Especialista de agência humanitária observou casos de famílias presas sob os escombros que não podem receber socorro; condições de vida difíceis agravam em momento marcado pela chuva de inverno e pessoas expostas ao frio.

Chefe da Organização Internacional para Migrações relata visita ao país arrasado por 14 anos de guerra; Amy Pope diz que conflito deixou milhões de deslocados e uma sociedade “destroçada”; ela afirmou que o governo interino sinalizou abertura ao apoio internacional para atender necessidades urgentes da população. 

Situação é marcada pela propagação de grupos armados, formações terroristas, exércitos estrangeiros e linhas de frente; mediador da ONU pede que atores militares, políticos ou econômicos não sejam excluídos da busca de uma solução.

Bombardeios destruíram casas e fizeram com que as pessoas fugissem apenas com o que conseguiam carregar nas mãos; profissionais da ONU descrevem as áreas afetadas como cenário “apocalíptico”; restrições de acesso e insegurança continuam “impedindo significativamente” a entrega de assistência.

Região africana acolheu recentemente 4,8 milhões de pessoas recém-chegadas de áreas afetadas por guerras, perseguições e outras situações perigosas; auxílio para apoio a pessoas em movimento em 2024 cobre apenas 16% das necessidades.

Agência da ONU para Refugiados receia retorno de níveis críticos ocorridos há 20 anos na região do Sudão; grupos armados mataram mais 800 em área ocidental sem registro anterior de ataques. 

Ocha defende que grupo etário carece de atenção alternativa; número de deslocados internos subiu para 4,1 milhões; nações vizinhas receberam mais de 1 milhão de refugiados sudaneses.

Chefe de direitos humanos cita circunstância “desastrosa e sem sentido” com sinais de abusos cometidos pelas partes envolvidas no conflito; agências destacam falta de suprimentos médicos levando a situação sudanesa a ficar “fora de controle”.

Sudaneses representam mais de dois terços dos recém-chegados em nações da região; OMS condena ataques e ocupação de instalações de saúde; Nações Unidas destacam que fome e deslocamento causados pela guerra estão fora de controle.

Mais de 2,4 milhões de pessoas precisarão de apoio para se restabelecer fora de seu país de origem em 2024; países da América Latina tidos como exemplo positivo de regularização de refugiados venezuelanos; Angola e Moçambique apontados por riscos de deportação e violência.