1 AVALIAÇÃO Substituta

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

CURSO DE PSICOLOGIA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA I - Profª Cristiane Bottoli

1ª AVALIAÇÃO SUBSTITUTA (10,0 pontos)

NOME: Eduarda Greca Machado


DATA: 06/07/2022

A avaliação psicológica é compreendida como um amplo processo de investigação, no qual se


conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de decisão mais apropriada
do psicólogo. Mais especialmente, a avaliação psicológica refere-se à coleta e interpretação de dados,
obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles
reconhecidos pela ciência psicológica. Compete ao psicólogo planejar e realizar o processo
avaliativo com base em aspectos técnicos e teóricos. A escolha do número de sessões para a sua
realização, das questões a serem respondidas, bem como de quais instrumentos/técnicas de avaliação
devem ser utilizados. Segundo a Resolução CFP nº 007/2003, “Os resultados das avaliações devem
considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a
finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na
modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do
processo de Avaliação Psicológica”. Cabe enfatizar que os resultados das avaliações psicológicas
têm grande impacto para as pessoas, os grupos e a sociedade.

O processo de avaliação psicológica é capaz de prover informações importantes para o


desenvolvimento de hipóteses, por parte dos psicólogos, que levem à compreensão das características
psicológicas da pessoa ou de um grupo. Essas características podem se referir à forma como as
pessoas irão desempenhar uma dada atividade, à qualidade das interações interpessoais que elas
apresentam, dentre outros. Assim, dependendo dos objetivos da avaliação psicológica, a
compreensão poderá abranger aspectos psicológicos de natureza diversa. É importante notar que a
qualidade do conhecimento alcançado depende da escolha de instrumentos/estratégias que
maximizem a qualidade do processo de avaliação psicológica.  Basicamente, avaliar é emitir juízo de
valor, após análises e ou sínteses efetuadas. É uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do
processo que auxilia o psicólogo a tomar decisões sobre o processo de avaliação.

Por intermédio da avaliação, os psicólogos buscam informações que os ajudem a responder questões
sobre o funcionamento psicológico das pessoas e suas implicações. Como o comportamento humano
é resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem para produzi-lo, é
praticamente impossível entender e considerar todas as nuances e relações a ponto de prevê-lo
deterministicamente. As avaliações têm um limite em relação ao que é possível entender e prever.
Entretanto, avaliações calcadas em métodos cientificamente sustentados chegam a respostas muito
mais confiáveis que opiniões leigas no assunto ou o puro acaso. O Código de Ética Profissional do
Psicólogo, indica em seu I Princípio Fundamental, que a prática deste profissional deve estar
embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos visando à “promoção da liberdade, da
igualdade e da integridade do ser humano”

É necessário que o psicólogo se mantenha atento aos seguintes princípios:

• O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional,


contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento
e prática;
• Utilização, no contexto profissional, apenas dos testes psicológicos com parecer favorável do
CFP que se encontram listados no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi);
• Emprego de instrumentos de avaliação psicológica para os quais o profissional esteja
qualificado;
• realização da avaliação psicológica em condições ambientais adequadas, de modo a assegurar
a qualidade e o sigilo das informações obtidas;
• Guarda dos documentos de avaliação psicológica em arquivos seguros e de acesso
controlado;
• Disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas àqueles com o direito de
conhecê-las;
• Proteção da integridade dos testes, não os comercializando, divulgando-os ou ensinando-os
àqueles que não são psicólogos.

Pode-se distinguir quatro etapas da avaliação psicológica dentro do processo seletivo: seleção de
instrumentos (ou planejamento); aplicação; correção e interpretação dos resultados; relato e
devolução dos resultados.
O profissional deve fazer uso de testes psicológicos validados pelo Conselho Federal de Psicologia,
por meio do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), desde que contemplem o
objeto de estudo, sendo observada a normatização compatível com o sujeito e com a situação
investigada, bem como as orientações que constam no manual do teste utilizado. Além disso, pode
utilizar instrumentos não privativos do psicólogo, desde que haja respaldo teórico para sua utilização.
Vale ressaltar que os instrumentos privativos da(o) psicóloga(o) não podem ser utilizados, uma vez
que ainda não passaram por avaliação do CFP, conforme determina Resolução CFP nº 009/2018. 
Segundo Anastasi e Urbina (2000), os testes psicológicos são ferramentas que fornecem uma medida
objetiva e padronizada de uma amostra do comportamento. Os testes psicológicos se caracterizam
como sendo de uso privativo do psicólogo na avaliação psicológica.

Há inúmeros tipos de testes psicológicos Pasquali (2001) os distingue, quanto à objetividade e à


padronização, em testes psicométricos e testes projetivos. Os primeiros seriam maximamente
padronizados em suas tarefas e na interpretação, podendo qualquer examinador treinado chegar aos
mesmos resultados. Já os segundos seriam constituídos por tarefas não estruturadas, de tal sorte que a
decodificação e a interpretação dos resultados dependeriam em grande parte do aplicador.

REFERÊNCIAS

- CFP. Cartilha sobre Avaliação Psicológica. Ano 2013. Conselho Federal de Psicologia. Brasília:
novembro de 2013. http://satepsi.cfp.org.br/docs/cartilha.pdf

- ANACHE, A.A. Notas introdutórias sobre os critérios de validação da avaliação psicológica na


perspectiva dos Direitos Humanos. In: Conselho Federal de Psicologia. Ano da avaliação psicológica
– Textos geradores. Brasília: Conselho Federal da Psicologia, 2011. Pág. 17
http://satepsi.cfp.org.br/docs/anodaavaliacaopsicologica_prop8.pdf

- O processo de avaliação psicológica. SIQUEIRA, Ilma Lopes; OLIVEIRA, Mari Angela. In: In:
Conselho Federal de Psicologia. Ano da avaliação psicológica – Textos geradores. Brasília:
Conselho Federal da Psicologia, 2011.
http://satepsi.cfp.org.br/docs/anodaavaliacaopsicologica_prop8.pdf

- PASQUALI, L. Técnicas de exame psicológico - TEP - fundamentos das técnicas psicológicas.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. v. 1
- ANASTASI, A., URBINA, S. Testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy