RETIFICAO

1. Definio
A retificao um processo de usinagem por abraso que retifica a
superfcie de uma pea. Retificar, na rea mecnica, significa corrigir
irregularidades de superfcies de peas.
um processo de fabricao cuja ferramenta de corte abrasiva, ou seja,
contem gros abrasivos. Devido forma varivel desses gros, este processo
classificado como um processo com ferramentas de gumes de geometria
indefinida.
Na retificao, a ferramenta de corte remove o material da pea por ao de
gros abrasivos.
2. Objetivos
Reduzir rugosidades ou salincias e rebaixo de superfcies usinadas com
mquinas ferramenta, a exemplo de furadeiras, fresadoras, plainas, entre
outras;
Prover superfcie de uma pea a exatido dimensional necessria para a
obteno de peas semelhantes que possam ser substitudas umas pelas
outras;
Retificar peas que tenham sofrido alguma pequena deformao durante um
processo de tratamento trmico ou superficial;
Remover finas camadas de material endurecido por tmpera, cementao
ou nitretao.
3. Tipos de Abrasivos

Os abrasivos podem ser divididos em dois grupos:

Abrasivos naturais
Abrasivos sintticos
3.1 - Abrasivos naturais
So encontrados na natureza e devido ao alto grau de impurezas (resduos
e detritos) que possuem em sua forma original, suas propriedades variam
muito, e por isso so inferiores aos sintticos. Como exemplo temos, a areia,
p de mrmore, diamante triturado, etc.
3.2 - Abrasivos Sintticos
Chamados tambm de artificiais, so fabricados em laboratrios ou atravs
de processos qumicos com o uso de duas ou mais substncias com
caractersticas abrasivas. Possuem forte poder de abraso (raspagem, rasura,
desgaste provocado) e propriedades mais constantes, e por esse motivo, so
bem superiores aos abrasivos naturais. Carboneto de Silcio, p de vidro,
alumina artificial e nitreto de boro, so alguns exemplos deste tipo de abrasivo.
3.3 - Caractersticas dos gros abrasivos
Para que possam efetuar a remoo de material os gros abrasivos devem
ter:
Alta dureza
Estabilidade trmica
Estabilidade qumica

A necessidade de alta dureza necessria para que o desgaste ocorra

lentamente, as estabilidades trmica e qumica so requisitadas para que o
material resista a altas temperaturas de usinagem e realize as transformaes
qumicas na presena do fluido de corte e da pea.

4. Dureza dos gros

Um dos mtodos utilizados para avaliar-se a dureza dos gros empregados

na retificao o mtodo Knoop. Este consiste em uma ponta de diamante
lapidada na forma piramidal usada para fazer uma micromossa em uma
amostra de material, com uma carga que pode variar de 25 a at mais de 300
gramas. padronizado pelo NIST (National Institute of Standards and
Technology) que fica nos Estados Unidos.

5. Retificadora
a mquina utilizada para a usinagem de peas para dar s suas
superfcies uma exatido maior e um melhor acabamento do que os
conseguidos em mquinas convencionais. nesta mquina que realizada a
retificao.
5.1 - Classificao
 So trs tipos bsicos: a retificadora plana, a cilndrica universal e a
retificadora sem centros (center less). Em relao ao movimento, elas podem
ser manuais, semi - automticas e automticas.

5.1.1 - Retificadora Plana

Usada para retificar todos os tipos de superfcies planas, sejam paralelas,

perpendiculares ou inclinadas. Nesta mquina, a pea presa a uma placa
magntica, fixada mesa da retificadora.

Durante a usinagem, a mesa pode se deslocar tanto longitudinal quanto

transversalmente, esse movimento combinado que permite a varredura de
toda a superfcie a ser usinada. O valor do deslocamento transversal depende
da largura do rebolo.

A retificadora plana pode ser tangencial de eixo horizontal ou de topo de eixo

vertical.

5.1.2 - Retificadora Cilndrica Universal

Esta retificadora trabalha executando movimento de rotao com o rebolo
que entra em contato com a pea e remove a quantidade de material desejada.
Empregada na retificao de superfcies cilndricas - externas ou internas
e, em alguns casos, superfcies planas em eixos rebaixados que exijam
faceamento.
5.1.3 - Retificadora sem centros (Center less)

Esta mquina utiliza um rebolo e um disco de arraste, ou rebolo de arraste.

O disco de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento pea e
produzir o avano longitudinal, para tal possui uma inclinao que varia de 3 a
5 graus.

um tipo de retificadora muito usada na produo em srie, devida sua

agilidade e excelente acabamento. S encontrada na verso automtica.

6. Rebolo
A ferramenta de corte utilizada na retificadora o Rebolo, cuja superfcie
abrasiva, isto , apresenta gros de materiais com capacidade de desbaste ou
desgaste; por esse motivo, a retificao um processo de fabricao por
abraso.
 Os materiais mais empregados para esta finalidade so o Carbeto de
Silcio, xido de alumnio, vidro, entre outros.
Trata-se da mesma ideia vivenciada pelo dentista quando ele utiliza um
instrumento giratrio, com uma espcie de lixa redonda, para limpar ou polir
nossos dentes.
No momento em que os gros abrasivos do rebolo incidem na pea a ser
retificada, ocorre o desbaste de material. Todavia, esse desgaste muito
pequeno, visto que as partculas do material abrasivo so micromtricas e s
permitem que a ferramenta de corte arranque minsculos cavacos da pea.
O rebolo apresenta cinco elementos a serem considerados:
Abrasivo - material que contem os gros do rebolo
Granulao - tamanho dos gros
Aglomerante - material que une os gros
Grau de dureza - resistncia do aglomerante
Estrutura - porosidade do disco abrasivo

Existem vrios tipos e formas de rebolo que podem ser usados na

retificao. Entretanto, para a correta e adequada seleo do rebolo mais
apropriado, compulsrio que seja considerado os fatores apresentados acima
e, principalmente, natureza do material que ser retificado.

BRUNIMENTO
1. Definio
um processo de fabricao com remoo de cavaco a partir de
ferramenta abrasiva. Esta ferramenta constituda de gros de materiais
abrasivos capazes de desbastar o material a ser usinado. um processo
mecnico baixa velocidade de corte no qual a ferramenta rotaciona e se
desloca, no sentido axial, descrevendo uma trajetria helicoidal. Este tipo de
movimento forma hachuras na pea.
2. Objetivos

O Brunimento utilizado para corrigir algumas falhas que ocorrem em

outros processos, principalmente na Retificao. Neste ltimo, podem surgir
queimas e alteraes na estrutura do material devido a altas velocidades de
corte que ocorrem.
 A finalidade principal melhorar a preciso de superfcies internas e
melhorar o acabamento superficial. Este um mtodo que possui a seguinte
caracterstica: formar sulcos nos quais o leo retido, diminuindo o atrito e
melhorando o deslizamento das peas. No caso de furos, o Brunimento garante
que os orifcios estejam cilndricos e na dimenso correta.

3. Erros corrigidos
Conforme descrito anteriormente, a ao de brunir necessria para
corrigir erros advindos de outras operaes. Os erros mais comuns so:
Ovalizao
Ondulao
Abaulado
Conicidade
Marcas
Vibrado

4. Ferramentas de brunir

A ferramenta empregada no Brunimento chamada de brunidor. Como

exemplo, temos as rguas brunidoras de diamante e borazon, ferramentas
expansivas de simples expanso com determinado nmero de rguas de corte
(dependendo da aplicao), ferramentas tipo precidor, entre outras. Os
brunidores podem ser fabricados em: abrasivos convencionais ou
superabrasivos.

4.1 - Abrasivos convencionais

Os mais utilizados so o xido de alumnio e o carboneto de silcio, sendo

que o primeiro aplicado em aos e tubos hidrulicos; e o segundo, possui
aplicaes em ferro fundido, materiais no ferrosos, camisas e blocos de
motores. Os brunidores que possuem abrasivos convencionais normalmente
so fabricados com liga vitrificada.

4.2 - Superabrasivos
 Os principais so o CBN e o diamante. O CBN utilizado em aos
temperados, tubos hidrulicos, etc. J o diamante empregado em ferro
fundido, metal duro, cermica e aos.

O brunimento feito com este tipo de abrasivo possui longa vida til,
excelente circularidade e cilindricidade, reduo no tempo de operao e no
tempo de parada para troca de pastilhas, remoo mais rpida, melhor
acabamento.

4.2.1 - Tipos de ligas dos superabrasivos

So fabricadas em ligas metlica, galvnica e de resina. As ligas

galvnicas so utilizadas principalmente em desbaste de remoo rpida, as
metlicas so aplicadas em aos temperados, aos moles e metais no
ferrosos, e as ligas de resina so usadas em metal duro, ferro fundido e
cermica.

5. Tipos de processos
Existem vrios tipos de brunimento, cada qual mais adequado para
determinadas aplicaes com suas vantagens e desvantagens. No existe o
melhor ou o mais completo processo, o que deve ser sempre analisado e
avaliado pelos engenheiros o custo / benefcio de cada um deles visando
determinar o processo que trar o resultado final com a menor perda
possvel.
Abaixo sero apresentados as diversas maneiras de se realizar o
brunimento, com suas caractersticas e finalidades.
5.1 - Brunimento de curso longo
Aplicaes: para furos em bielas, camisas de cilindro, tambores de
freios, etc.
Vantagens: tempo reduzido de processo, alta taxa de remoo de
material, possibilidade de correo de erros de circularidade, forma e
medida.
Desvantagens: Em contrapartida, no so possveis as correes de
erros de posio.
5.2 Brunimento center - less de mergulho

Aplicaes: eixos de uma forma, muito usado para eixos de rotores,

comando de vlvulas, etc.
Vantagens: tempo secundrio pequeno, no precisa de centralizao,
pode ser automatizado.
Desvantagens: encostos laterais (apoios longitudinais) so necessrios,
os defeitos dos apoios podem ser transmitidos para a superfcie da pea.

5.3 Brunimento center less de passagem

Aplicaes: utilizado em pinos de fixao de pistes, guias, bielas,
tambm usados em sistemas hidrulicos e pneumticos, etc.
Vantagens: possui as mesmas vantagens que o processo anterior, sendo
que neste caso podem ser usadas vrias pedras de brunimento ao
mesmo tempo.
Desvantagens: no adequado para a usinagem de uma s pea.

5.4 Brunimento de perfis

Aplicaes: para superfcies internas e externas de rolamentos.
 Vantagens: possvel automao e usinagem de um alto nmero de
peas.
Desvantagens: erros de perfil no podem ser eliminados.

5.5 Brunimento plano

Aplicaes: guias de mquinas - ferramentas, rguas, engrenagens,

assento de vlvulas.
Vantagens: alta taxa de remoo comparada lapidao, com
consequncia de grande economia de tempo.
Desvantagens: s aplicvel em casos especiais

6. Cinemtica do processo
Va corresponde velocidade axial da ferramenta

Vu corresponde velocidade tangencial

Vr o vetor velocidade de posicionamento

Cabe destacar que as velocidades tero as mesmas caractersticas para

os diversos tipos de brunimento, exceto para o brunimento de curso curto em
peas cilndricas, devido ao movimento giratrio da pea.

A presso de contato, que corresponde penetrao de trabalho,

regulada por um sistema mecnico ou hidrulico. Esta presso dada pela
regulagem da fora entre a pea e a ferramenta.

O aumento da presso de contato influi diretamente no desgaste da

ferramenta, em vista da maior quebra de gros para fora do ligante (rea de
desbaste).

METALURGIA DO P
1. Definio

Metalurgia em p um processo de fabricao que produz peas, tendo

como sua matria prima p metlico ou no. O processo consiste em
compactar e ou modelar a mistura e aquec-la, (essa etapa chamada de
sinterizao), com objetivo de melhorar a sua coeso da estrutura interna. Esse
processo a economia de material elevada ao extremo, com mnimas perdas
de matria-prima (as perdas na usinagem convencional podem chegar a 50%).

O controle exato de sua composio qumica desejada do produto final, a

reduo ou eliminao das operaes de usinagem, o bom acabamento de
superfcie, a pureza dos produtos obtidos e sua facilidade de automao do
processo produtivo so alguns dos motivos que tornam a metalurgia em p
uma fonte produtora de peas para todos os ramos da indstria:
automobilismo, informtica, aeroespacial, material eletrnico, de equipamentos
e implementos agrcolas e etc.

2. Vantagens
 Perda mnima de matria prima;

Controle rigoroso da composio qumica;

Boa tolerncia dimensional, dispensando operaes posteriores de

usinagem;

Homogeneidade estrutural e de propriedade;

Bom acabamento superficial;

Uso mais eficiente de energia;

Processo de fcil automao.

3. Desvantagens

Alto custo inicial do ferramental, sendo necessria grandes produes para

compensar o investimento;

Tamanha e formato limitado das peas;

Impede processo posterior de soldagem, devido ao comprometimento das

propriedades fsicas e qumica devido porosidade da pea.

Etapas da Metalurgia do P

1. O p confeccionado por processos especficos.

2. Os ps so misturados para dar homogeneidade pea.

3. A mistura colocada na matriz prensada e depois extrada.

4. A pea ento sinterizada em fornos especiais.

5. Dependendo do caso, a pea passa por um processo complementar para

melhorar tolerncias (calibragem), propriedades (tratamentos trmico ou
superficial), entre outros.

4. Aplicaes
1) Filtros sinterizados: so utilizados em vrias aplicaes industriais que
requerem resistncia em altas temperaturas e resistncia mecnica e
qumica (p.ex. filtragem de gases, leos combustveis e minerais, etc.). So
utilizados tambm como abafadores de rudo e vlvula corta chamas. So
fabricados em bronze, nquel, aos inoxidveis, titnio e outros.

2) Mancais auto lubrificantes: Uma das caractersticas da sinterizao

possibilitar o controle da porosidade do produto final. Esta caracterstica
particularmente importante na produo de mancais auto lubrificantes. A
porosidade existente no mancal pode ser preenchida com leo, para garantir
uma lubrificao permanente entre o eixo e o mancal.
3) Baterias: Utilizam nquel poroso nos acumuladores cdmio-nquel e nas
pilhas.

4) Prteses: Implantes cirrgicos so recobertos com liga porosa ( base de

Co- Ti), permitindo que o tecido sseo penetre nos poros e assegure uma
boa ligao com o implante.

5) Materiais especiais: So ligas (como W90-Cu-Ni) que no permite

fabricao industrial devido ao alto ponto de fuso (3410C), alta densidade
(18 g/cm), e outras caractersticas. Possuem alto poder de absoro de
radiaes (setor nuclear) e para blindagens (setor militar).

6) Discos de freio e embreagem: So feitos base de liga de cobre ou ferro-

cobre, aos quais se adiciona agente de atrito (SiC, SiO2, Al2O3) e agente
lubrificante (Pb, C, MoS2).

7) Metal duro: O carboneto metlico, tambm chamado de metal duro, tem

importncia fundamental no campo das ferramentas de corte, peas de
desgaste e brocas para perfurao de rochas. Nessas ferramentas, o metal
duro adaptado nas partes cortantes, na forma de pastilha. Essas pastilhas
possuem elevada dureza (quase igual do diamante) e suportam
temperaturas de at 1.000C sem sofrer perda de corte.

8) Contatos eltricos: So produzidos a partir de ligas Ag-W, Ag-WC, Ag-Ni e

W puro. Garantem boa condutividade eltrica e trmica, preservando a
resistncia mecnica quando aquecidos, resistncia tendncia de
soldagem quando em servio e elevada resistncia ao desgaste.

9) Ligas magnticas: economicamente vivel obter pequenos ms e ms

permanentes em Co5Sm (Sm = samrio), ms cermicos em ferrita de
brio, peas polares e ncleos magnticos de ampla utilizao em motores e
autofalantes de carros, rdio e tv.
 10) Peas mecnicas: Fabricadas em Fe, Fe-Cu-Ni, Fe-Cu-Ni-Mo, Fe-Cu-
Pm (Pm = promcio), com ou sem carbono, so usados em engrenagens do
eixo comando e do virabrequim, garfos, buchas da junta homocintica, anis
sincronizadores, cubo-polia da bomba dgua, amortecedores, pisto, corpo
e guia da vlvula, caixa de cmbio (cubos, anis e luvas sincronizadoras),
etc.

5. Processos de produo do p

Existem vrios processos para obteno de p metlico, sendo que sua

escolha depende do conjunto de propriedades do material e das caractersticas
que se quer para o p, em funo da aplicao pretendida. Os principais so:

Mtodos mecnicos (quebra e moagem): indicado para materiais frgeis ou

fragilizados por algum processo anterior, consiste em fragmentar o material
com o auxlio de martelos ou moinhos at um determinado tamanho de
partcula. Os moinhos mais comuns so de bolas, vibratrios e de atrito.

Cold-stream: aumenta a fragilidade dos metais em temperaturas baixas para

sua transformao em p. O p ainda grosseiro arrastado por um fluxo de
gs sob alta presso, atravs de um tubo, alcanando uma cmara
grande, que mantida sob vcuo. Ao atingir a cmara, o gs sobre uma
expanso com consequente diminuio brusca de temperatura. O p em
alta velocidade, colide com um alvo instalado dentro da cmara, e como
encontra-se relativamente frgil por causa da baixa temperatura, partem-se
em partculas menores. O p que j apresenta um tamanho suficientemente
pequeno separado da frao gasosa, a qual novamente reconduzida ao
processo.

Atomizao: neste processo o metal fundido vazado atravs de um

orifcio apropriado a essa operao, formando um filete lquido que
atacado por jatos de ar (processo R-Z / Roheisen-Zunder), gs (processo
ASEA-STORA que utiliza o argnio e o nitrognio, ou processo CSC /
Centrifugal Shot Casting) ou gua. Esses jatos provocam a pulverizao do
filete e seu imediato resfriamento. O p recolhido reduzido e peneirado,
estando pronto para ser usado. O tamanho e a forma das partculas variam
em funo de vrios parmetros, entre os quais destacam-se: a espessura
do filete, a presso do fludo, a geometria do conjunto de pulverizao e
evidentemente, o tipo de atomizao. A atomizao a gua normalmente
conduz a partculas irregulares e angulosas, enquanto que a atomizao ao
ar produz partculas mais esferoidais.

Processo de reduo qumica: Os processos de reduo de compostos de

metais com agentes redutores gasosos ou slidos representam o grupo de
processos mais significativos para obteno de ps. Os agentes redutores
mais utilizados so o carbono e o hidrognio. A reduo com o carbono s
utilizvel para elementos metlicos que no formam carbonetos muito
estveis a no ser que deseja-se obter p de carboneto como produto final
e no o p metlico, como no caso o carboneto de tungstnio, que pode ser
reduzido e carbonetado num s tratamento. A reduo com carbono
principalmente utilizada para o ferro, no caso pelo processo Hganas.

Processo de eletrlise: Os ps produzidos por esse processo, apresentam

elevada pureza, baixa densidade aparente e tem gros de estrutura
nitidamente dendrtica. Aps recolhido dos tanques de eletrlise, a massa
de p sob a forma de uma lama secada e classificada por peneiramento.

Caractersticas dos ps

Forma geomtrica das partculas: as formas mais comuns so acicular,

dendrtica, angular, fibrosa, granular, porosa, nodular, irregular ou
esfrica.

Tamanho: o dimetro mdio das partculas influencia algumas

caractersticas do produto final. Por exemplo, uma partcula maior
permite maior compactao, enquanto uma menor permite uma
superfcie com menor rugosidade
 Compactao
Nesta etapa, uma quantidade predeterminada de p colocada na cavidade de
uma matriz montada em uma prensa de compressso, que pode ser mecnica
ou hidrulica. A compactao ocorre por deslocamentos simultneos dos
punes superior e inferior, temperatura ambiente. Nos primeiros movimentos
do puno, a compactao causa apenas o adensamento do p, sem
deformao das partculas e sem produzir adeso entre elas. Com o aumento
da presso, que varia de 1,6 a 9,3 t/cm ocorre deformao plstica das
partculas,formando uma espcie de solda fria. A compactao gera uma
pea com formato final ou aproximado pea a ser fabricada, chamada de
compactado verde. muito frgil, e o manuseio inadequado pode esfarelar a
pea.

Operaes complementares

Nem sempre a produo de peas por metalurgia do p termina na

operao de sinterizao. Operaes complementares so frequentemente
aplicadas com os seguintes objetivos: conferir melhor acabamento; maior
precisodimensional s peas; melhor densidade, dureza e resistncia
mecnica; etc.

Calibragem: durante a sinterizao, as peas podem sofrer mudanas no

esperadas nas dimenses e at empenar. Para corrigir os defeitos, utilizase
a calibragem, que uma deformao plstica por aplicao de presso
em moldes especficos. O resultado melhor preciso dimensional.

Recompresso: uma nova compresso aps a sinterizao aumenta a

densidade e melhora as propriedades mecnicas do material. Os esforos
envolvidos so bem maiores que na calibragem e s podem ser aplicados para
certos tipos de material. Por exemplo, pastilhas de metal duro,
utilizados como ferramentas de usinagem, no podem ser recomprimidas.
Caso existam deformaes, devem ser lapidadas ou retificadas.

Tratamentos trmicos: as peas sinterizadas podem ser submetidas a

tratamentos trmicos convencionais para melhoria das propriedades
mecnicas. Em tratamentos superficiais (cementao e nitretao) a densidade
fator importante, devido a difuso dos gases atravs de seus poros (quanto
maior a densidade menor a porosidade).

Usinagem: assim como na fundio, muitas peas sinterizadas sofrem posterior

usinagem para conseguir a configurao projetada e que no possvel ser
feita, como furos, sangrias, roscas, etc.

Infiltrao: um processo de fechamento dos poros (total ou parcial) de uma

pea sinterizada com baixa ou mdia densidade (5,6 at 6,8 g/cm) com um
metal ou liga de ponto de fuso mais baixo. A infiltrao do metal lquido ocorre
por efeito de capilaridade (atrao molecular), e tem o objetivo de melhorar as
propriedades mecnicas, resistncia corroso, e tambm como pr-
tratamento para acabamento superficial, como cromao, niquelao e
galvanizao.

Impregnao: consiste em impregnar substncias como leos, graxas,

impermeabilizantes para evitar corroso / oxidao. feita com banho
quente, banho parcial (por capilaridade) ou a vcuo.