Inf 0811
Inf 0811
Inf 0811
Este periódico, elaborado pela Secretaria de Jurisprudência do STJ, destaca teses jurisprudenciais
firmadas pelos órgãos julgadores do Tribunal nos acórdãos proferidos nas sessões de julgamento, não
consistindo em repositório oficial de jurisprudência
PRIMEIRA TURMA
DESTAQUE
Constatado que a parte executada não possui saldo suficiente, cabe ao juiz,
independentemente da manifestação da interessada, indeferir o bloqueio de ativos financeiros ou
determinar a liberação dos valores constritos.
Nos termos do art. 833, X, do Código de Processo Civil, bem como da jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, são impenhoráveis valores inferiores a 40 (quarenta) salários mínimos
depositados em aplicações financeiras, de modo que, constatado que a parte executada não possui
saldo suficiente, cabe ao juiz, independentemente da manifestação da parte interessada, indeferir o
bloqueio de ativos financeiros ou determinar a liberação dos valores constritos, isso porque, além de
as matérias de ordem públicas serem cognoscíveis de ofício, a impenhorabilidade em questão é
presumida, cabendo ao credor a demonstração de eventual abuso, má-fé ou fraude do devedor.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou nos seguintes termos: "a
impenhorabilidade constitui matéria de ordem pública, cognoscível de ofício pelo juiz, não havendo
falar em nulidade da decisão que, de plano, determina o desbloqueio da quantia ilegalmente
penhorada." (AgInt no AREsp 2.151.910/RS, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
julgado em 19/09/2022, DJe de 22/09/2022).
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
O valor pago a título de gorjetas, ante a sua natureza salarial, não pode integrar o conceito
de faturamento, receita bruta ou lucro para fins de apuração tributária.
De acordo com o art. 18, § 3º, da Lei Complementar n. 123/2006, a tributação unificada
"Simples Nacional" tem como base de cálculo a receita bruta da microempresa ou empresa de
pequeno porte optante ("Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota efetiva
determinada na forma do caput e dos §§ 1º, 1º-A e 2º deste artigo, podendo tal incidência se dar, à
opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês,
sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário").
Já o art. 3º, § 1º, dessa norma traz o conceito de receita bruta e dispõe que se considera
"receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta
alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos".
Nesse diapasão, esta Corte Superior adotou o entendimento de que o valor pago a título de
gorjetas, ante a sua natureza salarial, não pode integrar o conceito de faturamento, receita bruta ou
lucro para fins de apuração tributária. Nesse sentido: AgInt no REsp n. 1.668.117/PR, relator
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 21/2/2022, DJe de 24/2/2022 e AREsp n.
1.604.057/PE, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 4/2/2020, DJe de
12/5/2020.
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
Lei n. 8.009/1990
PROCESSO AgInt no AREsp 2.441.809-RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em
8/4/2024, DJe 2/5/2024.
DESTAQUE
O enquadramento na faixa de isenção de imposto de renda não deve ser utilizado como
critério para o deferimento do benefício da assistência judiciária gratuita.
No entanto, cumpre esclarecer que o STJ também vem rejeitando a adoção do critério de
enquadramento na faixa de isenção de imposto de renda como critério para o deferimento do
benefício da assistência judiciária gratuita.
Ademais, eventual deferimento de tal pedido após a interposição do recurso especial não
teria efeito retroativo, não isentando a parte do recolhimento do respectivo preparo quando da
interposição do apelo. Isto é, ainda que o pedido de justiça gratuita formulado no reclamo fosse
deferido, o deferimento não teria o condão de afastar a deserção do recurso, o qual continuaria não
sendo conhecido.
A propósito: "(...) O benefício da gratuidade judiciária não tem efeito retroativo, de modo
que a sua concessão posterior à interposição do recurso não tem o condão de isentar a parte do
recolhimento do respectivo preparo. Desse modo, nem mesmo eventual deferimento da benesse
nesta fase processual, descaracterizaria a deserção do recurso especial." (AgInt no AREsp n.
2.380.943/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 16/10/2023, DJe de
18/10/2023).
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
Código de Processo Civil (CPC), arts. 98, 99, §§ 1º, 2º, 3º, 5º e 7º
TERCEIRA TURMA
DESTAQUE
O nexo causal que autoriza a responsabilidade pela aplicação da teoria da perda de uma
chance é aquele entre a conduta omissiva ou comissiva do agente e a chance perdida, sendo
desnecessário que esse nexo se estabeleça diretamente com o dano final.
Hipótese em que existia chance séria e concreta de que a recorrida, se tivesse enviado a
ambulância ao local do acidente de forma imediata, teria conseguido promover o resgate em menor
tempo e prestar assistência médica, aumentando significativamente as chances de sobrevida do
piloto (marido da recorrente).
DESTAQUE
Por seu turno, a decisão que reconhece o pedido de desistência tem natureza declaratória.
A partir do momento em que a desistência é informada no processo, o recurso passa a não mais
existir. Com isso, a desistência de recurso que estava dispensado do pagamento do preparo pelo art.
99, §7º do CPC, torna-o inexistente no mundo jurídico, antes mesmo de ser analisada a gratuidade
da justiça. Assim, não há fato gerador que justifique a cobrança do recolhimento do preparo.
Nos termos do art. 1.007 do CPC, não há previsão legal de outra medida sancionatória
além da deserção à parte que negligencia o recolhimento do preparo recursal, seja quanto ao valor,
seja quanto ao prazo. Apesar da natureza de taxa do preparo recursal, inexiste fundamento legal
para a cobrança de seu recolhimento sob pena de inscrição de dívida ativa, notadamente nas
hipóteses em que houve desistência de recurso que foi dispensado do preparo em razão do benefício
previsto no art. 99, §7º do CPC.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
O termo inicial da prescrição nos casos de abuso sexual durante a infância e adolescência
não pode ser automaticamente vinculado à maioridade civil, sendo essencial analisar o momento em
que a vítima tomou plena ciência dos danos em sua vida, aplicando-se a teoria subjetiva da actio
nata.
Na origem, foi ajuizada ação de indenização por danos materiais e morais em decorrência
de abuso sexual sofrido na infância. O Tribunal a quo manteve a prescrição reconhecida na sentença,
pois já havia transcorrido muito mais que os três anos do prazo prescricional. Ademais, consignou
que o prazo "tem a fluência a partir da maioridade, e não, do início do tratamento psicológico, eis
que já tinha discernimento suficiente para mensurar a gravidade dos fatos ocorridos e o livre
arbítrio para procurar os meios legais para responsabilização do réu".
O abuso sexual contra menores de idade é problema grave e alarmante, que traz
consequências devastadoras para as vítimas e suas famílias. Embora seja tema sensível, é
fundamental discuti-lo para ampliar a conscientização e promover medidas eficazes de prevenção e
combate.
Sob outro ângulo, é crucial considerar a possibilidade de a vítima, aos 21 anos, ainda
manter contato direto com o agressor, que, na maior parte das vezes, é membro da família, como o
pai, o padrasto ou parente próximo. Essa situação pode adicionar uma camada significativa de
complexidade e dificuldade para reconhecer e lidar com o abuso sofrido.
Em regra, esta Corte Superior adota para o cômputo da prescrição a teoria objetiva da
actio nata, considerando a data da efetiva violação ao direito como marco inicial para a contagem
(art. 189 do CC/2002). Contudo, em situações peculiares, nas quais a vítima não detém plena
consciência do dano nem de sua extensão, a jurisprudência do STJ tem adotado a teoria subjetiva da
actio nata, elegendo a data da ciência como termo inicial da prescrição.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
É suficiente a notificação extrajudicial do devedor fiduciante por e-mail, desde que seja
encaminhada ao endereço eletrônico indicado no contrato de alienação fiduciária e comprovado seu
efetivo recebimento.
O art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 911/1969 estabelece ser a carta registrada com aviso de
recebimento uma das formas de notificação extrajudicial do devedor. Por sua vez, esta Corte firmou
o entendimento, em recurso especial repetitivo, de que, "em ação de busca e apreensão fundada em
contratos garantidos com alienação fiduciária (art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 911/1969), para a
comprovação da mora, é suficiente o envio de notificação extrajudicial ao devedor no endereço
indicado no instrumento contratual, dispensando-se a prova do recebimento, quer seja pelo próprio
destinatário, quer por terceiros" (REsp 1.951.662/RS, relator Ministro João Otávio de Noronha,
Segunda Seção, DJe 20/10/2023).
Isso significa que deverá ser considerada suficiente a notificação extrajudicial do devedor
fiduciante encaminhada ao endereço indicado no contrato, com prova de seu recebimento,
independentemente de quem tenha assinado o AR.
Sob esse aspecto, é possível, por interpretação analógica do art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n.
911/1969, considerar suficiente a notificação extrajudicial do devedor fiduciante por correio
eletrônico, desde que seja encaminhada ao endereço eletrônico indicado no contrato e,
principalmente, seja comprovado seu recebimento, independentemente de quem a tenha recebido.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
Não configura prática abusiva a cobrança das taxas de conveniência, retirada e/ou entrega
de ingressos comprados na internet, desde que o valor cobrado pelo serviço seja acessível e claro.
A taxa de conveniência é aquela cobrada pela simples aquisição de ingresso por meio de
empresa contratada e diz respeito aos custos de intermediação da venda desses ingressos. Por outro
lado, a taxa de retirada (também chamada de will call) é aquela cobrada quando o próprio
consumidor compra o ingresso pela internet ou por telefone, mas, ao invés de imprimi-lo em casa, o
emite em bilheteria específica colocada à sua disposição. No mais, taxa de entrega é aquela cobrada
quando a pessoa opta por receber seu ingresso em domicílio, pelos Correios ou por outro serviço de
courier.
Assim como a entrega em domicílio gera um custo para a empresa responsável pela venda
dos bilhetes, pois implica a contratação de serviço de courier, não há dúvidas de que o serviço de
retirada de bilhetes em posto físico (will call) também acarreta um custo para a mesma empresa,
porque, para colocá-lo à disposição do consumidor, ela tem que contratar uma pessoa para atendê-
lo, além de ter que alugar ou comprar um espaço físico e as impressoras necessárias.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
PRECEDENTES QUALIFICADOS
Tema n. 958/STJ
PROCESSO REsp 1.830.550-SP, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira,
Quarta Turma, por unanimidade, julgado em 23/4/2024,
DJe 30/4/2024.
DESTAQUE
Contudo, essas disposições não são normas imperativas, devendo ser interpretadas à luz
do propósito da Lei de Recuperação Judicial, que consiste principalmente na superação da crise
econômico-financeira e na preservação da empresa, conforme estabelecido em seu artigo 47.
A inserção de cláusula que possibilita nova convocação da assembleia geral, a fim de evitar
o decreto imediato da falência, está inserida no âmbito da liberdade negocial dos credores. Se os
próprios credores, maiores interessados no recebimento do crédito, optam por mais uma tentativa
para manter a empresa, essa decisão, firmada em assembleia, coaduna-se com os imperativos que
regem a Lei de Recuperação Judicial.
Justamente por não ser a conversão em falência norma cogente, a Quarta Turma, ao julgar
o AREsp n. 1.059.178/SP, entendeu ser possível a instalação de nova assembleia, em razão de
alterações no quadro fático e da existência de novos elementos para elaboração de um plano de
recuperação judicial efetivamente viável, a ser aprovado pelos credores.
Por fim, a própria Lei de Recuperação Judicial, em seu artigo art. 35, I, a, estabelece a
competência da assembleia geral de credores para deliberar acerca de eventual alteração no plano
de recuperação judicial.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
O mandado de busca e apreensão deve apontar, de maneira clara, a pessoa e o local onde a
diligência ocorrerá, não podendo surpreender terceiros em violação de seus domicílios.
Há de se aplicar, portanto, o entendimento deste STJ no sentido de que "(...) 13. Segundo o
art. 243 do Código de Processo Penal, o mandado de busca deverá: i) indicar, o mais precisamente
possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador e
ii) mencionar o motivo e os fins da diligência. 14. Hipótese concreta em que a decisão ordenou a
expedição de um mandado de busca e apreensão indeterminado, ou seja, para qualquer crime, em
qualquer lugar e para a apreensão de quaisquer objetos. Além disso, não trouxe nenhum
fundamento que justificasse o emprego da medida. (...)" (HC 245.466-CE, Relator Ministro Sebastião
Reis Júnior, Sexta Turma, Julgado em 27/11/2012).
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
O instituto da cadeia de custódia, arts. 158-A e seguintes do CPP, visa a garantir que o
tratamento dos elementos probatórios, desde a sua arrecadação até a análise e deliberação pela
autoridade judicial, seja idôneo e livre de qualquer interferência que possa macular a confiabilidade
da prova.
Mostra-se indispensável que todas as fases do processo de obtenção das provas digitais
sejam documentadas, cabendo à polícia, além da adequação de metodologias tecnológicas que
garantam a integridade dos elementos extraídos, o devido registro das etapas da cadeia de custódia,
de modo que sejam asseguradas a autenticidade e a integralidade dos dados.
Dessa forma, pode-se dizer que as provas digitais, em razão de sua natureza facilmente - e
imperceptivelmente - alterável, demandam ainda maior atenção e cuidado em sua custódia e
tratamento, sob pena de ter seu grau de confiabilidade diminuído drasticamente ou até mesmo
anulado.
Convém, assim, que o material epistemológico digital de interesse à persecução penal seja
tratado mediante critérios bem definidos, que possibilitem a sua preservação, na maior medida
possível, notadamente com explícita indicação de quem foi responsável pelo seu reconhecimento,
coleta, acondicionamento, transporte e processamento, que deverá ser formalizado em laudo
produzido por perito, notadamente com indicação da metodologia empregada e das ferramentas
eventualmente utilizadas.
No caso, quando da sentença condenatória, o juízo singular pontuou que a "análise se deu
após consulta direta ao aparelho, sem necessidade de uso de máquinas extratoras (ex. Cellebrite).",
não sendo possível inferir a idoneidade das provas extraídas pelo acesso direto ao celular
apreendido, sem a utilização de ferramenta forense que garantisse a exatidão das evidências, não
havendo registros de que os elementos inicialmente coletados são idênticos ao que corroboraram a
condenação.
De relevo, o entendimento majoritário desta Quinta Turma no sentido de que "é ônus do
Estado comprovar a integridade e confiabilidade das fontes de prova por ele apresentadas. É
incabível, aqui, simplesmente presumir a veracidade das alegações estatais, quando descumpridos
os procedimentos referentes à cadeia de custódia" (AgRg no RHC 143.169/RJ, relator Ministro
Messod Azulay Neto, relator para acórdão Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe de
2/3/2023).
Assim, inafastável a conclusão de que, in casu, não houve a adoção de procedimentos que
assegurassem a idoneidade e a integridade dos elementos obtidos pela extração dos dados do
celular do corréu. Logo, evidente o prejuízo causado pela quebra da cadeia de custódia e a
imprestabilidade da prova digital.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
No caso, o pedido foi indeferido pelas instâncias ordinárias, uma vez que, na sentença
condenatória e no julgamento do pedido de indulto, os pacientes foram reconhecidos como líderes
de organização criminosa, de modo a atrair a restrição contida no §1º do artigo 7º do Decreto n.
11.302/2022.
Consigne-se, ainda, que a compreensão dada pelo Tribunal não implica interpretação
extensiva in malam partem. Isso porque a vedação do §1º, art. 7º, Decreto n. 11.302/2022 impede a
concessão de um benefício, derivado de discricionariedade do Presidente da República, que
desconstitui uma sanção penal aplicada com observância do devido processo legal, nos exatos
termos previstos pelo ato concessivo. E, nesse contexto, a vedação, de forma literal, prevê a
possibilidade de reconhecimento da participação em facção criminosa ainda que somente no
julgamento do pedido de indulto.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
DESTAQUE
Esta Corte Superior entende que a figura do estelionato judiciário é atípica pela absoluta
impropriedade do meio, uma vez que o processo tem natureza dialética, possibilitando o exercício
do contraditório e a interposição dos recursos cabíveis, não se podendo falar, no caso, em 'indução
em erro' do magistrado. Eventual ilicitude de documentos que embasaram o pedido judicial poderia,
em tese, constituir crime autônomo, que não se confunde com a imputação de 'estelionato judicial' e
não foi descrito na denúncia." (REsp 1.101.914/RJ, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta
Turma, DJe 21/3/2012).
Ou seja, é "Inexistente como figura penal típica a conduta de induzir em erro o Poder
Judiciário a fim de obter vantagem ilícita, não havendo falar em absorção de uma conduta típica
(falso) por outra que sequer é prevista legalmente (estelionato judiciário)." (AgRg no RHC
98.041/RJ, Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, DJe 4/9/2018).
DESTAQUE
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
Decreto n. 11.302/2022
DESTAQUE
Com as inovações da Lei n. 10.792/2003, que alterou o art. 112 da Lei n. 7.210/1984,
afastou-se a exigência do exame criminológico para fins de progressão de regime. No entanto, o
Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que o Magistrado de primeiro grau, ou o
Tribunal a quo, diante das circunstâncias do caso concreto, podem determinar a realização da
referida prova técnica para a formação de seu convencimento, desde que essa decisão seja
adequadamente motivada. Inteligência da Súmula n. 439/STJ e da Súmula vinculante n. 26.
No caso, verifica-se que as instâncias de origem consideraram que, para além da longa
pena a cumprir e da gravidade do delito cometido, a existência de aspectos desfavoráveis
destacados no laudo psicológico realizado, no qual foi destacado que o reeducando "apresenta
personalidade com traços de imaturidade e dificuldade no controle racional de suas emoções,
agindo de forma desajustada diante das adversidades do cotidiano" e "diante da dificuldade de
ressocialização em virtude dos impactos negativos da dependência química e prisionização observa-
se a necessidade de acompanhamento adequado."
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LEGISLAÇÃO
SÚMULAS
Súmula n. 439/STJ
Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.
Alternative Proxies: