Aula 02 Avaliação Psicologica

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PSICOMETRIA

O que é Avaliação Psicológica?

Nilza Marquez
Avaliação Psicológica
 Processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de
pessoas que, de acordo com cada área de conhecimento, requer
metodologias específicas.
 Tem por finalidade produzir hipóteses ou diagnósticos sobre a pessoa ou
grupo.
 É dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo
sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os
trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles,
saúde, educação, trabalho e outros setores que ela se fizer necessária.
 Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso,
de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina.
Avaliação Psicológica
x
Testagem Psicológica
 A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração
de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes,
entrevistas, observações, análise de documentos.
 A testagem psicológica, portanto, pode ser considerada uma etapa da
avaliação psicológica, que implica a utilização de teste(s) psicológico(s)
de diferentes tipos
Passos para uma
Avaliação Psicológica
 Levantamento dos objetivos da avaliação e particularidades do
indivíduo ou grupo a ser avaliado. Tal processo permite a escolha dos
instrumentos/estratégias mais adequados para a realização da
avaliação psicológica;
 Coleta de informações pelos meios escolhidos (entrevistas, dinâmicas,
observações e testes projetivos e/ou psicométricos, etc). É importante
salientar que a integração dessas informações devem ser
suficientemente amplas para dar conta dos objetivos pretendidos pelo
processo de avaliação. Não é recomendada a utilização de uma só
técnica ou um só instrumento para a avaliação
Passos para uma
Avaliação Psicológica
 Integração das informações e desenvolvimento das hipóteses iniciais.
Diante destas, o psicólogo pode constatar a necessidade de utilizar
outros instrumentos/estratégias de modo a refinar ou elaborar novas
hipóteses
 Indicação das respostas à situação que motivou o processo de
avaliação e comunicação cuidadosa dos resultados, com atenção aos
procedimentos éticos implícitos e considerando as eventuais limitações
da avaliação. Nesse processo, os procedimentos variam de acordo
com o contexto e propósito da avaliação.
Respostas fornecidas pela
Avaliação Psicológica
 O processo de avaliação psicológica é capaz de prover informações
importantes para o desenvolvimento de hipóteses, por parte dos
psicólogos, que levem à compreensão das características psicológicas
da pessoa ou de um grupo. Essas características podem se referir à
forma como as pessoas irão desempenhar uma dada atividade, à
qualidade das interações interpessoais que elas apresentam, etc.
Assim, dependendo dos objetivos da avaliação psicológica, a
compreensão poderá abranger aspectos psicológicos de natureza
diversa. É importante notar que a qualidade do conhecimento
alcançado depende da escolha de instrumentos que maximizem a
qualidade do processo de avaliação psicológica.
Limites da Avaliação
Psicológica
 Por intermédio da avaliação, os psicólogos buscam informações que os
ajudem a responder questões sobre o funcionamento psicológico das
pessoas e suas implicações. Como o comportamento humano é
resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que
interagem para produzi-lo, é praticamente impossível entender e
considerar todas as nuances e relações a ponto de prevê-lo
deterministicamente. As avaliações têm um limite em relação ao que é
possível entender e prever. Entretanto, avaliações calcadas em
métodos cientificamente sustentados chegam a respostas muito mais
confiáveis que opiniões leigas no assunto ou o puro acaso
Instrumentos ou
estratégias a serem
utilizados
 A Resolução CFP n° 002/2003, no artigo 11, orienta que “as condições
de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os
contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram
resultados favoráveis”
 A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos
estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos
estudos de validade e nos de precisão e de padronização.
Instrumentos ou estratégias
a serem utilizados
 SATEPSI: No novo formulário de avaliação dos testes psicológicos, foram
descritos cinco propósitos mais comuns: classificação diagnóstica, descrição,
predição, planejamento de intervenções e acompanhamento
 Também são definidos vários contextos de aplicação: Psicologia clínica,
Psicologia da saúde e/ou hospitalar, Psicologia escolar e educacional,
neuropsicologia, Psicologia forense, Psicologia do trabalho e das organizações,
Psicologia do esporte, social/comunitária, Psicologia do Trânsito, orientação e ou
aconselhamento vocacional e/ou profissional e outras
Problemas encontrados
em fiscalização
 Sobre as condições do aplicador – deve estar preparado tecnicamente
para a utilização dos instrumentos de avaliação escolhidos, estando
treinado para todas as etapas do processo de testagem, para poder
oferecer respostas precisas às eventuais questões levantadas pelos
candidatos, transmitindo-lhes, assim, segurança; deve planejar a
aplicação do instrumento, levando em consideração o tempo
necessário bem como o horário mais adequado, e deve treinar
previamente a leitura das instruções para poder se expressar de forma
espontânea durante as instruções (Título IV do Anexo da Resolução
CFP nº 012/2000);
Problemas encontrados
em fiscalização
 Sobre a permissão de uso de um determinado teste – é sempre
importante que seja consultado o Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos (SATEPSI). Esse sistema é constantemente atualizado,
contém a relação de todos os testes psicológicos submetidos à
apreciação do CFP e fornece informações sobre sua condição de uso
(parecer favorável ou desfavorável)
 Sobre as condições de aplicação – devem ser seguidas as
especificações contidas nos manuais de cada teste utilizado, que só
pode ser aplicado por psicólogos (se for um estudante de Psicologia, a
aplicação deverá ser supervisionada por psicólogo);
Problemas encontrados
em fiscalização
 Sobre as características do material – deve estar de acordo com a
descrição apresentada no manual e em condições adequadas de
conservação e utilização. É importante que os testes estejam
arquivados em local apropriado, ao qual não possam ter acesso outras
pessoas;
 Sobre os protocolos respondidos – é necessário que sejam mantidos
arquivados, bem como conservados sob sigilo.
Cuidados na elaboração
de um relatório/laudo
 Sempre levando em consideração sua finalidade, o laudo deverá
conter a descrição dos procedimentos e conclusões resultantes do
processo de avaliação psicológica. O documento deve dar direções
sobre o encaminhamento, intervenções ou acompanhamento
psicológico. As informações fornecidas devem estar de acordo com a
demanda, solicitação ou petição, evitando-se a apresentação de dados
desnecessários aos objetivos da avaliação. Mais detalhes sobre a
elaboração desse documento podem ser obtidos mediante a consulta
da Resolução CFP nº 07/2003.
Competências para o
psicólogo realizar
avaliação psicológica
 Ter amplos conhecimentos dos fundamentos básicos da Psicologia,
dentre os quais podemos destacar: desenvolvimento, inteligência,
memória, atenção, emoção, etc, construtos esses avaliados por
diferentes testes e em diferentes perspectivas teóricas
 Ter domínio do campo da psicopatologia, para poder identificar
problemas graves de saúde mental ao realizar diagnósticos
 Ter domínio dos procedimentos para aplicação, levantamento e
interpretação do(s) instrumento(s) utilizados para a avaliação
psicológica.
Competências para o
psicólogo realizar
avaliação psicológica
 Possuir um referencial solidamente embasado nas teorias psicológicas
(psicanálise, Psicologia analítica, fenomenologia, Psicologia
sociohistórica, cognitiva, comportamental, etc.), de modo que a análise
e interpretação dos instrumentos seja coerente com tais referenciais;
 Ter conhecimentos da área de psicometria, para poder julgar as
questões de validade, precisão e normas dos testes, e ser capaz de
escolher e trabalhar de acordo com os propósitos e contextos de cada
um.
Cuidados na escolha de
um teste psicológico
 Na escolha de um teste como instrumento de avaliação psicológica, é
fundamental que o psicólogo consulte o Sistema de Avaliação de
Testes Psicológicos 16 (SATEPSI), disponível no site do Conselho
Federal de Psicologia (www.pol.org.br), com o intuito de verificar se ele
foi aprovado para uso em avaliação psicológica. Em caso afirmativo,
ele deverá então consultar o manual do referido teste, de modo a obter
informações adicionais acerca do construto psicológico que ele
pretende medir bem como sobre os contextos e propósitos para os
quais sua utilização se mostra apropriada.
Cuidados para utilizar um
teste psicológico
 Verificar se as pessoas estão em condições físicas e psíquicas para
realizar o teste;
 Verificar se não existem dificuldades específicas da pessoa para
realizar o teste, sejam elas físicas ou psíquicas;
 Utilizar o teste dentro dos padrões referidos por seu manual;
 Cuidar da adequação do ambiente, do espaço físico, do vestuário dos
aplicadores e de outros estímulos que possam interferir na aplicação.
Princípios éticos no uso
da Av Psicológica
 Contínuo aprimoramento profissional;
 Utilização apenas dos testes psicológicos com parecer favorável do
CFP ;
 Emprego de instrumentos de avaliação psicológica para os quais o
profissional esteja qualificado;
 Realização da avaliação psicológica em condições ambientais
adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo das
informações obtidas;
 Guarda dos documentos em arquivos seguros e de acesso controlado;
Princípios éticos no uso
da Av Psicológica
 Disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas
àqueles com o direito de conhecê-las;
 Guarda dos documentos em arquivos seguros e de acesso controlado;
 Disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas
àqueles com o direito de conhecê-las;
 Proteção da integridade dos testes, não os comercializando,
publicando ou ensinando àqueles que não são psicólogos.
TESTES PSICOMÉTRICOS
 Uso obrigatório de Estatística
 Maximamente padronizados em sua tarefa, aplicação, e
interpretação;
 Respostas fechadas;
 Mais fáceis e rápidos de interpretar
 Preferência por respostas de escolhas forçadas
 Maior confiabilidade;
 Diminuição da influência do avaliador
 Mais usado para avaliação de Aptidão.
Testes Projetivos
 Menor ênfase nos dados normativos;
 Menor reação defensiva;
 Normalmente tarefas mais agradáveis;
 Maior riqueza de informações;
 Eficiente com crianças e analfabetos;
 Eficientes em revelar conteúdos inconscientes;
 Influencia de conteúdos psicanalíticos e psicodinâmicos, em
especial o conceito de projeção;
 Ênfase no avaliador.
Contextos de uso da AP
 Psicologia clinica: Avalia o funcionamento cognitivo e
comportamental com vistas ao encaminhamento terapêutico,
estabelecimento de diagnósticos ou mesmo estabelecimento
de um plano terapêutico
 Psicologia da Saúde: Auxilia em diagnósticos diferenciais,
decisões referentes ao tratamento, avaliações pré-cirurgicas
e avaliação de prognóstico
 Neuropsicologia: Auxilia na identificação de lesões cerebrais
e no planejamento de intervenções de reabilitação;
Contextos de uso da AP
 Psicologia Escolar: Avalia aspectos referentes ao contexto escolar e as
realizações/aptidões dos envolvidos, tais como: a avaliação de
desempenho escolar e da motivação acadêmica
 Psicologia Forense: Avalia aspectos psicológicos de presos, de pais
que disputam a guarda de seus filhos e de situações envolvendo
abusos, etc.
 Psicologia do Trabalho: Utilizada em seleção de pessoal, e na
avaliação de aspectos relacionados ao trabalho( satisfação com o
trabalho, etc)
 Psicologia do Esporte: Auxilia na identificação de aspectos psicológicos
de atletas, tais como: controle emocional, competitividade.
Contextos de uso da AP
 Psicologia Social/Comunitária: Auxilia na identificação e
prevenção de fenômenos sociais, tais como: violência,
abuso, alcoolismo, etc.
 Psicologia do Trânsito: Condições psicológicas de
candidatos a dirigir;
 Orientação vocacional: Auxilia na determinação de
características individuais, como aptidões, interesses e
personalidade de modo a conhecer as compatibilidades
entre estas caraterísticas e ambientes e funções
ocupacionais.

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