às necessidades do aluno.
38

Questão nº 5: Na qualidade de professor, que metodologias devem ser usadas para ajudar
dos alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa? Segundo esta
questão os professores afirmam que têm adaptado uma metodologia de estudo em grupo, tarefas
para casa leitura no quadro, orientação de cópias e de leitura aos alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de língua portuguesa.

A escola funciona como um local em que a leitura é um dos principais mecanismos para
inserir-se na sociedade letrada, por isso, um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é
o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente. Isto é lógico, pois a aquisição da
leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca uma
desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem (CANUTO,
2016).

4.3 Processamento dos dados obtidos pelos alunos

Segue-se os resultados obtidos a partir dos alunos da escola, que compõe a uma amostra
de 43 inquiridos, correspondendo assim 100%.

Tabela 5: Percepção dos alunos se já ouviram falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa
Variáveis Frequência relativa %
Sim 30 69,76
Não 7 16,27
Algumas vezes 6 13,95
Total 43 100
Fonte: (Autor, 2024)

A Tabela 5 apresenta os resultados da questão que diz “Já ouviu falar sobre dificuldades
de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos 43 alunos
inquiridos, a maioria que é 30 que correspondem a 69,76%, respondeu que sim. As causas das
falhas na aprendizagem são diversas, podendo perpassar fatores psicológicos, familiares,
intelectuais e financeiros. Primeiramente, faz-se necessário analisar o aluno, tanto nos aspectos
escolares/intelectuais quanto nos de sua vida pessoal, além do seu processo de desenvolvimento.
Após analisar tais aspectos, é preciso analisar o ambiente escolar e os aspectos desse ambiente
que afetam a aprendizagem (LIMA, 2019).
39

Gráfico 5: Sobre a principal dificuldade de aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de Língua
Portuguesa

Representação gráfica sobre a principal dificuldade de


aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de
Língua Portuguesa
72% criado algumas estratégias
para ajudar as crianças com
Necessidades Educativas
Especiais
26%

2,32%

Leitura 31 Escrita 11 Outras 1

Fonte: (Autor, 2024)

O gráfico 5 apresenta os resultados da questão que diz “Qual é a principal dificuldade de


aprendizagem que apresentas na disciplina de Língua Portuguesa?” Como podemos observar, dos
43 alunos inquiridos, a maioria que é 31 que correspondem a 72%, respondeu que apresentam
mais dificuldades leitura.

Segundo esses autores, Sena e Fernandes, (2014), existem alguns exemplos das áreas ou
componentes onde os alunos sentem mais dificuldades: Quando o som do fonema que é
reproduzido não corresponde à letra escrita: fucar (focar); cotidiano (quotidiano); cunhecer
(conhecer); Quando os fonemas são omitidos: intimo (íntimo); istória (história); onesto (honesto);
Quando se deve manter ou retirar a consoante muda no interior das palavras: actividade
(atividade); acção (ação); contato (contacto); facto (fato).

Tabela 6: Se os pais têm ajudado com as tarefas escolares


Variáveis Frequência relativa %
Sim 19 44,18
Não 7 16,27
Algumas vezes 17 39,53
Total 43 100
Fonte: (Autor, 2024)
40

A Tabela 6 apresenta os resultados da questão que diz “Os teus pais têm te ajudado com
as tarefas escolares?” Como podemos observar, dos 43 alunos inquiridos, a maioria que é 19 que
correspondem a 44,18%, respondeu que sim. A presença da comunidade na escola, especialmente
dos pais, joga um papel importante na preparação do projecto pedagógico e curricular pois ajuda
a melhorar a qualidade dos serviços prestados. A participação dos pais e da comunidade nos
assuntos escolares é vista sobretudo como uma condição que facilita o desempenho da escola
como instituição (SILVA, 2013).

A importância das famílias na educação, é o elemento fundamental para a reprodução da


ordem social”. É imprescindível a interação entre a família e a escola, tendo em vista que as
mesmas são instituições responsabilizadas socialmente pela inserção dos jovens na sociedade
mais ampla (SANTANA, 2020).

Tabela 7: Sobre o que deve ser feito para reduzir as dificuldades de aprendizagem em Língua portuguesa
Variáveis Frequência relativa %
Participação dos pais no processo de ensino 37 86
Uso de materiais didácticos adequados 5 11,62
Boa relação entre professores e alunos 1 2,32
Total 43 100
Fonte: (Autor, 2024)

A Tabela 7 apresenta os resultados da questão que diz “O que deve ser feito para reduzir
as dificuldades de aprendizagem em Língua portuguesa?” Como podemos observar, dos 43
alunos inquiridos, a maioria que é 37 que correspondem a 86%, respondeu que é necessário a
participação dos pais no processo de ensino. Recorrer a um método durante o ensino formal e
direto da leitura é essencial para estruturar e sistematizar o processo de aquisição desta
competência.

Assim, abordar os diferentes métodos de ensino da leitura e da escrita implica não só


debruçarmo-nos sobre os métodos propriamente ditos (procedimentos, estratégias, materiais,
etc…), mas também sobre o papel do professor neste processo de iniciação à leitura e à escrita
(BELLENGER, 2018).
41

5. PROPOSTAS DE SOLUÇÃO
As dificuldades de aprendizagem têm sido uma área de interesse e de estudo por parte de
muitos professores e investigadores ao longo dos últimos anos. Os problemas de leitura e escrita
são os mais frequentes. Há que preocupar-se com tais males e que todos intervenientes no
Processo de Ensino-Aprendizagem em suas abordagens didáctico-pedagógico devem prestar um
olhar atento a esta problemática que compromete o desenvolvimento das comunidades em todos
os aspectos.

Para solucionar os problemas ter-se-á as seguintes propostas:

1) Propor o uso das metodologias criadas para ajudar os alunos da 5ª classe na Escola
Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do Bailundo com dificuldades
de aprendizagem
2) Promover seminários de capacitação para os professores de Língua Portuguesa
3) Sensibilizar a comunidade académica e não só a terem um olhar mais atento as famílias
4) Motivar os alunos a terem o gosto da Língua Portuguesa inculcando neles a importância
da mesma para o convívio no seu quotidiano.
42

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao debruçamos sobre metodologias para ajudar os alunos da 5ª classe com dificuldades
na disciplina de língua portuguesa na Escola Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no
Município do Bailundo, percebemos que na atualidade a escola da Missão do Chilume têm se
verificado muitos problemas que têm uma interferência direta no processo ensino aprendizagem
tendo em conta as seguintes causas: desigualdades sociais na escola, o contexto social; O fraco
acompanhamento pedagógico e a Falta de capacitação dos professores tendo em conta a realidade
dos alunos o que tem gerado as seguintes consequências: desinteresse com a escola, Problemas de
aprendizagem da Língua Portuguesa, Pobreza das famílias e o Abandono escolar.

No entanto descrevemos alguns métodos que podem ajudar esses os alunos da 5ª classe
com dificuldades na disciplina de língua portuguesa. O professor também desempenha um papel
importante no desempenho dos alunos e pode ser responsável pelas dificuldades. Ele deverá
partir do concreto para o abstrato, pois os alunos precisam de se familiarizar com a informação ou
material essencial sobre uma determinada área de estudo antes de poderem analisar com sucesso
as suas implicações, significados ou interligações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
43

ALTET, M. As Pedagogias da Aprendizagem. Lisboa: Instituto Piaget.: [s.n.], 2020.

ALVES, C. M. V. O insucesso escolar em língua portuguesa. Um estudo de caso. Escola


Superior de Educação João de Deus. [S.l.]. 2010.

BELLENGER, L. Os métodos da leitura. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2018.

BOTELHO, F. . S. A. P. . &. T. M. Projeto Aprendiagem Para Todos. Diferenciação Pedagógica


em sala de aula para professores do ensino primário, ANGOLA , 2018.

CANUTO, K. C. B. A Leitura E Seus Métodos De Ensino. João Pessoa: UFPB, 2016.

CARVALHO, J. A. B. S. O Ensino da Escrita. Da Teoria às Práticas Pedagógicas.


Universidade do Minho: Instituto de Educação e Psicologia., 2014.

CORREIA, G. S. A utilização de tecnologia e estratégias de diferenciação pedagógica para


promover aprendizagens na Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Ponta Delgada: [s.n.], 2017.

CRISTINE, E. Mundo Educação. A importância do hábito de ler, 2016. Acesso em:


www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/a-importancia-habito-ler.htm> dezembro 2023.

FERNANDES, A. E.; OLIVEIRA, A. D. L. Desenvolvendo A Leitura E A Capacidade Crítica


Do Aluno Através Do Projeto Pibid. Universidade Estadual da Paraíba: [s.n.], 2020.

FERNANDES, S. P. D. Métodos de ensino da leitura e escrita: Conceções de Docentes do 1.º


Ciclo do Ensino Básico. Instituto Superior De Educação E Ciências: [s.n.], 2016.

FONSECA, V. Insucesso escolar: Abordagem psicopedagógica das dificuldades de


aprendizagem. 2. ed. Lisboa: Âncora: [s.n.], 2019.

FRIAS, R. J. O Desenvolvimento das Competências de Leitura e Escrita no Ensino Pré-


Escolar – O Contributo da Consciência Fonológica. Coimbra: [s.n.], 2014.

GIL. Metodologia Da Pesquisa: Tipos De Pesquisa. Instituto Federal De Pesquisa E Educação:


[s.n.], 2010.

GOMES, S. D. S. Avaliação das capacidades de leitura. Curitiba, Brasil: [s.n.], 2017.


44

GOODMAN, Y. O desenvolvimento da escrita em crianças muito pequenas. Porto Alegre:


Artes Médica.: [s.n.], 2020.

LIMA, E. S. Desenvolvimento e aprendizagem na escola: aspectos culturais, neurológicos e


psicológicos. São Paulo : [s.n.], 2019.

OLIVEIRA, M. F. D. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em


administração. CATALÃO-GO: [s.n.], 2011.

SANTANA, I. Práticas Pedagógicas Diferenciadas. Escola Moderna. Basília : [s.n.], 2020.

SENA, C. V. D.; FERNANDES. Dificuldades de aprendizagem em Língua Portuguesa.


Centro Universitário de Patos de Minas: Revista Crátilo, 2014.

SHIMAZAKI, E. M. Causas das dificuldades na leitura e escrita. [S.l.]: [s.n.], 2016.


Disponivel em:<.>. Acesso em: dezembro 2023.

SILVA, C. D. L. Dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita. SÃO PAULO : [s.n.],


2020. Disponivel em: <10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/enfase-na-dislexia>.
Acesso em: Dezembro 2023.

SILVA, E. R. A Importância Da Leitura. Pedagogia Ao Pé Da Letra. São Paulo: [s.n.], 2013.


Disponivel em: <pedagogiaaopedaletra.com/a-importancia-da-leitura/>. Acesso em: 02 dezembro
2023.

TOMLINSON, C. A. Diferenciação Pedagógica e Diversidade – Ensino de Alunos em


Turmas com Diferentes Níveis de Capacidades. Porto: Porto Editora.: [s.n.], 2018.
45

APÊNDICES
APÊNDICE 1- PITCH DE IDEIAS

Problema

Dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa.

Oportunidades

O presente trabalho tem como desiderato principal a apresentação de Propostas


Metodológicas que visam mitigar as várias dificuldades de aprendizagem, que os alunos da 5ª
classe da Escola Primaria nº 4 Missão Evangélica de Chilume apresentam em Língua Portuguesa.

Pretende-se com o mesmo galvanizar o sucesso no processo de Ensino-Aprendizagem,


disponibilizando aos professores técnicas e ferramentas sistematizadas que permitirão tornar o
ensino da Língua Portuguesa o mais eficiente possível, incidindo na formação do homem capaz
de dar resposta aos desafios socias do amanhã. Neste sentido anseia-se impactar o
aproveitamento escolar em detrimento do conhecimento da natureza psicossocial do aluno.

Uma vez que atualmente o problema de aprendizagem está cada vez mais a se alargar no
nosso país e em particular no município do Bailundo; ao identificar o problema em questão,
surgiu a oportunidade de negócio ao implementar metodologias para minimizar a dificuldade de
aprendizagem na escola em referência.

Tema

Propostas metodológicas para ajudar os alunos da 5ª classe com dificuldades de


aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa: um estudo de caso aos alunos da Escola
Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do Bailundo.

Causas

a) Desigualdades sociais na escola;


b) O contexto social;
c) O fraco acompanhamento pedagógico
d) Falta de capacitação dos professores tendo em conta a realidade dos alunos;
e) Desconhecimento da natureza psicossocial dos alunos.
46

Consequências:
a) Em consequências aos casos mencionados, muitos alunos acabam se desinteressando
com a escola,
b) Problemas de aprendizagem da Língua Portuguesa;
c) Pobreza das famílias
d) Abandono escolar
e) Desestruturação familiar
Propostas de Solução

Para solucionar os problemas ter-se-á as seguintes propostas:

a) Propor o uso das metodologias criadas para ajudar os alunos da 5ª classe na Escola
Primária nº 4 Missão Evangélica do Chilume no Município do Bailundo com dificuldades
de aprendizagem
b) Promover seminários de capacitação para os professores de Língua Portuguesa
c) Sensibilizar a comunidade académica e não só a terem um olhar mais atento as famílias
d) Motivar os alunos a terem o gosto da Língua Portuguesa inculcando neles a importância
da mesma para o convívio no seu quotidiano.
47

APÊNDICE 2- QUESTIONÁRIO DIRIGIDO A DIRECÇÃO DA ESCOLA

O presente Inquérito destina-se a investigação para coleta de dados a fim de obter


informações para elaboração do trabalho de fim de curso. Os resultados obtidos serão utilizados
apenas para fins académicos. No entanto, os dados não serão partilhados, apenas o pesquisador e
o orientador terão acesso dos mesmos.

Pedimos a sua especial colaboração, que responda de livre e espontânea vontade todas as
questões, assinalando com X.

1. Quantos alunos da 5ª classe que a Escola Primaria nº 4 da Missão Evangélica de Chilume


regista?
Masculino_______; Feminino________
2. Já ouviu falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?

Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes ( ).

3. A direcção da escola tem convocado reuniões com pais e encarregados de educação para
ajudar os alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?
Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes ( ).
4. A escola tem registrado alguns problemas de integração com os alunos com dificuldades
de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?
Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes ( ).
5. Que metodologias a escola tem adaptado para promover a inclusão dos alunos com
dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

MUITO OBRIGADO!
48

APÊNDICE 3- QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS PROFESSORES

O presente Inquérito destina-se a investigação para coleta de dados a fim de obter


informações para elaboração do trabalho de fim de curso. Os resultados obtidos serão utilizados
apenas para fins académicos. No entanto, os dados não serão partilhados, apenas o pesquisador e
o orientador terão acesso dos mesmos.

Pedimos a sua especial colaboração, que responda de livre e espontânea vontade todas as
questões, assinalando com X.

1. Já ouviu falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?


Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes ( ).
2. Qual é a principal dificuldade de aprendizagem que os alunos apresentam na disciplina de
Língua Portuguesa?
Leitura ( ) Escrita ( ) Outras ( ).
3. Como tem sido a relação do senhor professor com os alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?
Boa ( ) Má ( ) Razoável ( ).
4. Como tem sido o desenvolvimento académico dos alunos com dificuldades de
aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?
Bom ( ) Mau ( ) Normal ( ).
5. Na qualidade de professor, que metodologias devem ser usadas para ajudar dos alunos
com dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

MUITO OBRIGADO!

APÊNDICE 4- QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS ALUNOS


49

O presente Inquérito destina-se a investigação para coleta de dados a fim de obter


informações para elaboração do trabalho de fim de curso. Os resultados obtidos serão utilizados
apenas para fins académicos. No entanto, os dados não serão partilhados, apenas o pesquisador e
o orientador terão acesso dos mesmos.

Pedimos a sua especial colaboração, que responda de livre e espontânea vontade todas as
questões, assinalando com X.

1. Já ouviu falar sobre dificuldades de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa?


Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes ( ).
2. Qual é a principal dificuldade de aprendizagem que apresentas na disciplina de Língua
Portuguesa?
Leitura ( ) Escrita ( ) Outras ( ).
3. Os teus pais têm te ajudado com as tarefas escolares?
Sim ( ) Não( ) Algumas vezes ( ).
4. O que deve ser feito para reduzir as dificuldades de aprendizagem em Língua portuguesa?

Participação dos pais no processo de ensino ( ) Uso de materiais didácticos adequados (


) Boa relação entre professores e alunos ( ).

MUITO OBRIGADO!

APÊNDICE 5- CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES


MESES /2023-2024
50

AGOS
JULH
MAR
NOV
OUT

OUT
ABR

MAI
FEV
JAN

JUN

SET
N/º ETAPAS

1 Escolha do Tema X
2 Levantamento X
Bibrigráfico
3 Elaboração do X
Anteprojecto
4 Apresentação do X
Anteprojecto
5 Pré-defesa do
Anteprojecto X
6 Recolha de dados X

7 Análise dos X X
dados
8 Organização do X
roteiro de
entrevista
9 Redação do PFC X
10 Entrega do PFC X
11 Defesa do PFC X

APÊNDICE 6- ORÇAMENTO
51

O orçamento, determinará os gastos previstos com a presente pesquisa tanto em relação ao


pessoal quanto aos materiais a serem gastos bem como contemplação a fase da elaboração do
projecto, a execução da pesquisa e a elaboração do trabalho de conclusão.

%
ORÇAMENTO DETALHADO DO PROJETO Total
Material permanente
Descrição do Material Quantidade Preço
1 Computador 1 350.000,00
2 Impressora 1 275.000,00

803.000,00
3 Moden (Placa de Internet) 2 18.000.00
4 Telefone com Câmera 1 110.000,00
5 Transporte etc. 1 50.000,00
Material de Consumo corrente
N
% Descrição do Material Quantidade Preço Total
1 Pen-drive 1 18.000,0
2 Papel A4 1 3500 ,00
3 Cartuchos de tinteiros 2 25.000,00

77.750,00
4 Emcadernamento 1 1.000,00
5 Esferográfica 1 100,00
6 Lápis 1 50,00
7 Borracha 1 100,00
8 Alimentação Variável 30.000,00
Matérias Didáticos para os
alunos com dificuldades Variável 3.000.000.00
Professores e palestrantes 3 Variável
Total Geral: 803.750,00
Fonte: (Autor, 2024)

ANEXOS
Anexo 1- Credencial usado para a recolha de dados
52

Anexo 2 – Termo de consentimento livre e esclarecido


53
54
55
56
57

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