Titulação Ácido - Base

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1.1.1/1.1.

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Colégio Mercúrio

Técnico de química

Apolo Cunha da Silva


Kamilly vitória Lopes Alves Gomes

Titulação ácido-base(dia 06/06/2023)

Rio de Janeiro, RJ 2023


Sumário

Capa 1.1.1
Folha de rosto 1.1.2
Introdução 1.3.1
Artigos de referência 1.3.2
Materiais utilizados 2.1.1
Desenvolvimento 2.1.2
Conclusão 2.1.3

Bibliografia 3.1.1
Introdução à titulação ácido-base 1.3.1

A titulação ácido-base é um método químico utilizado para determinar a concentração de um


ácido ou base em uma solução. Essa técnica baseia-se na reação química entre um ácido e
uma base, em que ocorre a transferência de prótons (H+) de um composto para outro.

Na titulação ácido-base, uma solução de concentração conhecida de um ácido ou base,


chamada de titulante, é adicionada gradualmente a uma solução do analito, que é a substância
cuja concentração se deseja determinar. Durante a titulação, é utilizado um indicador
ácido-base, que muda de cor em uma faixa de pH específica, indicando o ponto de
equivalência da reação.

O ponto de equivalência é alcançado quando a quantidade de titulante adicionada é suficiente


para reagir completamente com o analito, resultando em uma solução neutra. Nesse ponto, a
quantidade de ácido ou base presente é conhecida e pode ser usada para calcular a
concentração do analito.

Existem diferentes tipos de titulações ácido-base, dependendo dos reagentes utilizados.


Alguns exemplos incluem:

1. Titulação ácido forte-base forte: Envolve a reação entre um ácido forte, como o ácido
clorídrico (HCl), e uma base forte, como o hidróxido de sódio (NaOH).
2. Titulação ácido fraco-base forte: Nesse caso, um ácido fraco, como o ácido acético
(CH3COOH), é titulado com uma base forte, como o hidróxido de sódio (NaOH).
3. Titulação ácido fraco-base fraca: Envolve a reação entre um ácido fraco e uma base
fraca, como o ácido acético (CH3COOH) e a amônia (NH3).

A escolha do indicador ácido-base adequado é fundamental para garantir uma detecção


precisa do ponto de equivalência. Indicadores comumente utilizados incluem a fenolftaleína,
que muda de incolor para rosa em soluções alcalinas, e o azul de bromotimol, que muda de
amarelo para azul em soluções básicas.

A titulação ácido-base é amplamente utilizada em laboratórios de química, análises clínicas e


indústrias para determinar a concentração de ácidos e bases em diversas amostras. É uma
técnica versátil e importante para a quantificação de substâncias químicas e o controle de
qualidade em diferentes setores.
Artigos de referência 1.3.2

A teoria de Arrhenius divide substâncias como ácidas ou bases, onde usa a água no seu estado
líquido como solvente de referência, neste âmbito, é denominado ácido toda a substância que
quando é dissolvida em água, é formado íons hidroxila, OH-.
Então, causam o aumento da concentração de íons 𝐻3𝑂+ em solução aquosa; se quantidades
semelhantes em volume ou massa de dois ácidos forem acrescentados em um litro de água,
será denominado o ácido mais forte aquele que tiver mais íons 𝐻3𝑂+, podemos falar que,
quanto mais forte um ácido, maior a sua capacidade de gerar íons 𝐻3𝑂+, pois tem um alto
grau de ionização, significa que quase todos os seus hidrogênios se transformarão em íons de
hidrogênio em solução aquosa, que é mostrada pela reação:
+ +
𝐻 + 𝐻2𝑂 → 𝐻3𝑂

Um exemplo de ácido forte é o ácido clorídrico (HCl), o qual é considerado forte devido à sua
alta taxa de ionização (α = 100%). Isso significa que, quando dissolvido em água, todos os
+
hidrogênios do ácido se dissociarão em íons 𝐻3𝑂 . Por exemplo, se utilizarmos 0,10 mols de
+
ácido clorídrico para preparar 1 litro de solução, teremos 0,10 mols de íons 𝐻3𝑂 na solução
final. Isso resulta em uma solução altamente ácida, com pH muito baixo. Para calcular o pH,
+
utilizamos a fórmula pH = -log[ 𝐻3𝑂 ]. No caso do exemplo, o pH seria igual a -log 0,10 =
-log 10-1 = 1,00.

Vale ressaltar que a escala de pH varia de 0 a 14, onde soluções com pH de 0 a 6,9 são
consideradas ácidas, pH 7,0 é neutro, e pH de 7,1 a 14,0 indica soluções básicas ou alcalinas.

Os ácidos fracos são caracterizados pela sua baixa capacidade de ionização em solução
aquosa, o que significa que apenas uma pequena parte dos seus hidrogênios ácidos se dissocia
+
em íons 𝐻3𝑂 . Por exemplo, o ácido acético (CH3COOH) é um exemplo de ácido fraco. Ao
utilizar 0,10 mols de ácido acético para preparar 1 litro de solução, apenas 1,3% dos
hidrogênios ácidos se ionizarão, resultando em uma acidez relativamente baixa na solução.
+
Em outras palavras, 1,3% de 0,10 mols corresponde a 1,30 x 10-3 mols/L de íons 𝐻3𝑂 .
+
Dessa forma, o pH é calculado como -log[ 𝐻3𝑂 ], resultando em -log(1,3 x 10-3) = 2,88.
Portanto, partindo da mesma concentração inicial de ácido, uma solução 0,10 molar de ácido
clorídrico será aproximadamente 100 vezes mais ácida do que uma solução 0,10 molar de
ácido acético.
No meio natural vemos vários exemplos de ácidos fracos, como no vinagre que contém de
4,0-8,0% de ácido acético, o que lhe confere um teor levemente ácido e nas frutas cítricas, que
possuem o ácido ascórbico e o ácido cítrico.

Isso também se aplica às bases, então, uma base é considerada forte gera grandes quantidades
de íons OH- e vice-versa. As bases NaOH, hidróxido de sódio, e KOH, hidróxido de potássio,
são exemplos de bases fortes

As bases fortes são aquelas em que todos os mols iniciais da base, utilizados na preparação da
solução, se dissolvem em água, liberando 100% de íons OH-. Como resultado, a solução
obtida terá um caráter básico ou alcalino alto e, portanto, um valor de pH elevado. Por outro
lado, a base 𝑁𝐻4𝑂𝐻, conhecida como hidróxido de amônio, é uma base fraca devido ao seu
baixo grau de dissociação. Isso significa que ela produzirá apenas uma pequena quantidade de
íons OH- livres em solução, conferindo um caráter básico fraco à solução e um valor de pH
moderado.

Uma das propriedades químicas mais significativas da água é sua capacidade de atuar tanto
como ácido quanto como base de acordo com a teoria de Bronsted. Isso significa que a água
pode agir como um receptor de próton na presença de um ácido, enquanto na presença de uma
base, pode atuar como doador de próton. Portanto, uma molécula de água pode transferir um
próton para outra molécula de água:

A constante de equilíbrio para a reação que acabamos de ver é:

Na presença de soluções diluídas, a água, como solvente, está presente em grande quantidade
em relação aos solutos. Portanto, podemos eliminar o denominador da equação mencionada
anteriormente. A expressão resultante é conhecida como constante de produto iônico da água
e é representada como Kw:
Constante de equilíbrio para
auto-ionização da água
+
Kw = [ 𝐻3𝑂 ][ OH- ]
Como a 25 °C, Kw= 1,0x10-14
Logo, temos:
+
Kw = [ 𝐻3𝑂 ][ 𝑂𝐻-] = 1,0x10-14
+
Os termos H+(aq) e 𝐻3𝑂 (aq) são amplamente usados pelos químicos de forma
intercambiável para representar o próton hidratado. Portanto, a reação de auto-ionização da
água e sua constante de equilíbrio também podem ser expressas das seguintes maneiras:
+
𝐻3𝑂 (l) 𝑂𝐻 (aq)H + (aq) + OH (aq)
Kw = [H3O+][ OH- ] = [H+][ OH- ] = 1,0x10-14 (25 °C)

A volumetria é um conjunto de procedimentos quantitativos utilizados na determinação da


concentração de uma espécie específica em uma amostra. Esses procedimentos envolvem a
adição de volumes precisos de uma solução de concentração conhecida, que reage
rapidamente e quantitativamente com a espécie de interesse presente na solução de teste,
também conhecida como analito. A volumetria de neutralização, ou volumetria ácido-base, é
+ +
um método de análise baseado na reação entre os íons 𝐻3𝑂 e 𝑂𝐻 - : 𝐻3𝑂 + 𝑂𝐻- = 2𝐻2𝑂 .
+
A extensão dessa reação é determinada pelo produto iônico da água: 𝐾𝐻2𝑂 = [𝐻3𝑂 ][𝑂𝐻-].

Inicialmente, pode-se pensar que a reação entre quantidades equivalentes de um ácido e uma
base sempre resultaria em uma solução neutra. No entanto, isso nem sempre ocorre devido a
fenômenos de hidrólise e tamponamento que ocorrem nas reações entre ácidos fortes e bases
fracas, ou ácidos fracos e bases fortes. Além disso, se um método visual for utilizado para
detectar o ponto final do procedimento analítico, os efeitos tamponantes gerados no meio
reagente podem prejudicar a ação dos indicadores e dificultar a visualização do ponto final do
processo.

Portanto, é essencial ter um bom conhecimento das características e comportamentos dos


sistemas ácido-base em solução aquosa envolvidos nesse tipo de procedimento analítico, bem
como das curvas de titulação, a fim de aplicar corretamente a volumetria de neutralização.

O SDS (laurilsulfato de sódio) e o CTAB (brometo de cetiltrimetilamônio) são exemplos de


compostos pertencentes a uma classe de moléculas chamadas anfifílicas. Essas moléculas
possuem uma parte hidrofílica, que é solúvel em água, e uma parte hidrofóbica, geralmente
solúvel em compostos lipofílicos. Esses compostos são amplamente utilizados na vida
cotidiana, como detergentes e shampoos domésticos e industriais. Eles são conhecidos como
surfactantes ou agentes tensoativos, pois têm a capacidade de alterar a tensão superficial entre
líquidos imiscíveis. Essa propriedade é resultado da agregação desses compostos na interface
entre água e óleo (ou outro solvente orgânico), com as partes hidrocarbonadas imersas no óleo
e as cabeças polares interagindo com a água.

Os indicadores ácido-base são substâncias que apresentam cores distintas dependendo da


acidez da solução em que estão presentes. Esses indicadores são uma opção viável para
realizar testes de forma acessível e econômica. O objetivo deste artigo é fornecer uma revisão
sobre o uso de produtos naturais como indicadores ácido-base no ensino. A metodologia
adotada envolveu uma pesquisa bibliográfica integrativa, abrangendo o período de 2010 a
2020. Foram consultados bancos de dados como Scielo, Google Acadêmico, Science Direct,
ResearchGate e Redalyc. A pesquisa revelou uma ampla utilização de produtos naturais
obtidos de flores, frutas, raízes e folhas como indicadores naturais. Os compostos mais
associados à capacidade de mudança de cor em diferentes faixas de pH foram os flavonoides e
as antocianinas. Os dados apresentados demonstraram a diversidade de materiais disponíveis,
que se mostraram eficientes como recursos facilitadores da aprendizagem dos alunos,
auxiliando na assimilação dos conteúdos relacionados ao tema.
Materiais utilisados no procedimento 2.1.1

Materiais/vidrarias para a solução Reagentes para a solução

Béquer NaOH

Balão volumétrico

Bastão de vidro

Materiais/vidrarias para a titulação Reagente para a titulação

Suporte universal NaOH (Hidróxido de Sódio)

Bureta C2H2O4 (Ácido Oxálico)

Garra para a bureta C₂₀H₁₄O₄ (Fenolftaleína)

Erlenmeyer Água destilada

Materiais/vidrarias gerais

Esponja

Pipeta volumétrica

Pera

Escova para limpeza

Detergente

Papel

Luvas
Desenvolvimento 2.1.2

Primeiramente, verificamos que em nosso laboratório já possuíamos o NaOH e voltamos a


lavar a vidraria para começarmos a titulação, logo após lavarmos as vidrarias, passamos água
destilada para estar completando a limpeza. Montamos a bureta no suporte universal
utilizando uma garra para bureta para fixá-la ao suporte, e enchemos a bureta com água
destilada até acima do marco 0 e logo depois esvaziamos e após isso enchemos com NaOH e
verificamos se todas as bolhas foram eliminadas.
Lavamos e separamos três erlenmeyers de 100 ml e preenchemos todos com 10,0 ml de
C2H2O4 (Ácido Oxálico), que medimos em uma pipeta volumétrica e uma pera,
acrescentamos também, aproximadamente, 30,0 ml de água destilada e três gotas de
fenolftaleína, onde mexemos levemente para misturar.
Começamos a titulação, gotejando a solução de NaOH da bureta no erlenmeyer e agitamos até
ficar rosa e anotamos o valor gasto de reagente para podermos realizar as contas necessárias,
devemos repetir com os outros dois e calculamos o volume médio, que é dado pela soma dos
volumes e a divisão pelo número de fatores, após ter tudo calculado, calcularemos a
concentração efetiva da solução.
Utilizamos 3,0 ml de NaOH, 1,0 ml de Ácido acético, e três gotas de fenolftaleína como o
indicador, repetimos isso nos três testes.
Conclusão 2.1.3

Concluímos que, as duas primeiras titulações foram um sucesso, mas, por algum motivo, a
titulação foi uma falha na última.
No primeiro, foram necessários 34,2 ml de NaOH para obtermos a coloração rosa, a
concentração efetiva foi de 15,8 ml
No segundo, foram necessários 35,5 ml de NaOH para obtermos a coloração rosa, a
concentração efetiva foi de 14,5 ml.
Tivemos diferença de 0,8 ml entre um e outr.
Referências bibliográficas 3.1.1

http://sistemas7.sead.ufscar.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1910/2/Unidade%202_Roteir
o%20da%20aula%20pr%c3%a1tica_LuciaHelenaSeron_QE.pdf

https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/13737

https://www.scielo.br/j/qn/a/6rhCwHdL8FxmJzQtpzGdjLQ/?lang=pt

https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5926

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