Retificacao
Retificacao
Retificacao
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Também pode ser utilizado para usinagem em larga escala,
com grande remoção de materiais ou mesmo apenas para
corte de materiais, como:
-Materiais endurecidos
-Materiais não metálicos como carbonetos, ceramica e vidro
-Corte de mármore, granito e concreto
-Acabamento em solda
-Limpeza de superfícies de metal
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Algumas vezes, a retificação também é utilizada como
uma operação intermediária, para gerar superfícies de
referência para outras operações, mas na maioria das
vezes é a ultima operação a ser realizada em uma dada
superfície. Então, o processo de retificação requer
bastante atenção, pois se a peça for danificada nesta
operação, todo o custo acumulado nas operações
anteriores não poderá ser recuperado.
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Interação entre grãos abrasivos com uma peça
vc
grão
rebarba cavaco
A – atrito
B – Riscamento
C – Corte
A B C
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A ferramenta de retificação é denominada rebolo. O rebolo
é um corpo, em geral cilíndrico, formado pelo material
aglomerante e grãos abrasivos, que entram em contato
com a peça realizando a usinagem. Assim, cada grão
abrasivo retira uma quantidade minúscula de material da
peça, o que confere a retificação a possibilidade de
obtenção de tolerâncias bastante apertadas.
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Os cavacos tem dimensões bem reduzidas e a velocidade
de corte é muito alta, cerca de 3600 m/min (60 m/s).
Assim, o processo se caracteriza como uma usinagem de
acabamento. O processo tem grande semelhança com o
fresamento, no entanto, os grão abrasivos (ferramentas de
corte) tem geometrias diferentes e, portanto, ação de corte
diferente.
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Classificação e Descrição dos Processos
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B) Segundo a Superfície a ser Usinada:
-mergulho
-sem centros -longitudinal
(ou passagem)
-Interna
Rebolo
Peça
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Na retificação de mergulho, também chamada de retificação com
avanço de penetração, o rebolo executa movimento de avanço
numa direção perpendicular a superfície retificada.
Rebolo
Peça
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Em geral, a peça possui somente movimento de rotação podendo,
no entanto, apresentar um pequeno movimento longitudinal. O
rebolo, em geral, é mais largo que o comprimento da superfície
que está sendo retificada e o processo é mais rápido e econômico
que o anterior. Pode-se fazer a retificação de várias superfícies
simultaneamente, com diversos rebolos montados um ao lado do
outro, separados por anéis, ou uma superfície de cada vez.
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Retificaçao Cilíndrica Externa sem Centros (Centerless)
Rebolo de
corte
Peça
Rebolo de
arraste
Cunha
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Retificaçao Cilíndrica Interna
Peça Rebolo
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Figura 5 - Retificação plana tangencial
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Rebolo
Peça
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Características do Rebolo
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O Material Abrasivo
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O Material Abrasivo
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Classificação:
Pelo número de malhas por polegada linear da peneira de
classificação
Ex: grão 60 passa na peneira de 60 malhas por
polegada, mas é retido na de 61 ou mais.
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Os abrasivos são então agrupados em 4 categorias:
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Escolha:
Grãos grossos (4 a 24) materiais moles, dúteis ou
fibrosos; para desbaste; quando não se exige bom
acabamento superficial
Grão finos (70 a 600) materiais duros ou quebradiços;
quando se deseja um bom acabamento superficial;
pequenas áreas de contato
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Retificação – ferramentas – dureza
Classificação ABNT:
E–F–G rebolos muito moles
H–I–J–K rebolos moles
L–M–N–O rebolos de dureza média
P–Q–R rebolos duros
S–T–U–V rebolos muito duros
Retificação – ferramentas – dureza
Variável Efeito
de retificação
Uso: operações de precisão
Resina
Composição: resina fenólica
Borracha
Composição: borracha sintética e natural
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FACE - Indica a geometria de trabalho de um rebolo. Abaixo algumas das
faces mais utilizadas conforme normas da ABNT:
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FORMATOS - Existe uma grande diversidade de formatos. Os mais
utilizados, conforme as normas da ABNT, são mostrados abaixo:
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Copo reto:
Afiação de fresas frontais, de topo,
e cilíndricas, de machos, cabeçotes
porta-bits
Copo cônico:
Afiação de fresas angulares, frontais e de
topo, rebaixadores, brocas de 3 e 4
arestas cortantes
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O armazenamento deve ser feito de maneira que possibilite
a seleção e a fácil retirada dos rebolos sem danificar ou
alterar a disposição dos demais. Sistema semelhante deve
também ser usado para rebolos já parcialmente usados. As
prateleiras para tal fim devem ser projetadas de maneira
que atendam às necessidades do uso.
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•Use sempre os rótulos, pois eles permitem distribuir
uniformemente a força de aperto.
•Em rebolos vitrificados, faça o teste de som. Este ensaio
deve ser feito batendo levemente na lateral do rebolo com
uma ferramenta de madeira ou plástico. Um som semelhante
ao de um sino indica que o produto não sofreu dano e pode
ser montado (vide norma ABNT - NB 33).
•Verifique sempre os flanges, pois eles devem ser idênticos,
sem rebarbas e nunca inferiores a 1/3 do diâmetro do rebolo.
•Aperte os parafusos e porcas somente o necessário para
fixar o rebolo entre os flanges.
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•Nas máquinas de pedestal ou bancada, a distância entre a
mesa de apoio e o rebolo não deve ser maior que 3 mm.
Isso evita que a peça seja tragada pelo rebolo, ocasionando
o travamento.
•Quando da montagem, o rebolo deve deslizar livremente
pelo seu furo sobre o eixo da máquina ou sobre o guia do
flange fixo, sem interferência.
•Após a montagem, deixe o rebolo girar livremente para
aliviar as tensões.
•Quando houver refrigeração, seu jato deve ser direcionado
para o ponto de contato do rebolo e a peça-obra, no final da
operação o jato sempre deve ser desligado antes do rebolo.
•Não utilize a face lateral de rebolos retos. Isso provoca
esforços de flexão que podem ocasionar a quebra.
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Especificando um Rebolo
D x A x F ART 38A 36 Q VS
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Exemplo de especificação de rebolo:
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MÁQUINAS
Tipos (básicos):
Retificadora plana
Cilíndrica universal
Sem centros (centerless)
Quanto ao movimento:
Automática
Semi-automática
Manual
Retificadora plana
Retificadora plana
Retificadoras específicas
Retificadoras específicas
Retificadoras específicas
Retificadoras específicas
Retificadora centerless
Retificação – dispositivos de fixação - transpassadores
Mesa de seno magnética
Desgaste do Rebolo
DRESSAGEM – Afiação do rebolo
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As Operações de Retificação e suas Características
Geométricas
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As Operações de Retificação e suas Características
Geométricas
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Espessura de corte equivalente (heq)
Uma grandeza muito utilizada como variável independente e
que descreve a condição de corte é o parâmetro Z’p:
quantidade de cavaco removido por unidade de tempo e
unidade de largura de corte, expressa pela relação:
Zp
Z
'
p .D p .v f a.V p
b
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A espessura de corte equivalente pode ser definida como a
relação entre a taxa de remoção e a velocidade de corte (ou,
aproximadamente, a velocidade periférica do rebolo):
.D p .V f a.V p Z p'
heq
Vr Vr Vr
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A espessura de corte equivalente representa, portanto, a
espessura da camada de material que é arrancada pelo rebolo,
com a velocidade periférica deste, e cujo volume específico
equivale àquele retirado da peça no tempo.
Vr .heq V p .a
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O aumento da espessura equivalente causa aumento dos
esforços de corte e da rugosidade da peça e diminuição da
vida do rebolo. Quanto maior a velocidade do rebolo, maior
a sua vida, melhor a rugosidade e menores os esforços de
corte.
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Desgaste do rebolo e agressividade
O desgaste é a quantidade de rebolo consumida durante um
determinado ciclo ou operação, enquanto que a perda de
afiação (ou agressividade) é decorrente do arredondamento
das arestas cortantes ou do entupimento das porosidades com
cavacos (empastamento). É interessante observar que um
rebolo pode sofrer desgaste sem perder agressividade (e vice-
versa) o que é muito comum.
Zp
G
Zr
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Numa dada operação de retificação onde o desgaste do
rebolo é praticamente nulo, com o transcorrer do tempo este
logo estará cego. Por outro lado, numa operação onde o
desgaste do rebolo é grande, este sempre se encontra
agressivo. É conveniente, então, ter-se desgaste na
retificação?
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No transcorrer da usinagem os grãos vão se desgastando, o
rebolo vai perdendo a agressividade, a força de corte
aumenta (naqueles grãos) até que os mesmos se desprendam
dando lugar a novos grãos afiados. Este seria o mecanismo
ideal, mas freqüentemente são observados rebolos que
perdem a afiação e o aumento da força não é suficiente para
arrancar os grãos, sendo então necessária a operação de
dressagem, ou afiação do rebolo, onde os grão cegos são
arrancados dando lugar aos novos grãos afiados.
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É interessante observar ainda que, sendo heq função da
velocidade de corte, pode-se chegar a valores de G menores
do que a unidade para valores de heq muito altos (baixíssimas
velocidades de corte). Isto viabiliza o perfilamento e a
usinagem de rebolos, por exemplo, com ferramentas de metal
duro, no torno, a baixas velocidades. Em retificação, a
velocidade de corte é um fator determinante sobre a
quantidade de material que cada grão abrasivo deverá cortar.
Isto explica a tendência mundial em se aumentar a
velocidade de rotação dos rebolos, diminuindo cada vez mais
o valor de heq.
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A Operação de Faiscamento do Rebolo
Quando o rebolo toca a peça e começa seu avanço radial, a
peça e o eixo porta-rebolo se deformam elasticamente,
fazendo com que, inicialmente, o avanço por volta desejado
e o comandado na máquina não seja o avanço real, o que faz
com que a posição real do rebolo seja atrasada em relação à
posição teórica.
Depois de algumas voltas, o avanço real se iguala ao avanço
comandado, mas a diferença entre a posição real e a teórica
continua.
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Para garantir a dimensão desejada da peça, é necessário que
ao fim do corte o rebolo pare seu movimento de avanço
radial por alguns instantes, até que a peça e o eixo porta-
rebolo se recuperem da deformação e voltem às suas
posições originais. Este período recebe o nome de
faiscamento (ou centelhamento ou “spark out”) do rebolo.
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